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Saber Onde Pisar

laitman_760_2Pergunta: Uma pessoa que vive sabiamente precisa saber como dar o próximo passo para não falhar ou cair. Uma pessoa que vive no mundo corpóreo segue seu coração e não importa onde vá, seu próximo passo é sempre em terreno sólido. E os Cabalistas?

Resposta: A sabedoria da Cabalá é destinada apenas a dar à pessoa a oportunidade de onde dar o seu próximo passo e como avançar o mais rápido possível.

Da Lição de Cabalá em Russo 01/01/17

Uma Conversa Com O Criador

laitman_235Nas Notícias (The New York Times): “Uma nova pesquisa está elucidando mais o processo profundamente milagroso do aprendizado de línguas em bebês. E resulta que isso está acontecendo muito antes do nascimento do que se suspeitava anteriormente.

“Ao olhar para adotados internacionais – bebês que foram adotados logo após o nascimento e que crescem ouvindo uma língua diferente do que ouviram no útero – os pesquisadores podem ver como aquilo que os bebês ouvem antes e logo depois do nascimento afeta como eles percebem sons, dando um novo significado para a ideia de uma “linguagem do nascimento”.

“Especialistas sabem há algum tempo que os recém-nascidos preferem ouvir vozes falando a língua que eles estavam escutando no ventre”, disse Anne Cutler, psicóloga e professora do Instituto Marcs do Cérebro, Comportamento e Desenvolvimento da Western Universidade de Sydney, na Austrália.

“Os recém-nascidos podem reconhecer as vozes que ouviram no último trimestre no útero, especialmente os sons que vêm de suas mães, e preferem aquelas vozes às vozes dos estranhos. Eles também preferem outras línguas com ritmos semelhantes, ao invés de línguas com ritmos muito diferentes. … ”

Pergunta: Qual é a sua opinião como Cabalista sobre a conexão entre o cérebro e a fala, o que são palavras e letras, o que é uma expressão?

Resposta: A fala é um mecanismo muito complicado que expressa pensamentos e emoções que aprendemos e adquirimos ao longo da vida, mas esse mecanismo começa a se desenvolver mesmo no estado embrionário da pessoa.

Antes de nascer, um feto ouve e compreende o discurso de sua mãe, de modo que o bebê começa a entender a fala dos adultos numa fase muito precoce, mesmo depois de algumas semanas. A maneira com que os pais falam com ele é de grande importância, bem como o comportamento da mãe durante a gravidez, porque ela está se comunicando internamente com ele e o feto absorve tudo. Todas essas impressões influenciam seu discurso.

Na verdade, a fala é um dom divino para a humanidade; com sua ajuda, o feto se comunica com o Criador.

Assim como uma mãe fala com um feto que ainda não nasceu, ou com um bebê, também devemos imaginar que estamos conversando com o Criador, e se quisermos, podemos trocar palavras com o Criador; essa linguagem é chamada de língua sagrada.

Com sua ajuda, uma pessoa pequena (pode ser alguém de idade adulta, porque da perspectiva de seu desenvolvimento interno ela ainda pode ser pequena), está ligado ao Criador e pode se comunicar com Ele. Se não for em palavras, então é com um sorriso, gestos, impulsos internos, e assim por diante. Em outras palavras, uma linguagem é um código.

Além disso, o hebraico é uma linguagem especial que foi criada em uma forma escrita e falada, com todos os seus significados internos, a partir de forças pelas quais o Criador e a criatura conversam entre si. Portanto, não há nada que possa ser substituir o hebraico, a base de todas as línguas.

Pergunta: Isso significa que o hebraico realmente vive em todos?

Resposta: Certamente! Isso é porque as letras são compostas de duas forças, vertical e horizontal.

Como resultado disto, as letras têm formas quadradas porque não há nada além das duas forças, vertical e horizontal, de cima para baixo, de baixo para cima, ou da direita para esquerda e da esquerda para direita. Essas duas direções incluem todas as forças da natureza dentro delas, porque a horizontal é a característica de doação e a vertical é a característica de recepção.

Pergunta: E o que é um ponto?

Resposta: Um ponto é tanto o início de uma linha vertical como de uma linha horizontal, ou a interseção delas. A partir deste estado chega a comunicação de uma pessoa com o Criador ou mesmo entre as pessoas. As pessoas acham que estão se comunicando diretamente umas com os outras, mas elas estão se comunicando entre elas através do Criador.

Comentário: Você está afirmando declarações revolucionárias, como o hebraico existir dentro de cada pessoa …

Minha resposta: O hebraico é a base do programa interno de uma pessoa, como a base de qualquer programa de computador é zero e um. É a mesma coisa aqui.

Comentário: Uma declaração adicional é que estamos nos comunicando através do Criador.

Minha Resposta: Unicamente e exclusivamente! Ele nos conecta e ninguém mais! Caso contrário, não estaríamos conectados. Todos nós somos egoístas absolutos, e como tal não temos a capacidade de ter contato entre nós; o Criador preenche o vazio e o espaço entre nós. O que isso significa é que nossa linguagem é o Criador.

Da KabTV “Notícias com Michael Laitman” 23/01/16

A Alma E Sua Substância

Dr. Michael LaitmanPergunta: O que é a alma?

Resposta: O Criador criou a criatura, que é um desejo de receber prazer. O Criador é a Luz que criou o desejo de receber prazer.

O estado no qual a Luz ou o Criador preenche este desejo e habita dentro dele é chamado de “mundo Infinito”. E o preenchimento em si é chamado de “Luz” ou o “Criador”.

A Soul And Its Substance

No desenvolvimento posterior do desejo, ocorre uma quebra do desejo em uma série de desejos individuais; o montante estipulado desses desejos é de 600.000. Como todos eles foram quebrados, cada um deles tem uma pequena porção da Luz.

Este estado é chamado de “alma individual”, mas não é uma alma, apenas um ponto da alma, dentro do qual não podemos sentir nada exceto um anseio de voltar ao estado anterior perfeito no qual todas as partes estão conectadas e são uma única alma, que é uma para todos eles.

Em nossos dias, podemos conectar todas essas partes, o que significa que podemos organizar um sistema fechado entre nós que será um segmento particular da alma.

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De que forma uma parte é diferente de um segmento? A parte da alma é o ponto no coração que anseia em voltar à alma perfeita, enquanto que um segmento de uma alma é um encontro em uma dezena, que é a parte mínima da alma coletiva que pode funcionar como uma alma completa.

Uma vez que cada alma é composta de dez Sefirot, é possível diferenciar partes dentro dela que irão funcionar exatamente como o todo, mas em escala reduzida. Se começarmos a conectar essas partes, a escala aumentará.

Mas, em princípio, todas as leis que são descobertas em uma dezena serão idênticas às leis que existem na alma coletiva, mas em menor grau porque serão menos aparentes, não arredondadas da mesma maneira.

Nosso papel é criar um grupo de dez pessoas, cada uma delas tendo uma parte da alma, isto é, um ponto no coração. Dez desses pontos que se conectam são chamados de “segmento” e a soma dos segmentos é chamada de “alma completa”.

Pergunta: Uma alma é o desejo de receber?

Resposta: O desejo de receber prazer é a substância da alma, mas isso ainda não é uma alma.

Para entender onde nos encontramos, basta atingir a característica do estado chamado alma. Essa é a característica de doação, conexão mútua, sair de si mesmo.

Portanto, todos os exemplos e exercícios no estudo da sabedoria da Cabalá se baseiam em alcançar a máxima conexão entre nós.

Pergunta: É possível chamar um segmento de uma alma?

Resposta: Sim, mas é semelhante à maneira como você olha com seu olho nu um pequeno segmento de alguma imagem e depois, quando adiciona outros segmentos a ela, ou seja, mais e mais partes da alma, vê a forma completa da imagem, como se estivesse olhando para ela por meio de binóculos.

Portanto, quando você reúne as almas juntas, obtém uma imagem ainda mais completa e vê características que pode não ter prestado atenção antes, porque elas estavam escondidas devido à pequena escala.

Por exemplo, se você olhar para um mapa inteiro, é possível ver uma cidade como um ponto. Se aumentar a escala, você verá o nome da cidade. Se aumentar mais, as ruas são visíveis, e assim por diante. É a mesma coisa aqui. Isso significa que é graças à adição de outras dezenas à nossa dezena que começamos a ver mais características, conexões e leis.

Da Lição de Cabalá em Russo 06/11/16

Por Que O Criador Não Dá Exemplos?

laitman_527_03Pergunta: Qual é a conexão entre nós onde descobrimos o Criador?

Resposta: Vocês precisam se tornar um todo, um único sistema, em completa conexão interna mútua. Toda a natureza é um todo único. Nós apenas não sentimos ou vemos isso porque não somos construídos dessa maneira.

Pergunta: Como é possível viver unido no mundo físico?

Resposta: Vocês vão ver o mundo físico como se ele fosse transparente e vão finalmente sentir que entendem como ele funciona. Vão sentir como costumavam perambular em torno dele como gatinhos cegos.

Pergunta: Por que tudo foi criado para que não existam exemplos de conexão e unidade em nosso mundo? O que devemos fazer para que o Criador nos mostre isso concretamente?

Resposta: Como o Criador pode mostrar-lhe? Para isso Ele deve criar a característica de doação em vocês através da qual vocês verão o exemplo Dele. Este exemplo existe, vocês estão nele. Vocês estão em um mundo eterno e inteiro, mas com suas características limitadas, só vêem um fragmento pequeno e quebrado dele.

Pergunta: Uma pessoa deve acreditar nisso?

Resposta: Uma pessoa não precisa acreditar. Esta é a sua própria ideia. Eu não digo a ela o que fazer, ela deve decidir sozinha.

Pergunta: Qual é a razão para o Criador estar escondido?

Resposta: A razão é que uma pessoa deve se esforçar para criar um órgão especial (sentido) dentro de si mesma para descobrir o mundo superior; Caso contrário, ela não  o sentirá. Especificamente, na medida em que ela se esforçar e desejar descobri-lo, ela desenvolverá o sentido de percepção do mundo superior dentro de si mesma.

Da Lição de Cabalá em Russo, 30/10/16

O Que Uma Pessoa Pode Fazer Para Não Reencarnar Mais?

laitman_764_1Pergunta: O que uma pessoa pode fazer para não reencarnar no mundo material?

Resposta: Ela deve alcançar o estado completo ou incompleto da alma.

Isso depende da raiz da alma. Há almas que atingem sua correção incompleta, e uma correção adicional é realizada por conta de outras almas. Há almas que têm que trabalhar mais ativamente. Elas voltam ao estado material e se vestem novamente em seu “burro” (corpo animal) para continuar a conquista do mundo superior a partir do próximo nível.

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Isto é, algumas reencarnações ocorrem na forma espiritual e algumas através de vestimentas em nosso mundo.

Pergunta: Poderia a alma reencarnar, digamos, como um burro, ou apenas em um corpo humano?

Resposta: O que a reencarnação tem a ver com um burro? Um burro é a força animal, vital, nada mais. O que sentimos como manifestações inanimadas, vegetatis e animais ao nosso redor e também como nossa própria natureza animal é apenas o sentimento do nosso desejo. Na verdade, este mundo não existe. É chamado de “um mundo ilusório”.

Portanto, tais estados são possíveis em nossas reencarnações quando subimos a dezenas superiores e depois caímos e nos encontramos novamente na natureza inanimada, vegetal ou animal. Então, subimos novamente ao nível humano e depois, à altura espiritual.

Tudo isso é apenas uma metamorfose de nossa reencarnação em um único desejo, em uma só alma.

Nós estamos falando apenas de um desejo, que é dividido em graus inanimado, vegetal e animal, e o grau humano. Nós circulamos neste desejo, para cima e para baixo, para baixo e para cima: inanimado, vegetal, animal e humano; humano, animal, vegetal e inanimado. E assim por diante, e isso é tudo. Quando a pessoa está na percepção animal, ou seja, em um nível animal de desejo, sente-se em seu corpo.

Da Lição em Russo, 06/11/16

Jewish Business News: “O Ódio Judaico De Si Mesmo É O Fermento Que Devemos Limpar”

Em minha coluna regular no Jewish Business News, meu novo artigo: “A Ódio Judaico De Si Mesmo É o Fermento que Devemos Limpar”

Se há algum ódio mais enigmático do que o antissemitismo, é o antissemitismo judaico. Nosso ódio de si mesmo é uma fonte sinistra e imortal, mas não secará até que encontremos seu gatilho e o desarmemos.

A história está repleta de exemplos de judeus que odiavam seu povo com tanta veemência que dedicaram toda a sua vida à sua destruição. A rebelião dos Macabeus, por volta de 160 a.C., foi antes de mais nada contra os judeus helenizados do que contra o Império Selêucida. Da mesma forma, o comandante dos exércitos romanos que conquistaram Jerusalém e exilaram os judeus foi Tiberius Julius Alexander, um judeu alexandrino cujo próprio pai tinha doado ouro e prata para os portões do templo que Alexander quebrou. De fato, antes da ruína de Jerusalém, Julius Alexander aniquilou sua própria comunidade judaica de Alexandria, fazendo com que “todo o distrito fosse inundado de sangue quando 50.000 cadáveres foram amontoados”, segundo o historiador judeu-romano Titus Flavius Josephus. Da mesma forma, durante a Inquisição espanhola, O principal inquisidor Tomás de Torquemada era de ascendência judaica recente, mas isso não diminuiu seu zelo em expulsar e matar os judeus. E só neste século passado, a Associação dos Judeus Alemães Nacionais apoiou e votou por Hitler e pelo Partido Nazista.

De fato, George Soros e Noam Chomsky não inventaram o ódio judaico de si mesmo, também conhecido como antissemitismo judeu. Na verdade, a semana passada tem visto um desfile espalhafatoso dessa mania. Primeiro, aprendemos que a maioria das ameaças de bomba em JCCs (Centro Comunitários Judaicos) tinha um único perpetrador e que o criminoso não era um fanático de direita ou um extremista muçulmano, mas um israelense-americano de 19 anos de Ashkelon, uma pequena cidade no sul de Israel. Depois, vimos as dezenas de judeus moralistas protestando contra o discurso do vice-presidente Mike Pence no AIPAC, afirmando que se não houver paz para os palestinos (que declaram todos os dias que não querem paz com Israel, mas sua destruição), não haverá paz para Israel. E em terceiro lugar, enquanto o Estado de Israel e algumas organizações judias finalmente reuniram apoio internacional suficiente para realizar uma conferência anti-BDS na Assembleia Geral das Nações Unidas, o movimento BDS em si é repleto de ativistas judeus e Organizações judias que o apoiam, tais como J Street, Jewish Voice for Peace, e Jews for Justice for Palestine.

Na verdade, o ódio judeu de si mesmo parece ser uma fonte imutável de uma ingenuidade sinistra. Se houver algum ódio mais enigmático do que o antissemitismo, é o antissemitismo judaico.

Como nos Tornamos uma Nação

Em setembro de 2014, eu escrevi um artigo no New York Times intitulado ” Quem É Você Povo de Israel“, que falava sobre a origem única do povo judeu e a razão para o antissemitismo. Após inúmeros pedidos de reflexão sobre a ideia de unidade judaica como a solução para o antissemitismo e as fontes que invoquei para sustentar a minha opinião, eu escrevi um ensaio mais elaborado intitulado “Por Que As Pessoas Odeiam Israel”. O ensaio rapidamente se tornou um mini-site da Internet que contém, além do ensaio, um videoclipe explicando as ideias e uma cópia gratuita do meu livro, Como um Feixe Juncos: Por que a Unidade e a Garantia Mútua são Urgentes Hoje. Sob as limitações de uma coluna de jornal, eu só posso oferecer uma breve explicação, mas você está convidado a seguir qualquer um dos links acima para obter mais detalhes.

Nossa nação é única. Não foi fundada na afinidade étnica ou biológica, mas em torno de uma ideia. O livro Pirkei De Rabbi Eliezer (Capítulo 24) escreve que Abraão, o pai da nação, estava muito preocupado com os Babilônios entre os quais ele vivia. Ele notou que eles estavam se tornando cada vez mais hostis uns com os outros e se perguntou o que causou isso.

Ao refletir sobre o ódio deles, escreve Maimonides em Mishneh Torah, ele percebeu que em toda a natureza existe um equilíbrio perfeito entre luz e escuridão, expansão e contração, construção e destruição. Tudo na natureza tem uma contrapartida equilibrada. Ao mesmo tempo, ele percebeu que, ao contrário do resto da natureza, a natureza humana está completamente fora de equilíbrio. Entre as pessoas, o egoísmo, o interesse próprio e a maldade reinam alto. O ódio que Abraão descobriu em sua pátria de uns pelos outros o fez perceber a verdade sobre a natureza humana, que “a inclinação do coração do homem é má desde a sua juventude” (Gênesis 8:21).

Abraão percebeu que se as pessoas não introduzissem o equilíbrio da natureza na sociedade humana por vontade própria, elas se destruiriam a si mesmas e à sua sociedade. Ele começou a circular entre os Babilônios a ideia de que, quando o ódio entra em erupção, eles não precisam combatê-lo, mas sim aumentar seus esforços para unir-se. A ideia de Abraão começou a reunir seguidores, mas como sabemos de Maimônides, Midrash Rabá e outras fontes, Nimrod, Rei de Babilônia, não estava feliz com o sucesso de Abraão e o expulsou da Babilônia.

Abraão começou a vagar rumo à terra de Israel e a falar de sua ideia com as pessoas que iria encontrar ao longo do caminho. Sua noção era simples: quando o ódio entra em erupção, cubra-o com amor. Séculos mais tarde, o rei Salomão resumiu isso com o verso: “O ódio suscita a contenda e o amor cobre todos os crimes” (Prov. 10.12)

Os discípulos de Abraão ficaram cada vez mais unidos, mas não foi até que alcançassem um nível profundo de unidade e solidariedade que eles foram oficialmente considerados como uma nação. O nome Monte Sinai vem da palavra Hebraica “sinaa” (ódio). Somente quando o povo de Israel se uniu ao pé do Monte Sinai e juraram ser “como um só homem com um só coração” se tornaram dignos do título, “nação”. Nesse mesmo tempo, também lhes foi dada a tarefa de continuar a espalhar o método de conexão, assim como Abraão e seus discípulos tinham ensinado a eles. Nas palavras da Torá, eles foram encarregados de ser “uma luz para as nações”.

O povo judeu continuou a desenvolver seu método de conexão e adaptá-lo às necessidades mutáveis ​​de cada geração, mas o princípio de cobrir o ódio com o amor permaneceu o mesmo. Quando um homem veio ao Velho Hillel e pediu-lhe para ensinar-lhe a Torá, ele simplesmente disse: “O que você odeia, não faça ao seu próximo; Esta é a totalidade da Torá “(Masechet Shabbat, 31a).

Antissemitismo Judaico – Uma Profunda Rejeição do Nosso Papel

Ao longo das gerações, as facções do povo Judeu que não podiam manter o princípio do amor que cobre o ódio se retiraram da nação. Essas pessoas assimilaram ou desenvolveram formas menos exigentes de Judaísmo, que atendiam a sua crescente auto-absorção.

Enquanto a maioria dessas facções e indivíduos desapareceu entre as nações, alguns deles, como os Helenistas, tornaram-se inimigos férreos do Judaísmo. Ka’ab al-Aḥbār, por exemplo, não era apenas Judeu, mas um rabino proeminente do Iêmen que se converteu ao Islã e se tornou uma figura importante no estabelecimento da denominação Sunita. Acompanhou Khalif Umar em sua viagem a Jerusalém. Quando Umar lhe pediu conselho a respeito de um local para um lugar de culto, Ka’ab apontou para o Monte do Templo. Em consequência, a Abóbada da Rocha hoje está  situada precisamente onde o Segundo Templo estêve antes.

Quando o ódio judaico de si mesmo se torna antissemita, não é simplesmente uma rejeição de uma fé. É mais uma objeção profunda ao papel que os Judeus devem desempenhar no mundo: para circular o método de conexão de Abraão com o mundo inteiro. Ser “uma luz para as nações” significa dar um exemplo de unidade acima do ódio. Esta é uma grave responsabilidade de carregar porque significa que se não formos um exemplo, o mundo não terá maneira de alcançar a paz e as pessoas nos culparão pelo seu ódio uns pelos outros. Já podemos ver isso acontecendo em muitos lugares e em muitas situações, mas à medida que o ódio e o egoísmo se intensificam em nossas sociedades, esse fenômeno se tornará cada vez mais comum e perigoso, a menos que forneçamos o antídoto dando um exemplo de desarmar o ódio trabalhando na unidade

Por mais que possamos tentar mostrar que não somos diferentes de qualquer outra nação, somos sempre tratados como estranhos. Recentemente, o Dr. Andreas Zick, da Universidade de Bielefeld na Alemanha, revelou que o antissemitismo ainda está desenfreado na Alemanha. Mas o mais importante é que o Dr. Zick atribui a onipresença do ódio aos Judeus ao fato de que os Judeus “não são vistos como parte integrante da sociedade, mas como estrangeiros”.

Na verdade, continuaremos sendo párias até restaurarmos nossa responsabilidade mútua, nosso senso de unidade e amor aos outros, e tornar-nos uma luz de unidade para as nações. Então, e só então, seremos bem-vindos em todos os lugares. O antis-semita mais notório da história americana, Henry Ford, expressou essa demanda específica em seu livro O Judeu Internacional – O Principal Problema do Mundo: “Os reformadores modernos, que estão construindo sistemas sociais modelo, fariam bem em examinar o sistema social sob o qual os primeiros Judeus foram organizados “.

O Fermento Entre Nós

Durante esta época do ano, quando as famílias estão se unindo para celebrar a Páscoa, a festa da liberdade, devemos lembrar que a única escravidão que ainda temos de jogar fora é o ódio de nossos irmãos. O hametz [fermento] é nosso ódio infundado, e removê-lo, mesmo que apenas por uma semana de ffestividades, será a nossa maior operação de limpeza. Será também o maior serviço que podemos fazer por nós mesmos, nossa nação e o mundo.

Ser “luz para as nações” significa dar um exemplo de unidade e fraternidade. Com o ódio judaico de si mesmo, estamos colocando o exemplo oposto. Biur hametz [removendo o fermento] simboliza a limpeza de nossos corações do ódio e prepará-los para a unidade e o estabelecimento de nossa nação. É por isso que a festa da liberdade, a Páscoa, vem antes do festival da recepção da Torá (Matan Torah), que como dissemos é “ama o teu próximo como a ti mesmo”, e que começou a nossa humanidade.

Numa época de conflito e alienação, sejamos verdadeiros Kudeus – unidos no amor que cobre todos os crimes, e ligados na fraternidade e na responsabilidade mútua.

Feliz e Kosher Páscoa (sem ódio).

Meus Pensamentos No Twitter, 05/04/17

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Conexão: Algo Novo no Menu do Seder #Seder

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Termos de #Passover (Pessach) explicados pela Cabalá

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Do Twitter, 05/04/17

Nova Vida # 834 – A Singularidade Do Povo De Israel

Nova Vida # 834 – A Singularidade do Povo de Israel
Dr. Michael Laitman em conversa com Oren Levi e Yael Leshed-Harel

Resumo

A singularidade do povo de Israel deriva do seu papel para com a humanidade.

Sua obrigação é ensinar à humanidade como construir uma conexão com base na regra geral: “E amarás teu amigo como a ti mesmo” (Levítico 19:18).

De KabTV “Nova Vida # 834 – A Singularidade Do Povo de Israel”, 07/03/17