Pergunta: Se uma pessoa pede para ser trazida para mais perto da luz, não será um pedido egoísta? Afinal, ela quer que seja melhor para ela.

Resposta: Não importa. Desejar coisas espirituais egoisticamente para si mesmo é chamado de Lo Lishma.

Uma pessoa quer experimentar o mundo espiritual, receber vida espiritual e um senso de verdadeira realidade, e ver que sua vida não é desperdiçada. Afinal, sua vida está passando e quem sabe quanto tempo lhe resta? Ela não quer acabar com isso inutilmente.

Uma pessoa inicialmente não pode pensar em nada além de seu próprio benefício. Portanto, se ela não deseja egoisticamente a espiritualidade e a imagina como boa, ela nunca se voltará para ela.

Portanto, o caminho espiritual começa com a realização egoísta (Lo Lishma), e então, sob a influência da luz superior (Ohr Makif), a atitude egoísta em relação à própria espiritualidade é substituída pelo altruísmo (Lishma).

Portanto, o egoísmo de uma pessoa é chamado de “ajuda contra si mesmo” (Ezer Kenegdo) porque leva a pessoa a um estado onde ela repentinamente vê: “Mas é exatamente o que está me incomodando!”

O próprio ego que tanto me ajudou e me impulsionou, devo agora destruir, não os próprios desejos, mas apenas sua intenção egoísta. Assim a luz gradualmente me muda.

Da Lição Diária de Cabalá 17/04/23

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Pergunta: Mikhail pergunta: “Qual é o objetivo final de uma pessoa? É para se dissolver no Criador, como você diz, para se fundir com Ele? Vamos perder nossa identidade ou não?”

Resposta: Eu diria que é muito maior – para complementar o Criador. Exceto que é dito “Você me cria”. Assim diz o Criador. Mas, pelo menos, se não criamos, nós O complementamos.

Pergunta: Então, há alguma falha Nele se O complementamos?

Resposta: Claro, há uma falta porque Ele está sofrendo muito, muito sem nós. Ele tem o desejo de doar, saturar e emanar, e não há ninguém, ninguém quer.

Pergunta: Mas a gente quer ficar satisfeito, receber, né?

Resposta: Não queremos ser alimentados Dele e nem por Ele! Portanto, aqui, eu diria, parece uma guerra de nervos, quem será o primeiro a ceder e dizer: “Eu te amo!” Este é um jogo de exaustão, claro, realmente.

Pergunta: Mikhail pergunta: “Vamos perder nossa identidade ou não?”

Resposta: Nós a encontraremos. Que tipo de identidade temos agora? Não há absolutamente nenhuma.

A identidade é adquirida pelo fato de nos tornarmos necessários para o Criador em ação. Já somos necessários, mas em ação, no fato de nos aproximarmos Dele, nos unirmos e nos fundirmos com Ele; no fato de complementarmos o universo, causamos o preenchimento de todo o universo, a luz superior que preenche toda a criação. Sem nós, seria vazio, frio e escuro.

Pergunta: Que tipo de ajuda adicional o Criador espera de nós?

Resposta: Para que acendamos a luz, acendamos a luz de fato neste mundo, para que o universo seja preenchido com a luz do Criador, amor, bondade, unidade e perfeição em todas as formas possíveis.

Comentário: Ao mesmo tempo, você diz isso hoje quando não sabe para onde correr. Com essas guerras malucas.

Minha Resposta: Nada precisa ser feito. Devemos apenas esperar com calma, com confiança de que isso acontecerá, querer, pedir, pedir em silêncio ao Criador.

Pergunta: Isso é tudo o que é exigido de nós?

Resposta: Sim. Sem ruídos desnecessários, declarações, disputas, sem nada.

De KabTV, “Notícias com o Dr. Michael Laitman”, 14/02/22

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Comentário: Se compararmos você e o Baal HaSulam, ele não era tão público quanto você e não disseminava para um número tão grande de pessoas.

Minha Resposta: Tenho certeza de que, se pudesse, teria feito tudo. Em 1940, Baal HaSulam publicou o jornal The Nation. Você pode imaginar o que significava publicar um jornal sionista Cabalístico naquela época?!

E o livro A Entrega da Torá no qual ele se dirige às pessoas comuns! Um Cabalista sai de seu canto e se dirige às pessoas comuns! Ele foi um verdadeiro revolucionário!

Quem sou eu comparado a ele? Agora está tudo aberto, faça o que quiser. É um século completamente diferente!

De KabTV, “Eu Recebi uma Chamada. Quem Controla Laitman?”, 27/12/12

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Pergunta: Sou uma marionete através da qual o Criador age sobre os amigos? Ou os amigos são apenas meios pelos quais o Criador age sobre mim?

Resposta: Não posso controlar meus amigos de forma alguma, de forma alguma! Por estar conectado com eles, só posso transmitir meu apoio a eles.

E ao não fazer isso de acordo com as capacidades do sistema em que estamos, prejudico a eles e a mim mesmo. Estamos sempre mutuamente incorporados uns nos outros. Se não transmito a eles o que há em mim a cada segundo, eu faço um curto-circuito em mim mesmo e, claro, neles.

Este é um sistema analógico integrado. Não há como fugir disso! Não existem cálculos aqui onde você pensa constantemente em como arranjar algo para alguém. Não existe tal coisa! Todos juntos! Desde o começo!

Quando entendermos isso, tudo ficará bem. Enquanto isso, todos estão pensando em como ganhar alguma coisa e sempre às custas dos outros! Quando o sistema for revelado, tudo ficará claro.

De KabTV, “Eu Recebi uma Chamada, Quem o Controla?”, 29/12/12

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Pergunta: Na Cabalá, duas pessoas são consideradas um Minyan (grupo); elas também constituem as dez Sefirot. Por um lado, são pelo menos dois e, por outro lado, é desejável que sejam 10 pessoas?

Resposta: Duas pessoas são necessárias para poder entender o que significa sair de si mesmo. Para que essa saída seja realmente fora de si, são necessárias dez pessoas. Então elas formam um sistema comum.

Mas, em princípio, dez não é necessário. Queremos apenas que tudo seja semelhante ao sistema espiritual. Na verdade, podem ser duas, três ou cinco pessoas; isso não importa. O principal é que deve haver alguém fora de você em quem você possa descobrir uma saída de si mesmo.

Assim como uma pessoa sai de uma cápsula espacial para o espaço, da mesma forma você deve ser capaz de sair para outro. Para isso, o outro deve existir. Ele deve estar em certo contato com você, em certa conexão, em assistência mútua, para que você possa fazer isso.

Pergunta: Uma pessoa deve fazer isso ativamente para que todos possam ver ou sua presença é suficiente?

Resposta: Sim e não. Depende de que tipo de pessoa, em que momento, em que época e com que tipo de egoísmo. Não é fácil.

De KabTV, “Eu Recebi uma Chamada. Quantas Pessoas Devem Estar no Grupo?”, 22/12/12

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Pergunta: Como absorvemos o mundo ao nosso redor e nos conectamos com ele?

Resposta: Pode-se absorver o mundo apenas na medida necessária para explicar corretamente o método de ascensão às pessoas.

O que significa entrar neste mundo? Se estou no próximo grau, este mundo é apenas uma pequena parte da qual conheço tudo de uma ponta à outra. Eu o sinto em absolutamente tudo: sua energia, movimento e conexão entre todos os objetos.

Estou interessado apenas na parte deste mundo que é chamada de consciência de uma pessoa. Eu quero que adquiram consciência superior. Isso é o que devo fazer como alguém que está no próximo nível; eu ajudo todos que estão neste grau a subir para o próximo grau. Este ato é chamado de nascimento espiritual.

Mas para mergulhar neste mundo, onde mergulhar?! Em lugar nenhum! Você não tem ideia de como é. Comparado com o mundo superior, não chega nem perto de um milímetro; tudo nele é muito mais plano e linear.

De KabTV, “Eu Recebi uma Chamada, O Que Esperar da Cabalá?” 22/12/12

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Pergunta: Em um de seus clipes havia uma história sobre uma baleia solitária que existe em sua própria frequência e produz seus próprios sons. As outras não a veem nem a ouvem. Ela vagueia sozinha.

Martha escreve para você: “Diga-me, o que devo fazer? Eu sou uma baleia solitária. Estou cercada por muitas pessoas, mas estou sozinha. Quero muito me comunicar com as pessoas, mas não consigo encontrar um contato sincero, tenho medo das pessoas. O que devo fazer?”

Resposta: Sintonize-se com o fato de que não há contatos sinceros. Exista do jeito que você existe. Não se chama ser uma baleia solitária. A baleia também não existe sozinha, mas entre muitas, muitas outras, semelhantes e incluindo-a. Nós também.

Comentário: Mas foi dito que a baleia vagueia sozinha, que ninguém a ouve ou vê. Martha acha que ela é igual.

Minha Resposta: E daí? O que há de errado com isso? Não me sinto como uma baleia solitária. Eu faço minhas próprias coisas, me comunico com um certo número de pessoas e assim por diante. Ou seja, não é solidão.

Pergunta: Não solidão. E se ela tiver essa solidão?

Resposta: É assim que ela se sente.

Pergunta: Se ela escreve: “Tenho medo das pessoas”? Como ela pode superar tal problema se não for no nível médico? Medo das pessoas, medo dos contatos, tem gente que não quer essa conexão; elas têm medo disso. Qual deve ser o resultado de seus esforços?

Resposta: O resultado é que elas acabam encontrando uma companhia na qual se sintam à vontade.

Pergunta: Mas precisamos olhar do fácil para o difícil, com quem posso? Não se force.

Resposta: Não! Mas você pode entrar em alguns clubes e conversar com uma ou duas mulheres ou homens lá.

Pergunta: Por favor, explique por que você insiste em entrar em contato. Por que não dizer a uma pessoa: “Bem, apenas exista do jeito que você é”?

Resposta: Mas ela está reclamando!

Comentário: Ela reclama, isso mesmo. “Quero muito me comunicar com as pessoas, mas não consigo encontrar um contato sincero.”

Minha Resposta: Sincero! Ela mesma não está pronta para um contato sincero.

Pergunta: É isso que você sente?

Resposta: Claro.

Pergunta: Que tipo de contato é sincero para você? Para ela, está claro para mim que ela está procurando algo assim para si mesma.

Resposta: Para mim, um contato sincero é encontrar um livro que me capture. Isso é tudo.

Pergunta: Em geral, como você chamaria um contato sincero?

Resposta: Quando eles entendem você. Mas isso também não é bom. Ao mesmo tempo, uma pessoa tem muito pouco de si mesma. É verdade, nós realmente não queremos nos abrir.

Pergunta: Sim, estamos fechados, claro. Então, afinal, o que é contato sincero?

Resposta: Não sei. É quando você se sente confortável com uma pessoa. Mas com quem você pode estar constantemente calmo?

Comentário: Isso também é um problema.

Minha Resposta: Claro.

Pergunta: Um contato real, o que é?

Resposta: O contato real é obviamente quando você ama uma pessoa e quer fazê-la se sentir bem o tempo todo.

Comentário: Você pegou e de repente mudou tudo assim. Em vez de ser bom para mim, você diz: “Para que seja bom para o outro. E isso se chama contato”.

Minha Resposta: Sim, quando eu sentir que quero que seja bom para ele, crio uma atmosfera agradável para ele, um sentimento.

Pergunta: E se estamos falando do superior, do Criador, o que é um contato real?

Resposta: Isso já é uma equivalência de forma. Isso é para que eu possa afetar o Criador da mesma forma que Ele me afeta. Para fazer isso, preciso mudar minha natureza, que, aliás, Ele fez para mim. Então, devo pedir a Ele para mudar isso. Este pedido é o contato.

Pergunta: Tal pedido pode ser sincero?

Resposta: Em parte, até que eu realmente peça sinceramente.

De KabTV, “Notícias com o Dr. Michael Laitman”, 23/03/23

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Michael Laitman, no Quora: “Quais São Seus Pensamentos Sobre A Dor?”

A dor é a reação do nosso corpo a todos os tipos de perturbações corporais. Ela alerta para o perigo e nos faz agir: mover-nos em direção ao prazer e afastar-nos da dor, diagnosticar a causa da dor, chegar a conclusões e avançar em nossas vidas para novos estados.

A dor impacta nosso ego, o desejo de desfrutar às custas dos outros. Podemos sentir dor quando nos sentimos mal, ou quando simpatizamos com outros que se sentem mal, ou quando a dor da inveja nos atinge quando vemos que os outros estão em melhor situação do que nós.

Há uma dor que nos cutuca por trás, fazendo-nos evoluir, e também uma dor existencial que, em última instância, nos empurra para uma maior realização.

Não sentiríamos absolutamente nada se não fosse pela dor. Seja um certo tipo de conflito, contato ou pressão, todos os nossos sentimentos são construídos sobre uma certa forma de dor, e só podemos sentir prazer, satisfação e gozo após a dor.

No entanto, podemos superar a dor. Quando nos elevamos acima do ego, ou seja, quando ascendemos além de priorizar o interesse próprio em detrimento dos outros para o seu oposto – priorizando o benefício dos outros – podemos viver em completa realização, sem vazio, onde nos relacionamos com tudo e todos como resultado de uma plenitude e amor cada vez maiores.Escrito/editado por alunos do Cabalista Dr. Michael Laitman.

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