Pergunta: Se não podemos interferir na natureza, devemos deixá-la fazer o que quiser? Você deve se resignar, desistir?

Resposta: Primeiro, não há nada para se opor à natureza. Isso é completamente ilógico, irracional.

A natureza é todo o cosmos. Esses são níveis internos que eu nem conheço. Quem sou eu? Apenas um produto da natureza. Um pequeno inseto contra ela. Não consigo nem imaginar com quem estou lidando. Por que discutir como uma criança pequena tentando combater moinhos de vento? O que é esse quixotismo?

Devemos simplesmente entender que estamos em um enorme sistema multinível, mas não sabemos onde, em quê e como. Portanto, pela medida do nosso desenvolvimento, devemos tentar se integrar automaticamente a ele.

Se fôssemos uma parte inanimada, vegetativa ou animada da natureza, permaneceríamos automaticamente nela como seu elemento integral. Mas como pertencemos ao nível do homem, além do fato de estarmos na natureza, também temos um elemento de egoísmo que nos empurra para fora dele: quero ser especial!

Por isso, uma pessoa é diferente de animais. Acontece que, com seu egoísmo, ela está se afastando da natureza e sofrendo como resultado.

Mas o egoísmo em nós está em constante crescimento, forçando-nos a ser opostos um ao outro e à natureza inanimada, vegetativa e animada circundante. Em geral, este é o nosso mal, o nosso problema, que é chamado: o começo maligno do homem.

Ele foi criado para que possamos reconhecer o mal e corrigi-lo em bem. Então podemos entender toda a profundidade da natureza, como nos conectar integralmente a ela e participar de todas as suas ações.

Portanto, o egoísmo não foi dado a nós para nos opormos à natureza e nos colocarmos contra ela, mas é com sua ajuda que entramos em contato com a natureza, nos sentimos distantes dela, nos atraímos até ela e interagimos corretamente com ela em influência mútua um sobre o outro. Então o homem se tornará verdadeiramente um nível com toda a natureza, o que significa com o Criador. Porque a natureza é o Criador.

De KabTV, “Fundamentos de Cabalá”, 19/04/19

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