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Crise E Solução

Dr. Michael LaitmanExistem doenças que ocorrem em toda parte, incluindo os casos ameaçadores que se expressam de forma espontânea e descontrolada, e ninguém pode prever o resultado do que está acontecendo. Assim como a própria crise, suas ondas estão agindo sobre todos e ninguém é deixado em paz. Os ricos como que forçados a ajudar os pobres, enquanto os pobres manipulam a dependência dos ricos sobre eles…

Cada economista no mundo tem sua própria opinião sobre as razões da crise econômica que está ocorrendo. Mas nós estamos esquecendo que a crise não é econômica, mas da civilização: não há uma área da atividade humana que não esteja passando por uma crise.

A crise está acontecendo em todos os sistemas sociais que criamos: saúde, assistência pública, casamento e família, educação e formação… Sem dúvida, todos começaram a prestar atenção na crise quando ela se expressou na esfera econômica e financeira, porque nossa sobrevivência depende diretamente disso. Mas para revelar suas causas, temos que analisá-la como um todo, como uma crise da civilização.

A razão para a crise é apenas uma coisa: a cada dia, o mundo está cada vez mais interconectado e interdependente desde dentro, naturalmente, e, portanto, a cada dia está se tornando mais e mais oposto às conexões externas e à cultura que temos imposto sobre ele na forma de países e sociedades separadas, sistemas opostos, e assim por diante. Exatamente a diferença entre a união do mundo, que cresce a cada dia, e a cultura de separação que criamos, é a crise que está piorando.

Nós somos incapazes de parar a expressão da globalização e integralidade interna do mundo. Isso vem de sua natureza original, que somos incapazes de influenciar.

Nós também não podemos observar a oposição constantemente crescente entre a estrutura interna do mundo, onde sua união está sendo revelada, e a externa (a humanidade), onde as suas divisões e contradições estão sendo expressas. Isso está evocando uma crise complexa dentro de nós.

A única solução para o problema da crise em desenvolvimento, a nossa crescente oposição à natureza, encontra-se na conquista gradual da união da humanidade (a garantia mútua), do equilíbrio entre a humanidade e a natureza (o consumo razoável). No entanto, isto contradiz nossa natureza egoísta e, portanto, só é possível quando o ambiente exerce uma influência positiva e sadia sobre cada pessoa.

Para isso é necessário formar uma nova consciência social, pessoal, que pode ser alcançada através da educação e formação do mundo inteiro a respeito da conexão global e integral entre todas as pessoas que está sendo expressa no mundo. Para conseguir isso, cada país tem que decidir formar um ambiente em torno de sua sociedade, um cenário de influência educacional.

A criação de um sistema de mídia de massa que envolva cientistas e especialistas que expliquem o novo mundo global, suas novas leis sociais, a necessidade de segui-las por uma questão de sobrevivência, é a parte educacional. A criação de grandes conexões virtuais e não virtuais que atrairão as pessoas, dando-lhes um exemplo de união e alegria, é a parte da formação.

Sem dúvida, ao dar os primeiros passos nessa direção, nós imediatamente sentiremos a crise recuar.

O Outro Lado Da Crise

Dr. Michael LaitmanEu considero a crise como uma subida maravilhosa da humanidade para um novo nível, uma área completamente nova de existência, boa e bela. É claro que qualquer subida sempre envolve nascimento, sofrimento e problemas. E aqui devemos abordá-la de uma forma muito racional: usar nossas qualidades e instrumentos egoístas do passado para revelar todas as possíveis leis da natureza e ensiná-las a toda a humanidade.

Nós devemos aprender as leis da natureza, a fim de saber como observá-las e dessa forma viver juntos com os nossos filhos numa forma normal, agradável, adequada, segura e confiável. O principal problema reside em explicar a necessidade do homem de se adaptar às novas condições externas globais e integrais. E a crise em nós é a nossa falta de correspondência a elas.

Da discussão sobre a Educação Global 04/09/11

Esperanças Perdidas

Dr. Michael LaitmanNós temos evoluído constantemente, aumentando o nosso desenvolvimento familiar, social e interno a cada ano. Nós pensávamos que os nossos filhos viveriam melhor do que nós e que realmente a vida ficaria cada vez melhor.

Hoje, nós perdemos a esperança. Nós já não fazemos planos para o futuro. Nós entramos numa fase em que a humanidade não se sente o seu futuro, porque a natureza aparentemente nos empurra por trás e não desenvolve mais nossos desejos egoístas. Pelo contrário, os desejos egoístas com os quais nos desenvolvemos começaram a terminar agora: os desejos de todos nós tornaram-se dependentes dos demais. Este é um grande problema e está sendo confirmado por um grande número de cientistas.

Nós nunca sentimos que estávamos em garantia mútua, no “efeito borboleta”. Nós não sentíamos que o mundo era global e integral. Nós nunca pensamos nisso. Nós pensávamos: “Interconexão é bom! Eu vou vender para ele, ele vai vender para mim e nós vamos fazer isso e aquilo junto com estes e aqueles”. Ou seja, eu sentia que podia usar a globalização egoísta, tirar algo dela. “É bom que o mundo tenha tornado tão pequeno, é bom que eu posso voar para qualquer lugar e fazer tudo… “.

Então, subitamente, o mundo ficou diferente! De repente, está se tornando claro que a globalização não se entende com o meu egoísmo, que ela começa a pressionar e constranger-me se eu não interagir com ela adequadamente. Isso é chamado de crise.

Qual é o problema?! O que está acontecendo? As pessoas continuam pessoas. Dinheiro, indústria, bens, alimentos, tudo é a mesma coisa. Do que se trata essa crise? Trata-se da nossa disparidade com esta nova lei que agora está sendo revelada.

Da discussão sobre a Educação Global 04/09/11

Do Cativeiro Para A Liberdade

Dr. Michael LaitmanPergunta: Será que o retorno iminente do soldado israelense preso, Gilat Shalit, significa um novo nível de união em nossa nação?

Resposta: Certamente, nós temos que estar alegres que isso finalmente tenha ocorrido. Nossa nação não pode tolerar tal situação, quando um membro de seu povo é atormentado em cativeiro. Nós podemos ver que não é fácil. Por outro lado, este não é o fim dos nossos problemas.

Vamos nos alegrar com o final feliz para Gilad. Não é uma questão de quantos terroristas serão libertados em troca. Ele está voltando e isso é bom.

Eu não acho que isto fará uma grande diferença para a união da nação. A saga terminou e nós vamos esquecê-la em um mês. Nós só temos que entender que devemos nos preocupar com todos e cada um, pelo menos na mesma medida. Afinal, nós estamos aprisionados por nosso desejo egoísta, e é hora de sairmos deste cativeiro.

Da 5ª parte da Lição Diária de Cabalá 14/10/11, “Um Mandamento”

Jornal “Arvut (Garantia Mútua)” Em Hebraico



A primeira edição do jornal “Arvut (Garantia Mútua)” foi publicada em hebraico.

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Os Estados Unidos Descobre O Sentido Da Vida

Jltv-reveals-wisdom-of-kabbalahOs Estados Unidos comemorou o Dia da Expiação 2011 revelando o verdadeiro sentido da vida. No Dia da Expiação (Yom Kipur), o canal  Jewish Life Television (JLTV), um dos maiores canais de televisão judaico da América do Norte, transmitiu apenas três shows, repetindo-os sucessivamente:

  • A transmissão direta do serviço de Yom Kipur no Templo das Artes, em Beverly Hills, Califórnia;
  • Um concerto sinfônico “Kaddish – Estou Aqui” especial  no Yad Vashem, em memória das vítimas do Holocausto;
  • Vários episódios da “Autêntica Sabedoria da Cabalá”, no qual meu aluno Tony Kosinec explica o Caminho da Dor & Caminho da Luz, e eu respondo a perguntas sobre a força superior, evolução e o estudo da Cabalá. A mostra também apresentou videoclipes de músicas inspiradas na Cabalá.

Vamos Nos Reunir Na Sucá da Paz

Dr. Michael LaitmanEm nosso mundo, nós entendemos porque as crianças brincam e o que acontecerá quando elas crescerem. Mas o nosso mundo é uma cópia do mundo superior, e este jogo simboliza o fato de que temos que avançar lentamente em direção à verdade, constantemente escolhendo-a a partir da situação oposta em que nos encontramos.

O trabalho espiritual começa com o fato de que estamos apegados aos falsos prazeres e ações que são totalmente egoístas. No entanto, nós entendemos que só podemos crescer graças a eles, a fim de ter livre arbítrio e escolher, para purificar os nossos vasos, nossa atitude para com o superior, por nós mesmos.

Não há outra escolha. A cada vez nós caimos e subimos novamente, e assim avançamos, como se diz: “Mil vezes os justos cairão e subirão novamente”. É assim como nós avançamos, e temos que ser pacientes e entender que esta é a única maneira de construir um vaso perfeito e independente. Quem continua tem êxito. A questão principal aqui é a persistência.

Nós também vemos uma cópia de todos os processos espirituais na vida material. É por isso que nós nascemos como crianças pequenas e tolas; nós jogamos jogos sem sentido e somos incapazes de cuidar de nós mesmos, até que, gradualmente, graças a estes jogos, nós crescemos e progredimos com correções mais sérias. Muitos anos se passam até que a pessoa “sustenta-se com suas próprias pernas” e está pronta para a vida neste mundo.

Assim, após as Selichot (os dez dias de arrependimento), Rosh Hashanah (Ano Novo), Yom Kippur (Dia do Perdão), os cinco dias entre Yom Kipur e Sucot, e os sete dias de Sucot, nós alcançamos o nível de Shemini Atzeret (o Oitavo dia da Assembléia): a união com a Luz. Gradualmente, dia a dia, nós realizamos esclarecimentos, cujo símbolo é a cobertura da Sucá (Skhakh) feita de “resíduos (lixo) do celeiro e adega”. Ou seja, ela é feita do que a pessoa desrespeita e despreza, acreditando que o mais importante é a comida que recebemos do celeiro e da adega, e não o resíduo.

Especialmente o que lhe parecia como resíduo inútil se torna a coisa mais importante agora. Se eu elevar esse “desperdício” acima de mim e usá-lo para cobrir o meu ego, se eu me esconder sob esta cobertura, eu serei capaz de desfrutar sua sombra. É assim que descobrimos a Luz superior, que não é revelada diretamente, sem a sombra. Assim, nós chegamos à Sucá da paz (Sukkat Shalom), sob a cobertura perfeita (Shalem), a tela.

Da 1ª parte da Lição Diária de Cabalá 11/10/11, Escritos do Rabash

“Sentei-Me À Sua Sombra Com Grande Deleite…”

Dr. Michael LaitmanÉ costume celebrar o feriado de Sucot (Festa dos Tabernáculos) numa estrutura temporária construída especificamente para este fim: a Sucá. A cobertura da Sucá (Skhakh) é a parte mais importante dela. Algumas pessoas chegam a beijar a cobertura porque ela simboliza a tela, a sombra que você construiu. Mas você constrói esta cobertura a partir de resíduos (lixo), “o resíduo do celeiro e da adega”, ou seja, dos lugares onde fazemos pão, que simboliza a Luz de Hassadim (Misericórdia), e vinho, que simboliza a Luz de Hochma (Sabedoria).

Quando os dois estão conectados corretamente, a pessoa constrói uma tela a partir desses resíduos, ou seja, daquilo que ela rejeitou e desrespeitou antes. Agora, ela eleva isso acima da cabeça, através da fé acima da razão, e, assim, constrói uma sombra de si mesma, sobre a qual se diz no Cântico dos Cânticos: “Sentei-me sob sua sombra com grande deleite…”. Assim, a pessoa adquire o vaso, que a Luz veste: a Luz de Hochma entra na Luz de Hassadim. Assim, o resíduo não é mais lixo, mas algo importante para ela. É assim que a pessoa avança espiritualmente.

O símbolo do resíduo que se transforma na coisa mais importante é semelhante à maneira como as crianças crescem brincando. É como uma menina, que amava boneca de pano mais do que tudo e não queria brincar com um bebê de verdade, desfrutará brincar com uma criança de verdade e não com uma boneca quando ela crescer. É o mesmo conosco. Não podemos tocar um prazer verdadeiro e entender que é a coisa verdadeira.

Até crescermos, nós precisamos de prazeres falsos, na forma de um plástico ou uma boneca de pano, e não podemos mudar para algo real. Este é o tempo da infância! Até que nossos vasos cresçam, não conseguimos entender que brincar com um bebê de verdade pode nos trazer prazer.

No entanto, quando amadurecemos, nossos vasos crescem. Assim, nosso trabalho é nos elevarmos. Na espiritualidade, nós não crescemos como na vida material, onde tudo acontece naturalmente. Se a pessoa trabalha, a fim de evitar sair do caminho, apesar dos obstáculos, se ela pede pela Luz e permite que a Luz atue sobre ela, ela gradualmente obtém o desejo que compreende quais são os verdadeiros prazeres.

O desprezo que sentia pelo bebê de verdade torna-se seu vaso corrigido para receber o prazer correto. Agora, ela entende como era ingênua a sua brincadeira com carros de brinquedo e bonecas de pano. Mas isso foi importante porque ela cresceu graças a isso.

Da 1ª parte da Lição Diária de Cabalá 11/10/10, Escritos de Rabash

Os Blocos De Construção Da Criação

Dr. Michael LaitmanO Livro do Zohar, Capítulo Pekudei (Contas)“, Item 157: As águas sobem e descem nos tronos, iluminando de baixo para cima e de cima para baixo. Aqueles que descem escavam nas profundezas e as rompem. Aqueles que sobem entram por esses buracos nas pedras, na Masach de Peh de Rosh de ZA, subindo e preenchendo por sete dias, que são as sete Malchuts de Chazeh e acima.

O Zohar fala apenas da conexão dos desejos: como eles se juntam, quais combinações de conexões são criadas como resultado disso e que luzes são reveladas de acordo com a equivalência de forma entre as conexões dos desejos e da Luz, com a Luz sendo o atributo de doação que eles descobrem entre si.

À medida que você corrige o sistema geral e conecta diferentes desejos e seus grupos em conjunto, você anima o sistema. Você descobre que o atributo de doação (a Luz), a vitalidade, a vida, estão fluindo nele. Não há mais nada além disso. Fora deste sistema, nem o Criador nem a criatura existem; tudo está dentro dele. Ele nos parece quebrado porque é assim que nós o descobrimos dentro de nossos atributos não corrigidos. Isso é para que nós atinjamos, através da nossa conexão, seus atributos, tendências, partes, e como eles agem em conjunto.

Nós lidamos com “blocos de construção” vivos: você junta as partes separadas, elas se tornam vivas. Assim, gradualmente, à medida que você junta cada vez mais partes, você revive todo o sistema. Ele começa a agir e você descobre vários fenômenos nele.

Nós não temos outro trabalho. Agora, neste momento, nós nos aproximamos do trabalho prático de unir nossos desejos, nossos pensamentos. Eles se revelam diante de nós cada vez mais conectados, dia a dia. Assim, parece-nos que o mundo está confuso, mas somos nós que estamos confusos. Nós não entendemos que o mundo está se tornando mais conectado do que nós. É revelada uma ruptura entre nós, uma crise.

Nós devemos entender que essa ruptura está na nossa percepção. Nós temos que começar a nos conectar, unir nossos desejos. Os Cabalistas nos falam somente disso, de um único lugar que precisa ser corrigido: os laços entre nós.

Da 2ª parte da Lição Diária de Cabalá 10/10/11, O Zohar

Pensamentos Rápidos Sobre O Shamati, “O Que Significa Outros Deuses No Trabalho”

Dr. Michael LaitmanNós estamos sob a autoridade de “outros deuses”. “Deuses” são as forças da natureza que eu adoro. Eu adoro várias coisas: forças, realizações, fenômenos e situações, que me fazem (o meu ego) sentir bem. Isso é chamado de “outros deuses”.

Minha atitude é errada apenas em relação à qualidade de doação que é oposta a mim. Eu não tiro prazer dela e não entendo como a pessoa pode doar – e desfrutar.

Isso significa que nós estamos sob o controle de outros deuses e nos envolvemos em idolatria, ou seja, adoramos ídolos: todos os tipos de realizações egoístas. Nós temos que mudar nosso sistema de valores e apreciar a qualidade de doação que é oposta a nós.

Da 6ª Lição na Convenção de Toronto 18/09/11