Onda De Protestos Ao Redor Do Mundo

Dr. Michael LaitmanNas Notícias (do The New York Times): “Centenas de milhares de indianos desiludidos incentivam um ativista rural numa greve de fome. Israel vacila ante a maior demonstração de rua da sua história. Jovens enfurecidos na Espanha e na Grécia tomam as praças públicas em de seus países.

“Suas queixas vão desde a corrupção à falta de habitação e desemprego, reclamações comuns em todo o mundo. Mas, do sul da Ásia até o coração da Europa e agora até em Wall Street, esses manifestantes partilham algo mais: cautela, até mesmo desprezo, para com os políticos tradicionais e para com o processo político democrático que eles presidem.

“Eles estão tomando as ruas, em parte porque têm pouca fé nas urnas.

“Nossos pais agradecem porque estão votando, disse Marta Solanas, 27 anos, referindo-se às décadas mais antigas que os espanhóis passaram sob a ditadura de Franco. ‘Nós somos a primeira geração a dizer que o voto é inútil’.

 “A alienação corre de forma profunda especialmente na Europa, com boicotes e greves que, em Londres e Atenas, acabaram em violência.

“Cada vez mais, cidadãos de todas as idades, mas especialmente os jovens, estão rejeitando as estruturas convencionais, como os partidos e sindicatos, em favor de um sistema menos hierárquico e mais participativo, moldado em muitos aspectos na cultura da Web.

 “Os manifestantes criaram seu próprio espaço político online que é frio, algumas vezes abertamente hostil, para com as instituições tradicionais da elite.

“Em muitos países europeus a decepção é dupla: nos governos federais extremamente endividados abandonando os gastos sociais e numa União Européia vista como distante e pouco democrática. Os líderes europeus têm ditado duras medidas de austeridade em nome da estabilidade do Euro, moeda comum da região, carimbadas por políticos nacionais corruptos e cativos, dizem os manifestantes”.

Meu comentário: A decepção com a elite deve dar lugar à decepção com a nossa natureza – o egoísmo, de modo que começaremos a transcendê-lo. A redistribuição da riqueza, sem um despertar moral das massas, não trará resultados positivos. Todas as soluções são parciais, ou seja, ninguém tem a solução real para o problema, e o que a Cabalá propõe não é considerado, porque é percebido como um novo comunismo, que foi completamente “esgotado” em si mesmo.

Os economistas relutam em reconhecer que a natureza coloca diante de nós a condição da unificação completa em um único mecanismo. É hora de criar um modelo econômico de consumo razoável, relações altruístas mútuas e o benefício de doar. Tendo essa visão do futuro próximo e inevitável que nos espera, como resultado de nosso desenvolvimento (evolução), é preciso educar a todos sobre a entrada em um novo mundo.