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Cada Ação Deixa Uma Marca

Dr. Michael LaitmanDiz-se: “Toda ação deixa uma marca”. Nosso avanço ocorre devido à Luz que Retorna. Ela tem impacto em nós conforme os nossos desejos estão prontos para aceitá-la. Assim, a sua estrutura é gradualmente esclarecida.

A estrutura de um desejo que seja equivalente à Luz é, de fato, uma conexão por meio da qual, no final, nós começamos a sentir a Luz. Essa é uma construção permanente, que se expande constantemente. Isso inclui as quatro (4) fases de HaVaYaH; é por isso que é chamada de “revelação dos nomes do Criador”. Inúmeras combinações de desejos denotam qualidades da Luz. Dentro de nossos desejos nós percebemos a Luz como se tivéssemos colocado uma tela diante dela; é assim que reconhecemos o que é a Luz.

Se observarmos através do vidro colorido, nós veremos que a Luz adquire a cor do vidro. É assim que sabemos que a Luz pode ter várias cores. Nós precisamos de ferramentas especiais para descobrir um novo fenômeno. Nós também temos que usar cuidados adicionais que nos permitam determinar algumas qualidades que fazem parte do fenômeno que acabou de ser descoberto.

É disso que se trata o nosso trabalho. A diferença entre a pesquisa científica regular e a prática espiritual é que a exploração científica material envolve o uso de um dispositivo externo, enquanto que na busca espiritual, nós usamos nós mesmos como ferramenta. Nós mudamos a nós mesmos e tentamos aplicar as ações da criação em nós conforme o nível que alcançamos.

Nós não desenvolvemos nossas qualidades antigas, mas sim revelamos novas qualidades; é por isso que o nosso trabalho é chamado de “espiritual”. Nosso esforço deve ser orientado para a formação de novas qualidades que são semelhantes às qualidades do Criador; é assim que revelamos Sua personalidade.

Na esfera material, temos a tendência de adquirir conhecimentos práticos sobre o que está acontecendo ao nosso redor e quem somos nós. Para esse efeito, ampliamos nossas características naturais através do desenvolvimento da ciência e do progresso tecnológico. Esta é uma diferença básica: quando atingirmos um estágio final de desenvolvimento neste plano, acabaremos por ver que não chegamos a lugar algum. Além disso, vemos que chegamos a um beco sem saída. Nosso crescimento nos levou apenas ao enorme egoísmo; nós conseguimos revelar nossa natureza perversa na medida em que ela se tornou insuportável.

Nós descemos ao fundo do ciúme, da ambição do ódio, e de os todos os tipos de más condições que atravessamos em relação ao nosso próximo. Anteriormente, pelo menos, tínhamos a ilusão de que ficaríamos mais amáveis e construiríamos uma sociedade melhor para todos. Neste momento, vemos que apenas o medo da punição nos impede de utilizar os outros de forma egoísta e farta.

A diferença é que ao trabalhar espiritualmente, descobrimos novas qualidades e chegamos mais perto do Criador, enquanto que quando trabalhamos materialisticamente, só começamos a explorar a natureza tangível deste reino. No entanto, neste plano material, bem como durante a nossa elevação daqui para o Criador, nós ainda atravessamos os mesmos quatro estágios de HaVaYaH, como se diz “Eu, HaVaYaH, não mudo a Mim mesmo”. É por isso que cada ação nossa nos aproxima da meta.

Da 1a parte da Lição Diária de Cabalá 22/04/12, Shamati #190

Os Problemas De Moradia Alcançaram Os Europeus

Dr. Michael LaitmanNas Notícias (do The New York Times): “A longa duração da crise do Euro na Europa pode estar esfriando. Mas, a agonia econômica deixada está empurrando uma maré crescente de trabalhadores em situação precária na França e em toda a União Europeia. Hoje, centenas de milhares de pessoas estão vivendo em acampamentos, veículos e quartos de hoteis baratos. Milhões de pessoas estão dividindo espaço com parentes, incapazes de arcar com os custos básicos de vida.

“Essas pessoas são a margem extrema de trabalhadores pobres na Europa: uma fatia crescente da população que está deslizando pela rede europeia de segurança social longamente louvada. Muitos, especialmente os jovens, estão presos em empregos de baixa remuneração ou temporários que estão substituindo os permanentes destruídos no período de baixa econômica da Europa.

“Agora, os economistas, funcionários europeus e grupos de vigilância sociais estão alertando que a situação está piorarando. Enquanto os governos europeus reagem à crise, forçando profundos cortes de gastos para fechar lacunas de orçamento e maior flexibilidade na sua força de trabalho, ‘a população de trabalhadores pobres vai explodir’, disse Jean-Paul Fitoussi, professor de economia do L’Institut d ‘ Études Politiques de Paris.

“A tendência é mais alarmante em países duramente atingidos, como Grécia e Espanha, mas está aumentando inclusive em nações mais prósperas, como França e Alemanha.

“‘A França é um país rico’, disse o Sr. Fitoussi. ‘Mas os trabalhadores pobres vivem nas mesmas condições do século XIX. Eles não podem pagar por aquecimento, não podem pagar pelas roupas de seus filhos, às vezes são cinco pessoas vivendo num apartamento de nove metros quadrados – aqui na França”, ele exclamou, falando de um apartamento de cerca de mais ou menos 30 metros quadrados”.

Meu comentário: Infelizmente, por causa da miopia do governo e da falta de vontade política, é a população quem sofre e não o governo. Integração e união não são apenas palavras, mas um estado da sociedade! Os pais da integração europeia não levaram isso em conta. Eles queriam atingir seus objetivos egoístas sem fazer mudanças sociais.

A unificação deve estar acima de todas as contradições, caso contrário, a “União Europeia”, que nunca existiu na realidade, entrará em colapso enterrando toda a Europa desenvolvida. Mesmo no início da criação da UE, eu escrevi o que era necessário para a união:

Formação: Como criar uma pessoa, (Hinuch em hebraico), quando uma pessoa ainda não está formada, criando uma criança através de atitudes, estruturas e por meio da criação de um ambiente, usando exercícios até a idade de 13 anos. Simultaneamente, mas à medida que ocorre a assimilação da formação, adiciona-se a aprendizagem.

Aprendizagem: Para aprender (Lemidah em hebraico), a assimilação da experiência do passado humano. Isso leva a pessoa à educação.

Educação: Educar, para moldar a imagem do futuro de uma pessoa, isto é, sua capacidade de pensar no futuro e seguir em frente.

Não Fique Envergonhado. Cresça!

Dr. Michael LaitmanPergunta: Durante o workshop, eu senti uma vergonha constante por estarmos sentados, brincando como crianças. Afinal, somos todos adultos. O que posso fazer em relação a isso?

Resposta: Este jogo é o componente mais importante e maduro da natureza. Quem quer que jogue é quem cresce. E quem não joga, ele já é considerado como morto, porque seu crescimento foi interrompido.

Você sabe o que simboliza o jogo? O jogo é quando imagino o próximo nível de meu avanço e anseio por ele. Na verdade, é um sinal de crescimento.

Exatamente o mesmo jogo é encontrado no nível vegetal e nas condições de desenvolvimento do nível animal. O mesmo elemento existe neles.

Enquanto trabalhava em meu doutorado em filosofia, eu tinha uma dúvida sobre a teoria dos jogos.
Para crescer, a planta necessita criar dentro de si as condições adequadas para isso, desenvolver dentro de si as forças do crescimento. Assim ela cresce.

O mesmo princípio do jogo age também na espiritualidade e também em nosso mundo, em todos os níveis dos mundos. Em cada um! Assim, o jogo é o componente mais estimado da natureza.

Não é um jogo de futebol, mas um jogo do próximo nível, um jogo do crescimento.

Este é o compromisso mais honroso de uma pessoa, já que assim ela cresce.

Você passa por uma variedade muito ampla de estados, de sentimentos. Você precisa acumular tudo isso dentro de você, a fim de sentir a Luz Superior. Ela nos rodeia, mas não podemos “agarrá-la”. Nós precisamos de todos esses sentimentos, que precisam se acumular em nós cada vez mais. Eles irão gradualmente se acumular em você, vão montar um sensor, um detector, um sentido, e você vai descobri-lo.

Esta é realmente a tarefa da criação da alma. A alma é como um sensor para sentir a Luz. Isto é tudo. Por um lado, sob a influência de seus anseios, o atributo de doação e amor é criado em você, e por outro lado, de acordo com seus anseios, a Luz Superior age e doa a você, e avança você.

Assim, não há nada do que se envergonhar. Cresça!

Da Convenção de Vilnius 23/03/12, Workshop 1

A Benéfica Revelação Do Ódio

Dr. Michael LaitmanQuando eu estou lidando com um amigo como um trabalhador, quando estamos envolvidos em conjunto na disseminação, quando estamos trabalhando em traduções ou com equipamento, ou em qualquer tipo de trabalho, eu o supervisiono e ele está sujeito a mim. Essas são nossas situações corpóreas. Nós entendemos que temos que gerir os negócios desta forma.

Porém, no momento em que entramos no grupo, não há diferenças entre nós. Nós só olhamos para os nossos “pontos no coração”, apenas para o anseio de cada um pelo Criador. Então, a revelação do ódio é benéfica, uma vez que eu tenho com o que me voltar ao Criador para pedir ajuda, pois sozinho eu não posso fazer isso.

No nível do nosso mundo, nós encontramos maneiras de ter bons relacionamentos: nós vamos a um bar juntos, sentamos juntos, esclarecemos a relação entre nós. Na espiritualidade, isso não ajuda. Nós devemos ter a Luz Superior.

Assim, quanto mais cresce o ódio e o mal, que são revelados entre nós, mais cresce o pedido pela Luz Superior. Nós elevamos o nosso MAN (oração, Mayin Nukvin– águas femininas) por ela; nós pedimos ajuda e gritamos até que ela chegue.

Pode ser que a ajuda não venha, uma vez que ainda não temos reconhecimento suficiente do mal. Afinal, é dito: “O mundo foi criado para o mau completo ou para o justo completo”. Primeiro você precisa atingir o nível de “mau conpleto”. Este nível é obtido quando você deseja por muito tempo a meta e vê o quão longe você ainda está dela. E de acordo com a medida do seu desejo, você determina a medida da distância.

Há aqueles que pertencem passivamente ao grupo e não participam da conexão mútua. Eles nem imaginam o quão poderoso é esse trabalho, que ele é um oceano de todos os tipos de atributos e sentimentos, grandes pressões, que são impossíveis de sequer chegar perto, este trabalho repele as pessoas até enjoar, até o estado de ficarem completamente impotentes.

Todos esses estados nos levam gradualmente para o reconhecimento do mal através do apoio geral que é tão importante aqui, através da Arvut mútua, quando você sente a urgência dos amigos, e isso obriga você. Então, você é capaz de atingir o nível de “mau completo” e descobrir o seu ego entre os outros. E esse ego não vai ser bestial, uma vez que a conexão precisa ser direcionada para a realização do objetivo supremo e somente nisso.

Nós não somos um grupo corporal que quer se reunir a fim de passar o tempo, jogar futebol, ou construir um negócio mútuo. Nosso objetivo é diferente, atingir o atributo de doação e amor mútuo.

E logo se descobre quão opostos nós sómos a isso. Devemos sentir que esta oposição atrai toda a nossa atenção. Assim, as pessoas que anseiam pelo Criador entendem a condição de que tudo o que acontece conosco acontece apenas para descobrir esses estados.

E a Luz nos ajuda. Ela é estruturada dessa forrma e desce em conjunto com os desejos (eles se encontram um contra o outro), visto que doa nos desejos apenas à medida que estes são capazes de lidar com isso, capazes de suportar estes sentimentos de oposição. Apesar de todas essas sensações desagradáveis e da grande decepção, são capazes de ansiar pela conexão e pela meta.

Não há outro sistema. Ele é construído sobre a oposição de duas forças da natureza: recepção e doação, Luz e desejo. Não há mais nada. É um sistema prático e científico. A única coisa que deve ser levada em conta é que precisamos ser mais sérios em sua realização.

Da Convenção de Vilnius 25/03/12, Lição 5

Um Detector Para Sentir O Criador

Dr. Michael LaitmanA pessoa julga a si mesma de acordo com o que ela sente.

Se eu aceitar as condições: “Não há outro além Dele”, o Criador é absolutamente bom, Ele é o bom e benevolente, Ele preenche totalmente tudo, e eu estou na Luz Superior, então eu O sinto de acordo com a minha equivalência a Ele, segundo a lei da equivalência de forma. E se eu sou contrário a Ele, eu sinto que sou ruim ou sinto que a Luz Superior é ruim; não há diferença. Quem culpa alguém, está, na verdade, culpando a si mesmo e seus próprios atributos.

Mas, se eu aceitei o fato de que “Não há outro além Dele”, o Criador é absolutamente bom, Ele preenche tudo e eu me sinto bem, então eu realmente estou nessa bondade, eu realmente a sinto.

Como? Na conexão com meus amigos. Porém, que detector, que sentido eu uso?

Nós devemos compreender claramente onde sentimos o surgimento do Criador, a revelação da Sua Providência, Sua atitude para conosco!

Se eu a sinto em mim, é um sentimento egoísta, eu simplesmente me sinto bem hoje, estou de bom humor, eu dormi bem, acordei e está tudo bem.

Nós devemos entender como sentimos isso no sentido chamado de “alma”. A “alma” é a adesão, a conexão dos nossos pontos no coração, dos nossos anseios mútuos no grupo, da nossa atitude em relação ao mundo, à humanidade, a tudo.

Da Convenção de Vilnius 25/03/12, Lição 5

O Papel do Moderador No Workshop

Dr. Michael LaitmanPergunta: Qual é o papel do moderador no workshop?

Resposta: Eu sou o moderador, e há também dois representantes em cada grupo, responsáveis pela ordem no grupo, de modo que todos terão a chance de expressar sua opinião e completar as idéias uns dos outros. Eles devem se completar, e devem prestar atenção nisso, de modo que todos vão seguir o que cada um está dizendo e ver como podem expressar a mesma idéia. Os moderadores do grupo devem tomar cuidado para que uma opinião comum seja formada, que esta seja completa e fechada, e que todos apoiem plenamente um ao outro. Eles devem se certificar de que os que falam não o façam por muito tempo, de modo que todos terão a chance de se expressar. Isto se refere aos moderadores dos grupos.

Como moderador, eu simplesmente leio determinado texto lentamente, de modo que todos vão começar a discuti-lo e expressar sua opinião.

Também deve haver alguém no grupo que escreva as perguntas que o grupo irá fazer no fim do workshop. Cada grupo, tanto o grupo dos homens quanto o grupo das mulheres, terá a chance de fazer duas ou três perguntas. Os responsáveis devem anotar as perguntas e decidir como elas devem ser apresentadas.

Pergunta: O que o moderador não deve fazer no grupo?

Resposta: Ele só deve apoiar a amizade e o amor; nesta estrutura você pode fazer tudo.

Da Lição Virtual 22/04/12, Preparação ao Congresso

Uma Ponte Sobre O Conflito Eterno

Arava ConventionDa Lição dedicada ao Dia da Independência de Israel

Em um dia como hoje, nós normalmente não falamos sobre as deficiências, ou seja, os desejos não realizados, mas sempre medimos tudo em relação aos vasos.

Primeiro temos que entender que o termo “Israel” simboliza a intenção de “Yashar – El” (direto para o Criador). Nós vamos realmente comemorar o verdadeiro dia da independência de Israel quando formos libertados do domínio do nosso ego, quando nos reunirmos acima do amor próprio, quando mantivermos esta conexão, pelo menos, em um nível mínimo, e quando ela prevalecer sobre o desejo separado que se enfurece dentro de nós como a inclinação para o mal. Então, o poder da união irá governar sobre o poder da separação. Este é o êxodo do exílio para a independência.

Será que nós somos livres no nível corporal? O nosso grupo é livre no mundo espiritual? Isto é o que devemos perguntar a nós mesmos e medir. Afinal, tudo é relativo, e à medida que subirmos os níveis espirituais, vamos descobrir o tamanho poderoso da separação repetidamente, de acordo com novas Reshimot (reminiscências). Então, vamos adquirir o poder da união com a ajuda da Luz que Reforma.

Este é o caminho: a união e a separação alternadamente substituindo uma à outra. Então, onde está a nossa independência? Ela se reduz a nossa supervisão do processo. Mesmo quando caímos e parecemos perder a nossa independência sob o governo de maus desejos, nós ainda sabemos como a subir. Portanto, somos chamados de independentes.

Hoje ainda somos dominados pelas nossas necessidades e desejos egoístas. Neste mundo nós ainda não estamos unidos como uma nação, ainda rejeitamos um ao outro e não queremos o amor fraternal, ainda não aceitamos isso como nosso objetivo, mas vemos como uma opção: é desejável, é possível, mas “não há pressa”. E nós sentimos dor, pois este fogo não está ardendo dentro de nós.

Nós estamos num estado de exílio e não num estado de liberdade e independência. Afinal, a independência significa que pelo menos nós fazemos os esforços para atingi-la. Nós recebemos todos os meios necessários de Cima, a fim de determinar a nossa independência, subindo acima do nosso ego em união geral. Nós não a atingimos ainda de modo a transmiti-la imediatamente para o povo e para o mundo.

Todos os nossos amigos ao redor do mundo precisam sentir isso, tanto na corporalidade quanto na espiritualidade, e nós temos que cumprir nossa missão e alcançar a independência do desejo de doar sobre o desejo de receber. Isso é chamado de “fé acima da razão”. Isto é o que estamos enfrentando.

A singularidade do nosso tempo está no fato de que tudo está pronto para correção. O mundo está se aproximando disso e nós entendemos isso melhor e temos o que é necessário. Ninguém está se contrapondo em nosso caminho, nem fisicamente, nem moralmente, e nem mentalmente. Nós não temos inimigos ferozes que nos impedem de realizar a nossa missão.

Então, o problema está só em nós. Temos que realmente sentir que estamos sob o domínio do Faraó que reina dentro de nós, uma força estranha, e só ela não nos permite guerrear pela independência.

Pergunta: Há uma crescente necessidade de mudança. Todo mundo já entende o motivo de todos os nossos problemas, nós entendemos que tudo se resume ao ambiente, a separação e a falta de confiança mútua. Como as pessoas podem alcançar uma perspectiva comum?

Resposta: “O amor vai cobrir todos os pecados”. Este é todo o segredo. Nós não corrigimos nada diretamente, mas simplesmente construímos nossa união acima de todos os problemas e divergências.

Permanecendo num labirinto de opostos, nós não vamos conseguir nada. Se você começar a purificar este pântano, o Egito vai simplesmente “engolir” você, e enterrá-lo sob suas pirâmides maciças. Este é o exílio no Egito, do qual não seremos capazes de nos elevar se trabalharmos diretamente com os defeitos que são revelados entre os amigos. Nós não devemos fazer isso. É por isso que o Faraó, o ego, nos força e parece estar logicamente nos mostrando os problemas que precisam ser resolvidos primeiro. Ele está dizendo: “Bravo, continue com o avanço espiritual, mas só no meu território, nas relações corruptas mútuas entre nós”. Nós não devemos ouvi-lo!

Deixe o ego, você não o está corrigindo, você quer construir uma ponte de amor sobre ele. Só então você vai ter sucesso, na “fé acima da razão”. Afinal, a espiritualidade está acima da corporeidade. O Criador dispôs as coisas desta maneira. Portanto, eu só tenho que escapar do Faraó, ou em outras palavras, subir acima dele. Nós não temos que destruí-lo ou corrigi-lo. Quando eu começar a construir algo em cima dele, o “anjo da morte” vai se transformar no “anjo sagrado”. Isto é o que Moisés está pedindo: “Deixe meu povo ir!”.

Da 4a parte da Lição Diária de Cabalá 26/04/12, “A Nação Israelense (Dia da Independência)”

Tudo Vem Do Criador

Dr. Michael LaitmanComo resultado do processo da interação correta no grupo, a pessoa sente mais que é uma grande pecadora e egoísta, que odeia os outros, e que tem todos os tipos de desejos e pensamentos negativos, intrigas, etc.

Ela revela isso em si mesma a tal ponto que começa a clamar ao Criador para corrigi-la. Ela começa a perceber que só o Criador pode corrigi-la, porque sente que tudo vem do Criador, e que não pode haver nenhuma outra fonte de onde isso tenha vindo, até mesmo de sua própria natureza.

Ela revela o Criador na forma oposta, como o Criador de algo ruim. Mas, ao mesmo tempo, ela revela que o Criador criou o mal nela de propósito, a fim de forçá-la a se voltar a Ele, e então o Criador a corrige.

Por que foi necessário ir por esse caminho: criar o mal de modo que a pessoa gradualmente o revele em si e se volte ao Criador com um pedido de correção?

Da Convenção de Vilnius 2012/03/24 , Lição 4

O Avanço Para Liberdade Por Entre Os Espinhos

Dr. Michael LaitmanNós começamos a trabalhar com o ambiente num período em que parece que está tudo bem e que conseguimos nos conectar com ele e somos capacitados por ele. Por enquanto, a pessoa não percebe seu desejo de receber como seu inimigo. Este período é chamado de “sete anos de fartura”.

Durante este tempo, ela não precisa realmente do Criador, e começa a pensar Nele somente quando se desespera neste trabalho. Ela aprende e trabalha com os outros, mas depois começa a entender que nada funciona.

Não que nós não recebamos uma satisfação egoísta. Nós podemos gritar desde o início. O que percebemos é que não seremos capazes de atingir a conexão. Nós começamos a perceber que a conexão é possível, apesar do ego, contra ele, acima dele. Mas nós não queremos isso! Então, nós nos desesperamos e caímos. Nós começamos a pensar: “Pra que precisamos de tudo isso?”.

Nós ficamos mais fracos. Nós caímos no sono e perdemos o interesse em tudo. É como se nós nos desligássemos da vida, e tanto a vida espiritual quanto a corporal parecem sem gosto. Se o desejo desaparece, não temos poder de nos mover. É assim que somos construídos. O sistema biológico funciona de acordo com este princípio.

A pessoa vê que não tem controle sobre si. Aos poucos, seus olhos se abrem e ela começa a procurar como pode afetar os estados que ela atravessa e avança. Ela entende que o avanço não está na sensação boa, como se ela tomasse alguma droga.

É por isso que se a pessoa trabalha apenas para receber alguma satisfação egoísta – saber mais, compreender, sentir ou decorar a sua vida – a Torá pode se tornar a poção da morte. Ela verifica o seu estado de acordo com a forma como o motor egoísta gira e pensa que está avançando. Afinal, seu ego está recebendo a energia da vida.

No entanto, se ela começa a trabalhar com o ambiente certo, a Luz que vem age nela e arruína este idílio. Ela começa a examinar a si mesma, não só quando se trata de sentir-se bem, mas também tenta descobrir qual é o resultado e pra que ela está trabalhando.

A Luz sempre influencia a pessoa. No final, ela entende que está trabalhando para o seu ego, e este tipo de trabalho torna-se sem gosto. Ela quer subir acima dele, recebendo novos valores da Luz. Ela não quer ser um pequeno animal que obedece suas sensações: uma sensação agradável é boa, e uma sensação desagradável é ruim. Você recebe um pouco mais de energia. Você se eleva, perde energia, cai no sono. A pessoa se opõe a se comportar desta maneira.

Finalmente, ela decide que a coisa mais importante para ela é a conexão com o Criador, não importa o que ela atravessa. Estas são as correções que a Luz Reforma realiza nela, fornecendo-lhe tais valores. De certa forma, ela já está agindo acima da razão. Embora isso ainda seja egoísta e esteja na escravidão no Egito, está próximo do êxodo para a liberdade.

Agora, a pessoa sente que está no verdadeiro exílio, sob os golpes de Faraó. Ela começa a esclarecer as coisas com cuidado: “Eu estou pronto para me conectar com o Criador porque essa conexão é agradável; porém, o que devo fazer se ela for desagradável? Será que eu vou sempre ser capaz de perceber a conexão com Ele como boa, apesar do sentimento ruim em meu desejo de receber?

Talvez seja mesmo preferível, porque eu preciso ter certeza de que não serei corrompido pelo meu ego, de modo a não correr atrás de todo mundo como um ladrão, gritando: ‘Pega ladrão!'”.

A pessoa só quer trabalhar em seu próprio benefício o mínimo possível, a fim de não receber qualquer recompensa no ego, mas o Criador realiza diferentes “truques” com ela para mostrar que ela ainda está trabalhando para si mesma. Assim, ela esclarece as coisas mais profundamente, até que percebe a necessidade de subir acima do seu desejo de receber e ficar entre ela e o Criador, a fim de decidir as coisas sozinha.

Graças a isso, ela adquire uma cabeça (Rosh) e um Partzuf espiritual. O Criador é a Luz superior: a Luz Circundante e a Luz Interior, e a pessoa toma uma decisão independente com relação a isso, acima de seus sentimentos e do seu desejo de receber. Isto simboliza o êxodo pessoal do Egito para a liberdade.

Da 1ª parte da Lição Diária de Cabalá 23/04/12, Escritos do Rabash