Todo o nosso trabalho é fazer a transição da percepção da realidade nos órgãos sensoriais egoístas para a percepção da realidade nos órgãos sensoriais altruístas.

Essa é toda a diferença entre o sentimento deste mundo e o sentimento do mundo superior, entre nossa percepção atual da realidade em que vivemos na mentira, longe do Criador , e sem nenhuma percepção de onde estamos, para entender, sentir e saber onde existimos, e dentro de quem e com quem residimos.

Essa mudança de percepção é feita pelo esforço de uma pessoa. Mas antes deve haver o desejo de mudar nossa percepção porque isso só acontecerá se o desejarmos. Portanto, devemos fazer um esforço para imaginar a realidade superior, para criar sua imagem em nós mesmos, como falam os livros Cabalísticos, e para construir tais relacionamentos entre nós no grupo.

Então, durante o estudo, quando lermos sobre esta realidade superior, exigiremos que uma força de cima venha e abra para nós os órgãos da sensação, essas comportas de sensações, para que revelemos onde realmente estamos e não permaneçamos nessa falsa imagem imaginária e rebuscada que nos aparece hoje em nossos enlameados órgãos de sensação. Assim, todo o nosso trabalho é dar definições corretas do que é chamado de verdadeira realidade.

Cada um de nós, com toda a sua força e tanto quanto possível, deve tentar imaginar, desenhar, pintar ou formar para si mesmo uma espécie de imagem suprema na qual estamos todos unidos em nossos desejos juntos e com o Criador, para que não haja diferença entre nós, mas dentro de nós e entre nós reina o Criador, a qualidade de doação e amor mútuo.

Não há nada além desse estado; não há imagens imaginárias, e pedimos a essa realidade que ela nos afete e se manifeste em nós. Este deve ser o resultado de nossos esforços.

Isso é exatamente o que uma pessoa deve buscar constantemente durante a leitura do Livro do Zohar e outros livros Cabalísticos. É por isso que esses livros falam sobre a verdadeira realidade. Caso contrário, poderíamos ler livros escritos em um estilo diferente, ou não haveria sentido em lê-los.

Portanto, quando lemos sobre a realidade superior nesses livros, devemos tentar alcançá-la. Como Baal HaSulam escreve na Introdução ao Estudo das Dez Sefirot, Item 155 “…através do anseio e do grande desejo de entender o que estão aprendendo, eles despertam sobre si mesmos as Luzes que cercam suas almas: do único estado existente, e assim eles se corrigem.

Da Lição Diária de Cabalá 03/06/10, O Livro do Zohar – Seleções, Capítulo “Tetzaveh (Comando)”

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Pergunta: Ao estudar Cabalá, a perspectiva de uma pessoa muda. Talvez para alguém pareça pura psicologia que uma pessoa se ajuste à influência de alguma força que a muda, mas, na verdade, ela se torna completamente diferente. É assim que funciona a psicologia dela ou, como você diz, a luz a muda?

Resposta: É a luz! Apenas luz!

A psicologia funciona em nosso mundo quando uma pessoa substitui um desejo por outro, um objeto de prazer por outro e faz cálculos egoístas: o que é melhor, o que é pior, onde apanhará menos, onde poderá roubar mais e assim por diante.

Pensar em como sair da depressão e superar seu humor, como realizar seus dados naturais internos, como se comportar com outras pessoas para se tornar melhor: esses são truques puramente egoístas.

E a luz muda a própria natureza do homem. Portanto, a psicologia não pode ajudar aqui. Ela traz a pessoa para isso, ajuda-a a perceber todos os seus problemas, e então ela deve trabalhar em grupo, com a luz, para mudar a si mesma.

Pergunta: Mas como isso acontece? Que mecanismo muda em uma pessoa? Onde pinga aquela porção de luz que muda a alma ou outra coisa?

Resposta: A luz afeta as intenções egoístas que são construídas com base no mesmo princípio das intenções altruístas e espirituais, apenas na ordem inversa.

Afinal, antes havia apenas um sistema de doação, e então sua quebra criou o sistema oposto: recepção. Ambos os sistemas são opostos um ao outro, e uma pessoa deve escolher sob qual deles será influenciada.

De KabTV, “Eu Recebi uma Chamada. Ligado!”, 31/03/12

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Hoje, a humanidade está à beira da realização espiritual. Toda a história dos judeus (não importa o que se diga, eles ainda são um povo especial) é uma demonstração para toda a humanidade do que acontecerá com eles.

Mas você pode desenrolar o curso da história de maneira diferente, não fisicamente, mas com uma consciência rápida, ou seja, aceitando a metodologia dessa nação. Então, não haverá necessidade de vivenciar o que eles passaram, ou seja, ser mais sábio por possuir esse conhecimento.

A gente vê que as pessoas ainda não sabem como trabalhar com isso, o que fazer, para onde fugir. Elas levantam as mãos e dizem: “Não, não, estamos bem”. A mesma coisa está escrita na história egípcia: “Está tudo bem, tudo está bem, ainda não temos para onde ir. Vamos chegar a um acordo com nosso Faraó (egoísmo). Vamos tentar fazer algo diferente”.

As pessoas procuram e pesquisam. Isso é natural porque elas não querem ver ou realmente não veem uma oportunidade de evitá-lo, porque é uma natureza completamente diferente.

O Criador está oculto, a força superior da natureza se manifesta apenas unilateralmente, como mecânica, inanimada, sem propósito, sem um plano: a matéria se desenvolve e pronto. Ela evoluiu de inanimado para vegetativo, animado e humano. Então, nós somos os mais inteligentes! E o que vemos? Não podemos fazer nada.

Foi o mesmo com Moisés quando lhe disseram: “Por que preocupas o povo? Nós estamos bem. Fique quieto, não espalhe sua Cabalá, não peça um êxodo, uma ascensão. Saia daqui!” Portanto, ele foi forçado a fugir para o rei de Midiã, Yitro (Jetro), e só voltou 40 anos depois. Foi então que o povo começou a ouvi-lo porque havia recebido muitos golpes naquela época.

Naquela época, essa história aconteceu com um pequeno número de almas e agora deve acontecer com toda a humanidade.

De KabTV, “Eu Recebi uma Chamada. O Milagre do Nascimento”, 07/04/12

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Pergunta: Com base na experiência dos workshops, como uma pessoa pode se situar corretamente no campo geral no qual está tentando fazer parte?

Resposta: Deve ser incluída como elemento ativo de cooperação, como órgão de um sistema eletrônico, mecânico ou elétrico que procura realizar-se de forma benéfica para o propósito geral do sistema, ou seja, dar o seu melhor.

Estou cancelando meu “eu”. Qualquer que seja essa ação, boa ou ruim, não importa para mim, não importa como eu a percebo pessoalmente. Eu coloco a ação, o benefício, o objetivo da equipe, acima do meu. E não me importo com o meu objetivo pessoal até a sua morte, assim como alguns insetos ou mesmo células do nosso corpo recebem uma ordem para se matar, e a cumprem.

Se o objetivo do coletivo é visível para mim e contradiz o meu, então meu objetivo não tem sentido, eu me destruo. Essa deve ser a inclusão no grupo.

Além desse limite estão os estágios seguintes. Lá você começa a sentir o mundo espiritual porque seu egoísmo não mais o impede.

De KabTV, “Eu Recebi uma Chamada. Experimento Lituano” 13/03/12

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Comentário: Você disse que se temos desejos materiais, é melhor realizá-los rapidamente para que não interfiram em nosso desenvolvimento espiritual.

Minha Resposta: Se sua cabeça estiver ocupada com o desenvolvimento espiritual, então, involuntariamente, você não realizará nenhum movimento estúpido e desnecessário em tudo o mais.

Mesmo assim, você ainda precisa se organizar de alguma forma: obrigue-se a se movimentar, comer normalmente. Digamos que eu tenha um trabalho sedentário, fico sentado quase o tempo todo, então me obrigo a me mover uma hora e meia por dia.

Os médicos dizem que até meia hora por dia é suficiente: um pouco de exercício, caminhar à beira-mar, andar de bicicleta.

Mas eu pessoalmente acho que, embora seja necessário se forçar um pouco a fazer tudo isso, o principal, claro, é o trabalho interno. Se uma pessoa está envolvida nisso, ela inevitavelmente tem uma troca normal em tudo o mais.

De KabTV, “Eu Recebi uma Chamada. Fique Chapado”, 21/04/12

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Michael Laitman, no Quora: “O Que Podemos Aprender Com Os Elefantes?”

Os elefantes são animais muito compassivos e sensíveis. Eles são os únicos animais que realizam uma cerimônia de enterro. Frequentemente, o rebanho cava um buraco, cobre o elefante morto e fica perto do túmulo por vários dias. Além disso, se o rebanho encontrar um elefante morto que não seja de seu rebanho, eles o tratarão como se fosse um deles. Além disso, se um dos elefantes do rebanho está doente, eles cuidam dele, trazem comida e ajudam a levantar.

Quando vemos tais exemplos de sensibilidade e compaixão, podemos levantar a questão para nós mesmos como seres humanos: o que temos que os animais não têm, e há algo que possamos aprender aqui?

Possuímos desejo adicional aos animais, e o problema é que usamos nosso excesso de desejo em nosso detrimento. Podemos ver um exemplo claro desse problema se olharmos para as guerras sem fim e a competição acirrada em que nos encontramos ao longo da história, e a maneira como despejamos dinheiro para estocar mais e mais armas hoje, em vez de uma série de outros meios que poderiam nos beneficiar. Estamos constantemente envolvidos em pensamentos de como explorar, dominar e superar os outros.

Os animais também mostram muitos exemplos de subjugar e matar outros animais, mas eles o fazem por uma necessidade de sobrevivência, não por se divertirem ao se sentirem maiores, mais fortes, mais rápidos e melhores do que outros animais: como nós, humanos, fazemos uns com os outros.

Por que nos relacionamos com outras pessoas de maneira tão negativa? É para sustentar nosso ego, ou seja, para tentar satisfazer nossos desejos de dinheiro, respeito e poder. Não tentamos dominar os outros apenas por uma necessidade de sobrevivência.

Portanto, quando consideramos o fato de que temos desejos egoístas maiores que usamos em detrimento dos outros, não podemos dizer que estamos em um grau superior aos animais.

Se desejamos realizar ao máximo nosso desejo adicional e realmente nos mostrar como seres superiores, precisamos nos elevar acima de nossos desejos egoístas – nossos desejos de nos beneficiar às custas dos outros – e alcançar um estado de amor comum um pelo outro, um estado de “amar o próximo como a si mesmo”. Em outras palavras, em vez de priorizar o benefício próprio sobre o benefício dos outros, precisamos priorizar o benefício dos outros sobre o benefício próprio.

Como resultado, atingiríamos um estado perfeito e eterno: um estado para o qual fomos colocados aqui.

Tudo na natureza nos níveis inanimado, vegetativo e animado – fora dos humanos – está em uma interação harmoniosa, e somente nós, humanos, quebramos esse equilíbrio com nosso uso egoísta de nosso desejo adicional.

Devemos, portanto, pensar em como podemos mudar de priorizar o benefício próprio em detrimento dos outros para priorizar o benefício dos outros e usar a nós mesmos para o benefício dos outros. É porque, invertendo nossa intenção e atitude uns para com os outros de egoísta para altruísta, descobriríamos nada menos que um mundo perfeito para todos.

Baseado no vídeo, “O que podemos aprender com os elefantes?”, com o Cabalista Dr. Michael Laitman e Oren Levi. Escrito/editado por alunos do Cabalista Dr. Michael Laitman.

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