Textos arquivados em ''

Um Seminário Com O Criador

Dr. Michael LaitmanPergunta: Durante os seminários no grupo, algumas pessoas falam mais e outras menos, algumas são mais expressivas e outras menos. Qual é a maneira certa de se relacionar com isso?

Resposta: Quando eu me sento num círculo junto com outras pessoas, eu preciso ver cada uma delas como um boneco através do qual o Criador fala. Esta não é uma pessoa, mas a maneira pela qual o Criador se apresenta a mim em várias formas. Não importa quão tola sejam as coisas que elas dizem, isso não me importa; eu me curvo diante delas. Não importa o quão desagradável elas possam de repente parecer, quão repulsivo e sem atrativos, eu devo contrabalançar isso entendendo que Ele está despertando essa visão, essa antipatia em mim. Este é o local de trabalho.

Está escrito sobre o grande sábio Rav Yossi Ben Kisma, que ele tinha um grupo de estudantes iniciantes, estúpidos e sem méritos, mas ele se colocou ainda menor em relação a eles, e, de repente, estes se tornaram grandes aos seus olhos e ele foi capaz de receber toda a realização do Criador através deles.

Ninguém é maior ou menor; tudo existe de acordo com a nossa avaliação. Portanto, eu posso me sentar com um grupo que veio “da rua” – isso não importa. Tudo depende de como eu me posiciono em relação a eles.

Da Lição nos EUA, 10/05/12, Shamati

Será Que Encontramos O Gene Da Gentileza?

Dr. Michael LaitmanOpinião (Michael Poulin, psicólogo da Universidade de Búfalo): “O que faz algumas pessoas doar sangue e cozinhar para os seus vizinhos, enquanto outras murmuram sobre os impostos por trás de cortinas fechadas? Um novo estudo publicado na Psychological Science, uma publicação da Association for Psychological Science concluiu que parte da resposta, mas não toda, pode estar em seus genes.

“Os hormônios ocitocina e vasopressina são produzidos ​​para afetar a forma como as pessoas se comportam em relação umas às outras. Por exemplo, testes de laboratório descobriram que as pessoas jogam melhor em jogos econômicos após ter a oxitocina esguichada no nariz. ‘Esta é uma tentativa de levar um pouco disso para o mundo real’, diz Michael Poulin.

“‘O que faz você pensar em um de seus vizinhos como realmente generoso, atencioso, civilizado, enquanto que o outro é mais egoísta, avarento e negligente em contribuir com sua parte?’, pergunta Poulin. O DNA desses vizinhos pode ajudar a explicar por que um deles é mais agradável. ‘Não estamos dizendo que encontramos o gene da gentileza’, diz ele. ‘Nós encontramos um gene que dá uma contribuição, mas eu acho que há algo legal no fato de que ele só dá uma contribuição na presença de certos sentimentos que as pessoas têm sobre o mundo a sua volta’”.

Meu comentário: A Cabalá acredita que a formação deve ocorrer sob influência do ambiente correto em que há uma combinação harmoniosa de rigor e amor.

A Mente Dispersa É Infeliz

Dr. Michael LaitmanNas Notícias (de Scientific American): “Uma nova pesquisa destaca a sabedoria de estar absorvido no que você faz.

“O resultado feliz deste estudo é que ele sugere uma receita maravilhosamente simples para uma maior felicidade: pense no que você está fazendo. Mas esteja avisado que, como qualquer prescrição, segui-la é muito diferente do que apenas saber que é bom para você. Além das dificuldades habituais em quebrar hábitos maus ou inúteis, seu cérebro também pode estar conectado para trabalhar contra suas tentativas em se manter presente.

“Recentes estudos de ressonância magnética mostram que mesmo quando estamos calmamente em repouso e seguimos as instruções para não pensar em nada em particular, o nosso cérebro fica num padrão visível de atividade que corresponde à mente divagante. Esta atividade ‘em repouso’ é coordenada por várias áreas cerebrais generalizadas, e é defendida por muitos como uma evidência de uma rede do cérebro que é ativada por padrão. Sob este ponto de vista nossos cérebros saem do estado padrão quando somos bombardeados com estímulos, ou quando estamos diante de uma tarefa desafiadora, mas tendem a retornar quando as coisas se aquietam.

“Por que nossos cérebros são tão empenhados em se ajustar? Uma possibilidade é que eles estão calibrados para um nível alvo de excitação. Se uma tarefa é maçante e pode ser feita basicamente no piloto automático, o cérebro evoca as suas próprias alternativas interessantes e envia-nos para fora e nos dispersa. Esta visão está um pouco em desacordo com os achados de Killingsworth e de Gilbert, uma vez que os objetos de estudo ficaram dispersos mesmo estando em atividades ‘interessantes’.

“Independentemente do que estimula o nosso cérebro a se ajustar ao modo padrão, sua tendência a fazê-lo pode ser o beijo da morte para a felicidade. Como os autores do artigo elegantemente resumem seu trabalho: a mente humana é uma mente dispersa, e uma mente dispersa é uma mente infeliz”.

Meu comentário: Nós só gostamos de ser distraídos se a nossa atividade não nos apreende. É por isso que é necessário interessar-se por ela inicialmente. Isto é o que a Cabalá recomenda. Se você não criar um desejo, você não será capaz de processar a informação de forma completa e correta, entender de novo, e assim criar um Kli (vaso) para preenchimento.

O Plano Da ONU Para A Transformação Global

Dr. Michael LaitmanNas Notícias (de People Alliance Blog): “A ONU planeja usar sua próxima Conferência sobre ‘Desenvolvimento Sustentável’ (UN CSD ou Rio +20), no Rio de Janeiro, para acumular uma vasta gama de novos poderes sem precedentes e, literalmente, reformar a civilização, a economia global, e até mesmo os pensamentos das pessoas, de acordo com documentos oficiais. Tudo isso será feito em nome da transição para a assim chamada ‘economia verde’.

“Entre as novas autoridades sondadas pela organização mundial estão as taxas globais de carbono, a redistribuição da riqueza no montante de trilhões de dólares por ano, e uma enxurrada de programas que tratam de tudo, desde pobreza e educação até a saúde e alocação de recursos. Praticamente nenhuma esfera da atividade humana deixara de ser afetada pelo esquema, que os analistas têm descrito como um “exercício gigantesco de engenharia social global”.

“‘A transformação global para uma economia verde vai exigir recursos financeiros substanciais’, admite o documento… ‘Além disso, há uma necessidade de identificar e desenvolver novas fontes de fundos internacionais em escala que apoiem a transição global para uma economia verde’, explica o documento.

“‘A transição para uma economia verde requer uma mudança fundamental na maneira como pensamos e agimos’, explica o documento, apelando para uma maior ‘educação’, informação e esforços ‘conscientes’ para ajudar a ‘mudar o comportamento individual e coletivo’ no estilo de vida, bem como nos padrões de consumo e produção. A agenda exigirá ‘um sério repensar no estilo de vida dos países desenvolvidos…”.

“Educação: Garantir Apoio Futuro: o futuro da humanidade (a juventude) deve aprender sobre os supostos perigos da teoria do aquecimento global causado pelo homem. E as crianças também devem aprender que a ONU é necessária para resolver o pressuposto problema.

“Pobreza e Bem-Estar Verde: Claro, a transformação global vai deixar um monte de pessoas desempregadas – e a ONU reconhece isso… ‘As medidas de apoio aos grupos mais vulneráveis, tais como o acesso a um piso de proteção social e às redes de segurança social são essenciais para alcançar a inclusão social, para lidar com a reestruturação no sentido de uma economia mais verde, e para se adaptar à mudança climática’, afirma o relatório. ‘A coerência entre as políticas sociais, ambientais e econômicas é necessária para maximizar as oportunidades e proteger o custo social da transição. A transição para uma economia verde precisa projetar uma visão verde, bem como uma economia e uma sociedade mais justa’”.

Meu comentário: Os planos são grandes! Há uma série de perguntas sobre um projeto tão grande, mas primeiro de tudo:
– De onde virão os recursos?
– Como podemos resolver os problemas da atitude das pessoas para consigo mesmas e a natureza sem a educação e formação integral?

Albert Einstein: “O Ser Humano É Parte Do Todo”

“O ser humano é parte do todo, chamado por nós de “Universo”, uma parte limitada no tempo e no espaço. Ele experimenta a si mesmo, seus pensamentos e sentimentos como algo separado do resto – uma espécie de ilusão de ótica de sua consciência. Esta ilusão é uma espécie de prisão que nos restringe a nossos desejos pessoais e ao afeto por pessoas mais próximas a nós. Nossa tarefa deve ser a de nos livrarmos dessa prisão, ampliando nosso círculo de compaixão para abraçar todas as criaturas vivas e toda a Natureza em sua beleza. Ninguém é capaz de alcançar isso completamente, mas o esforço para tal realização é em si uma parte da libertação e um fundamento para a segurança interior”.

O Novo Einstein Cotável por Alice Calaprice (Princeton University Press, 2005: ISBN 0691120749), p. 206

A Extraordinária Leveza Do Ser

Dr. Michael LaitmanO divórcio tornou-se muito comum hoje em dia. Há um aumento no número de casais divorciados recentemente e sua idade está caindo. Alguns casais se divorciam nos primeiros anos de casamento. Há uma teoria de que o casamento pode estar acabando. Afinal, a vida é cheia de tentações e é muito difícil viver com a mesma pessoa uma vida inteira.

Uma mulher que tem uma família e filhos, de repente sente que não ama mais seu marido. Ele pode ser um bom marido e bom pai, mas não importa, ela simplesmente não o ama. Há um novo fenômeno natural que é comum entre muitas mulheres que, de repente, perdem o sentimento de dependência interna e conexão com seu marido.

Isso nunca foi típico das mulheres. Uma mulher que vivia com o marido sempre se acostumava a ele e sentia que pertencia a ele. De repente, tudo isso se foi. Este é o resultado natural do nosso desenvolvimento. Não devemos culpar as mulheres se este é um fenômeno natural. Primeiro temos que estudar o fenômeno e ver o que fazer em relação a isso.

Isso é resultado do nosso desenvolvimento: nós deixamos o nível animal e subimos ao nível humano (Adão), que se assemelha (Domeh, em hebraico) à Natureza global. Uma vez que agora temos que nos conectar com esta Natureza geral, com toda a humanidade, isso quebra as nossas conexões pessoais. A Natureza quer “abrir nossos olhos”, para nos tirar do quadro familiar para que possamos voltar a ele mais tarde, porém num nível diferente.

Todo mundo se lembra da sensação de estar apaixonado, das emoções fortes e incomuns, do entusiasmo, da inspiração e da plenitude, pelos quais vale a pena estar juntos e construir uma família. Porém, com o tempo, esse sentimento desaparece. Então, por que naturalmente nos apaixonamos, e mais tarde isso desaparece, obrigando-nos a olhar para isso todas as nossas vidas?

A Natureza quer que alcancemos o amor verdadeiro e rompamos o amor egoísta animal que não dura. Nós temos que mudar a atração instintiva pelo sexo oposto, causada pela paixão natural e os hormônios, para uma conexão mais proposital.

A conexão normal é formada porque estamos vivendo pelos filhos ou por uma casa compartilhada. Além disso, é conveniente estar juntos, já que podemos ajudar uns aos outros e apoiar-nos mutuamente quando envelhecermos. Mas hoje nós temos que encontrar uma maior conexão interna. É impossível manter uma pessoa nos quadros antigos: ela pode jogar fora tudo e ir embora. Os filhos crescem e saem de casa e não há nada que nos mantenha juntos; por isso nós dividimos tudo o que temos e nos divorciamos. Vemos isso em toda parte.

A fim de manter a unidade familiar, nós precisamos de um motivo mais sublime. É assim que temos que alcançar a paz e a compreensão em todo o mundo, uma vez que não sobreviveremos de outra forma. Mas quando nos conectamos com o mundo todo, porque não temos escolha, de repente descobrimos que o lucro principal não é o sucesso econômico! Ele foi apenas a desculpa para nos forçar a construir melhores conexões.

De repente, nós realmente descobrimos que há um sentimento totalmente novo nessa conexão, que nos desprende da vida corpórea. Nós sentimos uma vida mais plena, mais espiritual. De repente, nós descobrimos uma satisfação que não sentimos em toda a nossa vida. Nós simplesmente flutuamos no ar, sentindo a extraordinária leveza do ser sem sentir a morte.

Antes, eu tinha que me conectar sob as pressões da Natureza, que definia a condição: “Você se conecta ou aqui será seu local de sepultamento”. Porém, depois eu me surpreendia ao descobrir que essas relações são totalmente diferentes. Eu simplesmente não podia imaginar que isso daria uma maior satisfação, acima de toda essa vida.

Não importa o quanto você diga a uma pessoa sobre isso, ela não vai entender. Portanto, a Natureza nos empurra por trás pelo sofrimento, obrigando-nos a conectar antes de nos destruir. Nós nos conectamos porque não temos escolha, exceto descobrir no final a beleza nessa conexão.

A mesma coisa acontece na família. Agora, nós nos odiamos e não queremos estar juntos; queremos nos divorciar. Mas se cada um de nós descobre no mundo a falta de amor, a necessidade e o desejo de amar, e se cada um de nós entende que satisfação sublime o amor traz, nós vamos querer ter essas relações em nossa família. Nós vamos voltar para a família depois que aprendermos a amar o mundo inteiro! Então, vamos querer chegar a uma conexão interna e pessoal com o cônjuge.

Portanto, não importa que nos tornemos velhos após vários anos e não sejamos tão atraentes quanto antes. Não vamos nem prestar atenção nisso. Vamos sentir o primeiro amor, mas de uma forma totalmente diferente, e só depois aprenderemos a construir relações internas, conectando-nos com o mundo inteiro.

Da “Discussão sobre uma Vida Nova” # 19, 02/02/12