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O Ideal De Amor E Doação

Dr. Michael LaitmanO Criador, o ideal de amor e doação, deve ser constantemente retratado diante de nós de forma clara e precisa. Nós devemos perceber que podemos entender este ideal e revelá-lo em certa medida.

Isto significa que o Criador é algo que nós sentimos fora de nós mesmos. Não há condição para alcançar a criação, e tudo é sentido em nossos desejos e em nossos atributos.

O atributo mais elevado é o de Keter, no qual sentimos o Criador; é o atributo de amor e doação resultante do trabalho das nove Sefirot inferiores.

Assim, nós temos que nos ajustar de acordo com este diapasão, de acordo com a décima Sefira superior e adaptar constantemente todas as outras Sefirot a ela.

Isto não é fácil, já que a intenção correta é atingida no grupo durante o estudo, atraindo a Luz Superior do ponto de Keter e usando todos os outros atributos. Tudo o que nós fazemos neste mundo, ao estabelecer a conexão mútua entre nós, é necessário a fim de nos checarmos constantemente por meio desta conexão.

A parte mais superior de Keter tem que estar separada de nós. Nós temos que purificá-la cada vez mais, para elevá-la e separá-la de nós. Ela tem que se tornar mais transparente em nossos sentimentos.

Assim, há oito Sefirot: Hochma, Bina, Hesed, Gevura, Tiferet, Netzach, Hod e Yesod, nossos desejos que podem ser corrigidos, e Malchut, que não pode ser corrigida.

A mais Sefira mais elevada – Keter, a Sefira mais inferior Malchut, e tudo o que possamos imaginar entre Malchut e Keter está entre elas como oito Sefirot. É em relação a este sistema que trabalhamos.

Em cada fase de seu desenvolvimento, a pessoa tem que pensar apenas em como pode elevar Keter ao revelar Malchut mais e mais e tentar vê-la como Keter nos oito atributos anteriores.

Keter brilha para baixo, e no final da correção se espalha de uma forma que se funde gradualmente com Malchut com a ajuda do trabalho nas oito Sefirot entre elas por 6.000 anos ou 125 níveis. As oito Sefirot entre Keter e Malchut representam a rede de nossas conexões mútuas.

De KabTV “Segredos do Livro Eterno” 26/03/14

Exigir A Força Do Messias

Dr. Michael LaitmanRabbi Judá, Tratado Yoma 10a: O filho de David não chegará até que o ímpio reino de Roma espalhe [sua influência] por todo o mundo por nove meses. O ímpio reino de Roma é a força que domina o coração e a mente da pessoa, rejeitando tudo o que a Cabalá diz sobre o propósito da humanidade. Ele lança a pessoa ao nível de nosso mundo em preocupações e objetivos materiais, e ela fica imersa no culto do corpo e politeísmo.

Isto é o que aconteceu em Roma e na Grécia, conforme elas foram mutuamente se completando: a Grécia na filosofia e na ciência, e Roma na força física e na luta pelo poder terreno. Portanto, Roma e Grécia, nesse sentido, são o oposto de Jerusalém.

O reino das más ações são aqueles países governados pelo mal, mas não explicitamente. É possível chamar os Estados Unidos, por exemplo, de reino do mal, uma vez que parece ser um país livre?

No entanto, ao mesmo tempo, tal estado parece prevalecer no cenário pessoal, público e de Hollywood de toda a sociedade, visando tornar a pessoa um robô absoluto, fazendo uma lavagem cerebral, na medida em que ela não pensa em nada e age de acordo com as normas prescritas por este ambiente.

Nós vemos isso não só nos Estados Unidos, mas também em muitos outros países que operam no mesmo princípio. Só nos Estados Unidos, isso é visto de forma mais clara e vívida.

“Espalhar por todo o mundo por nove meses” significa alcançar a maturação final e o nascimento. Quando ela estiver realmente pronta para crescer em nosso mundo e conquistá-lo totalmente, a força do Messias vai se manifestar na fronteira entre o desenvolvimento intrauterino e extrauterino. Daí ela pode se manifestar a partir da condição oposta.

No entanto, do que está acontecendo no mundo, nós podemos concluir que não estamos neste estado e que ainda devemos trabalhar duro para alcançá-lo. De qualquer forma, nós chegaremos a ele ao nos esforçarmos para frente, num caminho ruim ou bom.

Nós queremos criar o nosso caminho para que a humanidade evite catástrofes, guerras, desastres e crises, para que todos esses problemas sejam resolvidos dentro de nós na luta contra a nossa natureza e convocando a força que nos puxa para fora, que é chamada de Messias, o libertador.

Portanto, nós devemos nos esforçar só pelo bem, e por outro lado, mesmo que nos sintamos maus, não vai ser real, porque vai se manifestar apenas em relação ao bem que revelamos. Em outras palavras, um pouco do mal será suficiente para percebermos que não pode ser pior, porque tudo é determinado em comparação.

Vamos encher o mundo com a Luz, e então veremos dentro dela, pequenos pontos de egoísmo (escuridão). Isto será suficiente para desejarmos nos livrar deles e apelar ao Messias, à força que vai nos libertar do ego.

De KabTV “O Messias Virá?” 14/11/14

Em Cada Um De Nós Existe Um Jó Tolo

Dr. Michael LaitmanPergunta: Na bem conhecida história de Jó, o sofrimento humano é descrito, o qual, em maior ou menor grau, toca cada um de nós. Jó era (Jó 1:1): …sincero e correto, e o que temia a Deus e evitava o mal. Apesar de tudo, os problemas caíram sobre ele um após o outro.

No final, a notícia mais amarga chegou que uma forte tempestade tinha destruído a sua casa e seus dez filhos foram todos mortos. Quando ele ouviu sobre esses eventos, ele afirmou (Jó 1:21): …Nu saí do ventre da minha mãe e nu deverei voltar para lá; o Senhor deu e o Senhor tomou; abençoado seja o nome do Senhor. A primeira pergunta que aparece para cada um de nós é: “Isto foi o destino?”.

Resposta: Não existem acidentes. Há forças da natureza que atuam e influenciam todas as partes da criação e todas as criaturas em geral, e em partes separadas de substâncias e nas substâncias em geral. Você pode se relacionar com elas como quiser, mas primeiro você conclui que este não é apenas um destino cego, mas um processo que atravessa toda a criação e inclui você.

Ao contrário das naturezas inanimada, vegetal e animal, nós temos a habilidade, com a ajuda da unidade e da conexão entre nós, de atingir uma conexão comum, graças à qual deixamos de ser a parte nociva da natureza. Através disso, nós neutralizamos os desenvolvimentos ruins. E o mesmo desenvolvimento que deve existir vai passar por cima de nós na direção certa.

Pergunta: Segue-se que a liberdade que nos é dada é expressa numa mudança de atitude em relação ao que está acontecendo?

Resposta: Isto não é apenas uma atitude interna, mas também uma ação. Toda a natureza está unida. E a humanidade dentro desta natureza tornou-se um fator negativo, já que as divergências nos destroem, com cada um construindo a si próprio em detrimento de outros; nós nos odiamos, nos distanciamos uns dos outros e brigamos o tempo todo.

Segue-se que em toda a natureza, somente nós somos prejudiciais, e todos os tipos e catástrofes acontecem conosco. Se continuássemos a nos conectar com unidade, acordo, cooperação e Arvut (garantia mútua), certamente aceitaríamos de forma positiva as forças que nos desenvolvem. A liberdade nos é dada para isso.

Pergunta: Por que especificamente Jó, que era “sincero e correto e que temia a Deus e evitou o mal” é o único que recebeu golpes, tornando-se o símbolo do sofrimento humano para todas as gerações?

Resposta: Se perguntarmos às pessoas que nos rodeiam, todas vão dizer que são sinceras e corretas, como Jó. “Eu sou mau? De maneira nenhuma! Eu sou um cidadão decente e fiel!” É assim que cada um de nós se relaciona consigo mesmo. Ninguém sente o desequilíbrio geral! “Quanto a mim, o mundo inteiro deve queimar. O mais importante é que vai ser bom para mim; eu não vou sentir isso. Eu estou pronto para estar numa ilha isolada no coração do oceano do mundo ardente, e nada me preocupa”.

Foi o que Jó também pensou: “Graças a Deus, eu tenho tudo, então tudo bem”. Ele era sincero e íntegro quando era bom para ele, e quando se tornou ruim, ele também agradeceu ao Criador: “o Senhor deu e o Senhor tomou; abençoado seja o nome do Senhor!” Em última análise, ele percebe o que está acontecendo como a ação do poder superior que ele não pode influenciar de forma alguma. Eu diria que ele é retratado como um tolo. Ele concorda com o que aconteceu e com tudo o que existe, mas ele próprio não faz nada.

Eu acho que a mesma coisa está acontecendo hoje com as pessoas. Pergunte a qualquer um: “Há uma crise?” Sim. “Há mudanças climáticas?” Sim. “É verdade que é perigoso?” Sim. Todos veem que não há trabalho, as pessoas estão doentes, há o divórcio de casais e as crianças vivem na rua. Tudo isso é verdade, mas graças a Deus! Por que “Graças a Deus?” E onde está você? Como você é “sincero e correto”? “Graças a Deus”. Esta é a sua atitude? É assim que deve ser? Portanto, o sofrimento continua para que o povo mude sua atitude perante a vida.

De KabTV “Uma Nova Vida” 28/05/14

O Caminho Do Sofrimento Não É O Caminho

Laitman_633_3Nossa tarefa é fazer um esforço, “como um boi para o fardo e um burro para a carga” (Masechet Avodah Zarah 5b) Há uma meta e nós devemos alcançá-la de qualquer maneira. Ou o anfitrião vai se sentar sobre nós e nos dar golpes com um chicote, e então vamos agir como animais, ou através do ambiente nós mesmos vamos desenvolver a importância da meta dentro de nós, ansiando em ser como um Adão (homem) que é “semelhante” (Domeh) ao Criador e alcançar a adesão com Ele. Assim, nós avançamos por conta própria, sem esperar os golpes.

Desta forma, nós damos satisfação ao Criador. Nós não damos ao Criador qualquer satisfação, apenas o fazemos por causa dos golpes. Esta é toda a diferença entre o caminho natural do desenvolvimento “em seu tempo” (Beito) ou o caminho da aceleração do tempo, “eu o apressarei” (Achishena), o caminho da Luz.

É impossível que eu chegue à minha correção por meio do sofrimento, o caminho do “em seu tempo”. Cada golpe muda alguma coisa em mim, mas não é considerado como sendo eu e não é gravado na minha conta. Pois a grandeza do Criador, a importância da meta e a devoção são o que é exigido de mim, coisas que devem vir da pessoa, o que a caracteriza; ao passo que, é através dos golpes que eu sou sacudido um pouco a despertar e me empurrar para o escrutínio, trabalho e mudanças nos valores. Portanto, nós devemos entender que é impossível avançar através dos golpes.

Ou nós desenvolvemos a importância do próximo estado através do ambiente desde o início, o qual de acordo com nossa natureza não é importante para nós, mas através dele nós construímos sua importância e avançamos, ou recebemos golpes que nos obrigam a iniciar este processo. Mas, no final, nós estaremos fazendo o mesmo trabalho com o ambiente, a importância da meta, a importância do Criador e o esclarecimento da inferioridade do nosso ego.

Portanto, não existe o “caminho de sofrimento”. O caminho “em seu tempo” não é um caminho. Ele apenas nos ajuda a entender que o Criador nos empurra em direção às mudanças e nos obriga a despertar através desses golpes. Então eu entro num grupo para isto, que é o ambiente certo que começará a me empurrar.

Embora isso seja desagradável para mim, eu não fujo; pelo contrário, apesar de tudo, eu entro ainda mais. Todos nós precisamos estar cientes de que num estado como este, é impossível fugir; pelo contrário, é preciso avançar. Se eu quero entrar e me deparo com uma oposição, eu posso recuar e sair, e também posso empurrar ainda mais e entrar.

Portanto, não há caminho do sofrimento. Se eu não me empurrar através do ambiente por mim mesmo, então a pressão sobre mim será aumentada desde cima. Então o mesmo esforço que eu tive que fazer para avançar no caminho do “eu o apressarei” e não dei, assumirá a forma de sofrimento e golpes que me obrigarão a voltar para o caminho certo.

Não é necessário esperar por golpes e sofrimento para avançarmos. Nós não avançamos para nenhum lugar através do sofrimento. Nas melhores circunstâncias, vamos querer fugir dos golpes para o ambiente correto, e lá já vamos começar a esclarecer como ir pelo caminho do “eu o apressarei”, ou seja, a importância do ambiente, do Criador, a do professor e de todos os meios que podem nos puxar para frente. Este deve ser nosso primeiro nível, e então nós aceleramos o tempo e o nosso desenvolvimento.

Da 1ª parte da Lição Diária de Cabalá 26/11/14, Escritos do Baal HaSulam

A Verdade Acima De Tudo

Dr. Michael LaitmanA Torá, “Levítico” 19; 11: Não furtareis; nem mentireis, nem usareis de falsidade com cada um do seu próximo.

“Não furtareis” significa que você não deve tomar sobre si o que não pode corrigir, uma vez que pertence a outra pessoa e não a você. Trata-se da realização do limite da capacidade de uma pessoa de trabalhar a fim de doar.

Você tem que tirar as partes não corrigidas de seus desejos, pois, caso contrário, não será capaz de trabalhar com elas a fim de doar. Portanto, você não tem o direito de cruzar a fronteira (o canto do seu campo), que separa todas as dez Sefirot da décima parte, e você deve determinar que esta parte não é sua. Mesmo que estes sejam seus desejos, se você não pode corrigi-los, eles não podem ser seus.

“Nem mentireis, nem usareis de falsidade com cada um do seu próximo” significa que você tem que ver a fronteira clara entre os desejos nos quais você trabalha (parte superior da sua alma, GE) e os desejos da parte inferior da alma com os quais você não pode trabalhar a fim de doar, e com relação a que você se restringe e não toca.

Em outras palavras, não importa que relações você tenha com os outros, a verdade está acima dessas relações e seus diferentes resultados. Isto significa que a verdade, o Criador, Seu lugar, Sua grandeza, a lei do mundo e do universo, está acima de tudo e de todos.

Portanto, uma pessoa não pode trabalhar quando a verdade está sob seu controle. Ela tem que se colocar constantemente no âmbito do sistema de valores que não lhe pertencem de forma alguma. Eles sempre devem vir em primeiro lugar, e ela deve aceitá-los acima de todas as suas decisões e soluções.

Pergunta: Se nós falamos sobre a conexão entre as pessoas, há sempre uma força chamada Criador entre nós? Isso significa que ela é independente da conexão real, mas que há uma conexão em prol da unidade?

Resposta: Nós temos que estabelecer uma conexão completa e absoluta entre nós chamada Criador. Se nos concentrarmos nessa conexão, ela gradualmente irá ser revelada entre nós. Esta intenção constante pela revelação máxima do Criador é nosso contínuo movimento para frente, na medida em que aprendemos o método de conexão, unidade e correção, que é a Torá.

Portanto, “nem mentireis, nem usareis de falsidade com cada um do seu próximo”, significa que não pode haver uma conexão entre nós sem o Criador.

De KabTV “Segredos do Livro Eterno” 26/03/14

Quem Corrige A Décima Parte De Um Desejo?

Dr. Michael LaitmanTorá, “Levítico”, Kedoshim 19:9-10: Quando também fizerdes a colheita da vossa terra, o canto do teu campo não segarás totalmente, nem as espigas caídas colherás da tua sega. Semelhantemente não rabiscarás a tua vinha, nem colherás os bagos caídos da tua vinha; deixá-los-ás ao pobre e ao estrangeiro. Eu sou o Senhor vosso Deus.

Um campo significa os desejos materiais de uma pessoa, que ela deve cultivar. Enquanto os corrige, ela os utiliza para a unidade e interação em todo o sistema de interconexão entre todas as pessoas.

“Nem as espigas caídas colherás”, significa que você não é capaz de se corrigir completamente. As primeiras nove Sefirot se corrigem através de nossos esforços, pedidos, interconexão e o trabalho com outros. A décima Sefira não só é impossível de corrigir, mas mesmo pedir isso é impossível. Não podemos pedir para esse egoísmo trabalhar para a doação, uma vez que ele é a nossa fundação que nos separa do Criador.

Suponha que nós temos um desejo de certa espessura. Ele pode absorver as propriedades do Criador até a última seção, até a décima. A décima parte não aceita as propriedades de doação.

Se nós corrigíssemos todas as nove partes, no final chegaríamos a um estado onde haveria apenas um décimo restante, que será corrigido pelo Criador. Este será Seu último ato, que terminará os 6000 anos de nossa correção.

A incapacidade de autocorrigir a décima parte se manifesta em todas as ações proibidas. Nós falamos sobre os desejos em diferentes níveis. Existem desejos no nível inanimado, onde você quer criar desejos no nível vegetal, ao se elevar do solo para o próximo nível, como uma planta.

Há desejos que se tornam do nível animal a partir do vegetal, e esses desejos do nível animal você eleva o nível de MAN. Em todas estas correções, sempre há ações que são proibidas para você, e tudo isto está relacionado com a décima parte.

Mas há momentos em que você pode tomar alguns desejos da décima parte que se chama “remover a parte superior do leite” e movê-los de volta às primeiras nove Sefirot. Portanto, desejos proibitivos são relativos. Isto significa que você não pode usá-los, mas o pobre que passa ao lado de seu campo pode.

É também uma correção. Você deixa o seu desejo proibido aos pobres, e quando o pobre os utiliza, corrige sua décima parte. Você não pode elevar essa parte da propriedade de recepção para a propriedade de doação, mas o pobre pode.

Por sua vez, a pessoa pobre que recebe este alimento de você não é capaz de usar sua décima parte dele, e deveria dá-la como uma doação (Maaser) ao Templo ou algo semelhante. É assim que a corrente de nossa interconexão deve trabalhar.

Pergunta: Como se vai sentir que esta é a décima parte com a qual eu não posso trabalhar?

Resposta: Você vai sentir isso quando não tiver mais forças para fazer qualquer coisa. Se você sentir que deu seus 100%, então você só tem um décimo restante.

Trabalhando com a Luz em níveis elevados, a pessoa sente e controla todos os seus desejos e é capaz de ver através de si mesma. Em nosso estado nós ainda não percebemos isso; no entanto, um Cabalista, que está no ambiente espiritual, é capaz de separar claramente as primeiras nove Sefirot da décima. Ele sente o que é possível fazer e o que não é. Isso em primeiro lugar.

Em segundo lugar, ele sente o canto(limite) do seu campo aqui como sua Malchut, seus desejos, sobre os quais não tem controle e, portanto, deixa-os.

Para melhor entender esta ação, imagine que você pediu para uma pessoa no nosso mundo matar o próprio filho, como Abraão foi ordenado a fazer. Uma pessoa normal faz isto? Nunca. Existem certos limites (o canto do campo), que nós não podemos transgredir.

De KabTV “Segredos do Livro Eterno” 26/03/14

A Inclinação De Uma Pessoa É Má Desde A Sua Juventude

Laitman_167Pergunta: No final de sua jornada, depois de ter passado por tudo o que uma pessoa pode sentir na vida, o Rei Salomão diz no livro do Eclesiastes que, finalmente, todos vão ouvir o Senhor e temer Seus mandamentos, e vão observá-los já que isto é o que uma pessoa é. O que ele entendeu no final da sua viagem?

Resposta: Uma pessoa foi criada para cumprir as leis da natureza. Ela tem que aprender como cumpri-las. A lei da natureza, de acordo com a Torá, é simplesmente “ama o teu próximo como a ti mesmo”.

Se você chega a isso, você alcança a felicidade de forma simples e inequívoca. O Criador, isto é, a natureza, diz a você: “Eu criei a inclinação ao mal, eu criei a Torá como um tempero, pois a Luz nela reforma”. Nós temos que cumprir está única fórmula e então tudo ficará bem.

Porque todos os desejos de uma pessoa são egoístas, a fim de receber: “a inclinação de uma pessoa é má desde a sua juventude”, o que significa que ela quer receber tudo para si. Portanto, a realização desses desejos nunca nos traz felicidade. Uma pessoa alcança a felicidade somente se encontra nestes desejos a atitude correta em relação aos outros e os satisfaz sob a forma de doação.

Esta forma de doação é chamada de Hevel (isto é, “vaidade” em Hebraico) e você se concentra apenas nisso. Esse significado dever ser tomado no sentido positivo e não no negativo. Então, “tudo é Hevel Havalim (vaidade das vaidades)!” é com um ponto de exclamação e não com reticências.

Eu quero me conectara todos dessa maneira para preencher seus desejos e eles preenchem meus desejos, assim nós podemos nos alimentar mutuamente: eu posso alimentar você e você pode me alimentar. Mas ninguém nunca pode se preencher.

Pergunta: Vamos continuar a viagem. Suponha que ele descobriu isso hoje. Pode ser que em um ano ele olhe para trás e diga a si mesmo mais uma vez que a felicidade não está lá?

Resposta: Quando você se conecta com todo mundo, você constrói uma sociedade em que todos estão incorporados num todo e todos preenchem a todos. Não há nenhum limite aqui. É uma sociedade infinita como um círculo. Este círculo nunca termina e o desejo geral comum e o preenchimento são constantemente renovados.

Então nós atingimos o estado de uma vida coletiva quando eu saio de mim mesmo e sinto a todos. É como se eu estivesse desapegado deste corpo físico e entrasse no espírito que é externo a mim. Eu vivo nos outros e é assim como eu sinto a vida eterna.

Assim, eu começo a sentir a minha vida numa forma espiritual, praticamente externa a mim. Eu entro numa dimensão totalmente diferente e ascendo sobre o sentimento de vida, morte e tempo. Assim, eu adquiro um novo estado psicológico. Isto é o que devemos alcançar e, portanto, é chamado de Hevel, espírito.

De KabTV “Uma Nova Vida” 23/05/14