Pergunta: Como alguém pode se convencer de que quaisquer ações para si mesmo são más? Mesmo algumas ações de grupo gentis e positivas feitas para si mesmo ainda são más.

Resposta: Qualquer coisa que impeça a verdade e a conexão devotada em um desejo comum é má. É impossível dar uma definição clara do mal. O mal se opõe à conexão na qual a qualidade do Criador é revelada.

Comentário: Faço algumas ações em grupo e são benéficas, mas, ao mesmo tempo, quando as analiso, me pego pensando que as fiz sozinho. Mas não me sinto mal por isso. E eu não gosto disso.

Minha Resposta: Por quê? Porque você está se dando algumas definições incorretas. Pare de filosofar!

Qualquer coisa que leve à conexão com os amigos em um único todo, em um pensamento, em um desejo, em uma ação, em uma intenção, é boa. O lugar onde me dissolvo no grupo é bom.

É isso! Não considere quaisquer outras teorias.

Da Lição Diária de Cabalá 17/02/20, “Preparação para a Convenção”

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Pergunta: Eu não deveria trabalhar em prol da recompensa, nem por mim mesmo, não deveria querer receber nada?

Resposta: Não, você trabalha para receber uma recompensa. Mas qual delas? É ser capaz de doar ao Criador.

Pergunta: Mas entendo que doar ao Criador significa fazer esforços e desfrutar do Seu trabalho.

Resposta: Não, você não precisa tirar suas conclusões. Você deve ler as fontes, ou sua compreensão lhe dará tal filosofia que você não saberá onde está. A nossa recompensa é adquirir a propriedade de doação, tornando-nos semelhantes ao Criador.

Pergunta: Devo clamar por tal recompensa?

Resposta: Sim, você deve adquirir um senso de importância e necessidade dessa recompensa por meio do grupo, de modo que possa viver apenas para isso. E todo o resto é o seu egoísmo puramente terreno.

Da Lição Diária de Cabalá 17/02/20, “Preparação para a Convenção”

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Pergunta: Como podemos parar de ter medo do Criador?

Resposta: Acredito que só deveríamos ter medo de nós mesmos, já que não há mais nada na natureza além da força negativa do egoísmo do homem e da força positiva do Criador.

Não temos nada a temer do Criador. Não há nada melhor, mais gentil, mais perfeito. Portanto, tenha medo do homem, de você mesmo, porque somos a única fonte de todos os problemas.

Da Lição Diária de Cabalá 19/02/20, “Preparação para a Convenção”

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Pergunta: Como se sente uma pessoa que deseja atingir a meta?

Resposta: Uma pessoa sente que sua principal tarefa é anular-se constantemente diante do grupo e do Criador, nada mais.

O egoísmo é nosso ajudante reverso. Ele nos é dado especialmente para que possamos anulá-lo e assim nos tornarmos como o Criador. Isso é tudo que você precisa pensar.

Existem muitos pensamentos, ações e intenções em torno disso, mas, em geral, isso é o mais importante.

Da Lição Diária de Cabalá 19/02/20, “Preparação para a Convenção”

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Pergunta: Viemos ao grupo para alcançar a desesperança e o desamparo comuns?

Resposta: Não. Viemos ao grupo para revelar o Criador dentro dele. Porém, quando começamos a trabalhar, revelamos a impossibilidade de nos conectarmos pelos nossos próprios esforços.

Da mesma forma, a humanidade deve convencer-se, no seu nível inferior, de que é incapaz de alcançar uma vida humana terrena normal. Nada funciona para eles na vida familiar, na criação dos filhos, na tecnologia, no trabalho, na cultura ou na ciência; o que quer que façam, eles apenas prejudicam a si mesmos. Gradualmente, a humanidade verdadeiramente se convence disso.

Então eles são convidados a corrigir isso com a luz superior, a energia positiva que atua dentro de nós. A Cabalá explica que esta energia só pode ser extraída do trabalho comum em nós mesmos, a fim de alcançar algum denominador comum.

Suponha que teoricamente estamos prontos. Uma parte da humanidade, por exemplo, Bnei Baruch, deseja isso. Mas quando começamos a trabalhar na conexão, nós, como toda a humanidade, também sentimos a impossibilidade disso. Mesmo que queiramos ceder uns aos outros, cuidar uns dos outros, ter empatia e sofrer juntos, isso não funciona!

O Criador deliberadamente faz com que não possamos nos ajustar corretamente e nos tornarmos donos do mundo (não podemos ser donos do mundo porque somos seres criados), mas Ele faz com que fiquemos desapontados com nossa própria força e sintamos a necessidade Dele. É quando apelamos a Ele, e Ele constrói um sistema de conexão integral correta entre nós chamado Arvut  (garantia mútua).

Só depois disso poderemos trabalhar constantemente com este sistema de conexão. Sua revelação entre nós é chamada de entrada no mundo superior, porque nesse caso, começamos a ver toda a criação em conexão entre nós através de um órgão de percepção chamado “o grupo”, “as dez Sefirot”. Então poderemos avançar com calma, sem erros, ao mesmo tempo que entendemos o que devemos fazer.

Da Lição Diária de Cabalá 17/02/20, “Preparação para a Convenção”

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Comentário: Uma pessoa comum pensa que faz tudo neste mundo sozinha: “Eu sou tão incrível, tão surpreendente, tão maravilhosa”. Mas na Cabalá, a pessoa percebe que é influenciada por um sistema. Elas começam a sentir esse sistema e a entender que não são elas. Dessa forma, elas começam a alcançar a si mesmas.

Esta é a enorme diferença entre as duas camadas: a percepção externa do mundo e a percepção interna, que é inerente a quem estuda Cabalá.

Minha Resposta: Sim, isso é verdade. Mas é difícil para eu falar sobre isso porque percebo o mundo de maneira um pouco diferente dos outros. Às vezes é difícil para mim me conectar com uma pessoa que só sente o que percebe. Não consigo mais imaginar tal estado.

Tento me aproximar delas para explicar minha filosofia, visão de mundo e sentimentos. Mas, via de regra, não tenho muito sucesso nisso. É difícil. Vemos isso com todos os Cabalistas.

Afinal, uma pessoa em nosso mundo carece de um órgão espiritual de percepção. Portanto, nós as atraímos como uma criança com “brinquedos” e “doces”, até que elas comecem a se envolver no processo de seu próprio desenvolvimento e comecem a sentir o mundo superior dentro de si.

De KabTV, “Eu Recebi uma Chamada. Eu Sou uma Marionete?”, 10/04/10

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De uma carta:

Sou uma professora com pouca experiência e não sou judia. Mas sempre me interessei pelo fato de você ensinar seus filhos a ler desde os três anos. Eu sei que muita atenção é dada à memorização do texto.

“Você” refere-se aos judeus.

Sabe-se que crianças do ensino fundamental podiam ler toda a Torá fluentemente e de memória. Elas podiam até dizer quantas vezes e em qual página uma determinada palavra é mencionada.

Eu tenho muitas perguntas. Claro, aprendemos muito na universidade, mas suas respostas são especialmente importantes para mim. Eu aproveito muito de seus programas. A primeira questão é: O que significa começar a estudar aos três anos?

Resposta: Isso dá desenvolvimento.

Pergunta: “O que essa memorização rigorosa do texto proporciona?” ela pergunta.

Resposta: É também o desenvolvimento da memória.

Pergunta: Qual é o propósito disso para a criança?

Resposta: Para que ela conheça bem a Torá, possa recordar qualquer parte de memória e citá-la.

Pergunta: Por que especificamente a Torá?

Resposta: Para desenvolver habilidades em uma pessoa que não podem ser desenvolvidas por mais nada. Por nada mais. Tenho conversado com muitas pessoas que estudaram a Torá desta forma, e elas dizem que é impossível transmitir isto a quem não a estudou. Os textos da Torá “ligam” a mente de uma pessoa em um todo harmonioso.

Pergunta: Então, em princípio, o objetivo é aproximar a pessoa dessa harmonia?

Resposta: Sim.

Pergunta: Como um Cabalista lê a Torá?

Resposta: Um Cabalista não lê a Torá, ele a vê. Ela evoca imagens dentro dele. Não aquelas ilustradas em livros. Ele vê suas próprias imagens pessoais por trás das palavras.

Pergunta: Todas essas camadas foram removidas?

Resposta: Isso é impossível de explicar.

Pergunta: Outra pergunta dela: “O progresso nos levou ao ponto em que memorizar textos é desnecessário. As informações podem ser obtidas instantaneamente. Quais são as vantagens e desvantagens disso, na sua opinião?”

Resposta: O fato de podermos fazer malabarismos com textos, livros e enciclopédias da maneira que quisermos e encontrar citações em segundos é natural, por um lado. Mas por outro lado, extrai a alma de tudo isso. Isso resulta em informação pura.

Pergunta: E há alma em aprender a Torá desta forma?

Resposta: Desta forma, sim. Claro!

Pergunta: Sua última pergunta: “Acabei de começar a lecionar. Qual é a coisa mais importante para ensinar às crianças?”

Resposta: A coisa mais importante para ensinar às crianças é ter a atitude correta em relação ao material que você está ensinando. Elas devem compreender que o próprio processo de aprendizagem as desenvolve. Portanto, não importa o que você estuda, mas o próprio processo transforma uma criança pequena em pessoa.

De KabTV, “Notícias com o Dr. Michael Laitman”, 08/04/24

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