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Prevenindo Os Amigos De “Cair”

Pergunta: Entre a convenção Arava e a Convenção Europeia, os amigos no grupo trabalharam muito e em geral experimentaram muitas descidas. O que podemos fazer para que os amigos não “caiam”?

Resposta: Nós precisamos de apenas uma coisa para ajudar os amigos a não “cair”: fortalecer a conexão com o Criador; os amigos dos outros grupos devem lembrar-nos disso. Quando um grupo trabalha corretamente, torna-se um todo. Um indivíduo, no entanto, não pode fazer nada. Então, há muitos grupos que têm de se ajudar uns aos outros. Apenas na conexão entre eles será revelado o Criador.

Os grupos devem trabalhar como um único organismo, tal como funciona um corpo. Podem os rins, o coração, os pulmões ou outros órgãos do corpo serem saudáveis se não houver comunicação entre eles? Não, isso não pode acontecer! Portanto, deve haver um órgão que coordena todas as atividades, tal como o cérebro faz num corpo.

Ele coordena todos os grupos e eles dão-lhe “feedback”. Assim, há uma constante atividade mútua cíclica de todos os órgãos.

Se a atividade corporal não circular, não há equilíbrio entre os órgãos, e, em seguida, o corpo fica doente. Mesmo se todos os órgãos são saudáveis e apenas uma parte está doente, esta vai levar ao desequilíbrio de todo o corpo. Assim, deve haver uma ligação mútua.

Nós já chegámos a este ponto. Agora, para ligar e para avançar corretamente, sem quaisquer obstáculos, todos têm que estar ligados, e precisamos da interconexão mútua de todos os grupos de apoio, um único sistema de estudo e disseminação.

Da Convenção Europeia na Alemanha 23/03/13, Lição 3

Salto De Nachshon

Pergunta: O povo de Israel estava com medo de pular para o mar Vermelho (Yam Suf – Mar Final) até Nachshon decidir fazer isso. Parece que não foi fácil de fazer.

Resposta: Isso realmente não foi fácil. Vemos que as dificuldades aparecem em todas as fases do processo espiritual. Sempre há aqueles que estavam prontos para voltar atrás. O nosso ego é tão multifacetado que não é imediatamente possível abandoná-lo, afastar-nos dele, ou pelo menos constatar que este é ruim.

É difícil para uma pessoa anular-se perante os outros. Se eu não agir primeiro, isto quer dizer que eu preferiria que fosse alguém a fazê-lo. Será que isto é um desejo por amor e união? É verdade que, naquele momento, este assunto ainda não estava claro. E percebemos isso depois do “bezerro de ouro” e muitos outros problemas que haveriam de aparecer.

Pergunta: O que representa ” o salto de Nachshon”?

Resposta: Em uma pessoa há uma característica que representa prosseguir com fé acima da razão: “Minha morte é melhor para mim do que a minha vida”. Então, a pessoa pula ao mar e o que será, será. Certo é que não se está falando sobre o nosso estado presente. A ação que é chamada “salto de Nachshon” exige preparação.

Ela é necessária a fim de se passar para a próxima fase, mas estamos nós preparados para realizá-la? Entretanto, estamos longe de compreender isso embora esse momento se aproxime rapidamente. Não há dúvida de que nos encontramos em estádios de rendição. Na conexão dos corações está a ideia de paz e plenitude, nesta está a nossa salvação, isto precisa de vir como uma alternativa para a atual situação no Egito. Portanto todo o nosso trabalho, aprendizagem e divulgação são direcionados para a conexão e unidade. Só com a ajuda da conexão e de uma boa relação mútua podemos ser salvos.

De KabTV de “Cabalistas escrevem: A Noite da Páscoa Seder” 04/03/13

E Os Filhos De Israel Clamaram A Partir Do Trabalho

Pergunta: Qual é o significado da expressão “… e os filhos de Israel clamaram a partir do trabalho?”

Resposta: Significa que levantamos as mãos e gritamos: “Ajude-nos! Nós somos incapazes de deixar Faraó, escapar do nosso egoísmo para uma nova vida”. Porque não? Qual é o propósito deste jogo inteiro? Sua finalidade é a de revelar a força superior! Se pudéssemos sair do Egito por nós mesmos, não teríamos quaisquer problemas. No entanto, neste caso, não revelaríamos a força superior, a força da doação e do amor. Ela tem que nos satisfazer, se revelar a nós, e fazer-nos sentir ela própria. Durante a fuga do Egito é revelada pela primeira vez como algo que nos acena: como uma nuvem ou um pilar de fogo. Mas, então revelaremo-la praticamente.

Do programa da KabTV: “Cabalistas escrevem: A Saída do Egito” 04/03/13

Sob O Jugo Do Ego

Pergunta: Será que o povo de Israel já sabia que estavam sob o domínio do ego?

Resposta: Certamente. O grupo de Abraão, Isaac, Jacó e seus filhos sabiam. O povo de Israel realizou um trabalho espiritual grande durante todas essas gerações a partir de Abraão quando deixou a Babilônia e entraram no Egito.

Hoje não é só o povo de Israel, mas sim o mundo inteiro também, que estão começando a descobrir que eles estão no Egito.

Mas isto não significa que o mundo está andando para trás. Não faz diferença o que aconteceu antes, pois na Torá não existe o conceito de “antes” ou “depois”. Hoje, o mundo compreende que é encontrado sob o jugo do ego, que está nos destruindo, levando a um abismo e destruição. O mundo inteiro já sente isso. Os “sete anos de abundância” terminaram, durante o qual o ego jogou a nosso favor.

Queríamos prosperar em uma sociedade de consumo, e constantemente aumentámos a taxa de crescimento. De ano para ano, celebrámos o sucesso, mas hoje tudo está terminado. A descida começou, tudo está desaparecendo. Mesmo que os líderes e os banqueiros tentem com todas as suas forças segurar o passado, de dia para dia a condição se torna mais grave. As pessoas entendem que o problema está na pessoa.

Progressos no desejo de adquirir e ser bem-sucedido se tornou impossível, porque o desejo em si mudou. A moda tornou-se repulsiva para nós; ficamos cansados de propaganda irritante que nos convida a comprar coisas desnecessárias. Bens duráveis, como frigoríficos, ar condicionados e televisores, estragam-se rapidamente, pois os fabricantes beneficiam de nossas compras de novos produtos, permitindo-lhes lucros à nossa custa. Através disto, somos arrastados para um ciclo interminável de trabalho, e por isso trabalhamos 10 a 15 horas por dia.

Aos poucos, está se tornando claro que esta abordagem à vida é inaceitável. Nosso ego está nos destruindo e quando entendermos isso, vamos sentir que estamos no Egito, a serviço do ego. Mas isso ainda não é tudo. A sensação de que o ego está a destruir-me e não me deixa viver não é suficiente. Eu preciso pensar em como superá-lo e organizar minha vida de uma forma diferente, não na recepção, mas em doação e em relação a outras pessoas. Uma vez que esta ligação está sendo revelada hoje em todo o mundo, devo estar incluído nela, caso contrário, vou ser encontrado em conflito com o desenvolvimento natural.

Através da conexão com outras pessoas em todo o mundo e tornando-se um sistema unificado integral, fico incluído nele e começo a existir dentro de si harmoniosamente. Caso contrário, vou estar perdido e vou ter que suportar todos os tipos de golpes.

Mas como eu posso deixar o ego e conectar bem com as pessoas? Através do meu desejo por isso, eu começo a sentir o quanto ele trava-me, me puxa para trás. E aqui a luta entre mim e meu ego começa. Eu torno-me como Moisés, meu ego torna-se como Faraó, e começamos a lutar sobre o resultado.

Do programa da KabTV: “Cabalistas escrevem: A Noite da Páscoa Seder” 04/03/13

Eu Estou Desaparecendo E Crescendo

Pergunta: Se a Luz influencia uma pessoa de acordo com a raiz da sua alma, onde está a minha participação neste processo e como faço para determinar o seu ritmo?

Resposta: A Luz que Reforma ilumina de acordo com o estado do sistema geral em que todos nós estamos integralmente conectados. Estamos todos incorporados mutuamente uns nos outros, e por isso não posso estar desligado da minha geração, do tempo, lugar e do estado geral. Meu estado depende dos outros e o estado dos outros depende de mim.

Além disso, eu também posso avançar individualmente, mas o meu progresso individual está sendo incorporado em todos. Isso significa que eu não posso pensar só em mim. É impossível, no âmbito deste sistema, e assim eu não vou me ajudar. Se eu orar somente por mim, eu faço mal a mim próprio, não importa o quão boa a minha oração possa ser. Se ela não passar pelo grupo, faz com que danifique a alma.

Assim, devemo-nos sempre lembrar que este é um sistema geral em que todos nós estamos conectados, todos ligados e dependentes uns dos outros. O nosso trabalho consiste em revelar este sistema.

Meu esforço individual é focado na revelação do geral. Eu não revelo o lugar onde eu estou, eu revelo antes onde estão os outros, a sociedade. Eu não me descubro, mas sim o sistema em que o meu “eu” desaparece.

Eu no próximo nível sou aquele que sente seu “eu” menos e que sente a sociedade mais. Num nível mais alto há um menor sentimento do meu “eu” e um maior sentimento da sociedade.

Então, como posso orar por mim mesmo? Alcançando o próximo estado, no próximo nível, que não será mais meu! A sociedade no próximo nível é “eu.” O “eu” atual desaparece no regime geral, e o sistema torna-se parte de mim. Isto é realmente o que eu sinto e percebo aos outros como a mim mesmo. Eu vejo a sociedade como minha alma.

Não é o ponto egoísta do meu “eu”.De lá saem círculos que se espalham e cada vez o círculo e a sociedade ficam maiores: a sociedade 1, sociedade 2, e a sociedade 3. Se eu me anular, até certo ponto, eu percebo a primeira. Então eu me anulo um pouco mais, percebo a segunda, eu continuo a anular-me e percebo a terceira. Essas fases são chamados Ibur (gestação), Yenika (sucção), e Mochin (mente).

Então, quem sou eu? Eu sou aquilo com o que me identifico. Se eu estiver incorporado na primeira sociedade, então este será o meu “eu”, se estou incorporado na segunda sociedade, então esta sociedade será eu, e se eu estiver incorporado na terceira sociedade, tudo isso vai ser eu. Meu ser atual desaparece. Isto significa que cada vez eu me elevo acima do meu ego, acima da Masach (tela), pela fé acima da razão.

A partir de 1ª parte da Lição Diária de Cabala de 20/03/13 ,”Matan Torá (A Entrega da Torá)”

Cada Ramo Está Perto De Sua Raiz

Nós todos sabemos que cada ramo está naturalmente perto de sua raiz, e assim a nossa natureza está perto de nossa raiz, com o Criador. O desejo de doar, como a Luz, como o Criador, que nos criou, é instilado nele. Mas estamos em uma ocultação que pesa sobre nós e não nos permite ver a nós mesmos da maneira que realmente somos.

Portanto, todos os nossos atributos parecem corruptos. No entanto, temos que entender que não é a nossa verdadeira forma. Não somos nós, mas sim a ocultação! Só tirando esta ocultação ou subindo acima dela vamos chegar imediatamente à nossa raiz. É como roupas que temos de descolar de nós e subir acima. Isso é chamado o trabalhar com “fé acima da razão“, o que significa olhar de cima nosso ego, acima da tampa que está sobre nós, e viver acima dela.

Estamos realmente no estado de Ein Sof (Infinito), mas nos esquecemos disso. Devemos sempre ver o mundo do Infinito em tudo: em nossos relacionamentos, em nossas aspirações, em toda a imagem do mundo que nós vemos.

O Criador não criou nada de ruim; Ele só criou o bem, como resultado de sua aspiração de trazer a bondade. Mas Ele ocultou este estado para que possamos descobrir e ver o que Ele acha desejável e nós fazermos o mesmo.

Da 1ª parte da Lição Diária de Cabala de 20/03/13,”Matan Torá (A Entrega da Torá)”