A quebra é de fato uma oportunidade para correção. Portanto, quando os Cabalistas viram a destruição do Templo em Jerusalém 2.000 anos atrás, todos choraram e o maior sábio, o Rabi Akiva, riu. Ele tinha certeza de que agora havia uma oportunidade de começar a construir o Templo, ou seja, um lugar para a revelação do Criador entre nós.

A quebra externa nos mostra que há uma quebra dentro de nós. Se revelarmos quão severa é a nossa destruição externa, entenderemos como somos quebrados internamente e teremos a oportunidade de elevar a Divindade do pó.

Esse é o estado em que nos encontramos; revelamos que não temos força, nem compreensão, nem qualquer pista de como começar a construir nossa conexão chamada Templo, ou seja, o lugar onde o Criador pode ser revelado. Portanto, também podemos nos alegrar por termos reconhecido o que nos falta.

Muitos têm reclamado ultimamente que não temos chance, não temos força, não temos como alcançar a conexão. É bom que tenhamos vindo a reconhecer o quanto somos opostos às qualidades do Templo, o local adequado para a revelação do Criador. Afinal, nossa tarefa é construir um vaso (Kli) onde o Criador possa ser revelado.

É bom que entendamos que isso não está em nossos poderes e capacidades porque somos completamente opostos a isso. Então, só podemos exigir, orar e pedir.

Devemos tentar nos aproximar um do outro contra o nosso egoísmo tanto quanto possível e clamar ao Criador que não somos capazes de completar essa ação, e Ele deve completá-la por nós, nos unindo em um Kli espiritual no qual Ele pode ser revelado. Como é dito, “O Criador terminará este trabalho para nós”.

A primeira tarefa é a revelação da Divindade, o lugar onde o Criador será revelado. Esse lugar é construído acima da conexão entre nós. Se nós da dezena não somos capazes de nos conectar como um homem com um coração, estamos em um estado de quebra. Mas se já estamos cientes deste estado e não concordamos em permanecer nele, mas queremos corrigir a natureza de nossa relação, estamos prontos para elevar a Divindade do pó.

Da 1ª parte da Lição Diária de Cabalá de 26/07/22, “A ruína como oportunidade de correção”

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