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Música Que Atrai A Pessoa Para A Conquista Do Mundo Superior

Dr. Michael LaitmanPergunta: Para mim, as “Melodias dos Mundos Superiores” é uma série única. A experiência espiritual inigualável que a pessoa sente quando realiza essa música pode ser comparada a um arco-íris, que é singular, mas ao mesmo tempo produz uma variedade de cores diferentes e deixa uma gama muito ampla de emoções, impressões musicais e experiências.

O que é essa música? Como ela se torna integrada ao mundo e à realização espiritual geral de uma pessoa?

Resposta: A música preenche o mundo inteiro. Na superfície do globo, não há lugar onde uma pessoa não se expresse com algum tipo de som. Mesmo os animais cantam, murmuram e ecoam em diferentes vozes, expressando felicidade, amargura, medo e sofrimento. E tudo isso é música, uma expressão de emoções internas.

O mundo está cheio de melodia. Mesmo quando você olha para o céu, as estrelas e o universo, você sente que eles estão cheios de harmonia. E a música é a harmonia.

Em nosso mundo, há muitos tipos de estilos musicais e várias expressões da música. Pessoas de todas as nações do mundo e em todos os períodos históricos têm usado uma variedade de formas musicais ou determinados tipos de convenções externas de comunicação que expressam suas emoções internas.

Mas, além da música terrena usual que compositores ao longo de todos os momentos e as sociedades criaram, há a música espiritual que uma pessoa experimenta quando não está falando sobre a felicidade e sofrimentos terrenos, mas sobre as emoções que sente em alcançar o mundo superior, o poder superior, o Criador. Ao longo da história humana nós tivemos mestres espirituais únicos que marcharam ao lado de humanidade, mas em paralelo a isso ou acima disso. Eles usaram seus próprios métodos de expressão da compreensão espiritual, quando a verdadeira alma canta. A alma não inclui nossas experiências terrenas, mas as experiências da descoberta do estado superior, o mundo superior. Não houve muitas pessoas como estas em cada geração.

O que nos resta são alguns esboços e memórias deles. Mas nós não sabemos qual instrumento musical o Rei David usava. Era um instrumento de cordas, uma flauta, ou, eventualmente, um instrumento semelhante a um violino? Mesmo que tenhamos lido os Salmos, não podemos cantar as músicas como ele cantava.

As palavras escritas não nos dão uma sensação ou compreensão clara de como realizá-las. Ao mesmo tempo, por exemplo, na Torá, acima e abaixo das letras estão sinais claros, as marcas da melodia, que nos dão uma compreensão de como cantar o texto da Torá.

E se a pessoa é avançada em sua realização espiritual, ou seja, no sentimento do sistema de controle em nosso mundo, como ela entra nele, sente, entende, e adapta-se a ele, ela começa a cooperar com ele. Então ela começa um diálogo emocional e intelectual consciente aqui.

Isto é, a realização é realizada em dois níveis, no coração e na mente. Entre eles são criadas transições originais e interessantes, com predomínio de emoções ou predomínio do intelecto. Ainda assim a música é resultante da emoção ou do intelecto. Em outras palavras, a música da alma e seu sentimento geral nascem como resultado das boas relações harmoniosas entre as emoções e a mente. Isso é o que é surpreendente sobre alcançar o mundo superior.

Quando um sábio entra no mundo espiritual, ele começa a sentir uma harmonia superior que não pode ser descrita em palavras, porque sentimentos completamente diferentes e uma mente multinivelada são produzidos dentro dele. Contradições se fundem e se aproximam, e a unidade é estendida em seu lugar.

Assim, os nossos meios musicais terrenos não podem conter o volume e a intensidade que um sábio sente ao atingir o mundo superior. Nenhuma orquestra nem órgão vai ajudar aqui, já que afinal de contas, a ideia não é sobre os instrumentos que transmitem o que um Cabalista sente ao alcançar o mundo superior, ao contrário, ele também é um expectador, que se diz estar pronto de alguma forma para entender o que é transmitido a ele.

Por exemplo, aqueles que assistem a concertos sinfônicos não são pessoas da rua, ou que estão lá fora jogando dominó. O público particular vai a estes concertos, conhece a cultura musical, e por meio dos sons musicais, aspira a sentir níveis particulares de nosso mundo, a vida e a morte e tudo entre eles e o que os preenche. O mesmo ocorre aqui.

É necessário preparar o público para entender a música espiritual, de modo que as pessoas vão começar a ouvir algo superior dentro desses sons, maior do que o ouvido humano normalmente pode entender. Se prepararmos as pessoas, elas vão começar a discernir os sons dos mundos superiores escondidos nestas melodias como se fossem ouvidos dentro delas, vestidos dentro delas e que são revelados apenas às pessoas que podem ouvi-los e entender sobre o que estão falando.

A característica excepcionalmente única da música espiritual é que ela atrai o próprio ouvinte, e ele então começa a aspirar a isso, a se interessar por seu conteúdo interno, e tenta compreender a camada interna da informação emocional e intelectual que ela contém. É possível tocá-la diante de uma platéia inteira e ela mesma os atraírá. Quando chegar a hora, será possível dar um curso de curta duração para ajudar as pessoas a descobrir a camada interna que existe nessas obras.

De KabTV “Conversas com Michael Laitman” 09/02/14

A Esfera Superior Da Natureza

Dr. Michael LaitmanPergunta: O que é o Criador de acordo com a sabedoria da Cabalá? A força superior?

Resposta: O Criador é a natureza mais elevada. A natureza tem muitos níveis, e o nível mais alto inclui tudo o que somos capazes de descobrir com a ajuda de todas as ciências e da ciência da Cabalá, que revela o mecanismo da força de doação. Tudo isso junto é chamado de Criador.

Com efeito, tudo isto está sob o controle das propriedades de Bina, a força da doação geral, que é chamada de Elokim, o Criador. O que existe além disso não é conhecido por nós. A sabedoria da Cabalá dá uma resposta clara a isso, como em qualquer ciência: nós não sabemos o que está acima da força de doação e não somos capazes de revelar isso.

Talvez seja apenas uma restrição temporária. A s gerações estão avançando uma após a outra, revelando e corrigindo a natureza. Talvez, depois de corrigirmos toda a realidade e chegarmos ao fim da correção de todas as gerações, novas oportunidades serão abertas para nós.

Por enquanto, não temos o menor contato com o que está acima da qualidade de doação. Talvez, a natureza exista lá de diferentes maneiras, de modo que nós, devido à nossa estrutura, não somos capazes de compreender e sentir. Quando nós chegamos ao fim da correção, nós podemos falar sobre o que vem depois. Os Cabalistas referem-se um pouco a isso em seus livros, mas ainda não podemos compreendê-los.

Da 4ª parte da Lição Diária de Cabalá 12/12/14, Escritos do Baal HaSulam

O Que Um Cabalista Vê?

laitman_928Pergunta: No artigo, “A Essência da Sabedoria da Cabalá”, Baal HaSulam escreve que todos os mundos são idênticos em todos os seus detalhes. O que isto significa?

Resposta: O mundo inteiro é como uma cópia do mundo superior. A matéria é diferente, as intenções são diferentes, o preenchimento e a essência são diferentes, mas é uma cópia do mundo superior com as características do inferior.

Suponha que haja uma flor em nosso mundo e uma “flor” no mundo superior. A “flor” no mundo superior é um conjunto de características que têm uma conexão entre si, resultando numa flor em nosso mundo.

Um Cabalista que abre o mundo superior, abre os olhos e começa a ver esta conexão. E de acordo com a imagem do nosso mundo interior que se encontra nele, ele começa a atingir o mundo superior e vê as raízes dessa visão de mundo. Ele vê que uma flor no mundo inferior é o resultado de uma reunião de forças particulares no mundo superior, o qual ele está descobrindo agora. De tal maneira que ele tem o “ramo” e a “raiz”, a “raiz” acima, o “ramo” abaixo, e a conexão entre eles.

Assim, o Cabalista olha para o encontro singular destas forças no mundo superior, que resulta numa flor em nosso mundo. Ele as chama pelos nomes de flores, como por exemplo, a “rosa” com seus espinhos e folhas. Ele entende como chamar essas coisas. Caso contrário, ele não teria nenhuma possibilidade de fazer isso.

A linguagem dos ramos vem disso. Sem ela, os Cabalistas não poderiam falar sobre o mundo superior, onde só existem forças. A fim de trocar ideias entre si, os Cabalistas não necessitam de uma linguagem, pois eles próprios são incluídos nestas forças e as ativam. Mas, a fim de transmitir as suas realizações de geração em geração e ensinar, eles precisam da linguagem dos ramos. Esta linguagem é muito precisa, pois eles conhecem cada raiz para cada ramo neste mundo, e uma vez que tem um nome, é claro para eles o que chamar de raiz.

Para nós, isso é um problema. Quando nós abrimos os livros de Cabalá, vemos que tudo está escrito na nossa língua materialista. Isso nos confunde e começamos a pensar que está falando do nosso mundo. Mas os Cabalistas não estão se refereindo a este mundo de forma alguma. Apenas as ciências físicas estão envolvidas com este mundo.

Pergunta: Há raízes no mundo superior para todos os ramos em nosso mundo?

Resposta: Sim. Para tudo o que existe no nosso mundo existem raízes no mundo superior, mas elas são desconhecidas para nós. Alguém poderia perguntar isso de forma diferente: Há muito mais raízes no mundo superior que não têm ramos em nosso mundo? Não, para cada raiz há um ramo em nosso mundo. Não há Luz ou fenômeno em Olam Ein Sof (Mundo do Infinito) que não alcance o ponto mais baixo do mundo.

Em nosso mundo, o Cabalista ainda vê a Luz que está trabalhando dentro da matéia, ao passo que nós só vemos o envoltório, a substância. Considerando que ele vê a Luz, a energia que ativa todos os componentes da substância, ele vê a intenção da criação, o objetivo da criação, o pensamento de criação. Portanto, por trás de todos os rostos, de todos os seres da natureza inanimada, vegetal e animal, ele vê a realização do objetivo da criação em cada momento, seja um pouco mais no caminho do sofrimento – “a seu tempo” (Beito), ou um pouco mais no caminho da Luz – “eu vou apressá-lo” (Achishena). Ele vê como este mundo está em constante progresso, como se estivesse se equilibrando.

Da 4ª parte da Lição Diária de Cabalá 15/12/14, Escritos do Baal HaSulam

A Sabedoria Da Cabalá E As Ciências Corporais

laitman_283_02Pergunta: Qual é a diferença entre a sabedoria da Cabalá e as outras ciências?

Resposta: Você atinge e estabelece todas as outras ciências por seus cinco sentidos fictícios, enquanto que atinge e estabelece a sabedoria da Cabalá por um novo sentido, recebido de Cima e pelo qual você explora o mundo superior (visto que tudo só existe com relação à criatura).

A diferença entre a sabedoria do nosso mundo (que inclui todas as ciências que já foram reveladas por nós e que ainda estão por ser reveladas) e a sabedoria da Cabalá, é que na ciência da Cabalá você tem um senso de doação e pode controlar e explorar a si mesmo, o mundo espiritual, a Divindade e este mundo.

Por outro lado, na ciência convencional, que estuda este mundo, não há nenhuma perspectiva externa, nenhum ponto de vista objetivo a partir do qual você pode ver o mundo e a si mesmo, e ver o que é certo e o que é errado e como tudo é subjetivo. Claro que tudo é totalmente subjetivo no que diz respeito aos seus sentidos. Se você tivesse sentidos adicionais ou um sexto dedo, você descobriria algo novo.

Isto significa que as ciências do mundo e os estudos neste mundo usando os cinco sentidos que a pessoa tem são muito limitados e destinam-se apenas a trazer a pessoa a tal desenvolvimento de seu ego, do seu desejo de receber, onde ela entenda e perceba que não pode avançar mais com o sentido de receber que tem agora.

Pergunta: Então, qual é o sexto sentido que uma pessoa adquire quando estuda Cabalá?

Resposta: O sexto sentido é esse atributo de doação. Se a Luz brilha sobre você e lhe influencia, ela lhe dá seus atributos e, assim, você recebe o atributo de doação, que simplesmente chamamos de sexto sentido. Não é apenas um outro sentido em acréscimo aos seus sentidos corporais.

A Luz lhe dá um atributo adicional no qual você pode ver e sentir o que é externo ao desejo de receber, que é externo a você.

Da 4ª parte da Lição Diária de Cabalá 14/12/14, Escritos do Baal HaSulam

Não Semearás O Teu Campo Com Dois Tipos De Sementes

Dr. Michael LaitmanPergunta: É dito na Torá: Não perimitirás que se ajuntem misturadamente seu gado com espécies diferentes. Não semearás o teu campo com uma mistura de sementes, e uma roupa que tenha uma mistura de dois tipos de material não virá sobre ti. O que isso significa do ponto de vista espiritual? Qual deve ser o trabalho espiritual de uma pessoa ser?

Resposta: Trata-se das linhas direita e esquerda que você não tem direito de conectar. Cada ação que você faz, cada pensamento ou desejo que você tem, deve ser realizada de modo a que se destinem à doação ou recepção. Deve haver o esclarecimento correto dos atributos de uma pessoa e o reconhecimento de que ela só está recebendo a fim de doar ou doando a fim de receber.

Gado, campo, ou roupa se referem a diferentes níveis dos desejos de uma pessoa: animado, vegetal e animal. Está tudo dentro da pessoa, e ela é um pequeno mundo! Esta é a nossa primeira afirmação. De acordo com essa percepção, tudo está dentro de nós e nós refletimos isso através dos nossos sentimentos.

De KabTV “Segredos do Livro Eterno” 09/04/14

A Unidade É A Garantia De Vitória, Parte 1

Dr. Michael LaitmanPergunta: O que exatamente nós comemoramos em Chanucá? Com que estamos felizes e como podemos tornar nossa vida feliz hoje, não só nos feriados?

Chanucá é dedicada a eventos que aconteceram em 167 aC, a guerra dos Macabeus. Mas a guerra foi conduzida não apenas contra os gregos.

Entre o povo de Israel havia um grande cisma que dividiu a sociedade em dois grupos: aqueles que se opunham à invasão dos gregos e os que a apoiavam. A elite secular aceitou os novos valores que foram trazidos para o povo de Israel pelos gregos.

E o segundo grupo, que se autointitulava Macabeus, opôs-se à penetração da cultura grega no povo judeu. Desta forma, um cisma apareceu entre as pessoas, uma guerra ideológica interna. E tudo isso estava sob as condições de uma grave ameaça externa.

É possível ver aqui algum tipo de paralelo com o que está acontecendo em nossos dias na sociedade israelense, que hoje também vive sob condições de um cisma interno e uma ameaça externa?

Resposta: É evidente que a situação hoje é muito diferente das guerras dos Macabeus. Isso ocorre porque os gregos não vieram para conquistar a terra de Israel; eles só queriam incutir a sua cultura, a atitude para com a natureza, a ciência, e o modo de vida nela.

Esta foi a essência interior dessas guerras. Eles tinham a intenção de disseminar o materialismo grego para todos. Os gregos concordavam que existem forças superiores da natureza, mas elas eram muito simples. O principal era que a pessoa deveria se curvar a elas, e então poderiaviver como quisesse a respeito de tudo o resto.

Eles não exigiam que a pessoa vivesse de acordo com as leis da conexão e unidade, como era costume entre o povo de Israel. Assim, muitas pessoas aceitaram de bom grado o domínio dos gregos. Se uma pessoa aceitasse a cultura grega, suas estátuas, seus estádios, ela iria se tornar como eles. Muito mais tarde, os ingleses e franceses estabeleceram colônias em países africanos com objetivos idênticos, levando sua cultura até eles.

Em outras palavras, esta foi uma guerra de culturas. Entre o povo de Israel, a guerra eclodiu, porque as pessoas não queriam aceitar a abordagem materialista grega à vida. Isso levou a um cisma interno entre o povo de Israel, entre aqueles que aceitaram a abordagem grega e aqueles que se opuseram a ela.

A abordagem materialista da vida foi aceita especificamente pelas elites, os oficiais militares, os ricos, os executivos e os estratos mais altos da sociedade.

Pergunta: E qual era a cultura do povo de Israel nesse período em que eles tanto queriam se proteger dos gregos?

Resposta: Esta era a mesma cultura que se manifestou no grupo de Abraão, com base no: “E você deve amar o seu amigo como a si mesmo”. Ela conectava todos pelo amor e doação mútua. Cada um entendia que estava conectado a todos os outros e só existia graças a esta conexão e unidade.

Através da realização de uma conexão como esta entre eles, eles sentiram a sua conexão com o poder superior da natureza. Isso ocorre porque há apenas um poder superior agindo em toda a natureza, que pode ser chamado de Criador.

Este poder ilumina a pessoa de acordo com a lei de equivalência de forma. Quando nos conectamos entre nós, nós também nos tornarmos únicos, como este poder. E assim ele começa a nos iluminar e nós o sentimos. Sentimos essa iluminação, a presença desse poder brilhante entre nós, que nos traz bênção e sucesso em todas as nossas atividades.

É como uma boa energia que é descoberta em cada pessoa no meio do povo de Israel e em todas essas pessoas juntas.

Pergunta: Se essa força é portadora de tal bondade, por que os gregos foram contra ela?

Resposta: A ideia é que, a fim de descobrir essa força em nossa conexão, é necessário realizar uma luta com o nosso ego. Isso ocorre porque o ego nos afasta um do outro e é preciso combatê-lo o tempo todo, a fim de ter uma inclinação a ser atraído a todos.

Portanto, nós temos que despertar as forças da sociedade que obrigarão cada um a ser atraído a isso, divulgar este conhecimento e apelar para que todos possam estar preocupados com todos os outros. Isso é chamado de responsabilidade mútua. A principal coisa é a conexão e união entre nós. Nós existimos e ganhamos somente graças a isso.

De KabTV “Uma Nova Vida” 11/12/14

É Impossível Conhecer O Mundo Apenas Por Suas Partes

Dr. Michael LaitmanPergunta: Quando há uma necessidade de trabalhar em conjunto, grupos de pessoas se reúnem e determinam quem é forte em quê, e se eles entendem e executam alguma atividade juntos. Por que esse mecanismo não funciona num nível global, entre as nações? Por que não nos entendemos?

Resposta: A supervisão superior é uma supervisão orientada à meta e por isso nos acompanha e orienta à realização completa. Esta é a realização do Criador, ou seja, a realização da única força geral universal que preenche tudo. Em outras palavras, uma pessoa se desenvolve de tal modo que, no final, será capaz de se realizar através do sistema de mundos, e através do sistema, vai entender a força geral que existe na natureza.

Quando nós fomos criados, podíamos absorver algo só através de pequenos e discretos segmentos, peças ou seções. O máximo que estávamos dispostos a fazer era organizar juntos essas pequenas seções e criar uma forma integral a partir delas.

Por outro lado, o Criador existe na forma analógica, para além da forma integral, e num nível superior, onde não existem limites. Essa é a Sua natureza, a natureza da doação pura. E Ele quer nos levar a esse nível.

Assim, os nossos planos atuais não vão ajudar. Não importa o quanto nós queremos saber e estar conscientes do mundo, nada vem dele para nós. Pelo contrário, nós temos que chegar a um estado em que nos desesperamos com todos os nossos planos e metas, visto que nenhum deles tem sucesso, e entendemos que a principal coisa é que há um plano muito original na natureza e que vale a pena implementá-lo. Só então é que vamos alcançar tudo através da mudança de nossa própria natureza.

Hoje nós queremos nos tornar conscientes da natureza na forma digital. Mas isso não vai funcionar, pois cada segmento difere dos demais. Só é possível alcançá-los todos juntos, começando em pequena escala, e numa escala cada vez maior depois disso. Esta forma é chamada ascender os níveis dos mundos. Mas se nós só queremos conectar os segmentos separados uns com os outros, isso não vai funcionar para nós e não seremos capazes de montar o quadro geral a partir disso.

Portanto, nossos planos não serão realizados. De acordo com a nossa inteligência atual, não vamos alcançar nada que se encontra acima dos níveis do inanimado, vegetal e animal. Hoje nós chegamos ao final do desenvolvimento dos níveis inanimado, vegetal e animal, e agora se exigem níveis mais elevados de desenvolvimento, a fim de continuarmos. Mas estes níveis exigem a nossa participação pessoal, interno, psicológica, e aqui chegamos ao fim da ciência.

Pergunta: Isto é, nós nunca podemos explicar logicamente às pessoas a sua pobre situação?

Resposta: Nós não teremos sucesso. Não é só “de suas ações lhe conheceremos”. Mesmo que você possa ser um grande Cabalista, você não pode explicar os fenômenos espirituais para uma pessoa, mesmo que ela possa ser muito inteligente. Visto que ela não está familiarizada com as transformações que você está passando, é impossível explicar e descrever fenômenos analógicos numa linguagem digital. Lá você está alcançando a Divindade num grau ou outro, e aqui você está conectando partes ou segmentos, ou seja, partes separadas do todo.

Da 4ª parte da Lição Diária de Cabalá 07/12/14, Escritos do Baal HaSulam

O Centro Do Mundo – O Centro Do Pensamento

Dr. Michael LaitmanPergunta: Sua academia é chamada de “Academia Internacional” e parece que isso não é em vão. Junto com isso, como um Cabalista, você acha que deve viver apenas em Israel?

Resposta: A partir desta perspectiva, Israel é o ponto central do mundo. Em primeiro lugar, é necessário estabelecer uma sociedade harmoniosa aqui, construída sobre as corretas relações mútuas entre as pessoas.

No momento em que começarmos a fazer isso, mesmo em pequena escala, a atitude das nações do mundo em relação a nós imediatamente começará a mudar. Isso ocorre porque a nossa influência sobre elas não funciona através de sua consciência, mas por meio de um sistema de gestão comum.

Comentário: Você supõe que o centro do pensamento deve estar especificamente lá, onde a nação de Israel se encontra, e depois disso é necessário difundir de lá a todo o mundo. Mas isso pode se tornar a fonte de uma atitude negativa em relação a você do resto do mundo inteiro.

Resposta: Por quê? Diga ao mundo inteiro que você está construindo uma nova sociedade para mostrar a todos como é necessário existir, e, de repente, você vai ver como todo mundo entende você.

Comentário: Mas alguns babilônios não vão entender isso e vão dizer que esta é a sua terra.

Resposta: Eles vão ser mudados imediatamente! Não há nenhuma conexão com os árabes aqui. Eles são simplesmente um brinquedo para colocar pressão sobre nós, até que realmente entendamos o que devemos fazer. Tudo depende de nós!

As nações do mundo não têm liberdade de escolha; pelo contrário, é só conosco! Pois já houve um momento em que nós subimos acima do nível egoísta e que existíamos dentro de duas forças, uma força egoísta (receptiva) e uma força altruísta (doadora). Hoje nós precisamos equilibrar o egoísmo através do altruísmo e criar uma sociedade de harmonia. No momento em que começarmos a fazer isso, as nações do mundo vão mudar a sua atitude em relação a nós.

Ao longo da história humana, muitos pensadores e filósofos de diferentes culturas têm falado sobre isso, mas eles não têm as ferramentas para fazer isso. Enquanto que nós temos essas ferramentas, que são a sabedoria da Cabalá e o gene espiritual interior (Reshimo) que está latente dentro de nós.

De KabTV “Uma Opinião Especial” 17/08/14