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Um Fofoqueiro Ou Um Amigo?

Dr. Michael LaitmanA Torá, “Levítico”, 19:16: Não andarás como mexeriqueiro entre o teu povo; não te porás contra o sangue do teu próximo. Eu sou o SENHOR.

Um fofoqueiro em nosso mundo é alguém que gosta da revelação do ego nos outros. O que é interessante é que ele é tipicamente franco. Ele não mente e não tenta ferir os outros, mas simplesmente revela as distorções, a corrupção que existe na sociedade nas relações entre as pessoas.

Comentário: Mas um fofoqueiro nunca diz as coisas abertamente a uma pessoa, só pelas costas…

Resposta: Não faz diferença, já que ao mesmo tempo ele pode ter bons motivos. O problema é saber se ele age em prol da correção e se a ação da revelação do mal tem a intenção de atingir uma maior conexão entre as pessoas.

Um fofoqueiro separa as pessoas e as mantém afastadas umas das outras. Você pode fazer a mesma coisa quando descobre a falta de conexão entre as pessoas, mas, ao mesmo tempo você pensa em como conectá-las. Se a sua intenção é conectar as pessoas, isso não é considerado fofoca.

No trabalho espiritual o termo fofoca não é examinado em relação a si mesmo ou aos outros, mas no que diz respeito ao Criador, pois Ele é o único que perturba a harmonia entre nós, provoca nossos problemas e a falta de integração dos atributos e partes do mecanismo único da alma. Por Sua Luz, Ele revela a falta de coordenação entre eles e é, portanto, a principal causa de todas essas ações. Nós, por outro lado, temos que trabalhar na coordenação entre eles.

Aqui é onde o fofoqueiro é revelado como aquele que revela o mal, mas não pensa em sua correção e não opera ao longo da linha média. Cada um de nós descobre falhas quando se concentra na correção, a fim de corrigi-las e não a fim de aprofundar a sua revelação.

A revelação do mal atrai a Luz que destaca todas as corrupções em mim, mas eu deveria primeiro pensar no estado integral, harmonioso e completo, como é dito: “O fim de uma ação está no pensamento inicial” Esta é toda a sutil diferença entre fofoca e fazer a coisa certa.

Se, por exemplo, meu amigo me diz agora que eu fiz a coisa errada, ele é um fofoqueiro ou não? Isso só é revelado pela forma como me leva a revelar o meu estado corrompido e como corrigi-lo. Fofoqueiros, por outro lado, não fazem isso e a abordagem é totalmente egoísta.

Assim, se o meu amigo revela o mal em mim para me orientar corretamente e ficar ainda mais perto de mim, ele não é um fofoqueiro, mas um amigo.

Eu não posso me recusar a ajudar o amigo a revelar os diferentes obstáculos e erros, uma vez que vejo o meu estado incorreto. Eu tenho que temer a possibilidade de ser um fofoqueiro, que ainda não se abstém de revelar os erros do meu amigo. Eu devo fazer as coisas corretamente, porque tenho que me conectar a ele e chegar a correção junto com ele. Isso é chamado de “não te porás contra o sangue do teu próximo”.

O sangue é a quarta parte das quatro fases da disseminação da Luz na alma, o que significa que é uma ajuda no nível mais baixo da correção que revive o corpo físico. Eu ajudo os outros a subir, mas é com esta condição. Tudo o resto deve ser feito pela própria pessoa. Eu só a elevo um pouco.

De KabTV “Segredos do Livro Eterno” 02/04/14

Não Compartilhe Apenas Dois Brinquedos, Dê Ambos!

Dr. Michael LaitmanPergunta: Nas histórias do justo, Jó relata que seu sofrimento é o resultado de uma disputa com o espírito maligno chamado Satanás, que, supostamente, olha para as pessoas e decide testar sua lealdade para com o Criador.

Satanás afirma que Jó era justo porque tinha tudo e prosperou na vida. E se você tirar a sua riqueza, não se sabe como ele vai reagir. Este é o começo do sofrimento de Jó. Quem é Satanás?

Resposta: Esta história é sobre o desejo mal que confronta todos. Satanás está dentro de nós e é chamado de inclinação ao mal. Está escrito: “a inclinação do mal numa pessoa é Satanás, o anjo da morte”.

Pergunta: Nós consideramos Satanás como algum tipo de força superior?

Resposta: Por que não pode ser superior? Nós nascemos dessa forma; ela me precede: “o coração humano é mau desde o dia em que nasceu”. Ela reina sobre nós. Eu diria que essa força é ainda mais forte do que o Criador. A natureza consiste de quatro níveis: inanimado, vegetal, animal e falante.

A força que controla os níveis inanimado, vegetal e animal é benevolente. É por isso que a harmonia e o equilíbrio estão presentes nos três primeiros níveis. Mesmo que algumas criaturas vivas se devorarem, isso acontece apenas porque elas são regidas pela natureza. Elas não se machucam de forma deliberada. A força positiva que governa o os níveis inanimado, vegetal e animal é chamada de Criador (Elokim).

O nível humano (falante) é controlado pela força negativa: “o coração humano é mau desde o dia em que nasceu”. A natureza má constantemente nos tenta a magoar os outros. Não só eu quero tomar o seu relógio, anel, e belos óculos só porque os quero; eu também gosto que você não os possui mais. De onde vem esse sentimento? Ele vem da capacidade de perceber os nossos próximos, ou seja, “Eu sinto você”.

Visto que eu os sinto, eu não estou satisfeito quando meu próximo simplesmente não se sente bem. Eu realmente quero que ele se sinta mal. Este simples fato me faz automaticamente feliz. Portanto, a sensação do próximo que é inerente à natureza humana nos permite desfrutar o sofrimento dos outros que resulta do fato de que eles não têm as coisas pelas quais se esforçam. Esta sensação nos eleva e satisfaz. A força que causa essa sensação é chamada de Satanás ou a inclinação ao mal.

Pergunta: O que significa o diálogo entre Satanás e o Criador?

Resposta: Satanás vive dentro de nós. É a nossa natureza. Quanto ao Criador, Ele é a natureza externa que nós ainda não temos. Ela existe nos níveis inanimado, vegetal e animal, mas está ausente do nível humano: “o coração humano é mau desde o dia em que nasceu”. É assim que nascemos e, depois, continuamos vivendo. Você pode ver isso facilmente em nossas crianças. Elas crescem gradualmente por dois, três, quatro anos e, de repente, se tornam pessoas.

Eles começam a mentir, roubar, agir apenas para seu próprio bem, fazendo tudo o que podem para satisfazer seus desejos. Elas querem tudo, e se você der um brinquedo para uma criança e um segundo brinquedo a uma outra criança, a primeira quer agarrar ambos. É nosso dever transformar a inclinação má numa boa, “como se fosse para o nosso próprio eu”. Se antes uma criança agarrou ambos os brinquedos e nunca lhes deu a outras crianças, agora ela deve dar os dois brinquedos para os seus amigos. Não se trata de partilha. Ela tem que agir “como se é para seu próprio bem”.

Pergunta: Como devemos entender as manipulações de Satanás quando ele exige o envio de novos problemas a Jó? Não basta tirar o dinheiro de Jó. É necessário levar seus filhos!

Resposta: Isso decorre do programa da natureza que nos governa constantemente. Nós avançamos e crescemos permanentemente, e nossos desejos constantemente melhoram, se desenvolvem e se tornam cada vez mais egoístas. Nossas necessidades se expandem. No entanto, será que nos tornamos mais corrigidos de geração em geração?

Nós seguimos constantemente Satanás. Ele nos leva a coisas ruins: armas, assassinato, terror, engano e astúcia. Nós podemos resistir a essas coisas? Não! Nós flutuamos com o fluxo mau que não nos leva a lugar algum. Nós aceitamos isso. Além disso, nós ainda nos consideramos cidadãos honestos!

Ao converter o mal em bem, nós vamos atingir o nível do Criador. Então, nós vamos entender toda a natureza e alcançar o melhor nível científico possível, construir relações corretas entre nós e agir em conformidade. Nós não estamos lá ainda.

De KabTV “Uma Nova Vida” 28/05/13

O Poder Revigorante Da Luz

Dr. Michael LaitmanDe Nos Fins dos Dias. Previsões Judaicas do Futuro da Humanidade, Capítulo 1, “Sinais Indicando uma Salvação Iminente”: O Messias não virá até que a força de Israel expire.

No trabalho espiritual, a pessoa tem que estar completamente desiludida com a sua capacidade de agir de forma independente e determinar as coisas e eventos. Tudo acontece apenas com a ajuda da força superior.

Todo mundo vai ter que sentir e perceber que não temos nada a ver com a ação de correção. Mesmo que possamos planejar certas ações, não estamos envolvidos com elas, porque somos influenciados pela força superior que desce e nos corrige.

Nós contribuímos com nossos esforços apenas para perceber que esse processo está muito além de nós. A força que desce até nós do próximo nível não tem nada a ver com a gente. A sensação de que é impossível agir por conta própria, é, de fato, uma recompensa pelos nossos esforços.

Nossa plena consciência de que essa é a força superior que tem impacto completo sobre nós é a condição básica para estarmos sob a sua influência. Em última análise, seu poder é importante, pois fala de uma nova etapa, o próximo nível.

Comentário: É uma condição muito cruel e dolorosa.

Resposta: Pelo contrário, é muito alegre, uma vez que nós a sentimos como libertação. Nós nos livramos da responsabilidade de planejar e calcular eventos que acontecem em nossas vidas.

Pergunta: Será que estou livre de preocupações sobre mim mesmo?

Resposta: Não, você para de se preocupar consigo mesmo muito antes de atingir esse estado. Você simplesmente sente um desejo de que é absolutamente incapaz de agir por conta própria, como se fosse inanimado, matéria morta.

Apenas no que diz respeito ao próximo estado, que você define como espiritualmente morto, você é capaz de se transformar em argila nas mãos do escultor. Somente o Criador pode nos fazer passar para o próximo nível e nos dar a água que traz vida. A terra (o desejo) é morta sem água (a Luz de Hassadim). Quando isso acontecer, você vai ser revivido e fará a transição para a próxima etapa.

De KabTV “O Messias Virá?” 14/11/14

A Inclinação Ao Mal, Para O Bem Dos Outros

laitman_207Pergunta: O “Cântico dos Cânticos” foi escrito pelo Rei Salomão, o mais sábio dos homens, a partir de seu conhecimento e consciência de toda a natureza. Por que ele escolheu a forma de um romance entre um homem e uma mulher para a sua história?

Resposta: Nós simplesmente não temos outras palavras. Só com uma linguagem assim é que nós podemos descrever nossa boa atitude em relação a alguém. Que outras palavras eu posso encontrar, se quero satisfazer alguém, me conectar com ele, abraçar, beijar? Eu anseio por estar mais perto dele, constantemente adicionando e provendo bem. Isto é o que se chama amor. O amor é uma expressão geral de cuidado por uma pessoa.

Pergunta: O amor aqui descrito é o amor entre uma pessoa e quem?

Resposta: É por todos. É por toda a realidade que eu sinto fora de mim. Anteriormente, eu olhava para a realidade com o desejo de engolir tudo, ao passo que agora é como se eu colocasse óculos. Eu adquiro uma nova atitude e olho para o ambiente com um desejo de satisfazer e completar tudo. Eu quero que todos sintam bondade, prazer e diversão adicional na vida a partir de mim. Isso é o que é chamado de amor.

Portanto, em cada momento da vida, infinitas possibilidades e oportunidades se abrem diante de nós. Se eu desfruto do prazer que os outros têm quando eu lhes dou prazer, então minha vida é preenchida. Uma pessoa deve pensar em: Qual é o sentido da vida? O que eu desfruto? A quem eu dou prazer? Estas perguntas a levam ao nível de Adão – Homem (da palavra “Domeh“- similar), pois ela quer se assemelhar à totalidade da natureza, que é chamada de Criador.

Pergunta: O Rei Salomão descreve a conexão com estas palavras: A sua mão esquerda esteja debaixo da minha cabeça, e sua mão direita me abrace. (Cântico dos Cânticos 8: 3). O que significa isso?

Resposta: A conexão é feita através de duas forças que existem dentro de nós: uma força negativa e uma força positiva. A força negativa, a força da esquerda, são meus desejos não realizados e as necessidades estranhas, o desejo de explorar os outros. Em contraste com isso, eu devo completar e satisfazer os outros através da força positiva de doação, que é a força da direita. Segue-se que eu me agarro no outro através dos meus sentimentos negativos e o satisfaço e completo através dos sentimentos positivos. Abraçar e satisfazer só é possível com ambas as “mãos”.

Se não houvesse nenhuma inclinação ao mal, eu não seria capaz de sentir o outro. Por natureza, os seres inanimados, vegetais e animais não sentem os outros. Eles só sentem a si mesmos: eu devo devorar alguém para estar satisfeito, mas se isso é bom ou ruim para a vítima, eu não sei.

Nossa inclinação ao mal é construída de tal forma que nós sentimos quando fazemos algo ruim para outras pessoas. Eu quero diminuir os outros, dominá-los, ser mais inteligente, mais confiante e mais rico. Pelo menos alguma coisa, mas eu quero ser mais: eu sinto prazer e satisfação se os outros são menos do que eu.

A capacidade de sentir o outro como próximo de si mesmo pode desenvolver outras características em mim que levam ao uso correto da minha natureza. É especificamente essa a intenção das palavras “A sua mão esquerda esteja debaixo da minha cabeça”: eu me agarro ao outro por querer entender o que lhe falta, mas já com uma boa relação para com ele. Eu uso minha inclinação ao mal para aprender e explorar os desejos dos outros, e depois disso, “e sua mão direita me abrace” (abraçando-o com a mão direita).

Pergunta: Mas se eu quero descobrir e saber o que lhe falta, a fim de satisfazer e completá-lo, porque isso é mal? Isso é bom!

Resposta: Para começar, a inclinação ao mal desperta e me empurra para verificar o que o outro tem e para tirar isso dele, para sentir prazer por ele ter perdido isso. Não importa se eu tenho isso; o importante é que ele não tem. A correção começa com sentir algo que o outro carece: eu não desfruto por ele não ter algo, mas sim que eu o completei.

De KabTV “Uma Nova Vida” 28/05/13

Cabalistas Sobre O Povo De Israel E As Nações Do Mundo, Parte 14

Baal HaSulamA Nação de Israel é Obrigada a Cumprir a Sua Missão

“Se aqueles que agora negligenciam a Cabalá como uma metodologia de autocorreção começarem a implementá-la em si mesmos, a construção do Templo se tornará possível. Assim, vamos provar para as nações do mundo, até mesmo para os árabes, que Israel tem o direito de retornar à sua terra natal.

Ao mesmo tempo, o retorno para a terra de Israel, que acontece mais por causa de outros do que para alcançar o nosso destino de servir como “a luz para as nações do mundo”, não produz a devida impressão sobre as nações; assim, elas estão prontas para vender a independência de Israel por causa de suas próprias necessidades”.

Baal HaSulam, A Última Geração. Apêndice (suplementos) e rascunhos, Fragmento 12

Agora É O Momento Para Uma Revisão Completa

Dr. Michael LaitmanNo processo do desenvolvimento humano, cada novo estado é inicialmente percebido como bom e desejável, e nós temos o prazer de entrar nele. Mas depois, gradualmente, falhas dentro dele são reveladas e isso deixa de nos agradar. Ao longo do tempo, isso se torna cada vez pior até que termina numa revolução, uma luta para passar para a próxima fase.

Nós estamos agora neste período de transição. Nós precisamos fazer uma auditoria de todo o nosso desenvolvimento anterior nos graus inanimado, vegetal e animal, submetê-la a uma análise crítica e uma verificação geral para ver que todo este desenvolvimento não funcionou a nosso favor.

Foi apenas a evolução do nosso egoísmo que nos fez melhorar continuamente nossa vida material e construir sistemas que foram capazes de cumpri-la mais e mais. Mas isso nunca nos fez feliz, porque no final, o egoísmo sempre devora todos os frutos de nossos esforços, nos deixando novamente sem nada e com uma sensação ainda maior de vazio interior.

Tendo recebido cem, ele não se contenta e nós queremos duzentos, tendo recebido duzentos, ele quer quatrocentos. É uma tendência natural e nós nunca seremos capazes de limitar nosso apetite egoísta. Tudo termina quando uma pessoa morre sem satisfazer nem a metade de suas aspirações. Ela nunca consegue o que cobiçou, mesmo no final de sua vida.

A humanidade deve revelar a insignificância do seu desenvolvimento egoísta. Em primeiro lugar, nós precisamos esclarecer que esse desenvolvimento foi necessário e que agora temos a oportunidade de sair do plano material e nos desenvolver numa direção completamente diferente da realidade. Nós devemos nos mover para cima, para uma nova dimensão e dentro da matriz que não está relacionada a este mundo.

Para fazer isso, nós precisamos mudar nossas tendências. Em vez de constante absorção, o que é característico de nossa natureza egoísta que começa com as células e átomos e procura apenas absorver mais coisas boas, é necessário ir numa direção completamente oposta, a fim de sentir todo o universo que está relacionado com a gente.

Cada um de nós deve sentir que todos os outros são parte de nós. Assim, vamos sentir que o mundo inteiro é um sistema integral. Em nosso tempo, o mundo começou a se mover em direção a tal forma, mas de uma forma negativa, mostrando-nos nossa incapacidade de existir num sistema integral.

Nós vemos que não somos capazes de ter sucesso na economia, na educação dos filhos, ou em qualquer outra área da vida. Afinal de contas, nós mesmos somos estruturados em completa oposição a este sistema integral e todo mundo só agarra e puxa para si mesmo.

A natureza nos presenteia com uma nova realidade. A causa da atual crise na sociedade humana está escondida dentro dela. Nós continuamos em nossa natureza original egoísta, mas o sistema integral total está começando a se desenrolar diante de nós em que todo mundo está conectado a todos os outros.

Este sistema não pode operar num ambiente onde todos agarram apenas para si mesmos. Pelo contrário, para que este sistema exista, de modo que possamos existir dentro dele, nós temos que senti-lo como parte de nós mesmos.

Portanto, hoje nós precisamos da sabedoria da Cabalá, que irá revelar este sistema superior, a força de doação para nós. Ela irá explicar a sua natureza e como trabalhar com ela. Quer queiramos, quer não, o trem da evolução está nos levando para frente e trazendo-nos para uma nova estação. Nós estamos numa condição completamente nova e, de repente, descobrimos que todos os métodos anteriores não funcionam mais.

Todas as leis capitalistas, sob as quais todos atraiam tudo para si mesmos e se sentiam confortáveis, não funcionam. Nós pensávamos que poderíamos continuar assim para sempre, mas isso não funciona, porque a força de doação começou a agir em nosso mundo. E se não estivermos equipados com ela, se não formos capazes de compreender e senti-la, de aprender e começar a trabalhar com esta segunda força, a cada momento nós perderemos o controle sobre o que está acontecendo e sofreremos mais e mais retrocessos em nossas vidas.

Portanto, nós devemos estudar a sabedoria da Cabalá que explica toda a realidade “que emergiu nos mundos e as que estão destinadas a serem reveladas, e em todas as maneiras podem surgir nos mundos, até o fim dos tempos”, como Baal HaSulam escreve.

Há uma ciência, uma técnica, através da qual nós podemos avançar com base em nossas reais experiências e sensações. Como é dito que o juiz tem apenas os fatos que estão diante de seus olhos e que o fenômeno que não foi compreendido é impossível de descrever.

Em nossas mãos estão as ferramentas reais para a compreensão da realidade. Nós nunca tivemos essa oportunidade de ver o nosso futuro com confiança. Nossas vidas presentes estão dispostas de modo que ninguém pode saber o que o próximo momento lhe traz. A sabedoria da Cabalá nos dá a oportunidade não só de aprender isso, mas também de controlar o nosso próprio destino. A realidade de hoje nos obriga a fazê-lo.

Da 4ª parte da Lição Diária de Cabalá 12/12/14, Escritos do Baal HaSulam