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A Correção Do Shabat

Laitman_633_4Torá, “Levítico” (Kedoshim), 19:30: Guardem os Meus sábados e reveren­ciem o Meu santuário. Eu sou o Senhor.

O Shabat (sábado) é o fim da correção privada em cada nível. Cada nível sofre uma correção durante seis dias, seis subníveis: Hesed, Guevura, Tiferet, Netzah, Hod, Yesod, e, assim, todas as realizações são somadas a um nível geral, que é chamado de Shabat.

A soma dos níveis, a combinação entre eles, e a correta conexão mútua entre eles são feitas sob a influência da Luz Superior. Uma pessoa não pode se expressar de forma alguma, corrigindo e coletando esses estados. Não está em nosso poder. Nós só executamos correções privadas, preparando-as para a unidade, e a Luz Superior conecta tudo.

Acontece que a pessoa não trabalha no sétimo nível. Este estado é chamado de Shabat, o qual significa descanso, um ano sabático (descanso completo), que aparece quando você não está envolvido no último processo que resume os seis níveis. Portanto, o Shabat simboliza santidade.

Como resultado da Luz Superior, do fim da correção de todos os níveis e a soma de todos os Shabats num único Shabat, o mundo inteiro atinge um estado único de repouso completo. Não há mais nada para corrigir. Não há mais nada para descobrir, para esclarecer ou para conectar. Um esboço final da alma é criado, que é chamado de último Shabat do mundo.

Portanto, se você guarda espiritualmente todos os Shabats privados corretamente, você tem a sensação do último estado perfeito. No entanto, isso se refere apenas àqueles que têm atributos espirituais.

Comentário: Às vezes, as pessoas religiosas dizem que se todos os judeus guardassem o Shabat o tempo todo, haveria o sentimento do fim da correção, do último Shabat.

Resposta: Mesmo duas vezes é suficiente. Se nós repetíssemos esse estado pelo menos duas vezes consecutivas, transcenderíamos dois níveis superiores do estado não corrigido anterior. No terceiro nível, já é o fim da correção, visto que o pedido geral sobe ao superior e, em seguida, para o superior do superior, e então todo mundo entra no mundo de Ein Sof (Infinito).

Em nosso mundo, o Shabat simboliza o fim da semana, mas nós devemos entender que o termo “Shabat” refere-se a certa correção de uma pessoa durante seis níveis, e não dias. Cada um destes níveis pode durar muitos meses e mesmo anos, e também pode durar alguns momentos.

É somente quando nós gradualmente passamos por todos os seis níveis – coletando todos os nossos desejos com os quais tentamos realizar ações espirituais de disseminação dos atributos de amor e doação à força única externamente – é que atingimos o estado de sábado.

No entanto, não é o prazer do descanso, mas um trabalho muito sério que não termina nas ações de correção, mas na coleta de todas as partes corrigidas num todo único. A Luz faz isso, mas nós precisamos esclarecer com antecedência, unir, colocar, mostrar tudo, e elevar este estado à Luz Superior.

Portanto, o trabalho no Shabat não é o esclarecimento da falta de correção, mas trabalhar em plenitude. Tudo o que fazemos durante a semana se acumula na formação correta no sábado. Este trabalho é chamado de correções do Sabath.

De KabTV “Segredos do Livro Eterno” 16/04/14

O Que Vai Acontecer Com O Mundo?

Dr. Michael LaitmanOpinião (Michael Khazin, economista): “A ideia do sistema de Bretton Woods é uma expansão do território do dólar. Através da expansão do território do dólar é possível imprimir dólares, criando renda adicional que pode ser redistribuída. Se essas nações obedecem as regras gerais do Fundo Monetário Internacional, ela recebem uma quota de dólares adicionais.

Nos anos 70, o território para a expansão foi terminado, embora a expansão continuasse através do fornecimento de empréstimos a particulares e do refinanciamento de dívida privada. No ano de 1990, a União Soviética se desfez e expandiu o território para o dólar à custa das nações socialistas. No ano de 2000, a crise começou, embora a impressão de dólares continuasse através da redução do custo do crédito.

“No ano de 2008, a crise eclodiu novamente, e a impressão de dólares continuou à custa de mudanças na oferta de dinheiro (taxas reduzidas, especificamente o incentivo de empréstimos). Como resultado disso, a atribuição de crédito do mercado monetário era 17 vezes maior do que a atribuição de dinheiro pronto.

“Quando os recursos para a impressão de dinheiro terminaram, os problemas começaram; a demanda privada estava em declínio, mesmo que a economia dos Estados Unidos aparentemente mostrasse crescimento.

Hoje está claro que a bolha nos mercados de ações entrará em colapso; ou seja, o valor dos ativos vai cair e os passivos, ou seja, a dívida, permanecerá. Isto significa falência em massa. A fim de acabar com os passivos, os bancos planejam guerras no Oriente Médio, na qual, por um lado, há petróleo, e, por outro lado, há Israel com a sua bomba atômica.

“Outra possibilidade é um ataque terrorista em massa. Isso é algo que vai possibilitar aos bancos dizer àqueles que têm dinheiro que os riscos têm crescido a tal ponto que eles são forçados a atrasar os pagamentos, pois o sistema de seguro para riscos financeiros foi destruído.

“Há dois cenários: salvar o sistema financeiro global em detrimento da economia americana (esta é a percepção do Partido Democrata dos Estados Unidos), ou salvar a economia americana à custa do sistema financeiro global (esta é a percepção do Partido Republicano). Esta situação causou a derrota do Partido Democrata nas eleições de meio de mandato, e o reforço das forças isolacionistas no Partido Republicano (o mundo não se importa conosco, nós devemos salvar a nós mesmos!).

“Os políticos europeus dependem da CIA, do SNA, e assim por diante, onde cada uma dessas organizações possui provas contra eles. Portanto, esses políticos estão lutando por suas vidas. Os Estados Unidos vão destruí-los, se a Europa tomar medidas de seu interesse e não em interesse de Washington. Neste caso, a Europa se encontra diante de uma guerra civil, como na Ucrânia, e em estado de desintegração. A Rússia tem o seu destino: o estado de inanição.

“Hoje os políticos ativos no governo estão com menos de 65 anos, e não estão familiarizados com a escala desses problemas. E os idosos, como Kissinger, não são mais influentes. Assim, o mundo está à porta no limiar de uma reorganização cruel (territorial, nacional e uma reorganização das elites). Muito provavelmente alguns desses políticos serão derrotados nas eleições de 2016 nos Estados Unidos, e, em seguida, a situação vai mudar.

Meu Comentário: Nós precisamos produzir novas relações socioeconômicas com base nas condições da “Última Geração” através da educação integral, da unidade de todos numa única sociedade baseada na igualdade plena, trabalhar apenas o que é necessário para suprir as necessidades essenciais da sociedade. Os recursos liberados e o tempo serão encaminhados às universidades públicas envolvidas com a educação da nova geração na humanidade.

Por enquanto, não vemos atualmente a possibilidade de uma transformação gradual e fácil de uma economia de mercado para uma economia comunista, de modo que isso agora depende do sucesso da disseminação da educação integral.

Se Soubéssemos Ao Menos Para Quem Estamos Trabalhando!

Dr. Michael LaitmanA Torá, “Êxodo” 2:23: E aconteceu que no decorrer de muitos dias o rei do Egito morreu. Nós temos que entender que temos que olhar para dentro e não para fora de nós mesmos. Este é o meu Faraó e o meu Egito, e está tudo dentro de mim. No entanto, eu quero construir um novo eu dentro de mim e, para fazer isso, eu tenho que trabalhar duro e matar certos desejos dentro de mim e fazê-los colidir uns com os outros.

Imaginem o estado de Moisés, a pequena centelha de doação que cresceu no enorme ego chamado palácio do Faraó.

Chega a hora e o rei do Egito morre e eu estou no estado em que o meu ego finalmente morre. Eu entendo que não há nenhum uso para ele e quero me livrar dele, mas, por enquanto, não posso. Eu vejo que esse ego está morto. Eu quero fugir, mas não sei como me libertar dele.

“Que o rei do Egito morreu”, significa que o ego deixou de existir, assim como as pessoas morrem em nosso mundo. Ele deixa de existir apenas aos meus olhos, na minha avaliação, e perde o seu controle sobre mim. Eu não quero ser seu escravo! Ele ainda me domina, mas já é contra a minha vontade. Tanto quanto eu estou preocupado, ele morre como outros grandes governantes fazem e eu já não o levo em conta.

Eu ainda não posso me livrar de seu controle, mas já não o considero grande e não concordo em respeitá-lo e realizar todos os seus caprichos. Eu não sou mais seu escravo fiel.

Olhe para o mundo e como as pessoas tentam fazer tudo para o seu ego. Se elas apenas soubessem que ele é um estranho para elas. Se apenas entendessem e vissem que estão trabalhando para um mentiroso que astuciosamente leva tudo o que ganham de manhã à noite por seu trabalho duro. A pessoa tenta e se esforça, mas 99% do fruto do seu trabalho duro é roubado dele pelo Faraó que só deixa migalhas miseráveis ​​para que ela não morra e continue trabalhando dia após dia.

Tudo é disposto e organizado em torno da pessoa. Televisão, publicidade, imprensa e eleições agem para torná-la um escravo que não tem como escapar. Mas, aos poucos, a pessoa começa a entender que ela é um escravo, e é isso que está acontecendo agora com a nação de Israel. A pessoa percebe que tem que se libertar e escapar deste círculo vicioso, mas não sabe como.

Isto é muito semelhante à nossa situação atual; nós percebemos que se deixarmos as coisas do jeito que estão, vamos nos enterrar no nosso ego, mas não sabemos como escapar. Nó precisamos da força de Moisés!

De KabTV “Os Capítulos da Torá com Shmuel Vilozny”, 15/12/14

Eleições Onde Todos Ganham

Dr. Michael LaitmanBaal HaSulam, “Exílio e Redenção”: Por isso, eu tenho a honra de propor à Casa de Israel a dizer para os nossos problemas, “Basta!” E, no mínimo, fazer um cálculo humano em relação a essas aventuras que eles nos infligiram repetidamente, e também aqui no nosso país. Nós queremos começar a nossa própria política, visto que não temos esperança de nos agarrar ao chão como uma nação, já que não aceitamos nossa sagrada Torá sem atenuantes.

Baal HaSulam exige uma investigação da matéria para se convencer de que nós simplesmente não temos escolha, caso contrário, não podemos nos livrar de nossos problemas. Mesmo um cálculo egoísta mundano é suficiente. O fluxo infinito de problemas não vai nos deixar qualquer vislumbre de esperança de algo bom. Não há como escapar desta rota.

De um ponto de vista racional, nós não temos sequer uma mínima chance de reduzir o sofrimento, sem mencionar se livrar dela, contanto que não começamos a realizar o que é exigido de nós.

Só então, e não antes disso, é que estaremos numa situação diferente, que será totalmente oposta à situação atual. É somente desta maneira que conseguimos nos afastar dos nossos problemas sem fim.

Esta conclusão é correta e válida mesmo se quisermos uma boa vida com base na segurança, bem-estar e saúde. Nos “Escritos da Última Geração”, Baal HaSulam acrescenta: Esta nação é muito pobre, e seus habitantes vão sofrer muito no futuro; pois sem dúvida eles ou seus filhos serão gradualmente arrancados desta terra no futuro e ninguém será deixado exceto uma quantidade insignificante que no final vai se misturar com os árabes.

Pergunta: Como nós podemos transmitir essa mensagem à nação, que mais uma vez mergulhou no tumulto de eleições antecipadas com todos os seus slogans e promessas?

Resposta: A nossa abordagem é muito mais realista. Em última análise, por trás das palavras de ordem, é difícil encontrar diferenças fundamentais entre os candidatos. Então, por que eles não concordam com a rotação desta posição entre si? Eles poderiam dividir o seu mandato em iguais períodos de tempo e assim se sucederem. Ao longo do caminho, nós não sentimos nenhuma diferença.

Eu não estou brincando. Afinal de contas, uma rotação deste tipo tem a finalidade dos concorrentes se ajudarem durante a vigência do seu mandato, de modo que importaria quem está “no topo” no momento. Uma aliança como essa traria muito mais benefícios para todos. Depois que todos os lados assinassem um acordo adequado, eles parariam de colocar obstáculos no caminho de cada um. Por isso, o melhor que as pessoas são capazes de fazer hoje é sair e declarar: “Chega! Parem com essa bagunça, nós não acreditamos em suas promessas de qualquer maneira. Sim, certamente vocês querem investir toda a sua energia para o bem de Israel e esta área em geral. Mas nós não queremos os detalhes e não pretendemos votar em ninguém. Nós escolhemos a unidade”.

Aos meus olhos, esta é a única solução. Não é tão impossível realizar isso como pode parecer.

A rotação não se estenderá apenas para o primeiro-ministro, mas também para os assentos dos ministros. Como resultado disso, todos os campos políticos vão trabalhar em cooperação e se apoiar, a fim de obter apoio no momento da sua vitória. Imagine que todos eles comecem a servir as pessoas por acordo mútuo.

Isso só será possível quando o povo realmente encher o saco e declarar: “Basta com essas lutas teatrais. Nós não queremos mais participar deste jogo”,

Vamos tentar?

O problema é que as pessoas hoje não estão prontas para fazer isso. Apesar de tudo, se quisermos soluções rápidas e práticas, esta rotação é a melhor solução. Ela deixa os detalhes com os quais os políticos só causam desconexão e separação entre nós nos bastidores. Pelo contrário, todos se tornam corretos e bem sucedidos.

Cada um deles por si só não é importante. Nós já sabemos muito bem que os programas agradáveis ​​e slogans energéticos não serão materializados. Assim, a melhor coisa é trazer todos eles a um denominador comum para unir o espectro político.

Assim, em geral, não vai fazer diferença para nós o que cada bloco político apresenta separadamente. A principal coisa é que eles vão se conectar e se apoiar em vez de obstruir os outros e bloquear o caminho para eles, deixando o país sem nada. É preferível que cada um tenha a sua parcela de controle sem irritar os outros, trabalhando em conjunto com eles.

Pergunta: Portanto, o que deve acontecer para que isso seja realizado?

Resposta: Isso depende das pessoas e não dos líderes. O que é necessário aqui é o conhecimento geral, um programa de educação. Afinal de contas, nós certamente vemos que de outra forma as pessoas vão viver suas vidas, e que o governo, não importa qual for, vai viver sua vida.

Da 5ª parte da Lição Diária de Cabalá 22/12/14, Escritos do Baal HaSulam

Experiência Científica Com A Força Superior

laitman_934Nós temos que reconhecer que somos egoístas. Portanto, se quisermos alcançar qualquer coisa nesta vida, temos que atrair a Luz que Reforma até nós. Nós não podemos fazer todas as correções neste mundo por nossa conta.

A única coisa que conseguimos fazer sozinhos é chegar ao ponto final do nosso desenvolvimento egoísta. Este caminho acabou agora. Deste ponto em diante, nós podemos nos mover somente para cima. Nós atingimos uma parede. Tudo o que podemos fazer é ir até o próximo andar. Isso só é possível com a ajuda da Luz que Retorna que nos dá uma força potencial que pode nos elevar.

A fim de acionar a Luz de Retorno, nós temos que nos unir. Vamos nos sentar e assinar um acordo mútuo. Vamos lembrar um ao outro sobre o nosso acordo todos os dias, até mesmo várias vezes por dia. Vamos ver que ele funciona.

Vamos ver o quão eficaz é a Luz Superior e aprender a atraí-la. Vamos verificar qual a melhor maneira de estudar e falar. É um verdadeiro laboratório onde nós, como cientistas, exploramos e fazemos experimentos com a força superior. Nós chegamos a conclusões e registramos cada teste.

Experimente e você vai ver a melhor forma de proceder e como não se comportar. Ficará claro desde o início. O problema é que não temos esse desejo. O Criador nos confunde propositadamente para que não tenhamos escolha. No final, nós concordamos que temos que nos conectar; caso contrário, nada nosso experimento não resultará em nada. É apenas uma barreira psicológica, mas é muito difícil de superar.

Da 1ª parte da Lição Diária de Cabalá 12/12/14, Escritos do Baal HaSulam

“Sereis Santos…”

laitman_740_03A porção “Kedoshim” (“Santidade”) da Torá explica que todos nós temos que atingir o nível de santidade.

“Serei santos, porque eu, o Senhor vosso Deus, sou santo” (“Sereis santos, porque eu, Adonai vosso Deus, sou santo”), ou seja, nós temos que chegar a completa renúncia de nossos egos. A pessoa é incapaz de se livrar de seu egoísmo, mas pode se elevar gradualmente acima dele ao nível de santidade e transformar toda a profundidade de seu egoísmo em altruísmo, doação e amor. Ao mesmo tempo, o egoísmo não desaparecerá. No entanto, por causa dele nós atingiremos este estado elevado.

O desejo de sair de seu egoísmo se mostra sob a influência da pressão interna, que, por sua vez, depende da presença de uma alma. Se assim for, a pessoa começa cada vez a se elevar cada vez mais alto até que atinge o nível de Bina, a propriedade de doação, a qualidade de santidade, e começa a seguir as leis da Torá.

Depois, a pessoa progride mais, porque não é o fim da correção ainda, mas sim o começo, a primeira parte.

A observância das leis da Torá é o “redirecionamento” do nosso ego que usamos numa maneira oposta ao nosso egoísmo. Se anteriormente a pessoa se esforçava para receber e gostava de explorar os outros, agora ela se mantém para o bem dos outros. Isso é chamado de receber em prol da doação.

Pergunta: Será que a Torá diz como acontece o redirecionamento do egoísmo?

Resposta: Em geral, isso se refere à elevação acima do egoísmo. A primeira parte da Torá é dedicada aos meios para alcançar a santidade. Mais tarde, ela descreve a entrada na terra de Israel, a correção do ego. No entanto, a Torá descreve apenas as maneiras apropriadas para o povo de Israel, isto é, aqueles que atingem este estado.

Quanto à correção de todo o mundo, ela não é descrita na Torá, mas em outros livros Cabalísticos, como O Livro do Zohar e outros.

Pergunta: Será que isso significa que a Torá não é escrito para o mundo inteiro?

Resposta: Como fonte, a Torá é para o mundo inteiro, porque está escrita na língua universal que está disponível para toda a humanidade. Mas, para usar o texto da Torá diretamente, as pessoas têm que estar no nível de santidade, no qual, por exemplo, Moisés escreveu a Torá. É por isso que nós não entendemos o que está escrito nela.

Pergunta: Em outras palavras, depois de subir acima dos nossos egos, nós realmente entendemos e sentimos o que a Torá diz. Como ocorre a ascensão: consciente ou inconscientemente?

Resposta: A pessoa tem que agir conscientemente. A Torá nos dá uma direção: “Sereis santos”, que é buscar essa regra constantemente. É por isso que nós temos que dominar completamente o nosso egoísmo e elevá-lo ao nível de santidade.

De KabTV “Segredos do Livro Eterno” 09/04/14

Características do Estado Judeu

laitman_936Pergunta: Independentemente da abundância de problemas que Israel sofre hoje em dia, muitas vezes nós somos os únicos que acrescentam à lista dos problemas. Ultimamente, a questão do status legalmente imposto do “Estado judeu” foi apresentado ao público em geral.

Na verdade, o público em geral tem que reconhecer que Israel é o lar nacional do povo judeu de todo o mundo que tem o direito de auto realização e autodeterminação. Além disso, a nova lei afirmará que a terra de Israel é a pátria histórica de todo o povo judeu.

Resposta: Nunca antes tais questões foram levantadas na Diáspora. Nós “nos sentamos calmamente” ao redor do mundo cuidando do nosso negócio.

Quando nos foi dada a oportunidade de voltar à terra de Israel, a questão com respeito a quais leis deveríamos viver emergiu neste país.

O conceito bíblico da “santidade da terra” não é aplicável à situação atual em Israel. Aplica-se apenas sob a condição de que o Templo existe. É por isso que este território não pode ser chamado de “a terra de Israel”. É uma terminologia que se refere ao futuro, ao tempo da chegada do Messias, como parte da fé do povo, ou ao momento em que será criado as boas relações entre nós.

Se nos referirmos às raízes, ainda temos que encontrar definições corretas de termos como “o povo de Israel”, “a terra de Israel”, “Estado de Israel”, e “os judeus”. Além disso, nós temos que definir as noções de “países da dispersão”, “países do mundo”, e “nações do mundo”. Esses termos precisam de um esclarecimento completo. Nós temos que compreender de que forma as nossas leis são diferentes das leis de qualquer outro país no mundo.

Há uma diferença aparente entre o povo de Israel e as nações do mundo. Nós estamos cientes desta divergência independentemente de nós vivermos neste país ou estarmos dispersos por todo o mundo. Tanto em Israel como fora de suas fronteiras, nós vemos uma atitude muito específica para com os judeus em nome das nações do mundo. Por exemplo, nós somos acusados de causar problemas em todo o mundo.

Depois que um policial baleou um cidadão afro-americano em Ferguson (EUA), enormes faixas apareceram nas ruas difundindo que o acidente aconteceu por causa de Israel e é resultado do confronto judeu com os palestinos. Qualquer evento, mesmo aqueles que não têm nada a ver com os judeus, acaba sendo “por causa de nós”. Tem sido sempre assim. Nós podemos ver que estes incidentes acontecem o tempo todo. Essa tendência é construída em sua base.

É por isso que nós devemos perceber exatamente o que acontece conosco e nosso ao redor. O antissemitismo é causado pelo fato de que somos realmente uma nação especial criada por Abraão, no princípio de amar o nosso próximo como a nós mesmos. De acordo com este princípio, nós temos que viver em amor fraterno uns com os outros para que todos sejamos amigos e ninguém faça aos outros o que odeia para si mesmo. Esta é a condição da garantia mútua, união, reciprocidade, quando todo mundo cuida dos outros e os outros se preocupam com um.

Abraão reuniu seus estudantes de toda a antiga Babilônia e criou um grupo que mais tarde se tornou uma nação. Foi o que aconteceu há três mil anos. Em essência, os judeus não são uma etnia no sentido tradicional do mundo; em vez disso, eles são a assembleia de Abraão, os descendentes dos babilônios que se juntaram à Abraão sob o lema do amor fraterno.

Não importa de que tribo ou etnia cada um deles vinha. Se alguém queria fazer uma “cúpula de amor” acima das coisas que os separavam uns dos outros, se alguém estava pronto para se dedicar ao estabelecimento da conexão, do desapego, então se unia à irmandade e se tornava parte do povo de Israel. Esses homens se viam como um todo unificado, não como entidades separadas. Isso é o que Abraão ensinava.

Esta é a base do povo de Israel. Este é o lugar de onde a nossa Torá, o estudo da unidade, vem. Nós não estamos unidos por raízes étnicas. Cada pessoa no mundo pode se tornar um judeu se quiser se unir com os outros e viver de acordo com a lei do amor.

Na verdade, a lei do amor é uma lei do caráter judaico. O objetivo do povo de Israel é levar todo o mundo a entender um princípio unificado: “Ama o próximo como a ti mesmo”. Em outras palavras, o objetivo é levar as pessoas à unidade onde não há desigualdade ou distância. Este é o objetivo da criação. Nós todos temos que alcançá-lo.

É por isso que se diz que temos que ser “a Luz para as nações”; isto é, a nossa tarefa é explicar essa noção a todo o mundo e ajudar outras nações a atingir o estado final.

De KabTV “Uma Nova Vida” 30/11/14

Comunidade Como Um Desafio Ao Capitalismo

laitman_600_02Pergunta: Os sociólogos afirmam que os seres humanos são criaturas sociais, que sua necessidade de fazer parte de uma comunidade ou de uma sociedade é básica e fundamental. Ultimamente, a estrutura das comunidades foi submetida a múltiplas crises que tornou quase impossível imaginar o que a vida comunitária deve ser e o que significa ser um membro de uma comunidade, e em que medida as comunidades influenciam os indivíduos. O que deve ser a vida comunitária, neste momento, na sua opinião?

Resposta: Ao longo de toda a história, as pessoas nasceram e viveram em comunidades. Comunidades eram as casas das pessoas, famílias, e substituíram todo o mundo! Foi assim na África, Ásia e Europa. A comunidade era uma pequena aldeia ou tribo, ou seja, algum tipo de ambiente que constantemente as envolvia com carinho e cuidado.

Esta atitude experimentada pelas pessoas não veio apenas de seus pais. Era uma parte de todo mundo e todo mundo pertencia a uma comunidade; não havia muita diferença entre os membros da comunidade, nem competição, aqueles que eram maiores ou menores. No entanto, um avanço maior foi baseado na evolução do egoísmo. Na medida em que se expandiu, o egoísmo distanciou cada vez mais as pessoas umas das outras.

Esta é a razão pela qual a vida comunitária normal se deteriorou: algumas pessoas ficaram mais ricas do que outras, algumas mais pobres; algumas se saíram melhores, outras piores; algumas eram mais fortes, outras mais fracas.

Ultimamente, o nosso egoísmo tem crescido exponencialmente. Neste momento, nós estamos experimentando “um salto” que só é comparável à explosão do egoísmo na antiga Babilônia. Até recentemente, nós ainda tínhamos alguma vida comunitária em conjunto dentro dos limites de nossos países ou cidades. Cidades medievais ergueram paredes em torno de seus territórios. Elas tiveram que reforçar a sua conexão para resistir aos inimigos externos.

Neste momento, não há nada assim: eu vivo em meu apartamento e me escondo de todo mundo tentando ser completamente independente. Eu nem mesmo sei quem são meus vizinhos; não há nada que me una a eles.

De manhã eu saio do meu apartamento com meus filhos, coloco-os no carro e levo-os para um jardim de infância ou escola. À noite eu trago meus filhos de volta para casa; eles vão para seus quartos, fecham as portas, e na maioria das vezes sequer compartilham o jantar comigo. Esta é como a nossa vida continua.

Ao mesmo tempo, a nossa dependência global da natureza nos espreme e força a conectar cada vez mais. De nossa parte, nós resistimos a esse processo e tendemos a romper as fronteiras desde dentro. Estas duas tendências evolutivas criam um fenômeno que chamamos de crise.

Devido à globalização, nós podemos prover a todos com as coisas essenciais. No entanto, nenhum de nós realmente quer ficar conectado com os outros. Assim, o nosso desejo de viver uma boa vida se transforma em aflição.

É de conhecimento comum que as comunidades têm influência sobre fornecedores públicos, empresas de serviços, etc. Se vivêssemos numa cidade pequena, seriamos capazes de fazer muitas coisas boas para os outros moradores.

Nós estabeleceríamos preços rígidos para os fabricantes e vendedores de alimentos, bem como para aqueles que vendem eletricidade, gás e água. Os preços dependeriam exclusivamente de nós, já que seríamos os principais compradores. Então, nós seríamos os únicos que teriam o direito de exigir e definir preços.

Se criássemos uma ou várias comunidades no ambiente contemporâneo, competiríamos com a abordagem capitalista egoísta que tende a tomar tudo de nós, querendo tirar vantagem de nós com indisfarçável agressão e cinismo. A nossa situação atual nos permite escolher a quem nos dirigir a fim de organizar as nossas vidas da melhor maneira possível.

As coisas podem ser organizadas de forma que as comunidades serão as encarregadas de organizar suas vidas. Isso significa que elas não contratarão empresas de serviços ou firmas se segurança; em vez disso, elas vão criá-las de uma forma nova. No entanto, a primeira coisa que as pessoas devem fazer é estabelecer uma conexão mais estreita entre si, de modo que a sua unidade as molde de acordo com a natureza global. Não é uma tarefa fácil de alcançar.

De KabTV “Uma Nova Vida” 10/08/14