“O Que A ONU Realmente Espera De Israel” (Times Of Israel)

Michael Laitman, no The Times of Israel: “O Que A ONU Realmente Espera De Israel

O relacionamento do Estado de Israel com as Nações Unidas costuma ser repleto de tensões e críticas. Isso foi enfatizado por comentários recentes feitos pelo Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos, Volker Turk, que pediu o fim de uma “escalada ilógica” de violência, referindo-se a uma operação antiterrorista israelense em Jenin. Mais uma vez, a ONU se omitiu em condenar uma série de ataques terroristas em Jerusalém, ceifando a vida de civis inocentes, incluindo crianças pequenas.

A hostilidade da ONU ao Estado de Israel dificilmente é uma quebra da norma. Em 2022, a ONU condenou Israel mais do que todos os outros países juntos no mundo. É uma tendência consistente.

Em meu livro, New Antisemitism Mutation of a Long-Lived Hatred, falo longamente sobre o viés anti-israelense da ONU.

Se o mundo decidisse hoje sobre a criação de um Estado judeu, certamente haveria uma decisão unânime para impedir que isso acontecesse. Uma sugestão dessa disposição negativa em relação a Israel ficou evidente na Assembleia Geral da ONU de dezembro de 2021, quando as nações votaram 160 a 1 – Israel sendo o único voto dissidente – a favor de uma resolução para renovar o financiamento da UNRWA, Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina. A organização enfrentou duras críticas ao longo dos anos, desde supostas ligações com organizações terroristas até acusações de corrupção.

Se há algo de bom na tendência anti-israelense da ONU, é que finalmente podemos ver como somos indesejáveis aos olhos do mundo. Acho que em um futuro próximo, veremos a ONU pedindo que os judeus que se mudaram para Israel no último século e meio sejam enviados de volta à Diáspora, alegando que é o lugar onde eles pertencem, pois não eram os originais moradores da terra de Israel.

Israel continua procurando melhores maneiras diplomáticas de explicar sua posição, para mostrar que é valioso para o mundo e que os judeus têm o direito histórico de viver na terra de Israel. Não entendemos que o mundo não vê as coisas como nós. Ele não se importa com a história e não se importa com a “nação startup” que construímos aqui. Ele nos vê como uma nação beligerante e invasiva que tomou o que não lhe pertence explorando o remorso do mundo pelo Holocausto.

O que estamos totalmente errados é que continuamos a ignorar nossa obrigação para com o mundo. Estamos aqui para construir “um lar nacional para o povo judeu”, assim como diz a Declaração de Balfour. Lamentavelmente, em vez de construir nossa casa juntos em unidade, estamos divididos em facções lutando entre si. Se nós judeus não estamos fazendo o que devemos fazer aqui, não temos razão para estar aqui. É assim que o mundo vê, e quanto antes percebermos, melhor.

Rav Yehuda Ashlag (Baal HaSulam) já advertiu que: “Israel deve apresentar algo novo para as nações. É isso que elas esperam do retorno de Israel à terra! …Justiça e paz. E essa sabedoria é atribuída somente a nós. Se esse retorno for cancelado, o sionismo será cancelado completamente… E seus residentes estão destinados a suportar muito sofrimento. Sem dúvida, ou eles ou seus filhos deixarão gradualmente o país, e apenas um número insignificante permanecerá, que acabará sendo engolido pelos árabes”. (Os Escritos da Última Geração)

Precisamos reconstruir nossa nação restabelecendo nossa unidade sob o lema “como um homem com um coração”. Temos todo o direito de declarar que esse é o nosso objetivo ao estarmos mais uma vez aqui na terra de Israel e que não permitiremos que ninguém interfira em nossos esforços. O mundo não apenas respeitará esta declaração, mas também a apoiará.