“A Alegoria Do Sábio E Do Rei” (Times Of Israel)

Michael Laitman no Times of Israel: “A Alegoria Do Sábio E Do Rei

Há uma alegoria sobre um homem que teve um sonho onde viu um rei no céu e um sábio no inferno. Ele perguntou a Deus: “Qual é a razão disso? Achei que seria o contrário, que o rei estaria no inferno e o sábio no céu.” E ele recebeu a resposta: “Este rei foi aceito no céu por seu apego aos sábios. E o sábio foi enviado para o inferno por sua proximidade com os reis”.

Isso levanta a questão: que qualidades um governante deve possuir para aproximar os sábios de si mesmo, e não os políticos habituais e afins?

Um governante deve ter grande respeito pelos sábios. Os governantes devem compreender principalmente a necessidade de estarem rodeados de sábios.

O que quero dizer com sábio é uma pessoa que se esforça para compreender o sentido da vida. Portanto, um governante que precisa cuidar do povo, da segurança do reino, da economia, e assim por diante, precisa estar rodeado daqueles que pensam e discutem o sentido da vida. Então, tudo dará certo.

Houve certos exemplos monumentais de “reis sábios” na história, por exemplo, o Rei David e o Rei Salomão. Ambos personificavam a sabedoria e se cercavam de sábios. É ridículo supor que os governantes de hoje chegariam a tais alturas, mas, em última análise, tais governantes seriam ideais.

Na alegoria, o sábio foi enviado para o inferno devido à sua proximidade com os governantes. Aparentemente há uma contradição aqui: como poderia um sábio não sucumbir ao poder dos governantes?

Os sábios devem ser completamente independentes. Os governantes então ouvirão os sábios. Em outras palavras, a independência dos sábios atrairá os governantes. Portanto, na alegoria, o sábio ser enviado para o inferno é um sinal de que ele foi de fato imprudente, pois absorveu muito da influência do governante.

Podemos concluir que um verdadeiro sábio é aquele que prefere a sabedoria a quaisquer outras qualidades, colocando a sabedoria acima de tudo. Um verdadeiro governante é aquele que se curva à sabedoria dos sábios e prioriza a importância dos sábios sobre todas as outras pessoas. É claro que esta visão contradiz a forma como o mundo funciona atualmente, com profissionais da economia, segurança e política ocupando a maior parte das posições de poder atuais. Essas pessoas puxam a humanidade na direção errada.