Pergunta: É possível reunir representantes de diferentes classes sociais nas mesas redondas? Eles não rejeitariam um ao outro porque não são iguais?

Resposta: Na mesa redonda, as pessoas precisam se sentir iguais. Não somos todos iguais por natureza, mas isso não depende de nós. Volte-se ao Criador que nos criou assim. Em todos os outros aspectos, somos iguais. Nós viemos aqui e ninguém deve se sentir como não convidado, desfavorecido ou falho.

Portanto, eu sempre insisto que as pessoas têm condições iniciais absolutamente iguais, e a única coisa que deve ser corrigido entre elas é que todas se elevem acima de seu próprio egoísmo, para o estado de uma plataforma comum. Acredito que pelo menos na primeira fase, quando ainda estamos criando mesas redondas, nós temos de torná-las tão homogêneas quanto possível.

Se nós não as formarmos de acordo com uma qualificação de propriedades ou em qualquer outra base, você pode ter problemas. Afinal de contas, pessoas muito diferentes mal conseguem se entender. Por isso, deve haver pelo menos alguma conexão preliminar entre elas.

Portanto, é desejável selecionar as pessoas que são semelhantes entre si. Então será mais fácil para elas se conectarem. As pessoas carregam com elas as várias convenções sociais que acumularam ao longo de suas vidas. Durante a vida, as pessoas desenvolvem todo um quadro conceitual, e cada uma viveu em tais condições diferentes que as pessoas dificilmente conseguem se entender.

Eu sou a favor de reunir pessoas iguais em mesas redondas. Um gerente, seu vice, um funcionário e uma faxineira não podem sentar na mesma mesa e ficarem livres para discutir. Temos de levar em conta o que as pessoas trazem para a mesa. Não acredito que no mundo real possamos conectar pessoas tão opostas como o presidente e a faxineira, e eu não gostaria de tentar estas experiências; isso seria uma falta de compreensão pela faxineira e humilhação para o presidente.

Compreensão e unidade é possível apenas se as pessoas já subiram ao nível em que já sentem igualmente a necessidade do outro e se complementam totalmente. Nossa missão é trazê-las a este nível. Depois, elas experimentarem valores completamente diferentes que extrairão da mesa redonda comum, então é uma questão diferente. Mas isto deve acontecer.

Da KabTV “Através do Tempo” 15/09/13

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Pergunta: Hoje em dia existem muitos casais que vivem juntos sem estar casados ​​formalmente. É possível trabalhar com eles como se fossem casais formais?

Resposta: Se eles têm uma casa comum, uma preocupação comum, uma “conta” comum, talvez até mesmo filhos, que diferença faz se eles fizeram um Huppah ou foram para o Rabbanut ou juraram um ao outro sob a lua? Eles são considerados como um casal, pois todos os reconhecem como marido e mulher, eles são uma família.

Eles podem até mesmo entrar com uma ação no tribunal para a distribuição da propriedade; Não faz diferença se eles estão oficialmente casados ​​ou não. As testemunhas completam a assinatura que falta.

Pergunta: Há pessoas que viveram casadas ​​por 15 – 20 anos, tiveram filhos, mas vivem separadas.  Na verdade, psicologicamente elas são consideradas como um casal, mas que têm uma casa de família separada. Será que as pessoas como estas serão convidadas a workshops?

Resposta: Eu acho que é possível, porque elas também se sentem como uma família. Simplesmente, o nosso ego, hoje, é tão grande que não pode suportar alguém perto dele. Mesmo que elas tenham uma única casa, muitos homens muitas vezes dormem em outro quarto e as mulheres entendem isso, e ela mesma não quer vê-lo perto dela tanto assim. E as crianças certamente têm quartos separados. Isto é, nos transformaram em individualistas notórios.

Portanto, se elas têm uma preocupação comum e esta preocupação é permanente, e ainda estão ligadas a crianças em comum, então são consideradas uma família. [Leia mais →]

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Comentário: Há não muito tempo, provou-se cientificamente a existência da inteligência do grupo. Várias das principais universidades dos EUA organizaram um experimento no qual dividiram as pessoas em pequenos grupos. Foi estabelecido que um dos fatores essenciais que influenciou o resultado foi a quantidade de mulheres no grupo. Talvez você possa responder a isso.

Resposta: Eu não conheço estes experimentos. Por isso, não posso responder sobre eles. Eu, pessoalmente, não tenho dados sobre este assunto.

Eu só posso dizer uma coisa: uma vez que a nossa sociedade é composta principalmente de mulheres, certamente precisamos incluí-las nas discussões. Os grupos poderiam ser divididos em grupos de homens, mulheres e mistos.

A ideia é que o desejável é dividir os grupos compostos por dez pessoas de acordo com o sexo. Apesar de tudo, as diferenças entre os sexos influencia o curso do nosso pensamento muito significativamente e, portanto, é necessário tentar fazer isso para que os homens não desviem a atenção das discussões, porque eles se sentem obrigados a desempenhar um papel particular no que diz respeito às mulheres ou as mulheres quanto aos homens.

Nós precisamos adaptá-los a esse tipo de condição, em que eles não vão prestar atenção ao caráter sexual um do outro, mas verão apenas amigos na frente deles, a fim de formar um novo nível de relações mútuas que não depende dos relacionamentos sexuais. Com a palavra “sexo” estou me referindo às características tanto físicas como mentais, tudo que está ligado aos termos “homem” e “mulher”. Isso não é apenas externo, mas uma imagem completa: a forma de pensamento, a abordagem, tudo. Nós somos muito diferentes uns dos outros.

Portanto, primeiro é necessário realizar workshops separados para homens e mulheres, e apenas depois disto, na medida em que eles se elevam acima de si mesmos e se conectam a importância da tarefa, será possível ter grupos mistos. Isto só acontecerá depois de se discutir muitas vezes questões sobre educação, conhecimento, relações dentro da sociedade, relação da pessoa com a natureza, ou melhor ainda, o que é desconfortável para eles.

Se uma mulher está na minha frente, eu imediatamente passo para outro nível de comunicação. Eu tento não machucá-la, tento me relacionar com ela com respeito, em algum tipo de discussão nesse meio tempo, escutar… Este é um sistema completo. Níveis completamente diferentes de comunicação estão incluídos aqui, que não estão em conformidade com o intelecto, e nem com a natureza essencial. Nós somos diferentes e um adaptador especial de comunicação surge entre nós. Nós precisamos superar essa diferença para que ela não venha a existir nesta forma, de modo que olharei para uma pessoa com quem estou conversando como “unisex”. Isso significa que nos tornamos iguais em tudo, apesar de nossas diferenças físicas.

Às vezes é o contrário: suponha que quando estamos discutindo questões como família, nós precisamos “destacar” os problemas. Então, nós já não somos iguais em construir algo maior, que esclareça de que forma ainda permanecemos desiguais no nível da nossa unidade integral: homens – mulheres, marido – esposa. Afinal de contas nós não nos elevamos completamente sem um corpo! Nós subimos dentro da nossa natureza e isso nos dará toda uma gama de problemas. Nós esclarecemos diferenças entre homens, mulheres e crianças num formato diferente de “mesa redonda” e, gradualmente os levamos para onde eles subirão acima de suas diferenças e começarão a trabalhar para o bem do próximo objetivo, a unidade integral.

De KabTV “Sabedoria das Massas” 14/05/13

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Pergunta: Depois das aulas de educação integral, as pessoas se sentam em círculos e começam a discutir os problemas. Como isso é feito?

Resposta: Geralmente, uma aula com apresentação de clipes, imagens, e até mesmo intervalos, dura no máximo uma hora; mais do que isso seria difícil para as pessoas continuarem nela. Depois disso, elas devem internalizar o material que aprenderam.

Após a palestra, vem o workshop, que deve incluir aquelas questões que foram abordadas durante a palestra, talvez de uma forma um pouco diferente. Então, todo mundo vai internalizar as questões, as pessoas precisam falar sobre elas com os amigos nos círculos. Elas precisam ser discutidas, sentidas na forma de perguntas, na forma de dúvidas, na forma de alguma direção, intenção, de modo que as pessoas possam chegar a essa opinião que queríamos trazê-las desde o início, mas agora por meio de discussões com outros.

Desde o início nós podemos dizer à pessoa que mesmo que ela não concorde com algo, agora deve dar uma importância secundária à sua discordância. Suponha que ela tenha preconceitos prévios provenientes da sociedade na qual foi educada e viveu. Ela deve deixar esses preconceitos de lado e tentar, por outro lado, ser advogada da nossa opinião e convencer todo mundo de que o futuro, que estamos agora ansiando, é o único correto e possível a partir da atual condição em que existimos agora. Nós lhe daremos tempo para isso, alguns conselhos, e realizaremos uma discussão com esse espírito.

Ou seja, nós não estamos tentando levar os alunos a uma discussão, mas sim colocá-los num estado onde eles vão imaginar o próximo mundo, o próximo estado, brincar com ele, protegê-lo, e convencer os outros de que isso está certo. Por meio da discussão a pessoa começará a ver gradualmente que realmente concorda com isso. Por isso, nós sempre orientamos o aluno a não ficar resistente e na defensiva, não discutir; mas sim, nós o dirigimos com influências positivas a subir para o estado em que queremos levá-lo.

Pergunta: É possível usar o método integral para resolver problemas específicos?

Resposta: Quando nós começarmos a usar o método integral, problemas específicos serão resolvidos por conta própria. Se eu chego a um grupo onde há diferenças de opinião e problemas, eu não falo sobre eles, eu não toco neles. De nenhuma maneira eu vou despertar a “besta” que fica em cada um deles, pois um “fósforo” pode incendiar todo mundo. Esta seria a abordagem errada. Somente ao nos livrarmos (abandonarmos) de todos os problemas, é que nos dirigiremos à nossa conexão.

De KabTV “Sabedoria das Massas” 14/05/13

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Pergunta: A criança que quer ser desenhista anseia por seu objetivo e, portanto, brinca com isso. No entanto, quando nós começamos a trabalhar com um grupo numa fábrica – começamos a aprender, imaginar ou jogar – este grupo não tem motivação. Não há sequer a necessidade em se tornar integral. Não há necessidade para que eles próprios se anulem. Além disso, eles explicam que, “É o mundo que está quebrado. Eu estou bem”!

Resposta: Isso não importa. Afinal de contas, é por isso que não estamos realizando workshops para iniciantes. Primeiro, nós temos conversas com eles, incluindo perguntas e respostas. Eu não começo com discussões e argumentos acolhedores, porque eles devem confiar em pessoas que tenham conhecimento sério. Por isso, o nosso sistema é composto de aprendizagem e workshops.

Desta forma, a primeira parte é informativa, onde, ao mostrar todos os tipos de clipes e fotos, você pode explicar aos participantes com exemplos específicos o que está acontecendo na natureza, conosco, em direção a que nós estamos avançando, e como é obrigatório e imperativo tudo isso para a nossa salvação.

A motivação é muito simples aqui. A cada dia nós estamos descobrindo cada vez mais ameaças do mundo que nos rodeia, da natureza, e assim por diante. Se não nos unirmos de forma séria e integral, há uma ameaça para as nossas vidas proveniente de um desastre ecológico vindo de todo o mundo, não só da sociedade humana.

Isso também precisa ser explicado sem ameaças. Pelo contrário, todos os tipos de especialistas devem ser convidados ou entrevistados, onde eles explicam a necessidade da cooperação integral mútua entre os seres humanos e entre estes e a natureza.

Nós precisamos lhes dar uma visão geral do que está acontecendo.

Eu entendo muito bem que a pessoa está muito longe deste quadro geral. Ela não está preocupada com nada além do que lhe diz respeito no momento atual. Ela não quer ver além do seu nariz, e ela está certa! É assim que ela foi criada! Portanto, ela vê diante de si um vasto mundo que não parece depender dela. Ao contrário, ela está incluída nele só porque precisa viver sua vida e nada mais que isso.

No entanto, sem ameaças, mas por meio da educação, nós mostramos que o problema já está batendo em sua porta, de modo que ela vai começar a refletir e pensar nisso.

De KabTV “Sabedoria das Massas”, 14/05/13

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Pergunta: Uma pessoa comum consegue tudo de um modo particular: Por que agora eu preciso sair para um nível integral? O que é essa transição? Na verdade, esta é uma transição de uma multidão comum para uma multidão com a consciência integral.

Resposta: Essa é uma transição para a unidade. É muito importante que a pessoa modifique a sua natureza. Ela deve viver por outras leis e deve considerar aqueles ao seu redor, como considera a si mesma. Ela deve entender e sentir que isso é bom.

Portanto, nós devemos incorporar workshops e palestras, ou o workshop deve vir após uma conversa, quando os participantes do workshop começam a discutir entre eles o que dissemos. Em primeiro lugar, eles confirmam que isto é realista. Por outro lado, eles confirmam que isso é desejável. Junto com isso, através da sua partilha e da discussão de tudo num grupo de dez, eles estão usando a inteligência comum do grupo.

No entanto, eu não acho que uma sociedade como esta exista hoje. Certamente, depende para que tipo de evento você está indo. Por exemplo, se você for a um grupo de mineiros de carvão no Chile ou Venezuela, é muito provável que eles ainda não entendam isso. Isso não chegou a eles ainda, enquanto na América do Norte e na Europa, a pessoa já pode falar seriamente sobre a crise, sobre como ela se sente, sobre a necessidade de resolvê-la e assim por diante. As pessoas já estão sentindo várias ameaças internamente. Portanto, elas não têm quaisquer problemas específicos em serem motivadas.

De KabTV “Sabedoria das Massas”, 14/05/13

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Pergunta: Se uma pessoa tem um problema de saúde e vai ao médico, ela recebe uma receita para determinado medicamento e, em seguida para outro, depois outro, e assim por diante. O princípio da integralidade está baseado no fato de que a doença é a sábia resposta natural do corpo aos atos errados de uma pessoa; se a pessoa muda, ela não precisa depender da medicação. Este princípio foi utilizado pela medicina chinesa antiga, que se preocupava com o equilíbrio do corpo de uma pessoa, entre a pessoa e a natureza, entre ela e outras pessoas, e entre a pessoa e ela própria. Então, como podemos chegar a um equilíbrio entre a pessoa e a natureza?

Resposta: Em primeiro lugar, as pessoas devem aprender os princípios da educação integral. Elas devem saber o que o significa o homem, a natureza e o equilíbrio entre o homem e a natureza, o que significa uma sociedade, o equilíbrio entre a pessoa e o ambiente social que a rodeia, e sobre o equilíbrio com a sociedade, com a família, e consigo mesma.

Tudo isso é a educação integral, e inclui um grande conhecimento. Basta, no entanto, ensinar à pessoa a base para a compreensão dessas categorias, sem entrar em grande profundidade, de modo que ela vai entender o que deve fazer.

Depois disso, nós devemos realizar workshops e cursos de formação onde as pessoas vão aprender o que significa realmente o equilíbrio com o ambiente. Este equilíbrio é construído sobre o princípio simples dos vasos comunicantes: em cada sociedade, há penetração mútua quando as pessoas se conectam. Assim, se numa área há excesso de temperatura, pressão, ou outros parâmetros, eles penetram nos lugares onde existe uma falta disso, de acordo com o tamanho, o volume, a força, e a intensidade. Estes processos de penetração mútua ocorrem até que o equilíbrio absoluto em todas as áreas da sociedade seja atingido.

Isso acontece em todos os níveis da natureza: mental, psicológico, físico, intelectual, entre outros.

Portanto, todo o nosso treinamento é baseado na noção de permitir que as pessoas entrem em contato com o mundo ao seu redor dessa forma, mas, primeiro, não com a matéria inanimada, vegetal e animal, mas com outras pessoas.

Se a pessoa entra no nível do equilíbrio correto entre ela e os outros, então, ele naturalmente a equilibra de forma automática e em sua relação com o ambiente. É porque a comunicação de uma pessoa com outros é o melhor e mais eficiente meio para a autocorreção, para a mudança e o controle pessoal em relação aos outros, e assim por diante.

Assim, nós obtemos a imagem mais precisa e as opções que a pessoa tem para doar de forma mais eficiente aos outros. Portanto, todos os nossos programas de educação integral são baseados na cooperação mútua entre as pessoas e não na cooperação de uma pessoa com a natureza ou consigo mesma diante do espelho como uma espécie de psicanálise interior. Isso é alcançado apenas entre as pessoas.

De KabTV “A Medicina do Futuro” 07/04/13

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Pergunta: Que medidas internas eu posso realizar, a fim de ajudar os amigos, e não apenas sorrir para eles, mas para realmente doar internamente? Eu não quero apenas passar algum tempo na Convenção e, em seguida, ir para casa. Eu quero criar e realizar esta ação interior. Portanto, como eu posso fazer isso?

Resposta: Nós vamos ter workshop e vocês devem tentar ouvir um ao outro, e sentir o círculo que é formado por seu anel. Todos devem abaixar a cabeça diante dos outros, de modo que possa receber deles. Ao mesmo tempo, todos podem também adicionar aos outros, dar a eles. Vocês devem querer que uma força especial surja no círculo, a força que será compartilhada por todos os participantes do círculo.

Nenhum de nós tem qualquer sentimento ou espírito próprio, já que o nosso próprio coração e a nossa mente pertencem ao animal, ao burro, que é deixado de fora do círculo. No círculo, no entanto, existem almas e não corpos. Vocês não veem as pessoas físicas, mas somente o seu desejo de se conectar a fim de revelar o Criador. É para isso que este exercício se destina.

Se conseguirmos nos conectar corretamente, vamos começar a sentir certa proximidade com algo novo que não sentimos ainda. Haverá um sentimento especial, uma força especial que é externa a vocês, que os puxa para fora do seu corpo. Esta é a experiência que devemos atingir.

Da Convenção de Nova Jersey 10/05/13, Lição 1

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Pergunta: Num grupo integral todos precisam ser humildes para com os outros e ao mesmo tempo estar acima de todos. O que é que isso significa?

Resposta: Quando discutimos algo, unimo-nos entre nós, nutrimo-nos uns aos outros. Suponha que o nosso amigo está falando. Assim, por um lado, aparentemente tentamos compreendê-lo, senti-lo, estar junto com ele. Por outro lado, quando estou falando, então todos estão incluídos dentro de mim.

Acontece que quando o meu amigo se expressa, eu me anulo completamente e tento absorver tudo o que ele está a sentir e a pensar, no coração e na mente. E quando é a minha vez, eu trago tudo de mim, e todos estão incluídos em mim de forma idêntica. Este é a primeira e a mais pequena condição.

Adicionalmente, as pessoas precisam entender que eles têm de subir acima do ego e não olhar para os rostos dos outros: Eu não gosto dos teus óculos, eu não gosto do nariz dele, do seu cabelo, e assim por diante. Isto significa, que me despojo completamente, na minha participação na conversa, da aparência externa. Nós tentamos reunir nossas emoções, coração e mente juntos. E quando este coração partilhado e esta mente partilhada, ou seja, os sentimentos e pensamentos que representam cada indivíduo se unem, isto cria uma imagem unificada, que é chamada de “multidão” ou um “grupo”, caso contrário, isto não é nenhuma multidão.

No nosso mundo, consideramos como uma multidão a população que se reúne na praça da cidade para bater em alguém. É muito fácil de influenciar uma multidão comum. Isto não é assim na sociedade integral. Neste grupo de pessoas, uma proteção clara aparece. Na verdade, nenhuma força externa pode- lhes fazer alguma coisa, porque eles sobem para um outro nível, trabalhando numa outra frequência.

Quando as pessoas criam uma imagem unificada, todos os nossos estereótipos terrenos usuais, perturbações e influências não os afetam – eles têm outro nível de percepção.

Do programa “A Sabedoria da Multidão” 06/05/13 de KabTV

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Pergunta: Nós encontramos um fenômeno no qual as pessoas participam sistematicamente do programa de educação integral e, felizmente, vêm para os workshops, mas em seu tempo livre, elas se desligam até o próximo workshop. Elas passam o seu tempo na frente de uma televisão ou da Internet, e assim por diante. Que fenômeno é esse? Como podemos trabalhar com isso?

Resposta: Nós podemos entender essas pessoas. A questão é que a pessoa não sente a necessidade em cada momento de olhar para a sua vida através do sentimento de integralidade com toda a natureza. Afinal, ela não está conectada à natureza. Ela está no sofá e vê televisão. É simplesmente o estado animal.

De maneira nenhuma eu quero humilhar as pessoas; eu estou simplesmente falando sobre o que é natural para os nossos corpos. A pessoa quer relaxar: sentar-se no sofá, beber cerveja. O corpo puxa a pessoa para isso.

Se durante este tempo ela estava em alguma sociedade, várias associações com o que ela sente agora, ou sentiu durante o workshop, surgem lá. Mas como esse é o seu estado individual, e agora ela se desconecta do mundo (observa imagens na tela), então ela simplesmente descansa de tudo, desconecta-se, entra no estado animal. Isso vai passar lentamente.

Eu espero que em algum momento os workshops sejam exibidos na televisão. Eles vão ser mais interessantes, atraentes e afiados, semelhante a todos os tipos de séries de televisão. Talvez eles sejam organizados e estruturados de modo que os telespectadores possam participar ativamente deles: cantar junto com os participantes do workshop, atuar com eles em todos os tipos de cenas teatrais, e assim por diante.

Tudo isso pode se tornar um tipo especial de arte, onde há uma direção clara: criar uma sociedade harmoniosa de todas estas situações. E tudo isso vai acontecer na frente dos espectadores e levá-los para dentro, dentro da atividade mútua. Nós estamos apenas começando esse trabalho, e eu espero que, se não formos nós, aqueles que virão depois de nós, irão enriquecê-lo com manifestações de inter-relações que sejam cada vez mais integrais.

Da Palestra sobre Educação Integral 02/04/ 13

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