Textos com a Tag 'Egito'

O Grupo No Egito

laitman_275Somente os “filhos de Jacó” entram no Egito, ou seja, as qualidades que já estão em alguma forma de contato com o Criador. Mas com relação ao processo geral de correção, é praticamente nada: apenas o reconhecimento do mal.

Eles ainda não estão prontos para receber a Torá para a correção de sua própria inclinação ao mal, já que ainda não escaparam do Faraó. Mas eles precisam da Luz que reforma para revelar que são escravos do Faraó.

O Egito é a descoberta do desejo original de receber prazer, que até este ponto não se manifestou nos filhos de Israel. É por isso que o antepassado, Abraão, perguntou ao Criador: “Como eu sei que meus descendentes herdarão esta terra?” E o Criador o assegurou que eles revelariam um grande desejo de prazer, que é chamado de “ajuda contrária a ele”, em seus esforços para atingir o objetivo da criação.

Um indivíduo não pode trabalhar sem satisfação. Nossa matéria, o desejo de receber prazer, não desaparece e não se extingue; nós apenas mudamos o conteúdo do desejo. Nós precisamos trabalhar para adquirir um desejo que corresponda exatamente ao que o Criador quer dar. Este tipo de desejo não aparece por conta própria por meios naturais.

Em outras palavras, é necessário se conectar ao Doador e sentir como Ele é preenchido por Seu ato de me dar. Então eu sinto e entendo todas as maneiras como Ele se relaciona comigo; Seu prazer está em receber e sentir o prazer Dele dar.

O Criador recebe prazer da minha compreensão de Sua intenção em relação a mim e da minha experiência de prazer do conhecimento de que isso O agrada, e que estou preparado para responder a Ele com a mesma atitude. Você precisa passar por muitos estágios de realização do Criador para começar a realmente lhe dar satisfação.

“Os filhos de Israel no Egito” significa o grupo Cabalístico. É impossível pedir a si mesmo – apenas ao grupo, pois nele realizamos a correção do desejo para doar ao Criador. Como está escrito: “Do amor dos amigos, ao amor do Criador”.

Eu peço aos outros, ao grupo, à unidade e não para mim. Acontece que a oração correta e verdadeira é uma oração ao Criador, uma vez que estamos fazendo tudo isso apenas para Lhe proporcionar prazer.

Os golpes que nos levaram para fora do Egito – são exatamente o que nos separam do grupo, da dezena. Outros problemas não são os golpes, eles estão apenas passando inconveniências. Quando um indivíduo não está trabalhando em grupo pela unidade e correção, recebe outros problemas.

Se você não quer se juntar ao grupo, você será empurrado até ele de forma indireta: problemas no trabalho, em casa, com a polícia, para que você venha gradualmente para a correção dentro do grupo através de todas essas formas indiretas. Mas esse trabalho leva muito tempo e tem uma eficiência muito baixa.

Se, no entanto, desde o início pensamos apenas em fortalecer a dezena e construir nela uma estrutura de conexão unificada e forte entre nós, começamos a descobrir as pragas do Egito e rapidamente saímos do Egito, acelerando significativamente o tempo.

A principal coisa a entender é que todo o Egito e, em geral, todo o trabalho, é apenas no grupo. Tudo é revelado apenas dentro dele, fora dele, nada existe.

Dentro da dezena, temos apenas um objetivo, uma direção acima da natureza egoísta e das intenções de cada um. No centro da dezena, no centro da nossa unidade, queremos revelar o Criador de acordo com a equivalência da forma.

Assim que conseguimos nos unir com a intenção de revelar o Criador, Ele é imediatamente revelado porque entramos na mesma faixa de frequência, na mesma qualidade que Ele. Isso é chamado de embrião espiritual.

Da 1ª parte da Lição Diária de Cabalá 09/03/18, Escritos do Rabash

O Egoísmo E As Pragas Do Egito

Laitman_049_01Pergunta: Como o ego sente as pragas do Egito?

Resposta: As pragas do Egito são sentidas quando o ego criado numa pessoa é construído na forma de Egito e Faraó, que é oposta à forma da nação de Israel e Moisés. Estes golpes são necessários para nos afastar do ego e para nos preparar para romper com ele.

Pergunta: Eu não entendo como podemos subir acima do ego e amá-lo ao mesmo tempo. Nós estamos acostumados a suprimir o nosso ego, erradicá-lo em todos os sentidos possíveis. O que significa subir acima dele?

Resposta: Significa que você deve concentrar seus desejos em preencher os outros e receber prazer com isso.

Pergunta: Como eu posso entender que o ego é mau se os grupos não falam sobre isso e tentam velá-lo através de jogos de amor?

Resposta: Nós devemos falar sobre isso!

As Dez Pragas Do Egito

Laitman_514_04Pergunta: O que são as “dez pragas do Egito”?

Resposta: O propósito da criação é ir ao próximo nível de existência, o mundo superior. Enquanto vivemos na Terra, temos que sentir o mundo superior, ver o sistema de gestão, o Criador de tudo o que existe neste mundo e que está escondido de nós hoje.

O egoísmo, que é a nossa base, a enorme força da natureza que devemos transcender, é quem nos “dirige”. Por um lado, o ego nos impulsiona para cima; por outro lado, ele não irá nos libertar. Afinal, se fosse para nos conduzir como de costume dentro de si mesmo através de todas as configurações e estruturas por meio das quais temos passado no curso da evolução – a era humana primitiva, a era da escravidão, a era feudal, a era capitalista, e a era socialista – não seria claro para onde iríamos continuar.

Mas o egoísmo coloca uma “parede” na nossa frente, não podemos avançar; assim, a fase atual é chamada de “a última fase do desenvolvimento humano na Terra”. Em outras palavras, o egoísmo está nos obrigando a nos tornarmos redondos, para se unir por um lado, mas por outro lado, ele não vai nos deixar unir. Portanto, a única solução que podemos alcançar é transcender o “Faraó” (egoísmo), acima do Egito, para o próximo nível de existência, o sistema superior de gestão.

É sobre isso que a sabedoria da Cabalá fala. Isto é o que temos que alcançar. As “Dez Pragas do Egito” existem para se separar completamente do egoísmo. Isto é porque o nosso egoísmo é formado de dez partes, que são as dez Sefirot: Keter, Hochma, Bina, Hesed, Guevurá, Netzah, Hod, YesodMalchut. Cada uma delas “retrata” para nós um tipo particular de existência dentro do ego.

Nós devemos nos libertar gradualmente destas dez Sefirot, destes dez modos de existência. Isso acontece quando começamos a ver que cada um deles é finito, incompleto, levando a um beco sem saída e sem nos dar esperança de continuar nossa existência dentro do ego.

A fase final de cada um destes dez níveis, dessas características, dessas partes do nosso ego, é as dez pragas do Egito. Depois delas, não é mais possível permanecer dentro do ego. Em vez disso, nós devemos nos levantar e fugir disso cegamente. No nível atual, não podemos ver o próximo nível. Assim, a fuga do Egito acontece à meia-noite, na escuridão total.

As dez pragas do Egito são, de fato, uma separação do nosso egoísmo, quando fugimos no escuro e não está claro para onde estamos indo. Mas o principal é que estamos fugindo dele! Assim, gradualmente, desenvolvemos diante de nós uma nova vida, um novo mundo, novas extensões eternas, infinitas e perfeitas.

Pergunta: É possível passar sem as pragas?

Resposta: Não. Na verdade, não é dor, mas introspecção, iluminação. As pragas passam sobre o nosso ego e nestes estados nós nos elevamos acima dele!

Comentário: Acontece que se eu me identifico com o ego, eu sinto as pragas. Mas se eu subo acima dele, ou seja, me identifico com Moisés que está me levando para a frente, eu não as sinto.

Resposta: É assim que funcionam as pragas. Elas obrigam a pessoa a subir acima delas, e ela deixa de sentir o ego. Se a pessoa é elevada acima disso, ela deixa de senti-lo. Então, uma nova vida descontraída começa.

Na verdade, as dez pragas não são realmente pragas. Elas são o presente mais elevado que o Criador dá a uma pessoa, empurrando-a para fora do egoísmo com força. Portanto, vamos lá, vamos fugir disso e ganhar um novo mundo!

De KabTV “Notícias com Michael Laitman” 12/04/16

Vida Nova # 544 – Cultura Judaica: A Páscoa de Hagadá

 

Vida Nova # 544 – Cultura Judaica: A Páscoa de Hagadá

Dr. Michael Laitman em conversa com Oren Levi e Yael Leshed-Harel

Resumo

“O que torna esta noite diferente?” Esta noite nos sentimos livres. Éramos escravos e agora estamos livres ...

Nós éramos escravos: fomos escravos do Faraó e não poderíamos escapar por nós mesmos. Hoje também estamos escravizados ao nosso ego, a inclinação ao mal que nos divide e emite centelhas de disputas entre nós e não nos deixa ser. Como podemos ser liberados? Temos de decidir na mesa do Seder que não mais nos relacionaremos nesta forma egoísta.

A Torá falou acerca de quatro filhos: O sábio que é inteligente, o maligno, que não quer envolver-se em conexão, o simples que não entende nada, e aquele que não sabe como pedir e percebe que há algo sublime sobre a conexão, mas por enquanto não podemos assimilá-lo.

Isto é o que restou a nossos pais e a nós: se quisermos subir acima do nosso ego, seremos recompensados com uma força que nos ajudará, a força de conexão.

E o Senhor salvou-nos: O Criador colocou o Irã e todos contra nós para que possamos subir acima do nosso ego. Se construirmos relações corrigidas entre nós, a atitude do Iran e do resto do mundo logo mudará para melhor.

Os egípcios nos trataram mal; após a abundância material vem um sentimento de vazio e dor de modo que ascenderemos. [Leia mais →]

Nova Vida # 537 – Cultura Judaica: Saída Do Egito

Nova Vida # 537 – Cultura Judaica: Saída Do Egito
Dr. Michael Laitman em conversa com Oren Levi e Tal Mandelbaum ben Moshe

O que a Cabalá nos ensina sobre o ego e o ódio infundado, que são imprimidos naturalmente em nós? Como eles nos aprisionam dentro do mal e como podemos nos libertar dessa escravidão?

Resumo

A época de Abraão é o início da era dos Patriarcas, e após o êxodo do Egito, é o início da era dos filhos.

Abraão nos ensinou a construir conexões acima do nosso egoísmo e ódio infundado: “O amor cobrirá todas as transgressões”. Mesmo na família ou na política o amor deve estar acima de quaisquer divergências que possam existir.

O Egito simboliza o período de nossa escravização ao ego. A decisão de sair do ego vem após as pragas. Pesach (Páscoa Judaica) é um nascimento. O Egito foi o berço da nação, o nascimento de uma nova visão de mundo através da conexão. Uma pessoa é um escravo dentro de seu ego, e fora do ego é livre. Essa é toda a história do êxodo do Egito.

Inicialmente você examina a si mesmo e como o ego o governa em todos os sentidos. É uma fase de autoreconhecimento. O ego parece estar a nosso favor, mas, na verdade, ele arruína nossa vida. Se o seu vizinho compra um carro novo, você fica triste porque seu ego sofre. Nós só conseguiremos viver uma boa vida quando aprendermos a se relacionar com todos como com a nossa família. Essa é toda a ideia de Pesach.

De KabTV “Nova Vida # 537 – Cultura Judaica: A Saída Do Egito” 22/03/15

Nova Vida # 566 – Três Pés (Regalim)

Vida Nova # 566 – As Três Festas De Peregrinação (Regalim)

Dr. Michael Laitman em conversa com Oren Levi e Yael Leshed-Harel

No nosso passado distante, como o povo de Israel, realizamos correspondentes ações internas e externas para conectar-nos a outros e com o Criador.

Resumo

O êxodo do Egito foi um êxodo da inclinação para o mal, a partir do ego, do desejo de explorar os outros para o nosso próprio benefício. Após o êxodo físico e interno do Egito e da presença do Faraó, chegamos ao Monte Sinai para receber a Torá.

A Torá é um meio para corrigir a inclinação ao mal. Com sua ajuda podemos alcançar a terra (Eretz) de Israel, o desejo (Ratzon) para amar. Dentro do amor aos outros, a força superior é revelada, o poder de conexão, a bondade, chamada o Criador.

A terra de Israel simboliza o nosso desejo geral de conexão e um desejo mais interno é revelado nela, Jerusalém. Jerusalém é o desejo de dar contentamento ao Criador, o poder de doação, a fonte da vida e a fonte do amor. “Ouve, ó Israel: O Senhor nosso Deus, o Senhor é um” (Deuteronômio 6: 4): Estamos conectados como uma pessoa com um coração, como Ele é um. O Criador (Bore) = “BoRe” (venha e veja): Nós descobrimos entre nós o sistema de doação e temos medo de perder o amor. Este medo é chamado, yirah Shlemah (completo medo), Yerushalem (Jerusalém). Dentro disto uma única conexão é revelada, o Beit HaMikdash. (Templo)

Os três Regalim (Pés) são as três linhas: a linha esquerda – o ego, a linha direita – a Torá, a linha do meio – a sua integração compartilhada. . A peregrinação a Jerusalém significa fortalecer meu amor aos outros e o medo de perdê-lo.

A Terra Santa (Eretz HaKodesh), a santidade da terra, todas essas expressões falam sobre a santidade do desejo (Ratzon) – o desejo de doar e amar. Cada passo físico na terra desperta uma sensação única de amor numa pessoa, uma mudança de atitude em relação aos outros..

O mapa da terra de Israel é como um esquema elétrico: Quando você muda internamente, você move-se imediatamente para outro lugar. Então as coisas que foram ditas deveriam ser realizadas, mas isso exigia da pessoa realizar correções em seus desejos.

[159.417]

De KabTV “Nova Vida # 566 – As Três Festas De Peregrinação (Regalim),” 24/2/15

OBS: Aúdio e Vídeo em idioma inglês

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Deixando O Egito…

laitman_749_03A Torá é a Luz que desce até nós e corrige o nosso egoísmo individual e nos conecta através dos estados corrigidos com todos os outros até nos tornarmos um todo que não pode ser separado.

A Torá fala sobre a correção espiritual do homem. O livro do “Gênese” nos fala sobre a base essencial da criação. Ele nos fala que o Criador não criou nada, exceto o mal: “Eu criei a inclinação ao mal (egoísmo)… Eu criei a Torá como tempero”.

Mas quando Ele nos dá a Torá? Somente após o êxodo do Egito, no Monte Sinai, porque a inclinação ao mal tem que ser revelada numa pessoa e em toda a humanidade em primeiro lugar. O ego tem que se mostrar como prejudicial ao homem como a força que destrói o homem, sua vida, e mais importante, a força que separa o homem do Criador, da plenitude.

A pessoa deve compreender que a unidade com a força superior é o estado perfeito e não deve apenas ouvir histórias sobre isso, porque não é atraída a isso e tem definições completamente diferentes sobre o que isso significa. É somente quando começamos a perceber que a totalidade é o atributo de amor e doação que a regra “ama o teu amigo como a ti mesmo” se torna o nosso objetivo. Mas nós sentimos que estamos no estado oposto: no ódio mútuo, na rejeição e distantes um do outro.

O reconhecimento do verdadeiro estado da nossa natureza é chamado de êxodo do Egito, e quando chegamos ao Monte Sinai sabemos exatamente quem somos, o que somos, e o que queremos. Afinal de contas, o ponto de Moisés existe em cada um de nós e nos diz que queremos deixar o nosso Faraó. Nós o deixamos um pouco, mas, na verdade, ele está dentro de nós. Quando estamos no Egito acreditamos que o Faraó nos domina desde fora, mas agora começamos a perceber que ele está bem dentro de nós e que estamos tão perto dele que agora temos que nos livrar dele, ou melhor, corrigi-lo.

Em outras palavras, o atributo de amor e bondade só existe no atributo egoísta corrigido: nós recebemos uma matéria que não é corrigida e temos que corrigi-la. Isso é tudo! Não há outra questão. Assim, nós tivemos que estar no Egito, para que pudéssemos sentir que eu sou Faraó e que realmente desejo obter desse estado. Quando eu subo um pouco acima do atributo do Egito em mim, quero me livrar dele, e isso significa que saí do Egito. Mas é apenas teoricamente e não na matéria.

O Criador é o atributo de doação. Se mudarmos o nosso egoísmo para a doação, este atributo aparece em nós.

De KabTV “Segredos do Livro Eterno” 28/01/15

A Revelação Do Egito

Laitman_155Quando Abraão reuniu o seu grupo, ele disse aos babilônios, “Quem for pelo Senhor, [deixe-o vir] a mim!” Essa foi, de fato, a sua mensagem. Ele não buscou aqueles que simplesmente não estavam felizes com esse mundo, mas as pessoas que compreendiam e sentiam que a coisa mais importante era a ascensão espiritual: a subida acima do egoísmo e a busca ela força superior. O chamado de Abraão foi para aqueles que queriam revelar o Criador.

Cerca de cinco mil pessoas responderam a esse chamado. Elas foram atraídas pela sua ideia, seu objetivo, e os meios para alcançar a meta era a unidade.

Abraão atraiu homens para o seu lado, e Sarah, mulheres, e juntos eles trabalharam no “proselitismo”. Em outras palavras, seus alunos receberam orientação sobre a forma como deveriam trabalhar em prol de dar, e trabalhar em conjunto, sobre a conexão entre eles, porque sem conexão, eles não receberiam a Luz Superior. Esse grupo se tornou a casa de Abraão, uma família com a qual ele deixou a Babilônia e chegou à terra de Canaã.

Muitas coisas aconteceram ao longo desse caminho espiritual. O grupo foi formado, e sua estrutura tornou-se mais clara. Parte dos desejos não foram mais usadas ​​e morreram, e outros nasceram e se desenvolveram. Assim, eles avançaram até o tempo de Jacá, a linha do meio, quando os problemas de uma nova qualidade foram revelados.

Os filhos de Israel tiveram que descobrir uma deficiência pelo Egito, que se revela na linha do meio de Jacó. Um de seus filhos, José, começou a sentir o estado de grandeza (Gadlut) dentro dele e foi combatido por seus irmãos. Ele não podia mais se dar bem com eles ou morar com eles, uma vez que sentia que o Aviut (espessura) das camadas mais profundas do desejo estava faltando aqui, e que, sem isso, não poderia realizar-se. Os irmãos não o entendiam, e ele precisava do Faraó na época. José é o resultado de Abraão, que pediu ao Criador: “Ó Senhor Deus, como eu saberei que vou herdá-la?” Na verdade, foi José quem conseguiu se conectar a esse grande desejo de receber e anexá-lo a Israel no estado de grandeza, no anseio de Yashar El (direto ao Criador).

Assim, eles precisavam da Torá, o método que permite que todos compreendam claramente e sintam Faraó dentro deles, a fim de continuar esse trabalho a fim de doar para que eles pudessem conscientemente atrair a Luz que Corrige sobre eles. Estas são novas fases do trabalho espiritual que são cada vez mais intensas, mas o estilo permanece o mesmo: conectar, atrair a Luz que Reforma, e, depois, conectar e atrair a Luz novamente, e, assim, sucessivamente. É assim que avançamos.

Da 4ª parte da Lição Diária de Cabalá 07/10/13, Escritos do Baal HaSulam

Eu Estou Pronto Para Saltar No Mar Vermelho

laitman_232_09Rabash: “O Que significa a Bênção ‘Que um Milagre Aconteceu Comigo Nesse Lugar’ no Trabalho”: Por isso se diz sobre o exílio no Egito: “Lembra-te de que foste escravo no Egito”, o que significa que ser um escravo é tão ruim porque Israel sofreu no Egito.

Isto significa que, por um lado, eles sentiram um pouco o que significa ser Israel (Yashar-El, direto ao Criador), e por outro lado, perceberam que a força oposta os governa. Assim, eles começaram a sentir que eram escravizados, mantidos lá contra sua vontade.

Por isso, se diz “lembra-te”, o que significa que devemos nos lembrar dos sofrimentos que eles sofreram lá. Depois, há um motivo para se alegrar com a redenção do Egito.

Eles devem realmente lamentar a sua escravidão e realmente querer mudar a situação, a fim de mudar o domínio de uma força pela outra força, pelo domínio do Criador. Por mais que o Faraó governe, nós queremos o domínio do Criador, e, assim, aumentar um em relação ao outro até atravessarmos os 49 portões de impureza, atrás dos quais é revelada a força de doação, o Criador, que é chamado de êxodo do Egito.

É impossível sair do Egito com pouco reconhecimento do mal que o nosso ego nos causa. Deve ser um estado insuportável onde a minha morte é melhor do que essa vida. Eu estou pronto para saltar no Mar Vermelho e fazer tudo para que não tenha que permanecer em meu ego.

Esta é a razão pela qual esse trabalho só pode ser feito num grupo onde todos trabalham em conjunto e estão incorporados no outro. Todos recolhem todos os esforços e sentimentos de escravização de todos os outros e, assim, sentem que devem sair e que não podem permanecer lá. Essa é a razão que trabalhar na conexão dá a todos um sentimento tão forte de dor que, assim, eles são obrigados a exigir a saída para a redenção.

Da 4a parte da Lição Diária de Cabalá 02/04/14, Escritos do Rabash

Sete Anos De Preparação Para A Fuga

Laitman_514_04Os “… sete anos de grande abundância …” (Gênesis 41:29) são dados a uma pessoa para que ela possa organizar todas as condições de avanço para si mesma. Eu tento estar em doação, em conexão com o grupo. Eu realizo ações e mantenho várias condições. Nesse meio tempo, a minha inclinação ao mal não é revelada. É revelada, mas num nível humano, e não num nível espiritual. Só depois que eu me preparo bem é que os “… sete anos de fome …” (Gênesis 41:30) começam. Eles não vêm apenas simplesmente por acaso, mas sim como resultado do esforço pessoal.

Um novo rei surge no Egito. Isso significa que eu começo a identificar que o meu desejo, a minha natureza, é mau. Até então, eu não pensava assim. Eu não entendia o que era isso. Ouvi dizer que o ego é o mal, e isso é claro para todos. No entanto, eu pensava que avançava, que queria atingir a espiritualidade, e não entendia que a minha natureza é a inclinação ao mal.

Eu mesmo devo determinar, reconhecer que toda a minha natureza, tudo o que está em mim, é o mal. Não faz diferença que característica eu escolho.

Mas nós não estamos falando do desejo em si, da matéria, mas da intenção. Isso significa que eu preciso entender e gradualmente revelar que a intenção para cada desejo, ou todos os meus hábitos, é o oposto da espiritualidade.

Sete anos de fome é uma compreensão crítica dos sete anos de fartura. Agora, eu posso examinar e ver que, na verdade, não existe sequer uma única característica dentro de mim, com cuja ajuda é possível avançar. Tudo está sob o controle de uma intenção em prol da recepção. Este é o trabalho durante o período de sete anos de fome.

No entanto, eu vejo isso depois que eu me aproximo da Luz, do Criador. Eu entendo e sinto cada vez mais o que é o mundo espiritual, o que significa a intenção em prol da doação. Há um ponto em mim chamado Moisés, que está conectado à força de doação. Graças a isso, eu sei que uma força como essa existe no mundo.

Basicamente, eu a encontro dentro de mim e não em outras dimensões. Este é o meu espaço interno, mas, por enquanto, eu não o vejo, não o identifico.

Se eu quero construir uma intenção em prol da doação em meus desejos que se encontram sob o controle da intenção “em prol da recepção”, sob o domínio do faraó – em outras palavras, para ter o governo do  Criador sobre eles – isso é chamado de mover-se da escravidão no Egito para se tornar um servo do Criador. Eu vejo como isso é difícil e que é mesmo impossível, porque em cada desejo e pensamento na mente e no coração eu sou totalmente egoísta. Eu não achava isso antes!

Agora, eu sempre tento agir em prol da doação e ver que tudo ocorre em prol da recepção. Isso é chamado de os filhos de Israel passando pelos 49 portões de Tuma’a (Impureza).

Isto é revelado um pouco a pessoa, gradualmente, de modo a não dar-lhe o desespero e, deste modo, ela se renderia. Cabe a ela continuar a verificar uma e outra vez, até que tudo seja esclarecido até o fim, e ela veria que não há nada nela que pertença ao sagrado. Assim, a sua oração será completa, e seu grito será um verdadeiro grito.

Só então é que isso será de chamado MAN (oração), e não antes, e a ajuda virá de cima, que é chamada de nascimento espiritual, o êxodo do Egito. Imediatamente, de uma só vez, eu vou receber a capacidade de deixar o domínio da intenção em prol da recepção que é chamado de Faraó. Eu deixo o controle de Faraó e começo a adquirir uma intenção em prol da doação, e é claro que essa intenção está vestida nos desejos, nas características, que anteriormente estavam em mim.

No início, eu só estava me preparando e tinha que estar num estado de “filhos de Israel”, no estado imaturo, na linha direita (Kav Yamin) e até mesmo na linha do meio (Kav Emtzai). Cabe a mim conquistar o Egito, e eu começo a estar conectado a ele, por enquanto sem compreender que esta é a escravidão do Egito, e depois disso, o verdadeiro Egito é revelado a mim com os sete anos de fome, e daí eu recebo o poder para fugir. É porque eu investi todo o esforço na linha direita, como está escrito: “Ele engoliu riquezas, e deve vomitá-las de novo …” (Jó 20:15).

Da 1ª parte da Lição Diária de Cabalá 27/04/14, Escritos do Rabash