“O Que Desencadeou O Ataque A Israel Em 7 De Outubro” (Times Of Israel)

Michael Laitman, no Times of Israel: “O Que Desencadeou O Ataque A Israel Em 7 De Outubro
Nós, o povo de Israel, estamos longe de estar unidos. Antes dos trágicos acontecimentos de 7 de outubro, parecíamos tudo menos uma nação. Fizemos pouco esforço para nos aproximarmos uns dos outros e desconsideramos os nossos concidadãos. A cada ano, parece que nos distanciamos ainda mais. Como resultado, devemos nos pergunta: podemos realmente ser considerados a nação de Israel?

Noutras nações com histórias de guerras e conflitos internos, a divisão pode parecer um fenômeno natural. No entanto, o povo de Israel é diferente. Somos uma nação que só ganha o seu título quando nos unimos. Quando permanecemos divididos, deixamos de ser uma nação no verdadeiro sentido. Isso é o que realmente significa ser israelense e, especificamente, esse ponto nos torna únicos.

Muitos povos ao redor do mundo muitas vezes se perguntam sobre nós, perguntando: “Quem é o povo de Israel?” Eles formam opiniões distintas sobre nós, reconhecendo nosso status único.

Aceitamos de bom grado o desafio de sermos uma nação sob condições específicas há milhares de anos, que permanecem relevantes hoje. Para sermos a nação de Israel, devemos defender a condição de nos unirmos “como um homem com um coração”, onde “todos de Israel são amigos”. Isto requer um compromisso contínuo com a unidade, um compromisso que só deverá ficar mais forte a cada ano. Infelizmente, porém, a realidade é bem diferente.

Em vez de nos aproximarmos, fazemos o oposto. No ano passado, em particular, Israel tornou-se um espetáculo feio, com cada vez mais pessoas saindo às ruas gritando insultos caluniosos e odiosos uns contra os outros.

Antes da tragédia de 7 de Outubro, existia uma divisão significativa na sociedade israelense, e esse é o cerne da questão. É verdade que ter opiniões múltiplas é um aspecto bem conhecido do judaísmo, mas devemos superar isso. Podemos discordar em nossos pontos de vista e ainda assim manter uma conexão forte. A chave é ter um relacionamento construtivo ao lado das nossas diferenças, como uma família, e defender o princípio unificador que inicialmente nos uniu como nação: “Ame o seu próximo como a si mesmo”.

Sem este vínculo, não podemos estar verdadeiramente próximos, nem podemos nos considerar abertamente uma nação.