Textos com a Tag 'Livro'

Ler Um Texto Cabalístico

laitman_528_01Pergunta: Pode o mesmo texto ou o mesmo livro ser compreendido de forma diferente quando o lemos novamente? Se sim, qual é a razão para isso?

Resposta: Isso depende apenas da pessoa, porque duas pessoas que leem o mesmo livro estão em estados totalmente diferentes.

O livro foi escrito por um Cabalista que sentiu o mundo espiritual e expressou suas impressões do seu nível elevado em palavras, frases e caracteres. Portanto, ao ler o texto Cabalístico, nós devemos se assemelhar tanto quanto pudermos ao Cabalista a fim de sentir, pelo menos em certa medida, o estado em que ele estava.

Ao mesmo tempo, nós fazemos tudo o que podemos para cumprir o que é dito nos escritos com a ajuda do nosso professor, de acordo com o conselho dado aos estudantes de Cabalá para se reunir, ler as fontes Cabalísticas, discutir esses temas.

Nós devemos nos concentrar nas fontes Cabalísticas e ansiar em se assemelhar aos vasos espirituais tanto quanto pudermos em nossos relacionamentos, na completa conexão entre nós, quando estamos juntos, dez pessoas que estudam uma única fonte. Nós devemos tentar atingir a raiz espiritual, o que significa a altura da pessoa que o escreveu.

Nós devemos se conectar e se equivaler ao estado espiritual, esperando que a mesma Luz que o Cabalista descobriu e descreveu em seus escritos nos afete.

Da Lição de Cabalá em Russo 07/02/16

Um Livro Das Profundezas Do Tempo

laitman_527_07Pergunta: Você diz que Adão escreveu o primeiro livro Cabalístico. Para quem ele o escreveu? Afinal, ele estava sozinho, foi o primeiro homem.

Resposta: Claro que havia outras pessoas vivendo na época de Adão e antes dele. A sabedoria da Cabalá não nega a teoria da evolução de Darwin. Adão foi uma das pessoas que viviam em seu tempo.

Ele nasceu 5776 anos atrás e nós celebramos seu aniversário como o Ano Novo Judaico. Adão foi o primeiro a descobrir todo o sistema da criação, o sistema do mundo superior, que estudamos hoje e que queremos descobrir por nós mesmos assim como ele descobriu. Nós somos seus seguidores.

Naqueles dias, ele tinha alunos e nós também somos chamados de seus alunos. Homem em hebraico é chamado de “Ben Adam“: o filho de Adão. Todos nós somos filhos de Adão. Seu livro é destinado a todas as gerações que o seguem!

Pergunta: O livro foi escrito em hebraico?

Resposta: Sim. Adão desenvolveu esse idioma de acordo com os poderes espirituais que descobriu. Ele teve que desenvolver e processar a linguagem adequada para descrever o mundo superior na língua do nosso mundo. Foi assim que o alfabeto hebraico apareceu. Ele escreveu o primeiro livro em hebraico chamado Raziel HaMalach (Anjo Secreto).

Desde então, os Cabalistas escrevem em hebraico porque essa é a única língua com a qual você pode transmitir as informações completas de cima para baixo, do mundo superior ao nosso mundo. Escrever letras hebraicas e a ordem das palavras transmite um significado espiritual especial além do sentido comum.

Há um livro especial chamado Tikkun Soferim (Correção dos Leitores), que é sobre como escrever corretamente. Em russo ele foi chamado de “caligrafia”. Eu me lembro que na escola nós aprendíamos como escrever lindamente para exibir as letras. De acordo com o Tikkun Soferim, o tamanho, o comprimento e a largura de cada letra, a ordem das letras numa palavra, e as leis de construção das palavras a partir das letras é um sistema muito complexo, mas o que é mais importante é a linguagem real. Palavras são criadas pela combinação e lugar das letras, e as palavras constroem uma frase.

Da Lição de Cabalá em Russo 04/10/15

Como Um Feixe De Juncos – Introdução

like-bundle-of-reed-2TComo um Feixe de Juncos, Por que Unidade e Garantia Mútua são Urgentes Hoje, Michael Laitman, Ph.D.

Introdução

“Se uma pessoa pega um feixe de juncos, ela não consegue quebra-los todos de uma vez. Mas tomado um de cada vez, até uma criança os quebraria. Assim também, Israel não será redimido até que todos sejam um feixe”.

(Midrash Tanhuma, Nitzavim, Capitulo 1)

Durante a história do povo Judeu, união e garantia mútua (conhecida como responsabilidade mútua) têm sido os emblemas de nossa nação. Inumeráveis sábios e líderes espirituais escreveram sobre o significado destas duas marcas registradas, as hasteando como o coração e a alma da nossa nação, e declarando que salvação e redenção podem chegar somente quando houver união em Israel.

Na realidade, o conceito de união tem sido tão proeminente que excedeu o da devoção ao Criador e a observação dos mandamentos. Um número considerável de líderes espirituais judeus e escrituras sagradas durante as gerações sublinham a importância da união acima de tudo. Masechet Derech Eretz Zuta, escrito aproximadamente na mesma época do Talmude, é uma das numerosas declarações escritas nesse espírito: “Mesmo quando Israel adora ídolos e há paz entre o povo, o Senhor diz, ‘Eu não tenho desejo de lhes fazer mal’. …Mas se eles são contestados, o que se diz sobre eles? ‘Seu coração está dividido, agora eles carregarão sua culpa’”. [i]

Depois da ruína do Segundo Templo, a proeminência da união e amor fraterno alcançaram um pico. O Talmude Babilônico, entre muitas outras fontes, nos ensina que a razão pela qual o Segundo Templo foi arruinado foi o ódio infundado e a divisão dentro de Israel. As fontes até declaram que o ódio infundado é tão prejudicial, que equivale ao impacto dos três grandes males que causaram a ruína do Primeiro Templo, todos juntos: idolatria, incesto e derramamento de sangue. Masechet Yoma nos ensina essa lição muito claramente: “O Segundo Templo… porque foi ele arruinado? Foi porque havia ódio infundado nele, ensinando-lhes que o ódio infundado é igual a todas as três transgressões – idolatria, incesto e derramamento de sangue – combinadas”. [ii]

Evidentemente, união, fraternidade, e responsabilidade mútua não estão somente no DNA da nossa nação, elas são a substância da linha da vida que nos poupou de aflições quando as tivemos, e permitiu que aflições se revelassem quando não as tínhamos. Nestes tempos difíceis de benefício próprio e narcisismo, nós precisamos de união mais do que nunca, embora pareça mais inacessível que em qualquer outro tempo na história.

Há cerca de quatrocentos séculos, na base do Monte Sinai, nos encontramos como um homem com um coração, e ao fazer isso nos tornamos uma nação. Deste então, a união nos sustentou através da chuva e sol, como o reconhecido orador e escritor, Rabi Kalonymus Kalman Halevi Epstein, descreve em sua aclamada composição, Maor va Shemesh (Luz e Sol): “Embora a geração de Ahab fosse de idólatras, eles se envolveram em guerras e venceram porque havia união entre eles. É ainda mais quando há união em Israel e eles se envolvem na Torá pelo Seu benefício… Com isso, eles subjugam todos aqueles que estão contra eles, e tudo que eles dizem com suas bocas, o Senhor concede seus desejos”. [iii]

Seguindo Moisés, nós chegamos a Canaã, a conquistamos, e a tornamos A Terra de Israel, então fomos exilados uma vez mais.  desta vez para Babilônia. Posteriormente, uma minoria da nação – praticamente duas das doze tribos originais – retornou à terra e estabeleceu o Segundo Templo. Mas como não conseguimos manter o amor fraterno, fomos esmagados pelo inimigo e exilados nos séculos que se seguiram.

Todavia, divisão e ódio infundado, que causaram a ruína do Segundo Templo e o exílio da nação da sua terra, não aprisionaram nosso desenvolvimento enquanto em exílio. Na maior parte dos últimos dois milénios, temos mantido a nós mesmos, mantendo relativa separação da vida cultural das nações nas quais residíamos.

Mas desde o Iluminismo, gradualmente adotamos uma cultura que saúda a distinção pessoal e a realização individual, e tolera a exploração dos fracos e necessitados. Nas últimas várias décadas, nós nos sobressaímos tanto na cultura do interesse pessoal e do benefício pessoal que nos tornamos o oposto completo da comunidade solidária e humana que nutríamos no começo de nossa nação.

No mundo de hoje, o tom e atmosfera predominantes são os do benefício pessoal e egoísmo até o ponto do narcisismo. No seu livro perspicaz, A Epidemia do Narcisismo: Viver na Era do Benefício Pessoal, os psicólogos Jean M. Twenge e Keith Campbell descrevem ao que eles referem como “O crescimento incansável do narcisismo na nossa cultura”, [iv] e os problemas que causa. Eles explicam que “Os Estados Unidos atualmente sofrem de uma epidemia de narcisismo. …traços de personalidade narcisista aumentaram tão rápido como a obesidade”.

Pior ainda, eles continuam, “O aumento no narcisismo está acelerando, com resultados crescendo mais rápido nos anos 2000 que nas décadas anteriores. Em 2006, um de quatro estudantes de faculdade concordavam com a maioria dos itens numa medida padronizada de traços narcisistas”. [v]

E a maioria de nós, judeus, progenitores do princípio, “Ama teu próximo como a ti mesmo”, não só nos sentamos e observamos enquanto o egoísmo celebra, mas também nos juntamos à festa, muitos de nós até liderando o grupo, tomando os espólios onde quer que possamos. Abraçamos a máxima, “Quando em Roma, faça como os Romanos,” com entusiasmo espetacular, e ao fazer assim, muitos nomes judaicos se tornaram sinônimos de riqueza e poder. Não há dúvida que não perseguimos riqueza e poder para apresentar nossa herança como superior à dos outros. Contudo, quando os judeus ganham notoriedade pelas duas distinções mencionadas, eles são notados não só pelos seus ganhos, mas também por sua herança.

Por muito injusto que possa parecer, os judeus e o estado judaico não são vistos da mesma maneira que são os outros países e nações. Eles são tratados como especiais, tanto positiva como negativamente.

Mas há uma boa razão porque isto assim é. Quando Abraão descobriu a força singular que conduz o mundo, aquele a que nos referimos como “o Criador,” “Deus,” “HaShem, HaVaYaH (Yod-Hey-Vav-Hey, o “Senhor”), ele desejou contar ao mundo inteiro sobre isso. Enquanto babilônio e de elevado estatuto social e espiritual, filho de um fazedor de ídolos e estátuas, ele estava numa posição para ser escutado. Foi somente quando o Rei Nimrod o tentou matar e mais tarde o expulsou da Babilônia que ele foi para outro lugar, chegando finalmente à Canaã.

Todavia, Rav Moshe Ben Maimon (Maimônides) descreve a toda a hora a maneira como ele continuava à procura de almas gémeas com quem partilhar sua descoberta: “Ele começou a clamar ao mundo inteiro, para alertar que há um Deus para o mundo inteiro… Ele clamava, vagando de cidade em cidade e de reino em reino, até que chegou à terra de Canaã… E uma vez que eles [pessoas nos lugares onde ele vagava] se reuniam ao seu redor e lhe perguntavam sobre suas palavras, ele ensinou a todos…até que os trouxe de volta ao caminho da verdade. Finalmente, milhares e dezenas de milhares se reuniram ao seu redor, e eles são o povo da ‘casa de Abraão’. Ele plantou seu princípio nos seus corações, compôs livros sobre isso, e ensinou seu filho, Isaac. E Isaac se sentou, e ensinou, alertou, e informou Jacó, e o nomeou professor, para sentar e ensinar… E Jacó o Patriarca ensinou todos seus filhos, e separou Levi e o nomeou a cabeça, e o fez sentar e aprender o caminho de Deus”… [vi]

De Jacó em diante, narra a reconhecida composição, O Kuzari, “Divindade é revelada numa assembleia, e desde então é a contagem pela qual contamos os anos dos antepassados, de acordo com o que foi dado na lei de Moisés [Torá], e sabemos o que se desdobrou desde Moisés até este dia”. [vii]

Assim, a união se tornou uma condição para alcançar a percepção de Deus, ou o Criador, como os Cabalistas frequentemente se referem a Ele (por razões que não descreveremos aqui, pois isso está além da amplitude deste livro). Sem união, a realização era simplesmente impossível. Aqueles que foram capazes de se unir, se tornaram o povo de Israel e alcançaram o Criador, a força singular que cria, governa, e conduz o todo da realidade. Aqueles que não foram capazes de fazê-lo permaneceram sem essa percepção, todavia com uma sensação de que os Israelitas sabiam algo que eles não, e tinham algo que lhes pertencia, também, mas que eles não podiam ter.

Esta é a raiz do ódio a Israel, que mais tarde se tornou antissemitismo. É uma sensação de que os Judeus têm algo que não estão compartilhando com o mundo, mas que têm que compartilhar.

Certamente, os judeus devem compartilhá-lo com o mundo. Tal como Abraão tentou compartilhar sua descoberta com todos os seus semelhantes babilônios, os judeus, seus descendentes, devem fazer o mesmo. Este é o significado de ser “Uma luz para as nações”. Esta é a obrigação para a qual o grande Rav Kook, o primeiro Rabino Chefe de Israel se referiu no seu estilo eloquente e poético quando escreveu, “O movimento genuíno da alma Israelita na sua grandiosidade é expresso somente pela sua força sagrada e eterna, que flui de dentro de seu espírito. Foi isso que a fez, a faz, e a fará ainda uma nação que se encontra como uma luz para as nações, como redenção e salvação para o mundo inteiro para seu próprio propósito especifico, e pelos propósitos globais, que estão interligados”. [viii]

Este compromisso também é ao que Rav Yehuda Leib Arie Altar se referiu com suas palavras, “Os filhos de Israel são fiadores no sentido que eles receberam a Torá em prol de corrigir o mundo inteiro, as nações, também”. [ix]

E o que exatamente nós estamos obrigados a transmitir às nações? É a união, através da qual a pessoa descobre a força única, singular e criadora da vida, o Senhor, ou Deus. Nas palavras de Rabi Shmuel Bornstein, autor de Shem MiShmuel [Um Nome A Partir de Samuel], “A meta da Criação foi para que todos fossem uma associação … Mas devido ao pecado, a matéria tornou-se tão estragada que até os melhores nessas gerações foram incapazes de se unir juntos para servir o Senhor, mas foram somente uns poucos”. [x]

Por esta razão, continua Rabi Bornstein, somente aqueles que podiam se unir o fizeram, enquanto o resto os abandonou até que fossem capazes de se juntar à união. Nas suas palavras, “A correção começou ao fazer uma reunião e associação de pessoas para servir o Criador, começando com Abraão o Patriarca e seus descendentes, para que eles fossem uma comunidade consolidada pela obra de Deus. Sua ideia [do Criador] em separar os povos foi que primeiro Ele causou separação na raça humana, no tempo da Babilônia, e todos os malfeitores foram dispersados. …Subsequentemente começou a reunião em prol de servir do Criador, à medida que Abraão o Patriarca foi e clamou pelo nome do Senhor até que uma grande comunidade se reuniu na sua direção, que havia sido chamada ‘o povo da casa de Abraão’. A matéria continuou a crescer até que se tornou a assembleia da congregação de Israel … e o fim da correção será no futuro, quando todos se tornem uma associação em prol de fazer Vossa vontade com todo o coração”. [xi]

Considerando as presentes circunstâncias globais, parece urgente que todos saibam sobre o conceito de união como um meio para alcançar o Criador. Assim que todos nós saibamos e aceitemos esse princípio, paz e fraternidade naturalmente prevalecerão.

Na realidade, de acordo com o reconhecido Cabalista, Rav Yehuda Ashlag, conhecido como Baal HaSulam [Dono da Escada] pelo seu comentário Sulam [Escada] sobre O Livro do Zohar, a necessidade de conhecer o Criador tem sido urgente há praticamente um século até agora. Em “Paz no Mundo,” um ensaio que data do princípio dos anos 1930, Baal HaSulam explica que, como somos todos interdependentes, devemos aplicar as leis de garantia mútua ao mundo inteiro. Enquanto o termo, “globalização”, não era ubíquo em tratados do seu tempo, suas palavras claramente ilustram sua necessidade urgente de tornar o mundo uma única unidade solidificada.

Aqui está a descrição da globalização e interdependência de Baal HaSulam: “Não fique surpreso se eu misturar juntos o bem-estar de um coletivo particular com o bem-estar do mundo inteiro, porque certamente nós já chegamos a tal grau em que o mundo inteiro é considerado um coletivo e uma sociedade. Isto é, porque cada pessoa no mundo extrai sua essência e vivacidade da vida de todas as pessoas no mundo, a pessoa é coagida a servir e cuidar do bem-estar do mundo inteiro.

“…Desta forma, a possibilidade de levar condutas boas, felizes e pacificas num país é inconcebível quando não é assim em todos os países no mundo, e vice-versa. No nosso tempo, os países estão todos ligados na satisfação de suas necessidades da vida, como os indivíduos estavam nas suas famílias em tempos anteriores. Desta forma, não podemos mais falar ou lidar somente com condutas que garantam o bem-estar de um país ou uma nação, mas somente com o bem-estar do mundo inteiro, porque o benefício ou dano de toda e cada pessoa no mundo depende e é medido pelo benefício de todas as pessoas no mundo”. [xii]

Contudo, para o mundo alcançar essa união, essa garantia mútua, ele precisa de um modelo exemplar, um grupo ou coletividade que possa implementar a união, alcançar o Criador, e através do exemplo pessoal, pavimentar o caminho para o resto da humanidade. Como nós, judeus, já estivemos nesse ponto, e o mundo sente isso inconscientemente, é nosso dever reacender esse amor fraterno entre nós, alcançar essa força singular, e passar ambos o método de união e a realização do Criador ao resto do mundo. Este é o papel dos judeus: trazer a luz do Criador para o mundo, ser uma luz para as nações.

Em “O Amor a Deus e o Amor ao Homem”, Baal HaSulam descreve claramente esse modus operandi: “A nação Israelita já foi estabelecida como uma transição. Na mesma medida, os próprios membros de Israel são purificados ao manter a Torá [a lei (de união), que dissemos na introdução ser uma condição prévia para a realização do Criador], eles transmitem seu poder ao resto das nações. E quando o resto das nações também sentenciam a si mesmas a uma escala de mérito [se unem e alcançam o Criador], o Messias [a força que nos puxa para fora do egoísmo] será revelado”. [xiii]

Rav Yehuda Altar similarmente descreve o papel dos judeus em respeito ao resto das nações: “Pareceria que os filhos de Israel, os recipientes da Torá, são os mutuários e não os fiadores, exceto que os filhos de Israel se tornaram responsáveis pela correção do mundo inteiro através do poder da Torá. É por isso que lhes foi dito, ‘E vós sereis para Mim um reino de sacerdotes e uma nação santa’. …E foi a isso que eles responderam, ‘Isso que o Senhor disse, nós faremos’, corrigir o todo da Criação. …Na verdade, tudo depende dos filhos de Israel. Tanto quanto eles se corrigem, todas as criações os seguem. Como os estudantes seguem o Rav [professor] que corrige a si mesmo …da mesma forma o todo da Criação segue os filhos de Israel”. [xiv]

[i] Masechet Derech Eretz Zuta, capítulo 9.

[ii] Masechet Yoma , p 9b.

[iii] Rabbi Kalonymus Kalman Halevi Epstein, Maor va Shemesh (Luz e Sol), Parashat (Porção) Balak

[iv] Jean M. Twenge e W. Keith Campbell, A Epidemia do Narcisismo: Viver na Era do Benefício Pessoal (New York: Free Press, uma divisão da Simon & Schuster, Inc. 2009), 1.

[v] Jean M. Twenge e W. Keith Campbell, A Epidemia do Narcisismo , 1-2.

[vi] Rav Moshe Ben Maimon (Maimônides), Mishneh Torah (Repetição da Torá , a.k.a Yad HaChazakah (A Mão Poderosa)), Parte 1, “O Livro da Ciência”, Capítulo 1, item 3.

[vii] Rabino Yehuda HaLevi, O Kuzari , “primeiro ensaio”, item 31, 60.

[viii] HaRav Avraham Yitzchak HaCohen Kook, Letras da RAAIAH 3 (Mosad HaRav Kook, Jerusalém, 1950), 194-195.

[ix] Yehuda Leib Arie Altar (ADMOR de Gur), Sefat Emet [Linguagem da Verdade], Parashat Yitro [Porção Jethro], TARLAZ (1876).

[x] Rabino Shmuel Bornstein, Shem MiShmuel [Um Nome A Partir de Samuel], Haazinu [Dar Ouvidos], Tarap (1920).

[xi] ibid.

[xii] Rav Yehuda Leib HaLevi Ashlag (Baal HaSulam), Os Escritos do Baal HaSulam, “Paz no Mundo” (Instituto de Pesquisa Ashlag, Israel, 2009), 464-5.

[xiii] Rav Yehuda Leib HaLevi Ashlag (Baal HaSulam), Os Escritos do Baal HaSulam , “O Amor a Deus e o Amor ao Homem” (Instituto de Pesquisa Ashlag, Israel, 2009), 486.

[xiv] Yehuda Leib Arie Altar (Admor de Gur), Sefat Emet [Linguagem da Verdade], Parashat Yitro [Porção Jethro], TARLAZ (1876).

Acreditar No Que Está Escrito

laitman_533_01Pergunta: De que forma nós podemos nos dirigir à comunidade fora de uma convenção se um evento deste tipo requer investimentos materiais muito maiores do que temos? Como podemos fazer com que todos possam se sentar em círculos?

Resposta: O que quer que façamos, temos que nos dirigir às pessoas de modo que elas não precisarão vir sob a pressão de problemas e golpes da natureza, mas apenas pela boa vida. Como se faz isso? Quebrem a cabeça e pesquisem. Nós precisamos fazer isso. Nós não temos escolha. Nós temos que procurar uma forma de alcançar as pessoas nos bons momentos, de modo que os maus momentos não venham, Deus me livre.

Eu não acho que seja necessário criar quaisquer programas de televisão de entretenimento com uma “caça ao tesouro”. Eu acho que uma forma como essa só esconde a verdade em vez de atrair alguém para isso. Não me parece que possamos ser bem sucedidos neste caminho. As pessoas só vão seguir a narrativa e não vão prestar atenção na mensagem interior.

Primeiro de tudo nós temos que descrever nossa situação atual, desenvolvê-la a um estado dramático, e, assim, mostrar como é possível evitar o sofrimento, e mais do que isso, alcançar o sucesso. Esta é a tarefa da disseminação.

Para essa necessidade, eu acho que é melhor publicar um pequeno e acessível folheto com explicações. Nos últimos 20 anos, a televisão e a Internet evoluíram tanto que pressionaram tudo o resto, de modo que queremos ver tudo em nossas telas. Mas eu acho que, após o entusiasmo e a emoção iniciais por esse novo tipo de mídia, as pessoas vão voltar a ler de novo.

Isso ocorre porque a leitura pode organizar a mente de uma forma que nem mesmo uma imagem pode. Quando estamos lendo, obtemos informações com as quais podemos organizar e mudar o nosso pensamento, nossas células cerebrais, e nossa abordagem por nós mesmos; o que significa que estamos formatando a nós mesmos.

É impossível transmitir essa informação através do ouvido, pois ela não penetra deste modo. Apenas uma porcentagem muito pequena pode ser absorvida pela audição, bem como pela visão. Em particular, a informação é compreendida quando a pessoa lê. Não podemos desistir das letras. A verdade deve ser escrita.

Da 2a parte da Lição Diária de Cabalá 06/06/14, Escritos do Rabash

Dois Novos Livros Sobre A Crise Publicados Em Taiwan

Dois livros sobre a crise, escritos em caracteres chineses tradicionais, estão sendo publicados em Taiwan: A Crise: Você Quer Saber Por Que? e Salvação: Como Sobreviver à Crise Global.

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Um Livro Cabalístico Abre O Mundo Superior

Dr. Michael LaitmanA Cabalá é uma ciência muito importante, que inclui todas as outras ciências. Ela explica a uma pessoa como agir depois que completamos o nosso desenvolvimento neste mundo.

Hoje nos encontramos nesta exata situação, tendo esgotado o nosso desenvolvimento egoísta que resultou num beco sem saída. Portanto, a ciência da Cabalá está sendo revelada para que possa nos ajudar a reviver, começar uma nova vida, e passar para o próximo nível de existência.

Todas as conquistas do nosso mundo não podem nos ajudar nisso, pois elas atuam somente neste plano terrestre. É necessária uma ciência diferente, a fim de subir para o próximo nível e continuar esta vida.

A Cabalá é a ciência que não pertence ao nosso mundo. Ela é projetada para colocar toda a humanidade num elevador que a leva para o próximo andar, onde nós começamos um novo desenvolvimento. O próximo andar não é onde a matéria se desenvolve e não faz mais parte do nosso mundo. Este é o verdadeiro desenvolvimento dos sentimentos e da mente, que se relacionam com os nossos sentimentos mais íntimos e não com o corpo físico.

Este é um tipo de desenvolvimento onde nós gradualmente perdemos o sentido do nosso corpo e começamos a existir em outra dimensão onde não existem corpos. Nós não os sentimos porque eles desaparecem da nossa percepção. Nós não precisamos mais de corpos físicos, porque agimos de dentro de nossos sentimentos e mente, sem o envolvimento desta matéria bruta do corpo.

Esta abordagem parece incompreensível para uma pessoa comum, mesmo que nossas imaginações sejam bastante desenvolvidas graças a Hollywood e romances de ficção científica. Tudo isso não apareceu por acaso, mas, a fim de nos preparar para a sabedoria da Cabalá e sermos capazes de compreender a sua sabedoria.

Por isso, os Cabalistas mantiveram a Cabalá em segredo por tanto tempo quanto a humanidade precisasse para que todas as gerações estivessem prontas para isso. A Cabalá foi revelada 5775 anos atrás pela primeira vez por Adão, o primeiro Cabalista.

Todos os milhares de anos, desse momento até a nossa geração, os Cabalistas mantiveram a sabedoria da Cabalá em segredo só dentro de seu círculo interno e não revelaram amplamente o seu conhecimento. Isso foi semelhante aos meus pais que não quererem que eu leia seus livros de medicina como uma criança, porque estes eram muito avançados para minha idade.

Os Cabalistas são os cientistas que estudam esta ciência, atingem o que ela diz, e aprendem a usá-la, e, ao mesmo tempo, buscam pessoas em seu ambiente, aptas para tal estudo. E se houvesse uma pessoa assim, eles calmamente a testavam, conversavam com ela sobre a vida de forma filosófica, a fim de descobrir se ela estava pronta e interessada ​​em tais coisas. Se eles vissem um homem interiormente maduro e atraído ao tema, eles começavam a ensiná-lo.

Portanto, a sabedoria da Cabalá foi passada de geração em geração. Os Cabalistas também escreveram livros em segredo. E mesmo se não escondiam os livros, o texto Cabalístico era criptografado de tal forma que uma pessoa não poderia compreendê-lo se não tivesse o código apropriado, ou seja, se não soubesse como se relacionar com o livro, sobre o que ele fala, como se associa com a pessoa, e o verdadeiro significado quando este mundo e o outro mundo são mencionados.

Os livros Cabalísticos são escritos na linguagem dos ramos que apontam para as raízes espirituais, mas a pessoa pensa que ele fala sobre este mundo. Mas, isto não se refere ao plano deste mundo e a pessoa dentro dele. Nós estamos falando de poderes superiores, e não de coisas materiais.

Se os Cabalistas não nos tivessem dado a chave para a leitura e compreensão correta desta ciência, mesmo abrindo o livro, a pessoa ainda não entenderia o que lê. Ela pensaria que a Cabalá fala sobre animais e plantas. Algumas palavras que têm sido utilizadas são: relação sexual, abraço, beijo, forças masculina e feminina, e parto. Pode-se pensar que se trata de algum tipo de sensualidade.

Depois o livro fala do céu e da terra, espíritos, demônios, anjos, e diferentes forças espirituais. As pessoas ignorantes que se deparam com esses livros poderiam construir toda uma teoria mística em torno disso. Eu ouvi tais histórias sobre Cabalá e me perguntava como esse homem em particular poderia fantasiar tanto. Mas essas pessoas acreditam seriamente no que elas dizem sobre a Cabalá, usando diferentes nomes do Livro do Zohar.

Se uma pessoa não recebe o conhecimento um professor de Cabalá decente que lhe dá todas as chaves para esta ciência, ela não será capaz de abrir e entender corretamente o livro. Isso só vai confundir a pessoa. “Abrir o livro” significa estar conectado com o que está escrito dentro dele. Para cada pessoa, o livro deve ser um mundo aberto, o mundo superior.

De KabTV “Uma Nova Vida” 18/12/14

Feira Internacional Do Livro De Toronto 2014

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O Segredo Essencial Dos Judeus, Parte 15

Do livro, O Segredo Essencial dos Judeus, M. Brushtein
Para Onde Estamos Indo?

Como o nosso desenvolvimento é expressado e para onde estamos indo? Na verdade, estes são os principais problemas que a humanidade enfrenta. Cabalistas oferecem uma descrição detalhada e bastante inteligível do processo de desenvolvimento.

A lei do desenvolvimento, etapa por etapa, consiste em passar por muitos estágios intermediários, até a conclusão do processo. Este processo é difícil, muito lento, e anormalmente prolongado, estendendo-se por um tempo muito longo.

O fato de que este processo é longo e doloroso não é segredo e não necessita de prova, já que todo mundo experimenta os resultados deste processo. A questão é qual é a essência deste processo.

A força, inserida nessas etapas e que força a pessoa a subir de um estágio inferior para um estado superior, não é nada senão a força da dor e do sofrimento. Elas se acumulam no nível inferior, de tal forma que se torna impossível tolerá-las. Como resultado, o sofrimento força as pessoas a deixar o nível em se encontram e a ascender ao superior.

Esta descrição é semelhante à lei da dialética, não é?

Engels define a dialética como “a ciência das leis gerais do movimento e desenvolvimento da natureza, da sociedade e do pensamento humano”. No Anti-Dühring e A Dialética da Natureza, Engels dá conta das leis da dialética, começando com os três mais fundamentais:

1) A lei da transformação da quantidade em qualidade e vice-versa;

2) A lei da interpenetração dos opostos, e

3) A lei da negação da negação”.

Bem, nós estamos num determinado processo doloroso gradual; no entanto, nós ainda não recebemos as respostas para as perguntas, ” para onde a humanidade está indo” e “como gerir este processo”. Ao mesmo tempo, as tendências do desenvolvimento podem ser “estimadas” se colocarmos o ser humano e a sociedade próximos entre si.

“Mas a essência humana não é uma abstração inerente a cada indivíduo. Na sua realidade ela é o conjunto das relações sociais”. (Karl Marx, Teses sobre Feuerbach)

O fundador do materialismo simplesmente insiste que a essência do homem reside nas relações sociais. Os Cabalistas dizem quase a mesma coisa.

“Além disso, sendo uma criatura social, o desenvolvimento individual não é suficiente. Pelo contrário, a própria perfeição final depende do desenvolvimento de todos os membros da sociedade”, (Baal HaSulam, “A Solução”)

Vamos tentar resumir os fatos. O ser humano, ou melhor, as pessoas são inicialmente criaturas sociais. A cada nova geração, a humanidade está crescendo, e, correspondentemente, os laços entre as pessoas estão se tornando mais apertados. Junto com isso, há um paradoxo: quanto mais a humanidade tenta se unir, menos ela tem êxito. No entanto, nós não abandonamos as tentativas de unir, apesar de não percebermos isso. Mas isso é no próximo capítulo.

O Segredo Essencial Dos Judeus, Parte 13

Do livro, O Segredo Essencial dos Judeus, M. Brushtein.

“Princípios Fundamentais da Teoria Integral”.

Pesquisadores do passado e do presente são unânimes.

O ser humano é uma criatura que surgiu num grupo, está se desenvolvendo e evoluindo num coletivo.

Além disso, a sua natureza social é inerente, mesmo na própria palavra “homem”.

Literalmente, um homem é um membro de uma tribo ou família.

Assim, os seres humanos, assim como os animais, são criaturas sociais, públicas, e pode-se mesmo dizer, coletivas. A questão é: qual é a diferença entre eles?

Em contraste com o “coletivo animal”, a sociedade humana não para. Ela está em constante evolução. De que maneira? Um exemplo está na mudança de formações sociais.

A formação socioeconômica, nas palavras de Marx, é um estado determinado historicamente no desenvolvimento da sociedade humana.

Que formação a humanidade não suportou?! Abaixo estão listadas as breves definições de estruturas e sistemas sociais básicos.

  • A sociedade comunitária primitiva é uma formação primária arcaica caracterizada pela propriedade comum dos meios de produção, trabalho e consumo coletivo, e o baixo nível das forças produtivas.
  • A sociedade escravista é uma formação caracterizada pela propriedade privada dos meios de produção e produtores diretos; as principais classes da sociedade escravistas são de escravos e mestres.
  • O feudalismo é uma formação socioeconômica, que substituiu a escravidão, e foi baseado na propriedade feudal da terra e na exploração dos camponeses, que estavam numa condição de escravidão.
  • O capitalismo é o tipo de sistema socioeconômico que surgiu no final da Idade Média, e é atualmente predominante na maioria dos países industrializados. As características comuns do capitalismo são geralmente consideradas propriedade privada dos meios de produção e da competição.
  • Nas palavras de Karl Marx, o socialismo é a primeira fase do comunismo, um sistema social que substitui o capitalismo e é baseado na propriedade pública dos meios de trabalho e de produção.
  • O fascismo (“fascismo” em italiano, de “fascio” – feixe, grupo, associação) é uma forma de movimentos e ditadura política, caracterizada pela violência contra as massas através de um mecanismo político abrangente.

Ao longo da história, a humanidade se relacionou de forma diferente com a mudança no cenário social. De qualquer forma, muitos acreditam que os judeus têm algo a ver com isso.

Os romanos e seu império não parecem mais do que uma bolha em relação aos judeus. Eles (os judeus) deram a religião a três quartos da humanidade e influenciaram eventos históricos num grau maior do que qualquer outra nação, antiga ou moderna.

No entanto, realmente não importa se os judeus têm influenciado ou não os processos históricos. O que mais importa é que a humanidade está evoluindo e em constante evolução. A questão é: o que nos espera? Abraão tinha certeza de que o ponto final é a unidade e uma humanidade interdependente. Mais cedo ou mais tarde vamos saber se Abraão estava certo ou não. No entanto, hoje, olhando para trás, vemos um aumento óbvio de tendências coletivas.

No início, a pessoa estava associada apenas a sua família. Depois, ela “se tornou conectada” ao mestre, depois ao senhor feudal, seu país, e hoje, ao mundo todo. O problema é que estes processos ocorreram e ocorrem inconscientemente, sob a influência das condições externas.

O Segredo Essencial Dos Judeus, Parte 7

Trecho de O Segredo Essencial dos Judeus, por Michael Brushtein

O Hit do Século XXI: Capital

No entanto, o que aconteceu? Por que alguém deveria ser fechado (interrompido)?

O fato é que, de repente, uma brisa de comunismo, ou se você preferir, de coletivismo, começou a soprar no mundo.

Como isso ameaça a população ainda não é conhecido. Cedo ou tarde, eles vão querer fechar alguma coisa, corrigir, e tudo o que resta é dividir. Você não acha? Você não tem que buscar uma evidência muito longe.

As pessoas correram para comprar os livros de Karl Marx, e, além disso, muitos livros. Eles dizem que a circulação de livros vendidos já quebrou todos os recordes.

“Desde 2008, as vendas de obras como Capital, Manifesto… e Uma Contribuição à Crítica da Economia Política têm aumentado consistentemente.

“Os clientes do banco Sparkasse na cidade alemã de Chemnitz (ex-Karl-Marx-Stadt) escolheram o retrato de Marx para ser impresso em cartões de plástico …

“‘Sim, Karl Marx está se popularizando – e só Deus sabe onde isso vai acabar”, escreve Stuart Jeffries, uma escritora convidada do The Guardian.

“E o que acontece quando as pessoas começam a ler Marx e Engels, você se lembra?

“Sharikov encolheu os ombros. ‘Eu não concordo’.

“‘Com quem – Engels ou Kautsky?’

“‘Com nenhum deles’, respondeu Sharikov.

“‘Isso é o mais notável. Qualquer pessoa que diz isso. . . Bem, o que você sugeriria em vez disso?’.

“‘Sugerir? Eu não sei. . . Eles só escrevem e escrevem toda essa podridão… tudo sobre algum congresso e alguns alemães. . . deixa a minha cabeça atorodada. Afaste tudo dos patrões, depois divida-o'”. 1

A propósito, falando do Capital de Marx. Para ser honesto, quem de vocês, queridos leitores, foi capaz de conquistar este, eu lamento, imenso trabalho? Por exemplo, eu não pude. Não quando eu era estudante, nem depois, quando me tornei um pai, nem agora, quando minha filha me fez um avô novamente. Eu não pude, só isso. Embora eu tentasse muito.

Toda vez que abria o livro, eu logo começava a bocejar e, em seguida, simplesmente adormecia. Não há nada a fazer, não é “um livro sobre comida saudável e deliciosa” e nem mesmo Akunin. 2

Eu tinha uma suspeita de que havia algo errado comigo. Todo mundo está lendo, e eu não. Todo mundo pode, e eu não sou capaz. Então, eu perguntei em particular. Entre meus amigos e conhecidos. Depois entre os amigos dos meus amigos. Finalmente, entre os parentes destes e de outros.

Eu tive sorte. Eu finalmente encontrei a pessoa que jura que tinha conseguido ler o livro. Eu realmente invejo. É uma pessoa forte e persistente.

Mais uma vez. As pessoas compram o livro. Apesar do fato de ser espesso e ilegível. Hoje é um bestseller, especialmente na Europa. As pessoas querem mudança social, querem justiça. O coletivismo, que parecia ter sido enterrado para sempre junto com a União Soviética, de repente apareceu na agenda novamente. E não apenas em algum lugar, mas na Europa – o pai e a mãe do capitalismo.

Bem, e a América? É justo que a China forneça bens ao mundo inteiro, a Rússia produza petróleo, Israel cresça tomates roxos e a América imprima dólares e aumente a dívida nacional no modo on-line? Isso é chamado de divisão global do trabalho?

Suponha que Karl Marx não seja uma prova, mas uma simples coincidência. Mas o que pode ser feito com uma inovação moderna – a Internet? Pandemia sociais se espalharam em toda a rede mundial. Um monstro social, o Facebook, se tornou o líder. De acordo com as visitas, ele ultrapassou não apenas os sites pornôs, mas também o grande motor de busca da Internet Google, e parece que é só o começo …

“A massificação dos serviços de redes sociais requer repensar esse fenômeno so século XXI, especialmente com o advento de dispositivos móveis unificados”.

Notas:

1 A citação de O Coração de um Cão – um romance de Mikhail Bulgakov, é uma sátira do novo homem soviético escrito em 1925, no auge do período da NEP, quando o comunismo parecia estar enfraquecendo na União Soviética. Ele geralmente é interpretado como uma alegoria da revolução comunista e “a tentativa equivocada da revolução de transformar radicalmente a humanidade”. Sharikov é um dos personagens principais. Originalmente ele era um cão vadio, transformado em um ser humano (suas glândulas foram transplantadas de um bêbado). Ele se juntou ao Estado soviético.

2 Boris Akunin – um escritor russo, conhecido como escritor de ficção histórica e policial.