Textos na Categoria 'Evolução'

Primeiro: O Reconhecimento Da Necessidade

Dr. Michael LaitmanA humanidade não pode alcançar o futuro antes de destruir o velho (passado).

Grande parte do velho destruiu a si mesmo: família, cultura, etc. Porém, o que é vantajoso para a elite controladora não desaparece por si mesmo; permanece, embora retroceda por todos os meios.

Se a elite reconhece a necessidade da transição, então a ideia de transição para o futuro é formada.

No passado, tal como uma regra, as transições foram realizadas por revoluções e lutas sociais.

Isto é devido à falta de compreensão do novo estado, a falta de visão, as causas e as forças para se mover em direção a ele.

Para fazer uma transição, nós precisamos saber para onde estamos indo, precisamos ter uma visão histórica que seja consistente com as leis do desenvolvimento social, os seres humanos e o nosso pensamento.

Nenhuma visão histórica e lógica é necessária para a destruição: a mente não é requerida; pelo contrário, é preciso ser ignorante e cego, sem qualquer imagem do futuro.

Se não há consciência social, se cada um pensa do seu jeito, nós estamos destruindo, e não criando, o futuro.

Se nós reconhecemos que precisamos de uma nova visão de mundo a qual devemos chegar, o nosso futuro estado e como se desenvolver para alcançá-lo, nós estamos cientes da necessidade de novos conhecimentos.

Cada novo estágio histórico socioeconômico no desenvolvimento da humanidade baseava-se no anterior, nos “pais”, porque todas as etapas eram diferentes graus de um crescente desenvolvimento egoísta.

O nosso estado é especial. É o próximo estágio do nosso desenvolvimento: a humanidade integral. Uma vez que não conhecemos este estado, nós recebemos a ciência do próximo estágio do nosso desenvolvimento. Afinal, nós subimos do nível de desenvolvimento inconsciente (desenvolvimento social inanimado, vegetal e animal) para o desenvolvimento do nível “humano”. Foi-nos dada a ciência da Cabalá: como passar para a próxima fase. Contrariamente às transições anteriores, esta transição não deve ser automática e instintiva, mas consciente. Nós podemos alcançá-la apenas na medida de nossa consciência, compreensão, domínio e controle.

Nós E O Tempo

Dr. Michael LaitmanPergunta: Nós vivemos no fluxo do tempo. Há pessoas que gastam muita energia aprendendo como planejar seu tempo. Será que isso depende de quanto a pessoa tem que fazer?

Resposta: Depende do desejo de uma pessoa. Basicamente, a auto-organização interna da pessoa depende de sua configuração psicológica, e todos têm a sua própria.

Há pessoas que são muito organizadas internamente: elas consideram cada passo desde o início, são obrigadas a planejar seu dia, às vezes até muito antes de materializar o seu plano, e é assim que elas funcionam o tempo todo. Isto está “em seu sangue”. Mas se há um desejo, é possível aprender isso.

Deve haver uma tarefa clara disposta diante de um indivíduo, a obrigação de cumpri-la, o desejo de cumpri-la, bem como a influência do ambiente sobre ele. Tudo isso tem que ser organizado de uma forma que issovai trabalhar dentro de uma pessoa.

Por outro lado, há uma tendência mundial de desenvolvimento evolutivo, que muda os desejos e valores. Portanto, mesmo que obriguemos uma pessoa a trabalhar de acordo com os valores anteriores para alcançar objetivos que não são mais importantes para ela hoje, vai ser muito difícil para nós extrair um bom trabalho dela.

Isto também depende do tempo. Uma mudança muito séria no homem e na sociedade está ocorrendo hoje. Cada povo, cada civilização (hoje existem seis ou sete civilizações no mundo) tem a sua própria noção de tempo e, portanto, nós precisamos levar isso em conta.

Por exemplo, os habitantes da África, China e América do Sul compreendem o tempo completamente diferente dos habitantes do norte da Europa e América do Norte. Eles têm uma abordagem completamente diferente, uma sensação interna de tempo, e atribuem um valor diferente para o tempo. Para alguns, tempo é dinheiro, como um imenso potencial que receberam e agora devem concretizar, enquanto que para outros o tempo flui calmamente e eles fluem junto com ele.

Pergunta: Se os representantes de várias civilizações sentem o tempo de maneira diferente, isso significa que a quantidade de atividade realizada por eles também será diferente?

Resposta: Com certeza! Se eu contratar um trabalhador da Índia, com a sua mentalidade e com a sua relação com o tempo, ou pegar uma pessoa com um caráter nórdico, eles têm necessidades completamente diferentes em relação a si, àqueles ao seu redor e a tudo.

Nós devemos compreender que a sensação de tempo em várias civilizações modernas é diferente. De acordo com isso nós temos que planejar nossas interrelações, as relações com as conexões gerais, associações e assim por diante.

De KabTV “Através do Tempo” 17/03/13

Substituição Para A Dependência Egoísta

Dr. Michael LaitmanPergunta: Onde as pessoas podem encontrar força para fazer a transição para a motivação integral? Nós costumamos falar da crise e de outros problemas, o que nos empurra para a unidade, mas talvez haja um toque suave ou uma transição em fases para o sistema integral?

Resposta: Na verdade, isso não pode ser feito mecanicamente. Esta é a primeira vez que a natureza se expressa muito nitidamente como uma única lei de um único sistema em relação à humanidade.

Nós chegamos a um estado em que crescemos egoisticamente. Nós temos nos desenvolvido como egoístas ao longo de muitos anos, e, desta forma, a natureza estava nos empurrando para frente.

É por isso que em vez de exibir a integralidade, a rede de conexão comum sempre mostrou sua interdependência egoísta: um queria ganhar mais dinheiro, ter uma vida melhor, outro queria governar, conquistar alguém, e assim por diante. E nós percebemos todas essas coisas. Esta rede de conexão sempre aparecia entre nós, e à medida que ela manifestou através da comunicação humana, novas nações e continentes se juntaram a ela, mas nada disso era integral. Não havia nenhuma dependência mútua entre elas.

Considerava-se que quando eu conquisto alguém, este se torna dependente de mim, e vice-versa, e isto se aplica a tudo: arte, ciência, tecnologia, guerra e política. O egoísmo sempre nos controlou de uma forma simples e direta. Eu pressiono e recebo o que preciso.

Esta rede consiste de uma combinação de forças egoístas que estavam numa luta constante entre si, desta forma; elas controlavam nações, a humanidade e a civilização num certo grau.

No entanto, a partir do século XX, uma dependência completamente diferente começou a se manifestar: especificamente a dependência entre essas forças, e não simplesmente uma inclinação para estar uns contra os outros que força a humanidade a combater sem piedade. De repente, nós começamos a entrar em sintonia com o outro de alguma forma.

Acontece que você não pode simplesmente destruir uma pessoa, porque ao fazê-lo, você destrói uma parte de si mesmo, um potencial do seu próprio desenvolvimento e existência. Em outras palavras, nós descobrimos uma forte necessidade de cada nação em cada elemento da rede comum.

Isto pode ser muito bem visto utilizando o exemplo da ecologia. O que nós receberíamos se destruíssemos as moscas? Qual seria a consequência da destruição dos lobos? No entanto, esta não é a forma como as coisas costumavam ser. Acontece que nós não tínhamos tanto poder sobre a natureza. Nós não tínhamos a capacidade de fazer com ela o que quiséssemos.

Principalmente, não havia integração. Não havia manifestação de qualidade dela. Nós só começamos a descobrir esta mútua dependência no início do século XX. Vladimir Vernadsky começou a escrever sobre isso naquela época.

A integralidade está aumentando e continuará a se manifestar. É por isso que precisamos pensar sobre como podemos ajudar a humanidade a perceber isso.

De KabTV “A Sabedoria das Massas” 06/05/13

Quando As Massas Se Tornarão Sábias?

Dr. Michael LaitmanPergunta: A força motriz da evolução é a descoberta da rede global da humanidade. Nos últimos anos, esta descoberta tornou-se expressa numa forma interessante chamada de “sabedoria das massas” ou “crowdsourcing”, quando as pessoas se conectam não apenas para falar, mas para produzir um determinado resultado. Isto é, esta é uma verdadeira conexão que produz alguma coisa. O resultado desta conexão está sempre num nível mais elevado do que a soma das suas partes.

O que é a inteligência coletiva, a sabedoria das massas? Porque a inteligência do grupo é maior do que a inteligência de uma pessoa?

Resposta: A inteligência coletiva começou a se manifestar apenas recentemente.

Em princípio, a rede coletiva que nos conecta sempre existiu entre nós. O universo inteiro tem sido considerado pelos filósofos, físicos, e muitos outros investigadores da natureza, como um todo. Como pode o universo não ser um todo unificado se ele nasceu de um ponto e gradualmente começou a se estender?

Na natureza, não há caos, ele só pode existir na nossa mente. Quando examinamos a natureza, vemos leis claras que agem nela, e se não vemos essas leis até o fim, de forma geral ou específica, isso só reflete a nossa falta de conhecimento. Quanto mais descobrimos sobre a natureza, mais descobrimos a conexão absoluta que existe nela.

Essa conexão existe em todos os níveis da natureza. O indivíduo e a sociedade não são exceção. Eles são um produto da natureza. De certo modo, nós não criamos isso e nos tornamos assim, embora desejássemos pensar que somos totalmente independentes. Pelo contrário, quanto mais avançamos, mais as leis da evolução da sociedade humana nos são reveladas. Nós vemos como essas leis são objetivas. Nós não podemos fazer nada sobre elas, só podemos especificar os fatos.

Portanto, a rede que liga a parte inanimada, vegetal, animal e humana da natureza, é uma só. No nosso tempo, a última parte da natureza, a mais desenvolvida, está sendo revelada. A sociedade humana está começando a descobrir que também está incluída numa rede global, integral, e esta rede é tão interconectada que se nós vemos as coisas através dela, podemos ver que é mesmo impossível imaginar a liberdade de escolha de uma pessoa. Nós podemos ver que não há nada de acidental aqui, e assim por diante.

Tudo está incluído com precisão absoluta neste programa de evolução que nos mostra a interdependência absoluta entre nós e, à medida que o descobrimos, entendemos que estão incluídos dentro dele, e ele nos obriga a agir em conformidade.

De acordo com pesquisas da física, uma pessoa que está olhando para algo que está acontecendo no espaço exterior ou dentro do microcosmo traz a si mesma a este evento, e, portanto, este evento está sujeito a alterações. Este fenómeno também demonstra a dependência total entre os diferentes níveis, neste caso, entre o ser humano e os níveis inanimados da natureza.

Esta rede de completa dependência mútua foi descoberta por nós gradualmente, e, assim, ela desenvolve a humanidade, levando-a a sua integração. No momento em que esta rede for descoberta, nós devemos corresponder a ela. Caso contrário, conforme o grau de nossa falta de equivalência com ela, na medida em que diferimos dela, nós experimentamos todos os tipos de problemas, que, em geral, chamamos de crise.

Portanto, pela primeira vez, nós chegamos a uma crise de longo prazo, que já dura há décadas. Os primeiros que viram isso a perceberam cerca de cinquenta anos atrás. Eles eram membros do Clube de Roma, que começou a publicar vários artigos sobre o assunto. Desde então, a crise continuou a evoluir, tornando-se uma crise na família, na educação, na cultura, e assim por diante.

Nós estamos diante de um novo sistema integrado. No entanto, uma vez que somos individualistas, egoístas, não conseguimos nos acomodar a ele. Aqui, são necessárias mudanças dentro do indivíduo. Como essas alterações ainda não ocorreram em nós, a crise vai continuar, é claro. Nós vemos como ela continua a crescer. A rede de conexão entre nós é descoberta mais e mais, mas nós ainda não entendemos o quanto somos diferentes dela. Portanto, ainda é muito cedo para falar sobre crowdsourcing (a sabedoria das massas).

Quando nós nos reunimos, vemos que a soma de todos os nossos esforços e ações é muito maior do que a soma usual. Um tipo diferente de adição é criado aqui. Além disso, esta adição é muito significativa. É como se a sua a sabedoria viesse do próximo nível, como se fosse uma profecia, ou seja, como se estivéssemos vendo um pouco mais, além do tempo, além do que podemos ver, porque através do nosso esforço conjunto, nós entramos numa espécie de equivalência com a rede integral.

Isso está acontecendo entre pequenos grupos de pessoas que ainda são egoístas. Se pudéssemos reunir um grupo que fosse verdadeiramente integral, ou seja, que as pessoas dentro dele subissem para um nível de integração mútua, como é exigido pela rede, então eles se encontrariam em outra dimensão, para a qual a natureza quer nos empurrar.

Afinal de contas, de acordo com a natureza, nós ainda estamos no nível animal da evolução, preocupados apenas com o nosso corpo. Quando nós conseguimos nos preocupar com a inteligência coletiva, a realização coletiva, a nossa existência integral, então conseguimos falar de uma verdadeira sabedoria das massas.

Esta existência integral é a imagem de um ser humano unificado, Adam. Esta não é uma imagem física. Pelo contrário, é uma imagem espiritual, uma reunião supraegoísta de todas as nossas características.

De KabTV “A Sabedoria das Massas” 06/05/13

O Mundo Inteiro Está Num Barco

The Whole World Is In One BoatBaal HaSulam, “O Arvut (Garantia Mútua)”, Item 18: Portanto, o Tana (Rabi Shimon Bar Yochai) descreveu o Arvut como duas pessoas num barco. De repente, uma delas começa a fazer um buraco no barco. Seu amigo perguntou: “Por que você está furando?”. Ele respondeu: “O que você tem a ver com isso? Eu estou furando debaixo de mim, não debaixo de você”. Então, ele respondeu: “Tolo! Nós vamos nos afogar juntos!” (VaYikra Rabba, Capítulo 4).

Nós estamos todos interligados numa rede global, total, integral. No entanto, de acordo com o programa da criação, esta rede é descoberta gradualmente.

Ela foi revelada pela primeira vez no nível inanimado durante o processo de formação e evolução do Universo, até que a Terra fosse formada. Mais tarde, esta rede foi revelada numa forma mais forte no nível vegetal, e como está escrito no Livro do Zohar, “Os botões de flores apareceram sobre a terra”. Por fim, a vegetação cobria o planeta, e a rede foi revelada ainda mais, passando a um novo nível, o nível animal.

Este processo é derivado das quatro fases básicas que aparecem uma após a outra. A rede é revelada cada vez mais. Algumas espécies se extinguem, outras nascem. Hoje em dia, nós vemos o desaparecimento de algumas espécies e a revelação de outras espécies o tempo todo. Tudo isso é a revelação da rede geral, que em sua última fase forçou os macacos a descer das árvores e os transformou em seres humanos.

Aos poucos, a conexão entre todas as partes da realidade foi se manifestando lentamente, orientando aqueles que eram macacos não há muito tempo a novas relações de troca mútua, levando-os a matar uns aos outros, o que não acontece com outras espécies animais. Os animais só testam quem é mais forte para descobrir quem é o líder ou quem é dono do território, mas nos seres humanos os impulsos são mais fortes… Em última análise, toda a nossa evolução é a descoberta da rede que liga todas as partes da realidade.

Hoje, no nível final deste mundo, tendo passado pelas três fases do nível falante (inanimada, vegetal e animal) nós atingimos o nível “falante do falante” e precisamos atingir essa altura.

Na rede geral, a categoria de Israel é a chave principal, e estabelece todo o processo. Esta categoria inclui aqueles que já têm uma conexão com a força que controla a realidade, com a governança superior. Entre eles, há o “justo” e o “ímpio” que afetam uns aos outros.

Tudo isso é inevitável, pois a rede está sendo descoberta mais e mais, revelando assim a natureza integral geral e abrangente, onde todos têm grande importância para o sistema. Portanto, vale a pena que nós publiquemos este conhecimento sobre o Arvut (garantia mútua) entre todos. Afinal, todo mundo influencia necessariamente todos os outros. Em última análise, a sua influência se volta contra ele, dobrando o dano que ele causou para a sociedade como um todo.

Por enquanto, é difícil perceber isso. A verdade é revelada apenas em casos excepcionais, sob a pressão de grandes catástrofes. No entanto, apesar de tudo, nós podemos desenhar uma imagem do sistema geral para a pessoa, da qual ela pode concluir que pertence a todos, e todos lhe pertencem. Hoje, o mundo já se tornou sensível o suficiente para ouvir esta mensagem e sentir essa condição.

Da 4ª parte da Lição Diária de Cabalá 06/05/13, “A Garantia Mútua”

A Cura Para O Vazio

Dr. Michael LaitmanBaal HaSulam, “Um Discurso para a Conclusão do Zohar“: Na geração do Messias qualquer um pode alcançar a adesão e a realização.

Nós estamos nos dias do Messias e podemos entrar no mundo espiritual, mas vamos ter que suar para fazer isso.

Depois de milênios de evolução, o desejo de receber foi revelado em sua plenitude nos níveis inanimado, vegetal e animal da natureza. Resta apenas o nível falante, o qual nós descobrimos graças à sabedoria da Cabalá. Esta é a razão pela qual ela é revelada a todos de forma usual. Nós podemos alcançar todos os 125 níveis e chegar ao final da correção.

No passado, na geração do Rashbi, o grupo do Rabi Shimon, que escreveu O Livro do Zohar, recebeu esta oportunidade. Hoje, no entanto, embora sejamos pequenos e sem valor, humildes e fracos, a estrutura de nossos vasos está apta para o Livro do Zohar.

É como um embrião, que ainda não é um ser humano maduro, mas pertence à mesma espécie e só deve se desenvolver. É a mesma coisa conosco, que, ao contrário das gerações anteriores, nos “adequamos”  ao Livro do Zohar e podemos usá-lo para atrair a Luz que Reforma, e é por isso que ela é revelada.

Quem pensa que é proibido estudar a sabedoria da Cabalá deve entender isso. As coisas mudaram, já que novos desejos humanos estão aparecendo que pertencem à geração do Messias.

“A geração do Messias” é o nome de um período em que a Luz chamada de “Messias” vem e age sobre os vasos. Nos níveis anteriores, nós avançamos pela evolução egoísta, de acordo com o princípio de “vá e sustente-se por si mesmo”, no sentido egoísta. Hoje, o desejo do quarto nível, no nível humano, está se desenvolvendo, e, portanto, todos nós dependemos uns dos outros. Afinal de contas, ser humano (“Adam” em hebraico) é alguém que sente que depende e é incorporado no todo. Este estado é expressado na crise global do mundo moderno.

Tudo começa a partir da Luz que flui sobre os três primeiros níveis da humanidade: inanimado, vegetal e animal. Estes níveis não estão mutuamente conectados como deveriam estar. Eles não são compatíveis com o sistema superior e a Luz que vem daí. Afinal, a Luz nos traz a totalidade das dez Sefirot, enquanto os vasos estão dispersos, o Sefirot estão dispersos e separados, e assim experimentam uma quebra, uma crise em diferentes formas.

Então, o que devemos fazer? Nós devemos nos unir, mas como? Usando sua lógica, eles tentam se unir e corrigir onde sentem a crise: na vida cultural, na educação, na indústria, na tecnologia, nas finanças, no comércio, e assim por diante. E, de fato, por que não? “Onde quer que as coisas estejam ruins, este é o lugar onde devemos corrigir as situações de modo que tudo ficará melhor”.

No entanto, como resultado, nós experimentamos ainda maiores problemas. Afinal, o problema não é onde nós sentimos o vazio, mas como preencher este vazio. Assim, não há nenhuma razão para se contentar com uma luta na tentativa de preencher esse vazio.

Aqui, a humanidade enfrenta uma nova fonte de pressão: a necessidade daquilo que nós chamamos de Masach (tela). Afinal, a única maneira de recebermos a Luz corretamente é nos conectar com outras pessoas em dez Sefirot. Quando você desenvolve a doação mútua, neste contexto, você se torna semelhante à Luz e seus atributos, e então ela o preenche.

Portanto, hoje é necessária uma abordagem totalmente diferente. A crise é sentida como um vazio, mas a solução não está na satisfação egoísta, mas na unidade.

As pessoas em geral entendem que, juntas, têm êxito na vida. Ao mesmo tempo, nas suas tentativas de se unir sem o sistema integral, elas só contribuem para o agravamento da situação. É porque a questão não é apenas de conexão, mas de conexão com o Criador, através de Israel, de acordo com a hierarquia espiritual.

No passado, os vasos de Israel estavam acima de todas as nações do mundo. Após a quebra, eles caíram, e agora as nações do mundo estão acima deles, parecem mais prósperas, e, claro, não sentem a necessidade de Israel para sair da crise. É porque elas estão realmente acima Israel; elas não estão quebradas, enquanto Israel está. Portanto, elas se vêem como a autoridade religiosa, como responsáveis pelo mundo e por tudo em geral.

Nas circunstâncias atuais, esse sentimento é natural, e a correção deve vir através da compreensão do quadro geral, o que levará as nações do mundo ao método de correção. Até lá, todos os seus esforços levarão a resultados opostos, como está acontecendo na Europa, que criou um mercado comum. Hoje, os europeus devem compreender que a unidade só é possível de acordo com o método integral, graças ao poder de Israel nele.

Esta é a razão de muitas formas de unidade no mundo ficarem estacionadas. Nós somos a razão para isso, aqueles que representam o nível de Israel. Nós devemos estar prontos para passar essa mensagem à humanidade: a conexão real só pode vir através de nós. Caso contrário, se eles começarem a se unir por si só, isso só vai piorar as coisas, e as guerras começarão imediatamente em todo o mundo.

Da 4ª parte da Lição Diária de Cabalá 28/04/13, “Um Discurso de o Conclusão do Zohar

No Suco Azedo Do Egoísmo

Baal HaSulam, “Introdução ao Livro do Zohar,” Itens 29-30: … Isto é considerado como estar sob a Sitra Achra e as Klipot, cujo papel é o de expandir e aperfeiçoar o desejo de receber e torná-lo exagerado e desenfreado de qualquer maneira, para fornecer à pessoa todo o material que ela precisa para trabalhar com ele e corrigi-lo.

Na nossa evolução, nós passamos pelos quatro estágios dos desejos que pertencem a este mundo, inanimado, vegetativo, animado e falante. Cada passo seguinte é “mais íngreme” do que o anterior.

Posteriormente, um nível totalmente novo de desenvolvimento começa com o que o desejo de receber aspira à correção. Quanto mais esforços aplicamos, quanto maior é a nossa aspiração à unidade e ao amor, mais perversidades revelamos em nós mesmos.

É mais um processo qualitativo, durante o qual nós adquirimos toda a “espessura” (Aviut) dos desejos nos quatro mundos de ABYA, de acordo com os esforços que aplicamos. Assim, chegamos ao ponto mais alto em que toda a inclinação ao mal já se manifesta dentro de nós.

Embora a “inclinação ao mal” esteja vestida com o seu desejo de receber no momento do nascimento, ela só começa a despertar depois dos 13 anos, e, em seguida, a pessoa começa a entrar no sistema dos mundos puros…

A pessoa  já tem um enorme e exorbitante desejo egoísta, dentro do qual existe um ponto no coração. Ele está ligado à Luz e é por isso que começa a agir. Assim, depois de “13 anos” de aquisição da totalidade do desejo de receber em prol de receber, o ponto no coração (*) e sua conexão com a Luz Circundante desperta. É como se nós inflássemos o balão de nosso desejo, atingindo o nosso ponto através dos mundos impuros ABYA – e, em seguida, ele desperta.

Até então, ele não vem à tona a partir da profundidade. Naturalmente, só podemos corrigir os defeitos que já se manifestam em nós. E vice-versa, enquanto eles estão expostos, por que nossos pontos no coração apareceriam?

Quando a pessoa obtém um excessivo desejo de receber espiritual, ela deseja devorar, para o seu próprio prazer, toda a riqueza e prazeres no próximo, eterno mundo, que é uma posse eterna.

Somente se aspiramos a unidade podemos revelar quão perverso de fato somos. Tentamos ser simpáticos e agradáveis, mas cada vez sentimos que somos verdadeiramente indiferentes, esquecidos, descuidados, e insensíveis. Às vezes, até admitimos para nós mesmos que podemos desfrutar do sofrimento de outras pessoas. Não é assim?

Esta é a nossa natureza, nosso desejo egoísta regular, com a qual nascemos e vivemos. Anteriormente, esta estava escondida na “sombra”. Neste momento, quando nós nos esforçamos para unir-nos com outras pessoas e ser gentis com elas, começa a manifestar-se em nós. No entanto, não é ainda a espiritualidade, nem a genuína doação; ainda estamos apenas tentando alcançá-las.

Então, a próxima etapa acontece. Antes de chegar os “13 anos de idade”, tudo o que fizemos foi tentar sair do nosso egoísmo e revelar a inclinação ao mal dentro de nós, ou seja, a nossa falta de vontade de mudar e as quedas constantes em um egoísmo ainda maior. No entanto, neste momento, nós paramos de tentar e começamos a agir, a fim de alcançar a doação. Essas ações demonstram a grandeza do Criador para nós: eternidade, perfeição do universo, e a própria Luz.

Este é o ponto em que um desejo egoísta de “roubar” tudo para o seu próprio benefício desperta: “Posso roubar a eternidade? Posso reinar?”. Nossas ações que são orientadas para doação absorvem grande quantidade de Luz. Este é o momento em que tropeçamos.

É uma condição muito especial, “suculenta”. O desejo que adquirimos esforça-se pela Luz superior, e é um bilhão de vezes maior do que tudo o que nos foi revelado antes.

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Da 4 ª parte da Lição Diária de Cabalá 20/3/13, “Introdução ao Livro do Zohar

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Quatro Níveis De Liberdade E Servidão

Dr. Michael LaitmanBaal HaSulam, Artigo, “O Conceito de Inanimado, Vegetal, Animal, Falante”, Shamati # 115: Inanimado é algo que não tem autoridade própria. Pelo contrário, ele está sob a autoridade de seu Proprietário (dono) e deve satisfazer todos os desejos e vontades do seu Proprietário.

Sem crítica e análise, ele executa as instruções das forças que lhe dirigem. É assim que o mundo inteiro trabalha nos níveis inanimado, vegetal e animal, bem como toda a humanidade sob a influência de forças internas e externas. E se a pessoa acha que está vivendo de acordo com sua livre escolha, isto é porque as forças que a dirigem estão ocultas dela. Portanto, ela pensa que é dirigida por suas próprias decisões. Contudo, o que a obriga a aceitar especificamente essas decisões e não outras – isso ela ainda não sabe, isso ainda está oculto do seu campo de visão.

Para um animal também parece que ele estabelece por si mesmo para onde ir e o que fazer. No entanto, na medida em que a sabedoria é desenvolvida, torna-se mais evidente que tudo funciona de acordo com as leis da natureza e a herança genética que são incorporadas em nosso programa. Desde o início, a natureza egoísta, segundo a qual nós agimos, é implantada dentro de nós e, portanto, não há nenhuma razão para procurar outras intenções numa pessoa.

Vegetal é aquilo que já tem a sua própria autoridade, em certa medida. Ele já pode fazer algo que é contrário à opinião do Proprietário. Isso significa que ele já pode fazer coisas não para si, mas para doar.

O Proprietário oculto é como uma mãe que se oculta de seu filho para dar-lhe a oportunidade de fazer algo por si mesmo. Disso resulta que o Proprietário aparentemente não existe; aqui neste vazio completo, nós precisamos completar o que o Proprietário não terminou quando Ele nos concedeu a liberdade.

Num lugar onde não há nenhum policial, eu preciso me comportar como se ele estivesse lá. A ideia é aprender as leis e elevar-nos a um nível de consciência que faz com que seja possível para nós mantê-los de bom grado.

No entanto, como podemos ver na flora corporal, embora elas sejam móveis e se expandam em largura e comprimento, todas as plantas têm uma única propriedade. Em outras palavras, não existe uma única planta que possa ir contra o método de todas as plantas. Em vez disso, elas devem aderir às regras da flora e são incapazes de fazer qualquer coisa contra a mente de seus contemporâneos.

Isso significa que ela é limitada; ela deve pegar um exemplo do entorno e se comportar como eles. Ninguém está forçando-a ou está sobre ela com uma vara, obrigando-a a agir assim. Em vez disso, ela deve subir para um nível que, a partir de suas correções internas, ela toma o exemplo dos outros e se comporta como eles. O entorno lhe dita a sua forma de conduta; porém, de forma independente, ela deve se elevar a esse tipo de situação: à consciência, compreensão, respeito e identificação com eles.

Conclui-se que no nível vegetal há um determinado nível de independência, de modo a tomar um exemplo dos outros e se comportar de acordo com o que a sociedade dita.

Assim, eles não têm vida própria, mas são partes da vida de toda a flora.

No entanto, a pessoa precisa estar feliz com isso e não sentir que eles estão coagindo-a, pressionando-a, ou mantendo-a em servidão. Ela precisa se sentir completa e feliz que eles lhe deixam subir para o nível do vegetal. Ela aprecia muito a sua identificação e sua dependência em relação ao ambiente; ela quer ver os outros como perfeitos e ser como eles. O vegetal não sente que isso o limita ou que ele não pode subir acima deste nível, e ele está feliz em ser como o ambiente.

Isso significa que todas as plantas têm uma única forma de vida para todas as plantas. Todas as plantas são como uma única criatura e as plantas individuais são órgãos específicos desse animal.

Da mesma forma, na espiritualidade há pessoas que já adquiriram a força para superar o seu desejo de receber, até certo ponto, mas estão confinadas ao ambiente. Elas não podem fazer o oposto do ambiente em que vivem…

No entanto, ela não sente suas limitações, está feliz com esta situação, e aceita-a. Caso contrário, ela não seria capaz de se anular em relação ao ambiente.

…mas elas fazem o oposto daquilo que o seu desejo de receber quer. Isso significa que já trabalham com o desejo de doar.

Animal: Nós vemos que cada animal tem sua própria característica; eles não se limitam ao ambiente, mas cada um tem sua própria sensibilidade e característica. Eles certamente podem agir contra a vontade do Proprietário, o que significa que podem trabalhar em doação e também não estão confinados ao ambiente. Em vez disso, eles têm suas próprias vidas, e sua vitalidade não depende da vida de seus amigos. No entanto, eles não podem sentir mais do que o seu próprio ser. Em outras palavras, eles não têm nenhuma sensação do outro e, naturalmente, não podem cuidar do outro.

O nível animal significa doação absoluta com a intenção de doar. Uma pessoa que se encontra num nível como este não pode ativar mais poder, ainda que esteja livre daquilo que o ambiente impõe a ela, ou seja, ela pode ser independente na medida em que não prejudique ninguém e realize ações opostas ao seu desejo de prazer. E, em nome disso, ela não precisa de um exemplo dos outros.

Se no nível vegetal ela se submeteu ao ambiente, no nível animal ela se torna livre dele. Ela recebe energia adicional que lhe dá liberdade interior e exterior, ou seja, ela se torna “Hafetz Hesed” (apenas querer doar).

Mas ela ainda não pode trabalhar com o seu desejo de prazer e transformá-lo em doação. Isso já seria o nível humano, onde a pessoa, de bom grado, se transforma num servo da sociedade, de acordo com o seu livre arbítrio.

Da 1ª parte da Lição Diária de Cabalá 11/04/13, Shamati # 115

O Significado Inesperado Da Vida

Antes da ascensão espiritual da humanidade ,esta passa por um período de preparação, sem compreender as leis da evolução. Há várias teorias sobre isso, mas vemos que o processo é conduzido apenas pela evolução do nosso desejo egoísta que opera apenas para nosso benefício. É especial para cada pessoa e determinou o nosso comportamento ao longo das eras da evolução da humanidade.

Na humanidade, há várias civilizações pendentes , cada uma das quais se tem desenvolvido á sua própria maneira, no seu próprio ritmo, e na sua própria direção. Durante os tempos da antiga Babilônia e da Torre de Babel, uma certa parte da humanidade se separou do resto e começou a avançar de uma forma especial, pois, além do desejo de receber, o desejo de alcançar a meta da realidade também foi evocado neles.

Este desejo precisa de um método para ser cumprido e isso criou um problema. É porque uma pessoa realmente quer saber por que e para que está a viver, qual é o objetivo da sua vida . Mas, de repente, descobre que a resposta a esta pergunta é cumprida de acordo com o princípio de “ama o teu amigo como a ti mesmo.”

Acredita-se geralmente que o sentido da vida é para ser revelado após a morte do corpo ou em alguma realidade mística que está além da natureza corpórea. Mas, de repente me falaram sobre o amor dos outros e que se eu começar a amar o outro como eu me amo a mim mesmo e desenvolver tais relações, eu vou descobrir o mundo superior, toda a realidade, toda a profundidade da criação e também da eternidade, toda a força oculta chamada Criador.

Eu não entendo isso. É isso suficiente para amar qualquer pessoa que eu vejo? Eu tenho que dominar o Ego e anular-me para que não veja diferenças entre nós? Isso é chamado “para doar a fim de doar.” Então, eu também vou adquirir a deficiência do outro e ter cuidados com ele como se fosse eu ,a minha própria alma, porque na verdade, ele faz parte de mim.Disseram-me que, graças a esse amor eu vou encontrar e cumprir o objetivo da minha vida. A principal coisa é fazer o bem aos outros.

Mas isso é totalmente contrário à minha visao! O que pode ser mais repugnante do que isso?!

Eu exagero e enfatizo este ponto de propósito, mas é realmente assim. Uma pessoa precisa de tempo para entender que esta é a sua auto-realização. É nas relações com os outros, sobre o nível atual, quando nós odiamos o outro ,o desrespeitamos ,cuspimos sobre ele, matamos, sem pensar duas vezes e além disso também desfrutamos em prejudicar o meio ambiente; é aqui que a profundidade infinita do mundo espiritual é revelado para nós, a verdadeira realidade. A principio, é simplesmente incompreensível.

Portanto, é um caminho longo. Um pequeno grupo começou a cumprir o método na antiga Babilônia e teve que passar por muitos altos e baixos, enquanto os outros continuaram a avançar no caminho egoísta.

Eventualmente, uma pequena parte da humanidade atingiu o ego final através da quebra, com a destruição do Templo, enquanto a maioria da humanidade avançou linearmente dentro do ego. No caminho, as duas partes estão integradas e alcançam a fase atual, que exige o cumprimento final da correção.

Assim, a preparação começa em corrigir a distância. Um pequeno grupo chamado “nação de Israel” passa por estados especiais, cai a partir dos níveis espirituais, e depois passa por correções graduais que são profundas e lentas. Isso corrige seus vasos quebrados, desejos, e isso exige uma preparação, que exige a transição da intenção de “a fim de receber” (Lo Lishma) para a intenção de “a fim de doar” (Lishma) e da intenção de doar a fim de doar , para receber a fim de doar. Todas as etapas ao longo do caminho são graduais e organizadas, e a nação de Israel se corrige pela Luz que Reforma, que é chamada a “Torá”.

Por outro lado, as partes do vaso geral chamadas “as nações do mundo”, não foram quebradas, e assim elas não precisam da correcção gradual. Na verdade, elas não têm nada a corrigir. A nação de Israel tem que levantar todos os vasos quebrados de volta para a espiritualidade a partir do degrau do qual eles caíram, a fim de colocá-los novamente juntos nas 10 Sefirot, cada uma separadamente, e todos elas juntas, para reconstruir a realidade da alma comum. Para todos os outros, é muito mais simples, pois eles recebem uma iluminação que lhes proporciona uma Masach (tela), que é a sua correção. Eles participam do processo e se conectam a Israel para se corrigirem gradualmente através de muitas dificuldades.

Eventualmente, os vasos das nações do mundo chegam ás correções em um nível tal que eles levam os filhos de Israel em seus “ombros” e trazem-nos para o “Templo”, a nação de Israel não pode subir para estes níveis, por si só, mas as nações do mundo podem, porque elas não têm vasos quebrados.

Assim, a última fase de correção é cumprida, não simplesmente com as nações do mundo, mas graças a sua ajuda e suporte “nos seus ombros.”

Da 4ª parte da Lição Diária de Cabala 09/04/13, “Introdução ao Livro do Zohar

A Crise Não É Financeira, Mas Evolutiva

Dr. Michael LaitmanNas notícias (da Stratfor): “A crise financeira global de 2008 tem lentamente dado lugar a uma crise de desemprego global. Esta crise de desemprego vai, rapidamente, dar lugar a uma crise política. A crise envolve todos os três principais pilares do sistema global – Europa, China e Estados Unidos. O nível de intensidade difere, a resposta política difere e sua relação com a crise financeira difere. Mas há um elemento comum: o desemprego está cada vez mais substituindo as finanças como o problema central do sistema financeiro. …

“Considere a geografia do desemprego. Apenas quatro países na Europa estão com menos de seis por cento de desemprego: os países geograficamente contíguos da Alemanha, Áustria, Holanda e Luxemburgo. A periferia imediata tem desemprego muito maior: Dinamarca (7,4%), o Reino Unido (7,7%), França (10,6 %) e Polônia (10,6%). Na periferia mais distante, a Itália está com 11,7%, a Lituânia com 13,3%, a Irlanda com 14,7%, Portugal 17,6%, a Espanha 26,2% e a Grécia 27%. …

“Uma regra que eu uso é que para cada pessoa desempregada, três outras são afetadas, sejam cônjuges, filhos ou outros. Isso significa que quando você alcança 25% de desemprego, praticamente todos são afetados. Aos 11% de desemprego cerca de 44% são afetados.

“É importante compreender as consequências deste tipo de desemprego. Há o desemprego de longa duração da classe mais baixa. Esta onda de desemprego atingiu os trabalhadores das classes média e média-alta. A pobreza é bastante difícil de gerir, mas quando ela também está ligada à perda de status, a dor é agravada e um poder politicamente potente surge…

“O fascismo teve suas raízes na Europa em enormes fracassos econômicos, nos quais as elites financeiras falharam em reconhecer as consequências políticas do desemprego. Elas riram de partidos liderados por homens que tinham sido vagabundos vendendo cartões postais na rua e prometendo milagres econômicos somente se os responsáveis ​​pela miséria do país fossem eliminados. Homens e mulheres, mergulhados na vida confortável da pequena burguesia, não riram, mas responderam ansiosamente àquela esperança. O resultado foram governos que fecharam suas economias ao mundo e manipularam o seu desempenho através de ordens e extorção.

“Isto é o que aconteceu depois da Primeira Guerra Mundial. Isso não aconteceu após a Segunda Guerra Mundial porque a Europa estava ocupada. Mas quando olhamos para as atuais taxas de desemprego, as diferenças entre as regiões, o fato de que não há nenhuma promessa de melhoria, e que a classe média está sendo arremessada ​​para as fileiras dos despossuídos, podemos ver os padrões se formando”.

Meu comentário: Na medida em que o progresso técnico e tecnológico continuarem, o desemprego vai aumentar. Além disso, os desejos humanos crescem não só em tamanho, mas também em qualidade: a pessoa não quer trabalhar e comprar, para ser escrava de quem fica rico por causa disso. Os desejos mudam. A era da sociedade de consumo está terminando por várias razões.

Uma nova era está à frente: a transição da massa de desempregados para trabalhar em si mesmos, para construir uma nova sociedade integral. Esta fase é precedida pela fase de educação integral, treinamento, formação, e mudança do ser humano, e a sua transformação consciente do mundo. Trabalhar em escritórios e fábricas será transformado em ir para escolas de educação integral, cursos de reciclagem de pessoas, que, assim, vão criar novas relações públicas: o consumo racional numa comunidade integral unificada.