Textos arquivados em ''

Quanto Mais Impenetrável A Escuridão, Mais Brilhante A Luz

laitman_236_01As cabanas durante o feriado de Sucot simbolizam nosso abraço com o Criador. Nós chegamos à conexão com Ele através da ajuda de uma iluminação circundante especial chamada Sucá (cabana).

Nós trabalhamos diante do Criador, adaptando-nos a Ele, e essa relação é descrita como as ações de uma pessoa com quatro espécies de plantas (arba’a minim) na cabana, ou seja, na Luz Circundante (Ohr Makif).

A fim de alcançar a conformidade com o Criador, eu carrego etrog (fruto cítrica) numa das mãos e, na outra, lulav, hadassim e aravot (um ramo de palmeira, três ramos de murta e dois ramos do salgueiro). As três últimas espécies representam as minhas propriedades que eu preciso coordenar com o Criador.

  • Três ramos da murta (Sefirot Hesed, Gevurah e Tiferet)
  • Dois ramos do salgueiro (Sefirot Netzach e Hod)
  • Um ramo de palmeira (Sefira Yesod)
  • Etrog (Malchut)

Juntando-as ao longo dos sete dias da festa de Sucot, eu me apego a essa unidade em pensamentos e desejos, conectando-me desta forma ao Criador no fluxo da Luz. Afinal de contas, as Luzes também vêm gradualmente e são chamadas pelos mesmos nomes: Hesed, Guevurah, Tiferet, Netzach, Hod, Yesod, e Malchut.

Como resultado, se eu uso tudo o que me é dado de maneira correta, então eu me corrijo e chego a um abraço completo com o Criador, que é chamado de “Alegria da Torá” (Simchat Torá), já que usei toda a Luz Circundante que estava agindo em mim, me ajudando a alcançar a adesão. A Luz que me corrigiu e me levou à adesão com o Criador é chamada agora de Torá.

Como está escrito: “Eu criei a inclinação ao mal, eu criei para ela a Torá como tempero, pois a Luz nela reforma”. A inclinação ao mal é essa própria camada de ocultação. Eu uso todas as Luzes que vêm a mim, e graças a isso elas que convertem essa exata ocultação em revelação, e onde a ocultação era maior, mais profunda e escura, mais Luz é revelada.

É assim que eu venho para o feriado de Simchat Torah, a explosão de alegria que vem imediatamente após Sucot.

De Kab Tv “Uma Nova Vida” 05/10/14

Antecipadamente

laitman_527_03Como está escrito: “Não há outro além Dele”. Todo o nosso trabalho está focado nisso. Em cada ação que realizo, cada sentimento, cada desejo, cada pensamento, eu quero revela-Lo, Aquele que me envia tudo isso.

Ele é o organizador, o verdadeiro executor. Tudo o que eu faço, de fato, Ele o faz através de mim, e eu tenho que descobrir como Ele está trabalhando em mim, como a força superior, o Criador, agindo como um “derivado” na criatura.

Ao chegar a isso, eu alcanço a adesão. Ao experimentar a ação, eu concordo com o que o Criador faz através de mim, e então eu me torno um todo com Ele.

No caminho para a adesão, eu passo por um monte de resistência, eu sou especialmente enviado para a ocultação e de várias formas. Isto me permite, nos mínimos detalhes, alcançar a sintonia com o Criador, fundir-me com Ele, aderir a tal ponto de não sentir sequer Aquele que produz os meus pensamentos, ações e desejos dentro de mim, mas eu, eu mesmo, como se estivesse a frente de Sua criação; tudo isso é porque eu estou na adesão com o Criador e O conheço.

De KabTV “Uma Nova Vida” 05/10/14

Onde Nós Podemos Encontrar A Conexão Entre Nós?

laitman_938_04Pergunta: Nos workshops nós chegamos a tal conexão em nossas dezenas (Grupo de Dez) que uma questão emerge. O que mais pode ser feito? O que mais podemos acrescentar a isto?

Resposta: Eu acho que é impossível que nós nos aproximemos mais uns dos outros por nossa conta. Nós experimentamos o limite da aproximação por conta própria e agora precisamos atrair o Criador a isso.

Nós passamos por uma fase de sentimento e entendemos o que significa ser um todo até certo ponto, e agora temos que aprender o que é a força superior, tentar senti-la, entrar nela, e dissolver-se nela com toda a dezena, para que ela nos governe. Quando nós estivermos totalmente mergulhamos nela, vamos encontrar a conexão entre nós lá.

Pergunta: O que significa atrair a força superior? É em pensamentos ou ações?

Resposta: Nós, coletivamente, precisamos imaginar a nós mesmos como existindo na propriedade da completa doação que governa sobre nós, nos envolve e nos governa. Ao me aproximar do meu amigo e desejar me tornar incluído nele, eu me preparo para que o Criador desça sobre mim. Isso precisa ficar claro no sentimento, e não nas ações.

Da Convenção em São Petersburgo 21/09/14, Lição 5

Consolidar Corações

Laitman_931-01Pergunta: Quando nós tentamos medir o desejo de um amigo por nós mesmos, para entrar nele, uma força de oposição começa a agir dentro de nós. De onde vem o segundo poder equilibrante que nos ajudará a “entrar no amigo”? O que nos falta?

Resposta: É necessária uma força estranha externa que esmague o nosso ego. Nós vemos que não estamos consolidados em nossos corações. É impossível raspar a membrana do coração. Este saco cheio de sangue ferve e bate dentro de nós, medindo cada segundo de vida que resta e não podemos fazer nada com relação a isso. O que é necessário é uma força externa que conecte nossos corações.

É possível atraí-la apenas através da intenção correta, enquanto se estuda as fontes Cabalísticas autênticas pelo Baal HaSulam e o Rabash. Portanto, nós devemos constantemente tentar, tentar, e tentar fazer isso. Não há outras possibilidades.

Todos vocês devem tentar juntos para anular o muro de ferro que existe entre vocês. Vocês sentem o quanto ele separa seus corações. Portanto, tentem rompê-lo!

Da Convenção em São Petersburgo 21/09/14, Lição 5

Tudo É Determinado Pela Importância Da Meta

laitman_527Pergunta: Como a pessoa constrói corretamente o desejo de “receber em prol da doação”?

Resposta: Receber em prol da doação é uma coisa extremamente difícil e não vale a pena pensar nisso por enquanto. Nossa primeira tarefa é subir acima do nosso ego. E nós devemos usar o nosso ego e mais “em prol da doação”, esta é uma ordem muito alta.

Comentário: Mas, deixar a própria natureza não é menos do que uma “ordem muito alta”.

Resposta: Não, é muito menor. Tudo começa com a pessoa se anulando no que diz respeito ao grupo. Crescimento e acúmulo da importância da meta, o nível chamado de Lo Lishma (não em Seu nome), acontece enquanto ela ainda está dentro do ego, mas aos poucos avança para se afastar dele.

Fugir do ego é chamado de cruzar o Machsom (barreira), um limite condicional entre os dois mundos, físico e espiritual. Mais a pessoa começa a subir em níveis de “doar em prol da doação”, chega ao quinto e máximo nível e só depois ao nível de “receber em prol da doação”.

Pergunta: E se eu não tenho um desejo de estar integrado com os outros, o que acontece então?

Resposta: Ninguém tem esse desejo. Mas a necessidade obriga. Se você quiser atingir a meta da vida, você precisa passar por tudo isso, e se não, então você terá que passar por isso contra a sua vontade. Inicialmente você não tem nenhum desejo de trabalhar contra o ego, você é uma pessoa totalmente saudável. Mas a importância da meta obriga você a começar a trabalhar contra ele.

Da Convenção em São Petersburgo 21/09/14, Lição 5

No Nível Físico

Dr. Michael LaitmanPergunta: Se alguém no nosso Grupo de Dez está doente e sofrendo, nós podemos ajudá-lo de alguma forma?

Resposta: Vocês devem ajudá-lo no que for possível.

Um grupo de dez é Arvut: um por todos e todos por um. É um claro entendimento de que somente juntos podemos atingir a meta e que cada amigo é mais importante para mim do que eu mesmo.

Pergunta: E assim ele se torna saudável?

Resposta: Se vocês quiserem muito isso, sim.

Comentário: Talvez haja algum tipo de algoritmo sobre o que pensar. Informe-nos sobre o que é importante para que a pessoa realmente se trone saudável.

Resposta: Eu não posso fazer isso porque todos os seus algoritmos serão egoísta. Nós não estamos no mesmo nível, de modo que os nossos pedidos ao Criador e nossos pedidos pela saúde do amigo serão capazes de ser integrados. No entanto, eles não podem ser integrados. Portanto, eu não posso falar sobre algo que é mais do que isso para que vocês não comecem a usar egoisticamente tudo o que vem a sua mente.

Vocês devem ajudar o amigo na cura ou estabilização de problemas internos através de seus bons desejos e intenções no nível físico normal.

Da Convenção em São Petersburgo 21/09/14, Lição 5

Atrair A Luz Da Correção Para O Meu Convidado

laitman_921Pergunta: A ideia de que a sombra da Sucá simboliza a necessidade de se contentar com pouco me assusta porque eu quero sentir que estou no mundo do Infinito, que é cheio de amor e forças de doação. A qual restrição ela se refere?

Resposta: O mundo inteiro está aberto diante de você. Continue. Volte já ao Criador! Sucot é apenas o começo do ano.

Ainda há muito mais estados à frente em que você vai trabalhar duro. Depois de Sucot, há o feriado de Simchat Torah (alegrar-se com a Torá), e depois há Chanucá, o “Festival das Luzes”, quando a nossa correção prática para a doação começa.

A luz de Chanucá simboliza a doação completa, e por isso é impossível usar as velas de Chanucá para a luz, mas apenas para vê-las. Como está escrito: “Estas velas são santas”, e Santidade é doação. Depois, nós alcançamos uma correção ainda maior e chegamos ao feriado de Purim.

Purim é diretamente oposto ao Yom Kippur (Kippurim). No Yom Kippur, nós decidimos que não podemos fazer nada com nossos desejos terrivelmente egoístas. Em Purim, todos eles são corrigidos, a tal ponto que deixamos de esclarecê-los. Nós podemos comer e beber tanto quanto quisermos, e temos a certeza de que é para doar e que tudo vai dar certo para o melhor.

Pergunta: Como é que uma Sucá que construímos no quintal simbolizar a Sucá que devemos construir em nosso coração?

Resposta: A construção de uma Sucá no coração significa criar as condições para que o nosso desejo de receber seja corrigido pela Luz Circundante, o que significa que todas as nossas intenções serão focadas em benefício dos outros.

Por isso, costuma-se convidar pessoas e receber visitas muito honrosas na Sucá: Abraão, Isaac, Jacó, Moisés, Arão, José e Davi. Eles simbolizam as Luzes que vêm e corrigem a pessoa.

De KabTV “Uma Nova Vida” 02/10/14

Exílio: À Beira Da Luz E Da Escuridão, Parte 5

Dr. Michael LaitmanPergunta: Como ocorreu o exílio das duas tribos? Elas estavam “ligeiramente em contato” com a “Babilônia”, sem “dissolver-se” completamente nela?

Resposta: Sim. Este estado das coisas continuou por dois mil anos. Se elas vivessem totalmente separadas, isoladas do resto da humanidade, ninguém jamais iria “pegá-las”. No entanto, isso é impossível por razões espirituais. Elas tiveram que se conectar com outras nações, levando a humanidade à futura subida, à próxima “iluminação”.

É por isso que o governo superior “prolonga” as coisas de forma que elas involuntariamente fossem forçadas a viver em outras nações e, de certa forma, transferissem a sabedoria a elas. Os judeus sempre eram médicos, funcionários, etc. Eles iniciaram o sistema bancário e várias tecnologias. Tudo começou com eles.

Pergunta: E enquanto eles estavam num estado de unidade, eles não estavam no exílio?

Resposta: Isso mesmo. Eles entravam em um ou outro país pobres e maltrapilhos, amontoados. Eles eram aceitos dessa “forma”. Por ora, tudo corria bem e eles levavam uma vida tranquila e pacífica.

No entanto, tão logo eles se estabeleciam e, mais importante, ficavam cada vez mais ricos, a distância entre eles crescia. O nível de igualdade e fraternidade entre eles rapidamente diminuía. Havia judeus ricos e pobres. O “bisturi” que os separava aprofundava ainda mais a lacuna criada entre eles. Os problemas então surgiam e eles imediatamente se tornavam odiados até serem expulsos dos países em que viviam.

Nós podemos traçar um paralelo com o exílio egípcio. Em primeiro lugar, os judeus receberam a terra de Goshen, um pedaço de terra fértil e começaram a desenvolver o país. Este período é descrito como “sete anos de saciedade”

Então, por que os “sete anos de fome” vieram? Por que o novo governante do Egito os intimidou? Por que os egípcios odiavam os judeus e os forçaram a sair do país?

Isso aconteceu porque os judeus ficaram “gordos”. Foi resultado de sua “conformidade” com o egoísmo durante os “sete anos de saciedade”, no momento em que a influência judaica era muito alta no Egito. Eles “se venderam” ao egoísmo. Assim que chegaram ao nível máximo de egoísmo, “sete anos de fome”, o período de supressão e subjugação começou. Este período terminou com a “expulsão” dos judeus do Egito.

Em essência, os mesmos processos ocorreram em outros países. O último exemplo, o mais marcante, é a Alemanha. Lá, os judeus realmente se esforçaram em ser como os alemães. Eles eram advogados, médicos, políticos. Um deles tentou seriamente se tornar chanceler. Nós todos sabemos o resultado.

Pergunta: Como as duas tribos sobreviventes expulsas viviam na Babilônia? Em essência, o antissemitismo que acompanha os judeus até hoje não nasceu naquela época?

Resposta: De modo geral, o antissemitismo teve origem na antiga Babilônia, a partir do momento em que grupo de Abarão pretendeu sair, ficar longe de lá. Assim, a mesma situação repetiu-se no Egito e, mais uma vez, durante o exílio babilônico. Trata-se do mesmo estado de equilíbrio ou ausência de equilíbrio entre a Luz e o desejo.

No entanto, a primeira manifestação aberta de antissemitismo aconteceu na Babilônia na época de Nabucodonosor, após a perda do Templo. A verdade é que os judeus não foram expulsos de lá; em vez disso, os termos do exílio expiraram. Depois que Hamã fez uma tentativa frustrada de exterminar todos os judeus do país, o novo rei Ciro, filho de Ester, patrono dos judeus, chegou ao poder. A propósito, durante o exílio babilônico a rainha da Babilônia era uma mulher judia. Então, seu filho Ciro ajudou os judeus a retornarem a Israel e deu-lhes tudo o que precisavam para ressuscitar o Templo.

Era o tempo dos profetas que compartilharam o exílio com seu povo e saíram do exílio com eles. Naquela época, as pessoas estavam num nível espiritual, não no poder da escuridão total, como aconteceu mais tarde.

De KabTV “Babilônia Ontem e Hoje” 03/09/14, Parte 5