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União Concluída No Monte Sinai, Parte 3

Unity, The Way To A Good FutureOs discípulos continuaram a obra de Abraão e desenvolveram seu método. Mas, enquanto isso, seu egoísmo cresceu cada vez mais, o que significa que eles se tornaram escravizados por ele e encontraram-se no exílio egípcio. O maligno Faraó que os governa é revelado.

Isso não significa que eles se mudaram para o Egito fisicamente. Mas eles sentiram que a força do mal dentro deles tinha ganhado tanto poder sobre eles que não poderiam lidar com ela.

O egoísmo tornou-se muito mais poderoso do que a força do bem que foi deixada neles desde os tempos de Abraão, Isaque e Jacó. A força do mal entrou em erupção e foi impossível segurá-la.

Os filhos de Israel queriam se juntar, trabalhar em sua unidade e atrair a força do bem, mas não conseguiram. Isso lhes trouxe muitas dores e desencadeou lutas internas. Por fim, eles perceberam que deviam fugir dessa força do mal. Alegoricamente, é dito que os filhos de Israel fugiram do Egito, da escravidão do faraó.

Eles conseguiram se desconectar da força do mal, mas nada mais. Eles ainda não sabiam como atrair a força do bem. E apenas quando se desconectaram da força do mal é que atingiram a força do bem e começaram a revelar entre eles a sua presença escondida. A força do mal permaneceu, mas eles já sabiam como se proteger dela, ou seja, do ódio mútuo.

Eles perceberam que estavam em torno do Monte Sinai, uma montanha de ódio (Sina) e que lidar com essa força negativa só era possível através da revelação da força positiva.

Monte Sinai é uma montanha de ódio que se revela dentro de cada um de nós. Em cada pessoa neste grupo está a capacidade de criar uma força especial, um desejo, um anseio especial acima de seu ódio. Isso significa que elas se conectam entre si e sobem como Moisés, ou seja, Mashiach, aquele que as puxa (Moshech) do egoísmo e sobe a montanha.

Através dessa força comum, pelos seus esforços conjuntos, elas são capazes de superar seu ódio. Dessa forma, elas atingem a força positiva superior da natureza e sentem que ela criou e controla tudo. E ela também criou a inclinação ao mal na pessoa especialmente para que, através dela, através da força negativa que é oposta à força positiva do Criador, a pessoa revelasse a força do bem e existisse entre essas duas forças.

E quando elas se erguem acima de todo o seu ódio e alcançam o contato com a força superior, que é chamada de “Moisés sobe o Monte Sinai”, sentem que por causa desse fato seu egoísmo cresce ainda mais. Acontece que no momento em que uma das suas forças sobe ao topo da montanha, a segunda força constrói um bezerro de ouro em sua base.

No entanto, o fato principal é que elas descobriram a força do bem da natureza e a partir desse momento é possível estar em contato com ela.

De KabTV “Uma Nova Vida” 02/06/16

Exemplo De Uma Vida Feliz

laitman_944Torá, “Deuteronômio”, 4:05 – 4:06: Vedes aqui vos tenho ensinado estatutos e juízos, como me mandou o Senhor meu Deus; para que assim façais no meio da terra a qual ides a herdar. Guardai-os pois, e cumpri-os, porque isso será a vossa sabedoria e o vosso entendimento perante os olhos dos povos, que ouvirão todos estes estatutos, e dirão: “Este grande povo é nação sábia e entendida”.

Esse mandamento sugere que, se o povo de Israel realmente começar a executar corretamente os mandamentos e realizar todas as suas ações não para seu próprio benefício, mas em prol da doação, para o benefício dos outros, e através deles para o Criador, todas as nações do mundo, todas as propriedades da natureza, entrarão em harmonia entre si e o mundo chegará ao equilíbrio universal.

E vendo o exemplo de uma vida feliz, a humanidade vai dizer: Este grande povo é nação sábia e entendida”.

De KabTV “Segredos do Livro Eterno” 10/02/16

A Nação Dividida

Pergunta: Os meus colegas empresários sabem ser sorrateiros e enganam seus clientes. E eu, pelo contrário, estou tentando ser decente e confiar na honestidade dos outros. E no final eu fiquei sem nada e começo a inveja-los: “Por que eu não posso organizar minhas coisas como eles” Isso é uma Klipa, impureza?

Resposta: Klipa é trabalhar contra a santidade, contra o Criador, um trabalho muito sofisticado.

Quanto ao seu exemplo, é possível dizer que aquele que engana as pessoas no final engana o Criador e se distância dele. Sem sombra de dúvida.

Se eu pegar o que eu não mereço do público ou da natureza, que é o Criador, então isso já é o início da Klipa. E o que eu mereço? Eu mereço algo se eu trabalhar em prol de dar, se eu existo, a fim de chegar à doação. Neste caso, eu receber ainda necessidades apenas para existir e estar em doação, a fim de ser semelhante ao Criador e fazer o trabalho dele. Todo o resto que está além de necessidades, eu não posso tomar para mim. Todo o resto eu preciso apenas para doar aos outros. Isso precisa ser o cálculo de uma pessoa. Ela determina para si mesma: “Isto é o que eu preciso para existir, a fim de trazer contentamento ao Criador.” Tudo começa com esta decisão e continua no mesmo vetor e é chamado de Kedusha – santidade.

E na Klipa, eu sou o oposto, obtendo de outros, embora eu não mereça isso e talvez nem sequer ganhe. Isto também se aplica à parte do povo de Israel que mal trabalha e completamente mergulham no estudo da Torá.

Em geral, devido ao erro de cálculo, a este respeito, todos nós estamos afogando no mar do egoísmo e distanciamento a força superior. Ano após ano, ele afeta tudo mais fortemente, e, nesta fase estamos começando a declinar a um estado que já se viveu no século anterior. [Leia mais →]

Não Há Gênero Neutro Na natureza

Pergunta: Na Europa existem jardins de infância onde as crianças não são diferenciadas por gênero; elas são chamados de “isso”. É acreditado que, com o tempo, uma criança deve determinar seu próprio sexo. Como isso é possível num mundo civilizado?

Resposta: Não sei como é possível chamar uma pessoa “que” quando natureza criou uma divisão precisa em qualquer “ela” ou “ele”.

Em hebraico, não há neutro. Hebraico é a língua das raízes, e ele vem do maior sistema de gestão, onde existe uma clara divisão entre a parte masculina e a parte feminina. Não é possível chamar algo por um nome masculino e, em seguida, mudar para um nome feminino, e vice-versa. Assim, o conceito de “ele” não existe na natureza. Há apenas uma propriedade masculina ou feminina; parte feminina ou masculina.

[188306]

Da Lição de Cabala em russo 3/6/16

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Einstein E Cabalistas

Pergunta: Em que áreas você compararia Einstein com cabalistas?

Resposta: Einstein, bem como cabalistas, procurou uma única equação da natureza que poderia descrever todos os processos no mundo em todos os níveis.

Cabalistas vão além – Querem entender todos os processos, não só intelectualmente e “outros” em nosso mundo, mas também todo o resto dos mundos, juntos. Atingi-los totalmente e tornar-se esses processos – isso é – a equivalência com o Criador,ou se preferir, Deus, que é, na verdade, o objetivo da criação da humanidade. Todos nós temos que chegar a este nível, a compreensão e realização disso nesta encarnação ou em encarnações futuras.

Como Einstein, os cabalistas também acham que o campo – Luz, o pensamento da criação, o Criador, é primário, e os corpos, os desejos que aparecem, são secundários. Então a sabedoria da Cabala é envolvida com um estudo do próprio desejo humano e traz a pessoa a uma descoberta do campo, a Luz, o Criador, dentro dela.

Einstein não conseguiu alcançar isso porque ele pensou que era possível atingir a fórmula usando o intelecto, ao passo que a sabedoria da Cabala alcança isto através de uma mudança no desejo humano, ou seja, através da matéria.

[188293]

Da da Lição de 17 de junho de 2016

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Quem Vai Atravessar O Jordão?

laitman_740_02Torá, “Deuteronômio”, 3:23 – 3:25: Também eu pedi graça ao Senhor no mesmo tempo, dizendo: Senhor Deus! Já começaste a mostrar ao Teu servo a Tua grandeza e a Tua forte mão; pois, que Deus há nos céus e na terra, que possa fazer segundo as Tuas obras, e segundo os Teus grandes feitos? Rogo-Te que me deixes passar, para que veja essa boa terra que está além do Jordão, essa boa montanha, e o Líbano!

Pergunta: Moisés teve um caminho tão difícil. Ele levou seu povo de dura cerviz (obstinado) para fora do Egito e os trouxe à terra de Israel! Será que ele não merece o direito de entrar nela?

Resposta: Quando qualidades espirituais se vestem no povo, e o povo fala em seu nome enquanto as representa, realmente parece dramático.

Na verdade, Moisés vive em cada pessoa. Ao atravessar os estados espirituais, a pessoa eleva uma oração: “Dá-me força para continuar a me refazer até a equivalência completa com o Criador, a fim de ver a qualidade do amor”.

Mas a qualidade chamada Moisés em uma pessoa não pode tomar essa decisão, isto é, não pode atravessar o Jordão. A única coisa que está em seu poder é escalar o Monte Nebo, olhar de longe a terra de Israel, para executar uma correção através de sua visão ao olhar em volta de toda a terra do Líbano para as areias do Sinai, desde o monte Nebo ao ocidente, e para o mar, e abençoá-lo, ou seja, passar todas as suas qualidades para o próximo estado, o próximo grau.

Dessa forma, a qualidade chamada Moisés, que está em maior equivalência com o Criador, conclui os seus trabalhos sobre esse ponto, e, portanto, é dito que ela morre. As próximas duas forças se elevam ao invés dela: Josué e o povo de Israel.

Uma nova geração que nasceu no deserto sob o comando de Josué vai conquistar a terra de Israel. Portanto, agora é necessário começar novos problemas ideológicos e esclarecimentos. Moisés, porém, não tem nenhuma relação com isso.

Uma guerra com o novo nível egoísta chamado “terra de Israel” não é uma tarefa simples. É necessário corrigir, mudar, exaurir e matar sete qualidades básicas, as chamadas sete nações que vivem na terra de Israel. Apenas quando essa grande, feia e gorda camada egoísta é corrigida, é possível construir um templo, um vaso que será preenchido a fim de doar.

Pergunta: Acontece que os pastores estavam indo para a terra de Israel, e os lavradores os encontraram, certo?

Resposta: Sim, agora essas qualidades se comportam de uma maneira completamente diferente. Elas entram em um tipo totalmente diferente de trabalho, isto é, um trabalho com a terra e um trabalho com os inimigos. Nada pode ser evitado. É necessário arar a terra, matar os adversários, assentar-se em certa ordem em toda a terra, e restaurar as leis certas. Essa alocação em um novo nível espiritual é um trabalho especial, complicado.

É por isso que Josué, que aceitou a liderança de Moisés, é o conquistador, e Moisés é o professor.

De KabTV “Segredos do Livro Eterno” 10/02/16

Nova Vida # 589 – Superlotação Nas Salas De Aula

Nova Vida # 589 – Superlotação Nas Salas De Aula
Dr. Michael Laitman em conversa com Oren Levi e Yael Leshed-Harel

Resumo

Mesmo que o número de alunos em sala de aula seja reduzido, os problemas, que são a essência da educação, não serão resolvidos. O sistema educacional é especial porque pode plantar hoje os princípios da vida amanhã.

Nós devemos dar a uma criança uma educação que irá prepará-la para o mundo de amanhã. Para fazer isso, eu preciso ver o futuro. É como a preparação para um voo a Marte, onde todos os tipos de simulações são usados; é assim que devemos preparar os alunos para o mundo futuro.

O mundo está mudando rapidamente. Hoje, nós devemos dar aos nossos filhos as ferramentas que irão possibilitar que eles lidem com o futuro. O mundo está se tornando cada vez mais conectado. A relação mútua entre todas as partes da natureza – inanimada, vegetal, animal e todas as pessoas – está sendo criada. Nossas crianças precisam de ferramentas que possibilitarão que elas tenham as conexões corretas com os outros e com a natureza e a capacidade de ver tudo como uma imagem inteira.

Isso é muito importante em Israel, porque o mundo está nos esperando para dar o exemplo da forma futura de conexão. Quando as crianças estiverem conectadas, elas se entenderão, e terão uma boa conexão para que não sintam a falta de espaço e superlotação.

As escolas devem fornecer um “colchão de segurança” para os nossos filhos, na forma de preparação para a vida no mundo de amanhã. Com uma visão expandida, é possível ver que a Terra inteira está se tornando superlotada. Nós temos que aprender a se conectar o mais rapidamente possível.

Mesmo que os pais tenham muita pressão e encontrem um orçamento, em mais alguns anos vão descobrir que os problemas permanecem como antes. A pessoa deve deixar a escola enriquecida e cheia de todos os tipos de informações, com ferramentas para a vida. A nova educação deve transmitir a sensação de que quem está perto de mim está lá para o meu próprio bem; eles são os meus parentes e são amados por mim. A relação entre os alunos, a orientação dos professores, a atmosfera da sala de aula, isso é o que determina tudo.

De KabTV “Nova Vida # 589 – Superlotação Nas Salas De Aula”, 23/06/15

Descida – Subida

laitman_232_04Pergunta: Por que nós precisamos descer para subir mais alto uma e outra vez?

Resposta: Porque se não fosse a descida, não mobilizaríamos novos desejos, novos volumes vazios que podemos preencher com a nossa próxima subida e a revelação do Criador.

Essa é a razão dos estados constantemente alternados de descida-subida, descida-subida serem necessários. Além disso, a profundidade da descida é igual à altura da subida.

Da lição Cabalá em Russo 13/03/16

Ynet: “Como Construímos Jerusalém Se Há Uma Ruína Em Nosso Coração?”

Jerusalém, o Monte do Templo e o Templo incorporam dentro deles muito mais do que aquilo que vem à mente quando pensamos neles pela primeira vez. O seu significado espiritual nos leva ao entendimento necessário de que a conexão entre nós não é apenas para o nosso benefício, mas para o benefício de toda a humanidade.

Quarenta e nove anos atrás, paraquedistas entraram em Jerusalém, libertaram a Cidade Velha, e a uniram. Parece que não há nenhuma cidade do mundo em que cada pedra dentro dela está mergulhada em uma história tão importante para a formação da espécie humana. A cidade que dá esperança a um povo inteiro é hoje o foco de anúncios ultrajantes desprovidos de toda a lógica da UNESCO, de que “o povo judeu não tem nenhuma ligação religiosa com o Monte do Templo e o Muro das Lamentações”.

As organizações internacionais estão tentando cortar a conexão entre o povo judeu e sua herança. A UE intervém em todas as atividades na cidade, e devido ao ritmo dos acontecimentos, não se surpreenda se o mundo iluminado acordar amanhã de manhã e decidir que Jerusalém não está ligada à nação de Israel, e isso não significa apenas a separação de Jerusalém Oriental.

Incansáveis ​​esforços e dinheiro são investidos na criação de uma falsa consciência, que deve despertar essa questão no coração de cada um de nós: Como pode ser que a capital de Israel – uma cidade antiga que engloba em si a história abundante do povo de Israel, nossa religião e cultura, a cidade onde dois templos foram construídos e, infelizmente, também destruídos – é passível de ser apagada do mapa da terra de Israel? Em geral, de onde veio uma oposição tão determinada entre as nações do mundo para reconhecer Jerusalém como a capital de Israel? O que isso diz sobre a atitude negativa em relação a nós como povo?

Nós Temos a Chave para os Portões

A sabedoria da Cabalá mantém que a razão para essa perseguição está em não termos percebido nosso papel como povo, um papel que está enraizado em nós desde a natureza da criação, sobre cuja base o povo de Israel foi estabelecido. De acordo com a sabedoria antiga, a humanidade está ligada por uma rede de ligações mútuas. Nessa rede, o povo de Israel se destinava a ser “uma luz para as nações”, ou seja, ligado de modo que a força positiva que é inerente à natureza fosse transmitida ao mundo e funcionasse para conectar as pessoas e nações.

O mundo inconscientemente sente que a fonte de todo o mal e a raiz do sofrimento experimentado vem diretamente do fato de que o povo de Israel não realiza o seu papel. Esse sentimento continua a borbulhar cada vez mais, e está se cristalizando em uma agenda que se expressa nas tentativas de boicotar a nação de Israel. Vozes da comunidade internacional estão pedindo o reconhecimento de que o mundo estava enganado quando permitiu o estabelecimento da nação judaica no Oriente Médio e que talvez chegou a hora de tomar o cetro.

Rav Yehuda Ashlag (Baal HaSulam) escreve:

“O judaísmo deve apresentar algo novo às nações. Isto é o que elas esperam do retorno de Israel à terra! Não é por meio de outros ensinamentos, no que nunca inovamos. Neles, nós temos sido sempre seus discípulos. Pelo contrário, é a sabedoria da religião, da justiça e da paz. Nisso, a maioria das nações são nossos discípulos, e essa sabedoria é atribuída somente a nós. … ”

“Isso certamente provaria às nações o acerto do retorno de Israel à sua terra, mesmo para os árabes. No entanto, um retorno secular como o de hoje não impressiona as nações, e nós temos que temer que elas vendam a independência de Israel para as suas necessidades, sem mencionar o retorno para Jerusalém”. (Rav Yehuda Ashlag, Baal HaSulam, “Os Escritos da Última Geração”, Parte 1, Seção 12, pp. 75-76).

A UNESCO, a ONU, a UE e o resto dos organismos internacionais que nos protegem são uma espécie de reflexão para nós sobre a falta de cumprimento de nossa função. Em outras palavras, nós estamos determinando nosso destino com nossas próprias mãos. Se o mundo está exibindo tanto ódio e antissemitismo em relação a nós que negam a conexão entre o nosso povo e a nossa casa, isso depende apenas de nós. Em nossas mãos está a escolha para decidir o futuro de Jerusalém como a capital de Israel, para melhor ou para pior. O que cabe a nós é decidir implementar uma mudança essencial nas relações interpessoais entre nós, conectando-se como “um homem em um só coração”, em vez de cada pessoa estar preocupada apenas com ela mesma. Como resultado da força positiva que criamos entre nós, nós equilibramos as forças de separação e levamos a termo o sistema de conexão entre as pessoas. As forças de conexão entre nós, também vão permear as nações do mundo e obrigá-las a iniciar um processo similar, para nos conectar e reconhecer como a origem da ligação e bondade.

Jerusalém está edificada como uma cidade que é compacta” (Salmos 122:3)

De acordo com a sabedoria da Cabalá, há uma ligação paralela e direta entre o sistema chamado de terra espiritual de Israel e o estado da terra física de Israel. O desejo (Ratzon) que está no coração de uma pessoa é chamado de Eretz, a terra de Israel (Eretz Yisrael), que tem um desejo Yashar El (Direto a Deus), o que significa que tem desejos narcisistas, mas só de amor pelos outros (Os Escritos do Rabash). Jerusalém vem das palavras “Ir Shalem” (Cidade Perfeita/Plena) e Irah – (Medo), uma cidade que é construída sobre o medo da separação, representando o sentimento da necessidade em preservar a conexão aperfeiçoada entre nós.

No centro do medo compartilhado de Israel, bem no coração da conexão entre nós, um estrato espiritual único é revelado que é chamado de Monte do Templo. Nele, nós podemos construir o Templo, um termo para uma conexão mais interna entre nós, um desejo compartilhado por amor. No momento em que paramos de lutar pela conexão interna, as ligações começam a se desvencilhar, e o povo de Israel é expulso. Quando as raízes escondidas na terra são arrancadas, isso mata a árvore inteira. É assim que o primeiro Templo foi destruído, é assim que o segundo Templo foi destruído, e é assim que tem continuado até hoje. E essa não é a destruição de um edifício construído em madeira e pedra, mas a destruição da rede de amor entre nós que se conecta em um. Isso porque “A casa [Jerusalém] foi arruinada por causa do ódio infundado” (Rabbi Israel Segal, Netzah Israel, Capítulo 4).

A mesma regra se aplica em nossos dias, “De acordo com a conexão do povo de Israel e seu despertar para o amor e o medo, Jerusalém é construída” (Koznitzer Maguid). Jerusalém será construída apenas quando a estabelecermos pela primeira vez em nossos corações com as relações corrigidas de conexão e amor. Até então, o ódio infundado vai continuar, e Jerusalém continuará como a capital em ruínas até lá, como uma cidade dividida, cheia de conflitos e derramamento de sangue, pois em vez de um lugar onde mora o amor, depois da destruição, o poder de separação e ódio domina.

“O Messias se senta na porta de Jerusalém e espera que as pessoas sejam dignas de redenção. Ele está algemado e precisa de pessoas completas para libertá-lo de suas correntes. … Agora ele almeja homens de verdade” (Ditos do Rabino Menachem Mendel). A sabedoria da Cabalá, a sabedoria da verdade, é um método que nos ensina como conectar e aplicar a regra geral: “Amarás o teu próximo como a ti mesmo” (Levítico 19:18). Com a ajuda do poder de conexão, nós podemos realizar o nosso papel como uma nação e restaurar o conceito espiritual de Jerusalém para toda a sua glória.

Então, Jerusalém será a capital do amor para toda a humanidade. Como está escrito: “No futuro, Jerusalém será como todos de Israel, e Israel será o mundo inteiro” (o Yalkut Shimoni). Então o mundo vai entender as palavras dos profetas: “… pois a minha casa será chamada de casa de oração para todos os povos” (Isaías 56:7), e “porque todos me conhecerão do menor ao maior” (Jeremias 31:33).

O que mais os sábios da Cabalá escrevem sobre Jerusalém?

Do artigo no Ynet 02/06/16

Prazer E Vazio

laitman_538Pergunta: Qual o benefício das pessoas se desenvolverem espiritualmente, se elas puderem, e assim receber o máximo de prazer no mundo físico?

Resposta: Se elas podem obter prazer, deixe-as viver do jeito que se desenvolvem. O Criador desenvolve gradualmente os sentidos egoístas de uma pessoa até que ela perceba que sua existência é insignificante, temporária, e não carrega qualquer significado.

A sabedoria da Cabalá não apela às pessoas que ainda estão satisfeitas com os prazeres físicos. Pelo contrário, os Cabalistas a esconderam por muitos anos, até que chegamos à “fronteira” no âmbito da crise geral mundial, que só agora está começando a se desenvolver de forma significativa.

A crise nos leva a um estado em que temos que responder à pergunta sobre o sentido da vida. Sem ela ninguém desejaria existir: “dá-me a resposta a essa pergunta, ou vou me matar”.

A pessoa vai sentir a finitude, a limitação, a nulidade de todas as realizações físicas passadas, tanto que não vai querer nada, mesmo se um tremendo prazer estiver “brilhando” na frente dela.

A razão das pessoas estarem se deprimido e precisando de drogas é porque elas não querem lidar com esse estado alternado de vazio e recepção de prazer, recepção de prazer e vazio. Elas não veem qualquer sentido nisso. Elas preferem se injetar com alguma coisa e desligar.

Nosso desenvolvimento não nos permite viver como uma criança que constantemente goza de várias coisas vazias. Assim, nós chegamos a um estado onde a sabedoria da Cabalá está começando a se revelar para a humanidade.

Da Lição de Cabalá em Russo 21/02/16