Nas Notícias (New Scientist): “Em 1989, a Woods Hole Oceanographic Institution em Massachusetts detectou uma presença sônica desconhecida em 52 hertz. Inicialmente, pensou-se que fosse de um submarino, mas o biólogo marinho William Watkins determinou mais tarde que era a assinatura do sonar de uma baleia, à qual deu o apelido de “52”.

“É uma frequência excepcionalmente alta para vocalizações de baleias, e Watkins ficou intrigado o suficiente para procurar por 52 até sua morte em 2004. Mas, apesar de detectar a chamada de 52 todos os anos, Watkins nunca encontrou a misteriosa baleia. …

“Por que o 52 chama nessa frequência também é um mistério – a espécie da baleia não foi confirmada, e é possível que seja a única desse tipo no oceano. A única coisa que sabemos é que 52 é quase certamente ele: as baleias macho cantam.

“O motivo da suposta solidão de 52 não tem nada a ver com o fato de que ele sempre foi detectado nadando sozinho. Em vez disso, é porque a frequência única de sua chamada significa que outras baleias não conseguem entender como responder. …

“Em nosso mundo cada vez mais conectado, onde o contato e a interação estão a apenas um clique de distância, o fato de tantas pessoas ainda relatarem que se sentem solitárias facilita a identificação com a situação do 52. Há algo profundamente comovente em uma criatura tão inteligente e social quanto sabemos que são as baleias, nadando no vasto oceano, ano após ano, sem nunca ter nenhum contato adequado com outra de sua espécie”.

Minha Resposta: No lugar da humanidade, eu ainda começaria a entrar em algum tipo de contato com ela. Se a frequência com que ela fala ou quer falar for conhecida, não teremos problemas em criar esse dispositivo.

Pergunta: Você acha que ela quer se comunicar?

Resposta: Sem dúvida. Mas assusta outras baleias com sua frequência mais alta.

Pergunta: E nós, essas baleias solitárias que vivem neste mundo e existem nesta solidão, o que devemos fazer? Agora, muitas pessoas foram morar em cabanas na floresta em algum lugar da Taiga e moram lá há 20 a 30 anos. É assim que as pessoas vivem.

Resposta: A escolha é delas, e eu não diria que é ruim. Elas ainda se encontram lá. Através da comunicação consigo mesmas, elas se comunicam com a natureza. Talvez até com o Criador. É melhor do que se comunicar com as pessoas.

Pergunta: Especialmente em nosso tempo?

Resposta: Claro. Se não sentem que têm um objetivo especial, uma missão, que as obriga a estar no mundo entre as pessoas, elas se sentem muito bem. Acho que, em princípio, lá elas se encontram.

Pergunta: E se você pudesse escolher, você iria a algum lugar?

Resposta: Sem dúvida.

Pergunta: Você se trancaria em um quarto?

Resposta: Sem dúvida! Estou tentando fazer isso de qualquer maneira, embora tudo isso não tenha sucesso. Mas ainda me afasto das pessoas, do mundo, tanto quanto posso.

Pergunta: É possível criar um mundo na solidão? É possível amar a solidão? É possível estar nela o tempo todo?

Resposta: Se uma pessoa se eleva, realmente se eleva, ela sente que está sozinha; ela é solitária. Este é um estado maravilhoso, mas, ao mesmo tempo, ela se sente em conexão com o Criador.

Pergunta: Ainda assim uma pessoa avança para isso?

Resposta: Sim. Esta é a baleia solitária.

De KabTV, “Notícias com o Dr. Michael Laitman”, 16/06/22

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