Ser O Meu Próprio Instrutor

Dr. Michael LaitmanNós esperamos que gradualmente alcancemos um nível de concordância na sociedade (no Estado), e entre as pessoas, quando elas começarem a entender que ninguém pode mudá-las, exceto elas mesmas, e que não serão capazes de mudar o mundo sem mudar a si mesmas; que o mundo é a percepção da pessoa, o seu próprio reflexo, e é por isso que é necessário jogar como se estivesse no futuro, de modo que este futuro se torne o presente. Como Kozma Prutkov disse uma vez: “Se você quer ser feliz, seja feliz”. Em geral é assim que é.

É por isso que um instrutor deve ser também um tipo de psicoterapeuta. Ele deve entender as pessoas muito bem e saber tudo sobre isso. Os instrutores devem concluir cursos e terem muita experiência. Eles precisam estudar fórmulas exatas de comportamento, mudança e reações humanas. Em outras palavras, o fundamento da sua experiência deve conter cenários específicos com entradas e saídas apropriadas. Eles devem entender o que estão fazendo com as pessoas e os tipos de reações que as pessoas podem ter, e precisam saber exatamente o que precisam para alcançar a saída.

Além disso, ao trabalhar com um grupo de adultos, também temos que transformá-los em instrutores enquanto trabalhamos com eles, porque cada pessoa, em geral, é seu próprio instrutor. E quando ela interage com os outros, verifica-se que todos estão instruindo uns aos outros. Em outras palavras, este trabalho tem dois lados, é o trabalho da parceria entre todas as pessoas.

E mesmo que no início haja instrutores, educadores, professores e metodólogos trabalhando com o grupo, o grupo recebe todo o método deles, toda a cadeia de mudanças que deve experimentar, todo o programa, todas as leis exatas de comportamento, as leis de influência e de permuta entre si. No final, todos no grupo chegam a um ponto em que podem aplicar este método em si e nos outros, e ativamente interagir com o restante, tendo compreensão exata de como se transformar sob a influência do grupo.

Em outras palavras, quando uma pessoa termina em qualquer cenário, ou até mesmo num cenário ocasional, ela sente exatamente como se comportar e corrigir esta situação para que ela possa influenciá-lo e fazê-lo ter uma influência correta sobre ela. Desta forma, ela sempre será capaz de trabalhar corretamente com o ambiente e, simultaneamente, torná-lo um instrumento para si e para o grupo que ela influencia.

Da “Conversa sobre Educação Integral” 27/02/12