Podemos Viver Sem Guerras

963.4Igor escreve:

Agora estou lendo o artigo do Baal HaSulam, “A Liberdade”. Artigo legal! É como se ele tivesse escrito hoje. E surgem muitas perguntas.

Aqui, por exemplo, está escrito: “…devemos estar atentos para não aproximar tanto as opiniões das pessoas que o desacordo e a crítica entre os sábios e eruditos possam acabar, pois o amor ao corpo traz consigo naturalmente proximidade de opiniões. E se a crítica e o desacordo desaparecerem, todo o progresso em conceitos e ideias também cessará, e a fonte de conhecimento no mundo secará”.

Pergunta: Mas não é por causa de divergências que todas essas guerras estão acontecendo hoje? Não seria melhor se não houvesse divergências?”

Resposta: Não. Aí tudo seria muito unilateral. Sem contradições, a humanidade não seria capaz de avançar e se desenvolver.

Comentário: Então, em princípio, todas essas guerras são necessárias?

Minha Resposta: Não estou falando de guerras. Tudo pode ser resolvido por outros métodos. Você não precisa lutar imediatamente!

Pergunta: Por que sempre queremos resolver divergências com guerras e decisões drásticas?

Resposta: Assim como as crianças, a humanidade é assim hoje.

Pergunta: Baal HaSulam está falando sobre soluções completamente diferentes?

Resposta: Absolutamente sobre todas as divergências! Precisamos decidir tudo quando nos sentamos e discutimos.

Pergunta: Igor escreve ainda: “Mas não há pessoas que gostariam de receber críticas. As pessoas mentem quando dizem o contrário. É possível educar uma pessoa para que ela queira críticas?”

Resposta: Claro. É nas contradições que a verdade é revelada.

Pergunta: Então você pode aceitar críticas?

Resposta: Sem crítica, como uma pessoa pode se desenvolver?

Pergunta: Acontece que você ainda quer isso?

Resposta: Eu quero isso, é claro.

Pergunta: E você não resiste?

Resposta: Não resisto de forma alguma. Pelo contrário. Quanto mais críticas, mais opiniões e divergências, mais pode ser revelado: quem, onde, como e por que desta forma o Criador criou a sociedade, o homem, e nós de uma forma tão contraditória. Só assim a verdade é compreendida.

Pergunta: Então você está dizendo que o que uma pessoa deve desejar é resultado de uma crítica?

Resposta: A verdade é aprendida por meio de argumentos.

Pergunta: Próxima. “Por que, tendo declarado no início que a crítica é criativa, chegamos mais tarde ao ponto de destruí-la?”

Resposta: Porque todo mundo gosta de pressionar o outro até que ele concorde. E se ele não concordar, eu o matarei.

Você vê como tudo é feito no mundo. Nosso egoísmo prevalece sobre todas as outras oportunidades de discutir e crescer.

Comentário: Mas, por outro lado, dizemos que o egoísmo é a nossa natureza. Deve sobressair.

Minha Resposta: Afinal, temos que corrigi-lo de alguma forma.

Pergunta: Então nossa tarefa o tempo todo é domá-lo?

Resposta: Sim.

Pergunta: Quando a crítica é construtiva e quando é destrutiva?

Resposta: Você pode ver aqui. Quando leva à discussão mútua e, em última análise, ao acordo, é positivo. E quando leva a contradições, até ao ponto da guerra e da destruição, é claro que é prejudicial.

Comentário: Mas a humanidade sempre vem depois de todas as guerras…

Minha Resposta: E isso é egoísmo, com o qual não trabalhamos. Não há nada que você possa fazer a respeito.

Comentário: Mas depois das guerras, chega-se à conclusão de que é aconselhável sentar, conversar, discutir.

Minha Resposta: Isso ocorre porque a guerra ainda dá algum tipo de consciência do mal. Mas, daí novamente.

Pergunta: “Se você chega à crítica interna, a externa desaparece?” pergunta Igor. “Então podemos dizer que a crítica externa é um indicador de que a crítica interna está ausente? Isso é verdade ou não?”

Resposta: Sim, sim.

Pergunta: E a pergunta: “O que acontece em um mundo corrigido cheio de bondade, amor, como você diz? Há críticas aí?”

Resposta: Tudo depende da educação de uma pessoa e de como ela se educa.

Pergunta: Aqui chegamos a um mundo cheio de amor e bondade. Estamos indo para lá. Há alguma crítica aí?

Resposta: Há críticas, é claro. Necessariamente. As opiniões e contradições são inúmeras, mas tudo isso é discutido e constantemente levado a algum denominador comum ao longo do qual toda a humanidade avança.

É assim que se chama que tudo se decide ao nível do amor.

Pergunta: “O amor cobrirá tudo” – é isso que dizem? É assim que as coisas funcionam em um mundo corrigido?

Resposta: Claro. E somente sobre divergências, as divergências permanecem.

De KabTV, “Notícias com o Dr. Michael Laitman”, 06/11/23