Imagine que há um muro de pedra à sua frente com um buraco vazio onde você precisa colocar uma pedra que falta. Essa pedra é você, e você precisa fazer a forma corresponder ao buraco vazio no muro de todos os lados.

Uma correção deve ser feita em si mesmo, conectando-se aos amigos que o cercam por seis lados. Você precisa obter sua forma espiritual deles. Você não tem forma espiritual no momento; ela aparece apenas na medida em que você se adapta a seus amigos e se conecta com eles como uma Sefirá entre as dez Sefirot.

Eles determinam como você deve se parecer, como deve doar e como deve se comportar com eles. Dessa forma, você entra em seu trabalho espiritual e começa a entender que este é o trabalho do Criador. O Criador muda seus amigos o tempo todo; eles polim você e, graças a eles, você adquire sua forma espiritual correta e real.

A forma espiritual de cada um depende de todos, e é assim que todos construímos juntos a imagem do Criador. Ele próprio não tem forma; somos nós que a criamos. Como está escrito: “Vocês Me fizeram”. Pelo fato de que todos se colocam em correspondência com os outros, criamos o Criador que não existia antes. Apenas a lei da correspondência das qualidades de cada um com todos os outros funciona aqui.

É impossível alcançar uma conexão com o Criador se você não tiver estabelecido conexão com todos os seus amigos. Quanto mais forte for o seu coração, ou seja, quanto mais você estiver pronto para o trabalho espiritual, mais difícil será para você sentir os outros e começar a se relacionar corretamente com o fato de que é em conexão com eles que você deve formar um lugar para a revelação do Criador.

Cada um deve tentar cortar minimamente as suas qualidades e ajustar-se o mais possível ao lugar proporcionado pelos outros. Através das qualidades assim obtidas, construímos um vaso espiritual, um muro e uma casa.

Os pedaços que cortei de mim mesmo são meu coração de pedra, que resistiu à conexão com meus amigos. Ao cortar essas peças, consigo me conectar com meus amigos e assim construir um grande Kli, um templo. Acontece que só cortei o que não era necessário, algo que me impedia de seguir em direção a um propósito maior.

Vejo que vale a pena cortar essas propriedades e desejos de mim mesmo para me colocar em conformidade com o nível mais alto junto com meus amigos, para construir um Kli mais alto.

Da Lição Diária de Cabalá 21/02/23, “Preparação para Abrir o Coração no Congresso”

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