Precisamos Apenas De Fraternidade!

600.01Pergunta: Ouvi falar de um país que pagava aos cidadãos 7.000 dólares por um bebé recém-nascido, os recém-casados recebiam 64.000 dólares para comprar um apartamento e, se abrissem um negócio pessoal, eles lhes davam 20.000 dólares. A educação e a medicina eram gratuitas, não havia aluguel, não havia taxa de luz, os empréstimos eram isentos de juros. Na compra de um carro, 50% é pago pelo Estado. É simplesmente assustador descer na lista. Eles tinham certeza de que era possível viver assim para sempre. Estou falando da Líbia. Olho para países como a Arábia Saudita, o Kuwait, a Suíça e a Bélgica e pergunto: é possível destruir tal paraíso material? Aqui foi destruído. Geralmente, pode ser destruído?

Resposta: Fora ou dentro?

Pergunta: Não importa se está fora ou dentro. A pessoa deve segurá-lo com as mãos e os dedos dos pés. Este é o seu mundo material; ela é completamente provida. Como isso desmorona? Por favor explique.

Resposta: As pessoas não apreciam o que têm. Por outro lado, há muitas pessoas invejosas – externas e internas. Portanto, elas o destroem.

Pergunta: Como pode algo entrar em uma pessoa e dizer: “Isto é o paraíso, você tem que desistir e destruir tudo, e depois disso haverá apenas ruínas”?

Resposta: Se isto for uma ideologia, então pode ser maior.

Pergunta: Então isso pode ser feito? Mesmo nestes países que olhamos agora e temos a certeza de que resistirão durante séculos e séculos?

Resposta: Não por muito tempo.

Pergunta: Quando falamos sobre Sodoma, em princípio, era o mesmo estado da Líbia e da Arábia Saudita?

Em Sodoma estamos falando sobre o fato de que o Criador disse que é impossível viver assim e que deve ser destruído. Em que ponto tal impaciência vem de cima?

Resposta: Quando as pessoas começam a negligenciar o que lhes é dado.

Pergunta: Ou seja, foi dado apoio financeiro total. Qual é a negligência de uma pessoa?

Resposta: No fato de ela acreditar que, supostamente, tem direito a isso.

Pergunta: Uma pessoa deveria dizer: “Isto não é meu e não tenho direito a isso”?

Resposta: Não tenho direito a isso, mas recebo-o e sou grato ao Criador por isso.

Pergunta: Esta é a frase principal?

Resposta: Sim.

Pergunta: Então, este princípio que estava em Sodoma, “o meu é meu, o seu é seu”, está muito próximo dos princípios deste caso?

Resposta: Este princípio foi rigidamente estabelecido. Ou seja, se meu vizinho está passando fome, não tenho o direito de ajudá-lo.

Comentário: Bem, isso é demais! Não acho que seja possível agora.

Minha Resposta: Este é o outro lado da mesma moeda.

Pergunta: Em princípio, nesses Estados, os bens materiais podem se transformar nesta lei rígida? “O meu é meu, o seu é seu”, e eu não ajudo você e você não me ajuda.

Resposta: Sim.

Pergunta: Existe alguma lógica nisso?

Resposta: A lógica é absoluta. Tem muitos adeptos. Digamos que recebemos tudo do Criador. Se o Criador deu a você, mas não deu a mim, então, mesmo que eu morra, devo receber do Criador o que Ele me dá.

Pergunta: Então, o Criador deu riqueza a um, pobreza a outro, e é assim que deveria ser? E eu não interfiro na sua pobreza e você não interfere na minha riqueza?

Resposta: Sim.

Pergunta: Há lógica nisso. Então, qual é o vício?

Resposta: O vício é que as pessoas não aceitam como deveriam. Ou seja, elas não aceitam a autoridade absoluta do Criador e, portanto, ela é destruída.

Devemos estar acima deste rigor do Criador. Não apenas “o seu é seu e o meu é meu”. Nós recebemos isso de cima, e temos que fazer um ajuste para que seja todo nosso.

Recebido do Criador, “o seu é seu e o meu é meu”, inicialmente, deixamos isso dentro, e de cima o cobrimos com amor.

Pergunta: É isso que chamamos de “nosso”? Então estamos construindo pontes de um para o outro?

Resposta: Sim.

Pergunta: Este é o trabalho principal? Então é há séculos e não muda mais?

Resposta: Então somos como parceiros do Criador. Ele criou o mal, e nós construímos pontes sobre esse mal com amor.

Pergunta: E o mal que Ele criou é “o meu é meu, o seu é seu”? É isso que você chama de mal?

Resposta: Claro. Isto é egoísmo.

Pergunta: Como isso difere das revoluções? Também numa revolução, eles disseram: “Isto é nosso”. O que não estava lá? Dizemos: “o meu é meu, o seu é seu” deveria se transformar em “nosso”.

Resposta: Não existia tal ideal – “nosso”. Se tivermos que fazer tudo, então tudo estará em nossas mãos. Então, significa que não existe Criador, por definição.

Acho que nada de bom resultará de todas essas teorias. Tenho certeza de que o mundo ainda chegará à conclusão de que é necessário resolver estas questões pelo método Cabalístico. Ou seja, colocar o Criador – o único, o todo – à frente de todo o processo de desenvolvimento humano e apegar-se a Ele. E faça isso apenas em nome de uma única frase, a frase, Fraternidade!

Pergunta: E as pessoas vão querer agarrar-se a isto? Elas não vão querer perdê-lo?

Resposta: Se quiserem perdê-lo, mergulharão em tal confronto que não haverá ninguém com quem lutar.

De KabTV, “Notícias com o Dr. Michael Laitman”, 26/06/23