Uma Jangada Em Um Mar Tempestuoso: A Dezena

laitman_258A dezena é uma jangada que salva você em um mar tempestuoso. Primeiro você precisa agarrá-la e não soltá-la. Quando você já está segurando-a e mesmo sentado nesta prancha de madeira, você passa por todas as subidas e descidas, abaixando a cabeça antes de cada onda, como o Rabi Akiva escapou de um navio afundando.

Não importa o tipo de ondas: na sensação ou na compreensão, maior ou menor – eu as aceito apenas para fortalecer minha conexão com a prancha. Afinal, eu dependo apenas disso; se eu a deixar ir, vou perecer.

Agarra-se a uma jangada significa agarrar-se ao centro da dezena e não se soltar, estar conectado com os amigos e tentar ver o propósito da criação na conexão mais forte e interna com eles. O Criador está lá e o segredo da minha vida está lá.

Aconteça o que acontecer, não deixarei a conexão com os amigos. Todas essas imagens que passam diante de mim não podem me desconectar de Israel, a Torá e o Criador são um. Estou conectado ao Criador através da dezena e tudo o que acontece destina-se apenas a fortalecer essa conexão: Eu – o grupo – o Criador.

Precisamos tratar as subidas e descidas de forma igual e manter o centro do grupo, apesar de todos os estados passarem por nós.1

Não há necessidade de deixar a lição! Nós saímos do local de estudo fisicamente, mas na verdade não saímos. O Criador organizou nossas vidas de tal forma que nós temos tempos diferentes e todos os tipos de estados. Tudo é dado com o propósito de correção. Mas atribuímos apenas três horas para correção quando estamos na lição. Isso está incorreto. E as outras horas?2

Fortalecer-se na fé significa nos fortalecermos na força de doação. De antemão, eu tive alguma força de doação através da qual estava conectado ao grupo até certo ponto. Agora, quando há um distúrbio, o desejo de receber cresce e eu me separo do grupo, não penso nos amigos, não os noto. Não há espaço para eles em meu coração e mente.

Agora eu preciso trabalhar para trazê-los de volta ao meu coração e mente no novo grau acima da altura do novo egoísmo. Eu começo a trabalhar dentro do grupo, estudando e realizando todo tipo de ações no escuro, com a ajuda dos amigos, como está escrito: “Eles ajudaram cada um a seu amigo”, até que novamente atraio a Luz que Reforma que me trará uma nova força de fé. Eu estou separado da velha fé; já gastei tudo.

A força que permite que uma pessoa trabalhe em grupo sob as condições de ocultação é chamada de “aliança de sal” (Brit Melach), garantia mútua. Quando caio e perco tudo, o grupo me dá força. E quando me levanto, dou força àquele que caiu: eu o desperto, apoio, encorajo, dou exemplo, o provoco e invejo. Precisamos constantemente agir junto com todo o grupo como se estivéssemos conectados, ardendo e prontos para revelar o Criador a qualquer momento.3

Da 1ª parte da Lição Diária de Cabalá, 19/01/19, O Modo Certo de Estudar a Sabedoria da Cabalá

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