Batalha Do Egoísmo Com Crianças

Dr. Michael Laitman“José” representa um ponto dentro da pessoa que só pode crescer quando está posicionado no reino do Faraó (desejo egoísta). A pequena centelha de Luz é chamada de “vela fina” (Ner Dakik). A “vela fina” deliberadamente se posiciona dentro do ego, uma vez que cresce dentro dele e, finalmente, transforma-o em doação. Assim, José foi ao Egito, cresceu (expandiu-se) lá ​​(o que significa que seus irmãos se juntaram a ele). Ele representa uma centelha que se desenvolve somente dentro de um ego humano.

O egoísmo é construído de uma forma que só pode valorizar algo que ele considera como “lucrativo” (benéfico). Ele identifica “lucros” apenas no tipo de realização chamada de “trabalho das mulheres”, em oposição à esmagadora satisfação chamada de “trabalho dos homens”. É por isso que se diz que o Faraó ordenou que todos os meninos judeus fossem mortos e se deixasse as meninas vivas.

Nós damos nascimento a “filhos” e depois os matamos porque não temos idéia de como trabalhar com as intenções em prol da doação. Então, eles renascem através de nossas tentativas de doar, ao menos minimamente, mas o nosso ego mais uma vez mata esses esforços. Nosso intelecto reconhece aquilo que temos para doar, e que ao conseguirmos gerar tais intenções, novamente as anulamos com o nosso ego.

O nosso trabalho é reconhecer através dos nossos desejos que ao para dar à luz aos nossos “filhos” nós os destruímos novamente. Nós ficamos aterrorizados com o que fizemos, e pelo fato de não nos resta mais nada. Depois de passar pela tortura e perceber que somos incapazes de fazer qualquer coisa com relação ao estado das coisas, pouco a pouco nós adquirimos um novo desejo: uma nova Reshimo informativa chamada de “Moshe” (Moisés).

Moshe” começa a crescer e se desenvolver na casa do Faraó. É como se viesse do lado do Faraó. O Faraó o desenvolve e eleva, ensina-lhe sabedoria, capacita-o. Depois de 40 anos passados ​​no palácio do Faraó, Moshe tem tudo, exceto que não foi exposto ao conhecimento sobre o Criador.

Moshe continuou a crescer dentro de seus desejos, que foram submetidos à correção, e sentiu que apesar de todos os seus esforços, ele não pode convertê-los em doação. Neste ponto seus desejos gradualmente adquiriram o “ponto de Moshe“, ou seja, a centelha que a princípio estava oculta na medida em que era totalmente ilusória. No entanto, a centelha continuou a crescer. Por causa disso, nós continuamos dando à luz a nossos “filhos”, ou seja, às intenções de doar. Nós acreditamos que somos capazes de dar e, repetidamente, “matamos” os nossos esforços.

A pessoa continua a exterminar seus “filhos” até que, com um enorme pesar, ela começa a perceber que todas as tentativas de doar não levam a lugar algum. Nós damos nascimento a um “filho” (intenção de doar), que é de fato o nosso próximo nível que nos leva a “partir” do Egito. Este passo é resultado do nosso esforço no trabalho em grupo, que decorre de nossas ações reais. Em algum ponto, nós realmente adquirimos um desejo de doar, mas depois que esfriamos e agimos egoisticamente, mais uma vez. Isso significa que o Faraó “engoliu” os nossos filhos recém-nascidos.

Da 1ª parte da Lição Diária de Cabalá 09/04/12, Escritos do Rabash