Pergunta: Existe uma atitude psicológica chamada “síndrome da vida adiada ou retardada”. É quando uma pessoa percebe sua vida como um rascunho ou um ensaio antes de algo grande e significativo, que virá mais tarde no futuro, como se as pessoas fossem viver para sempre.

Há o exemplo de um senador que acorda e de repente o prestígio e o sucesso político já não lhe importam mais, apesar de ser político. Ele quer muito aproveitar a vida: tomar café da manhã com um amigo, estar na companhia da esposa e ler um livro ou uma revista.

O que aconteceu? Ele foi diagnosticado com câncer. É realmente a única coisa que pode levar uma pessoa a acordar de repente e começar a viver?

Resposta: Claro! Sem dúvida! Quando lhe é certamente prometido um fim próximo, o resto simplesmente desaparece do horizonte e perde sua importância. Tudo.

Pergunta: Tudo o que era mais importante na vida de repente vira vaidade? É este o tipo de medo que devemos experimentar?

Resposta: Claro! Precisamente! É como disse Woland em O Mestre e Margarida. Não se pode escapar disso.

Comentário: Na verdade, isso realmente não diz por que a mente é dada a nós, ao Homo sapiens (sábios).

Minha Resposta: É apenas para que percebamos que é assim que vivemos. Assim que o fim é claramente conhecido por nós, tudo além do fim não pode mais nos interessar.

Pergunta: De repente, começamos a procurar valores reais quando sabemos que o fim está aqui?

Resposta: Mas o que podemos encontrar se o fim está aqui?

Comentário: Este senador encontrou uma verdade simples.

Minha Resposta: Vá tomar uma bebida, faça uma refeição com amigos e com uma mulher, e assim por diante. Tudo isso também acontece após a reavaliação desses eventos e valores. Portanto, tudo perde o sabor. Não resta mais nada aqui senão viver cada segundo que você tem para sentir menos dor. Isso é tudo.

Pergunta: E mais diversão?

Resposta: Ele só precisa de drogas e pronto. Desligue com calma, meu amigo.

Pergunta: Então, como você chama um momento verdadeiro, vivido corretamente, com dignidade?

Resposta: Não sou a favor de viver apenas um momento. Essa não é a minha filosofia.

Minha filosofia é que a vida deve consistir em tais momentos constantemente, de momento a momento, de novo e de novo. Então será possível pensar que esse câncer, ou alguma outra doença fatal, ou o fim em geral, que todo mundo tem aliás, não são importantes. Então a pessoa entenderá claramente o que é dado a ela, por que, para quê, como ela deve viver, o que deixar e o que fazer de si mesma.

Pergunta: O que devemos investir nesses momentos? Digamos que concordo com você: viva cada momento e prepare-se para o momento seguinte.

Resposta: Eleve-se acima de sua natureza animalesca e, o mais rápido e brilhantemente possível, alcance com mais eficácia a qualidade de doação e amor, que não se relaciona com o nosso mundo. Assim, como dizem, prepare-se para o mundo futuro. Isso é tudo. Será um uso muito eficaz deste mundo, desta vida, em prol do mundo futuro e da vida futura.

Pergunta: Você acha que quando uma pessoa recebe esse limite, chamado de “doença incurável” ou algo assim, é feito justamente para isso?

Resposta: Sim, para isso! É preciso preparar as pessoas que vão atender esses ditos infelizes. Não os considero infelizes. Acredito que eles receberam uma grande oportunidade de se corrigir, mudar e se elevar ao nível do próximo mundo.

Pergunta: Ao nível deste amor?

Resposta: Sim. Que eles entrem sem problemas.

Pergunta: Acontece que aqueles que permanecem neste mundo que o queimam com os prazeres deste mundo são os infelizes?

Resposta: Sim. Os outros já podem subir para isso com antecedência! De repente, eles veem que não há doença. Então a pergunta é: Por que fiz tudo isso? Alguém me enganou tão maldosamente.

Pergunta: Sim. Os médicos dirão: “Meu querido, está tudo bem com você”. Isso é um truque que o Criador faz com uma pessoa? Você é realmente a favor desses truques?

Resposta: Sou a favor de enganar uma pessoa para que ela resolva a equação correta com sua vida e morte. E para que ela mude de vida com base nessa decisão.

Pergunta: A palavra “enganado” não o incomoda?

Resposta: Não, claro que não. Este é um egoísta! Ele deve ser enganado em grande medida! Devemos enganar o egoísmo por toda a nossa vida, do jeito que ele nos engana agora. Isso já é um engano sério e limítrofe.

De KabTV, “Notícias com o Dr. Michael Laitman”, 04/07/22

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