No Centro De Toda Criação

Laitman_712_03Nós estamos no centro da criação. Especificamente nós, os que estão com dúvidas, problemas e confusão, por meio de nossos pequenos esforços, realizamos o trabalho mais desejável para a criação, o que é mais agradável para ela.

É assim que uma criança pequena dá prazer aos seus pais com cada um de seus atos inconscientes. Tudo se estende de cima para baixo. Portanto, nós precisamos aprender sobre o mundo espiritual a partir do mundo físico, e daí nós vemos que grandes ações estamos fazendo.

E os muitos estados que estão constantemente mudando no mundo representam a revelação da Shechiná (a presença do Criador), um vasto e imenso campo que inclui no seu interior todos os mundos, todas as almas, todas as condições, todos os Reshimot (reminiscências); tudo se encontra dentro da Shechiná. Acima dela estão as primeiros nove Sefirot, a doação do Criador. Sob ela estão suas nove Sefirot inferiores; estas são os Kelim (desejos) quebrados. E a Shechiná em si, por enquanto ela é Keter de Malchut de Atzilut, e suas nove Sefirot inferiores caíram nos três mundos de BYA.

Tudo o que acontece em nosso mundo, tudo o que é retratado diante de nós, é uma pequena cópia do que se encontra nas partes quebradas das nove Sefirot inferiores de Malchut. Mas o problema da pessoa é que ela não está pronta para absorver isso de tudo o que existe.

Primeiro eu devo me preparar para este estado, entender que tudo o que acontece desce do mundo de Ein Sof, e a cada momento isso surge diante de mim da melhor forma, que me foi dada para a correção. Assim, eu não me envolvo em nenhum dos problemas que existem no mundo: tudo o que acontecer comigo, com os amigos, com as famílias, com o povo de Israel, com o mundo inteiro, não importa o quê.

Eu devo aceitar isso como um dado, e pensar apenas no que devo fazer acima de tudo isso. Eu não preciso entrar e ir mais fundo em todos os eventos que surgem diante de mim, senão vou ser imediatamente separado do Criador. Em primeiro lugar, eu devo subir para um nível superior, identificar-me com a supervisão e a gestão superior, aparentemente ver esta situação desde a sua supervisão e gestão aperfeiçoada, e dizer que vejo o mundo de tal forma danificada porque eu mesmo não estou corrigido.

Eu devo me corrigir para ver o mundo como perfeito em vez deste mundo com assassinatos e todos os eventos terríveis; tudo isso é feito e criado dentro da minha Malchut, dentro dos meus desejos; eu absorvo tudo isso, como é dito: “Todos os que condenam, o fazem por seus próprios defeitos” (Talmud Babyli Kiddushin 70b).

Pelo que eu vejo neste mundo, agora eu devo me corrigir para que neste lugar eu veja a Malchut do Infinito. Eu penso somente na minha correção, levando-me a um estado em que vou ver que tudo é perfeito.

Da 3ª parte da Lição Diária de Cabalá 19/11/14, O Zohar