Michael Laitman no Times of Israel: “Como Alguém Pode Justificar Ser Feliz Quando Há Tanto Sofrimento No Mundo?”

Podemos, portanto, ser felizes em meio a todo o sofrimento que se apresenta a nós quando compreendemos o sentido da vida, que inclui o propósito de todo o sofrimento que experimentamos, e até que ponto cada movimento na natureza inanimada, vegetativa, animada e humana finalmente leva à revelação dos mistérios da vida.

Poderemos então ligar o sofrimento e os horrores da vida à cadeia desta revelação. Então, descobrimos que o propósito do sofrimento é despertar-nos para questionar o seu propósito, para nos incitar a, em última análise, procurar o sentido da vida. Mesmo que sintamos a dor na nossa própria carne, então é ainda mais necessário compreender que tais estados nos levam finalmente a um sentido de significado interior.

Este caminho nos leva à felicidade. Quando alcançamos a felicidade através da compreensão do sentido da vida e do propósito do sofrimento, a dor desaparece. Isto é, se soubermos exatamente para que serve o sofrimento e por que nos tornamos incluídos nele, não há sofrimento e tudo se torna significativo.

O caminho para descobrir o sentido da vida também é cheio de colapsos. Perdemos e encontramos o sentido da vida, perdendo-o e encontrando-o repetidamente ao longo do nosso progresso até à sua revelação final e completa. Não importa como nos sentimos ao fazer isso, nos tornamos mais fortes e mais avançados o tempo todo.

No final acrescentamos o nosso discernimento, compreensão e sentimento da vida até um ponto em que adquirimos a plena compreensão das leis da natureza – como e por que a natureza opera em nós e nos seus níveis inanimado, vegetativo e animal da maneira que o faz. Aprendemos o funcionamento da natureza como uma atitude única e suprema de amor e doação que atua para nos elevar ao nosso mais alto nível de felicidade, totalidade e conexão entre nós e conosco mesmo, em plena identificação e concordância com as suas leis.

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Pergunta: Se a Torá é destinada para nos unirmos, por que os Cabalistas deixaram uma quantidade tão grande de material que ao estudar temos a ilusão de que estamos aprendendo alguma outra faceta?

Por que eles não escreveram um ou mais artigos sobre a necessidade da conexão para que pudéssemos estudá-los continuamente e não ficarmos confusos com tantas explicações de coisas aparentemente diferentes?

Resposta: O grande número de artigos depende da divisão das almas, das variações de conexões entre elas. É por isso que precisamos de tanta abundância de material.

Pergunta: Se um grupo de pessoas pegar um artigo, por exemplo, “Não há outro além Dele” e avançar apenas de acordo com ele, alcançarão seu objetivo?

Resposta: Não, não vão. Nenhum artigo cobre todas as almas.

Da 1ª parte da Lição Diária de Cabalá 15/02/24, Escritos do Rabash, “O que são a Torá e o Trabalho no Caminho do Criador?”

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Andrey escreve:

Michael, existe uma certa fórmula: nunca receberemos o que queremos até que sejamos gratos pelo que temos. Como agradecemos pelos problemas, dor e sofrimento? Isso é o que tenho agora.

Comentário: Existem muitas cartas como a dele.

Minha Resposta: Sim, mas devemos entender que, em geral, tudo isso vai para o nosso cofrinho. O sofrimento em si e o que estamos passando, mesmo que não possamos ser gratos por isso, ainda são considerados positivos para nós.

Pergunta: É possível conviver com isso e pensar que é necessário passar por esses sofrimentos? Isso é o que eu recebo e tenho que passar por isso. Tal anulação antes dos sofrimentos é levada em conta?

Resposta: O fato é que depende da pessoa. Depende de mim se vou sofrer ou não, quantos casos, cirurgias e problemas de saúde já sofri na minha vida. Mas esta é a vida.

Pergunta: Podemos dizer que a vida é uma cadeia de sofrimento que se sente ou não sente, mas ainda é uma cadeia de sofrimento?

Resposta: Sim, claro.

Pergunta: Se você olhar para a história da humanidade, verá que é uma cadeia contínua de sofrimento. Você diz que de alguma forma tudo cai em um cofrinho em algum lugar. O que eu recebo com isso? Esta é a pergunta de Andrey e de todos os outros.

Resposta: O que você ganha com isso? E se você não conseguir nada? Você sofreu em vão?

Comentário: Isso mesmo! Então realmente há sofrimento. Eu tenho que tirar alguma coisa disso; eu tenho. Dizem a alguém: “Você terá uma vida feliz no outro mundo”. Alguém ouve: “Não se preocupe, você será purificado através disso”.

Minha Resposta: Vale a pena fazer esse cálculo? Pessoalmente, procuro não fazer isso para não ter solicitações e reclamações ao Criador sobre o que obterei com isso: “Bem, agora vamos fazer um cálculo de quanto Você me deve”.

Comentário: “Eu estava sofrendo; agora você me paga”.

Minha Resposta: Sim, não existe tal coisa.

Comentário: Muitas vezes, quando uma pessoa olha para trás, diz que o que passou foi certo ou não foi em vão. Esse cálculo que fazemos depois está correto? Que todo o sofrimento que passei não foi em vão.

Minha resposta: Sim. Não creio que estejamos chegando a um estado em que ainda condenamos o Criador.

Pergunta: Mesmo que pareça aqui e ali, você ainda acha que nós O justificamos?

Resposta: Sim.

Pergunta: Como Ele faz tudo de maneira tão interessante? Ele leva uma pessoa a passar por um grande sofrimento, e então a pessoa diz: “Eu não passei por isso em vão”. Como Ele nos mostra isso?

Resposta: O fato é que todos sofrem, qualquer parte da natureza: inanimada, vegetativa, animada e mais ainda o homem.

Absolutamente todo mundo sofre! Até o prazer que experimentam apenas encobre um pouco do sofrimento anterior.

Pergunta: É correto dizer que quero passar esta vida cheia de sofrimento, mas sofrer o menos possível? Esta é a fórmula correta?

Resposta: Você também pode dizer isso, embora não seja obrigado a dizê-lo; isso não importa. Mas de acordo com a sua natureza, você não pode desejar o sofrimento.

Pergunta: Mas isso está de alguma forma incorporado no meu caminho? Você diz: “A raiz da minha alma…” De uma forma ou de outra, tenho que passar por eles?

Resposta: Sim.

Pergunta: Se eu conviver com o fato de ter que passar por isso, isso facilitará minha vida? Isso está certo?

Resposta: Sim.

De KabTV, “Notícias com o Dr. Michael Laitman”, 18/12/23

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Pergunta: Como devemos trabalhar com medo quando sentimos que a presença do Criador e Sua grandeza nos faz ter medo de Suas ações?

Resposta: Não há necessidade de ter medo do Criador. Precisamos verificar se estamos nos afastando do caminho certo, da conexão entre nós e o Criador, e pedir a Ele que nos ajude.

Para aderir ao Criador o dia todo, você precisa ler mais, ouvir e discutir esse assunto com seus amigos.

Da Lição Diária de Cabalá 14/02/24, Escritos do Baal HaSulam, “Meus Adversários Me Amaldiçoam o Dia Todo”

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Pergunta: O Rabash escreve que estamos sempre tentando escapar do trabalho que o Criador nos atribuiu. De que tipo de trabalho estou tentando fugir e o que devo fazer para garantir que concordo com Ele?

Resposta: Este é um trabalho em conexão com os amigos, com todos aqueles que estão fora do mundo superior. Mas você está pronto para se conectar com eles e fornecer-lhes tudo o que falta para sua elevação.

Comentário: Mas estou sempre tenso, o que me faz pensar nos meus amigos e cuidar deles. Essa pressão interna continua me afastando. Eu não quero estar nisso o tempo todo.

Minha Resposta: Você tem que se acostumar com isso.

Da 1ª parte da Lição Diária de Cabalá 13/02/24, Escritos do Baal HaSulam, “O que é ‘Comer Seus Frutos Neste Mundo e Manter o Principal para o Próximo Mundo’, no Trabalho?”

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Pergunta: O que significa todo lugar onde há falta se torna um lugar de fé?

Resposta: Quando falta algo a uma pessoa e não sabe como consegui-lo, ela recorre à fé. Neste caso, surge dentro dela um desejo que se desenvolve ao nível da semelhança com o Criador.

Pergunta: Como essa falta se forma em nós? Nós nos unimos na dezena, lutamos pela perfeição e parece que os nossos Kelim estão crescendo o tempo todo. Como isso acontece?

Resposta: Acontece sob a influência da luz superior que nos afeta e expande os nossos Kelim.

Pergunta: Eu entendo que na hora da lição atraio uma propriedade milagrosa (Segula) que me corrige, mas aqui não. Como encontrar este indicador?

Resposta: Este é um sentimento interno. Não há outro caminho.

Precisamos nos elevar espiritualmente a um nível em que atraiamos desejos e a luz que amplia esses desejos, ao ponto em que possamos sentir todo o universo dentro de nós.

Da Lição Diária de Cabalá 13/02/24, Escritos do Baal HaSulam, “Recompensado – Eu o Apressarei”

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Pergunta: Nosso ambiente espiritual inclui amigos que representam culturas e tradições muito diferentes. Como aprendemos a apreciar e aceitar corretamente toda a riqueza e diversidade?

Resposta: Não estamos absolutamente interessados nestas culturas e tradições. Nosso interesse reside unicamente em nos tornarmos uma pessoa com um coração. É isso que queremos sentir acima de tudo, sem considerar mais nada.

Pergunta: Podemos examinar os objetivos de cada pessoa nas nossas reuniões?

Resposta: Não, devemos selecionar um objetivo comum que seja mais relevante para nós hoje e orar por ele.

Pergunta: Por que o Criador nos deu o ambiente certo e, além disso, a ilusão deste mundo? O que Ele quer?

Resposta: Ele quer que você identifique seus desejos espirituais, refine-os dentro de você e ore para que o Criador os responda.

Da Lição Diária de Cabalá 15/02/24, Escritos do Baal HaSulam, “Elevando-se”

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Pergunta: Quando falamos sobre as falhas de um amigo, estamos nos referindo às suas qualidades internas ou a algumas ações externas? Por exemplo, assumimos o compromisso de chegar na hora certa para a lição, mas meu amigo não vem e, claro, eu vejo isso. Devo justificar essa falha?

Resposta: Na verdade, os Cabalistas dizem que tudo o que vejo como errado nos outros é apenas porque está em mim. Ou seja, vejo na outra pessoa um reflexo das minhas más qualidades.

Comentário: Sim, mas…

Minha Resposta: A sua reação é inteiramente justificada, mas isto é geralmente verdade. Uma pessoa corrigida nunca verá más qualidades em nada ou em lugar nenhum, mesmo quando enfrentar as propriedades egoístas mais nojentas e flagrantes! Porque ele não se parece com essas propriedades.

Pergunta: Digamos que você e eu estamos no mesmo grupo. Você percebe que estou ausente da lição matinal? Você dá desculpas para mim? Você acha que é sua culpa eu não ter assistido à lição?

Resposta: Sim, também sou culpado.

Pergunta: Você tem alguma reclamação contra mim?

Resposta: Não. Apenas em relação a mim mesmo. Mas aqui estamos falando de um nível muito elevado.

Pergunta: Até atingirmos este nível elevado, como devemos reagir quando vemos danos causados ao grupo por um amigo? Todo mundo tem que justificar?

Resposta: Você deve corrigir a si mesmo até ver o mundo inteiro corrigido.

Pergunta: Se eu sozinho vejo alguma falha em um amigo, ainda posso dizer que ela está em mim, mas quando todos os amigos veem essa falha, este é um estado totalmente diferente. Certo?

Resposta: Não importa. Devemos alcançar um estado onde vemos o mundo corrigido, e somente o Criador se manifesta ali. Em relação a este estado, nos vemos como de alguma forma ainda não corrigidos. Portanto, não existe tal condição que não possa ser justificada em nosso mundo.

De KabTV, “Cabalá Prática”, 16/01/24

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