Exílio: À Beira Da Luz E Da Escuridão, Parte 3

laitman_749_01Pergunta: Será que os judeus permanecem como um só povo no sentido espiritual da palavra após a destruição do Primeiro Templo?

Resposta: Eles estavam conscientes de sua incapacidade de resistir ao egoísmo que os controlava. Este fato está documentado em livros históricos e crônicas.

Há muitos materiais que cobrem o assunto. Eles foram escritos no passado remoto pelos participantes imediatos dos eventos, não por pesquisadores contemporâneos.

Os judeus eram uma nação altamente alfabetizada. Eles passavam seus conhecimentos de geração em geração. Seus escritos foram preservados, sistematizados e classificados. Assim, eles foram bem conservados por séculos.

Por isso, o povo percebeu claramente: “Não existe um Criador entre nós!”.

Pergunta: Ainda assim, o que eles levaram para o exílio? O que eles carregam com eles? Anteriormente, eles observavam os princípios de Abraão, mas o que eles levaram depois que ocorreu o colapso?

Resposta: Eles se lembravam de sua história muito bem. Não é que eles eram totalmente inconscientes, como se tivessem sido atingidos na cabeça. Além disso, a queda nunca acontece de imediato; ela se desdobra gradualmente, as pessoas lentamente esfriam, deixam seus estados anteriores para trás, e continuam a fazer tentativas frustradas de voltar para seus estados anteriores.

Nós nos esforçamos nos agarrando ao nosso passado, mas somos incapazes de fazer isso. Ao mesmo tempo, fazendo tentativas de voltar a ele, mesmo que não alcancemos resultados, continuamos a explorar e rever nossos estados anteriores, mantendo-os em nossa memória.

É semelhante à distribuição da Luz num Partzuf e sua posterior saída dele: TANTA. No último estágio, quando tudo o resto já se foi, tudo o que resta são lembranças (Reshimot). No entanto, nesta fase, elas são bastante frescas e são chamadas de vasos (Kelim). Estes tipos de vasos estão corretos. Eles refletem as sensações certas, as definições do que está acontecendo dentro de nós; só neste momento, a pessoa percebe que estado se encontrava antes. Na época que estávamos naquele estado, nós não entendíamos o que isso realmente significava para nós.

Isso acontece na vida cotidiana também. Muitas vezes, nós dizemos a alguém: “Você vai se lembrar dessa situação e a compreenderá de forma diferente depois” Portanto, alguma coisa sempre fica quando perdemos nossas situações passadas e quando não está em nosso poder interromper a tendência das perdas.

De KabTV “Babilônia Ontem e Hoje”, 03/09/14