Uma Questão Urgente E Sua Solução

Dr. Michael LaitmanComentário: O método de corrigir as relações entre as pessoas, que é o remédio para todas as doenças, anula toda a medicina moderna.

Meu Comentário: Mas nós não precisamos dela. O atual sistema de saúde não se importa com a pessoa, mas apenas consigo mesmo. A mídia veicula informações que despertam medo, e ninguém se preocupa com as pessoas.

Qual é o verdadeiro problema? A humanidade alcançou por muito tempo um nível tal de seu desenvolvimento que pode prover totalmente todas as suas necessidades. Isto era verdade na década de 70 do século passado, mas tudo chegou a um impasse já que as questões “E agora?” e “Por que devemos continuar vivendo?” surgiram.

Mas o homem não pensava sobre isso e novos problemas tiveram que ser criados, a fim de que ficasse bem claro que vivemos para resolvê-los. Caso contrário, estas questões vão surgir e fazer tanto a elite como os nossos líderes se sentir mal.

Assim, tudo começou a girar em torno da criação de diferentes necessidades imaginárias, e os problemas de saúde não são imaginários. Consequentemente, a medicina tem gradualmente se reconstruído ao criar novos sintomas, de modo que, ao utilizar medicamentos que ajudam a curar certos sintomas, as pessoas vão ficar ocupadas gastando dinheiro com medicamentos e viajando de um lugar para outro, a fim de procurar o tratamento, etc.

Pergunta: Este cenário foi previsto com antecedência? Será que as pessoas conscientemente examinam essa opção com antecedência?

Resposta: Claro. Nós podemos ver a publicidade na TV de produtos que são 99% desnecessários. Sequer temos a necessidade de 1% do que resta, mas só achamos que precisamos deles. Afinal de contas, nós nos acostumamos com a publicidade, somos nutridos por ela, e as ideias que ela vende já se tornaram uma necessidade inerente. Portanto, nós procuramos o que mais podemos comprar. Não podemos mais viver sem essas coisas, como um viciado em drogas que não pode viver sem drogas. Nós estamos acostumados a ser obrigados a assistir comerciais e implementar o que eles anunciam.

Alguns anos atrás eu estava no hospital após um acidente de carro e vi como os pacientes se comportam. Um deles falou constantemente com os médicos como se fossem velhos amigos. Quando eu perguntei por que ele falou com eles dessa maneira ele respondeu com orgulho que tinha 12 operações. É como se quisesse dizer: “Olha, eu sou o seu paciente fiel, eu sou seu!” E, inconscientemente, eles o tratavam como se ele fosse um dos seus: “Ele é um dos nossos”!

Isso significa que ele atingiu o estado em que eles estavam ganhando seu sustento um do outro. É como polícias e ladrões que não conseguem viver um sem o outro. A polícia tem que resolver crimes ou conspirações e, portanto, colaboram com a máfia para que ela lhes dê algumas pistas ou sacrifiquem um de seus cúmplices. A polícia prende a vítima e a apresenta como a sua realização, mas, geralmente, é a máfia que lhes dá a pista.

É o mesmo aqui. Isso se tornou um costume, e é muito interessante observar o belo trabalho do ego desde fora.

A sociedade impõe seus valores em nós e nos alimenta com esses valores como se fosse um jantar de negócios. Eles nos ensinam a amar, a ter filhos, criá-los, construir, jogar jogos sociais, consumir certos medicamentos e a estar conectados de uma certa maneira. É tudo baseado na noção de como preencher o nosso dia com preocupações, trabalho, tarefas, e não nos permitir tempo para pensar no sentido da vida.

Mas a humanidade já se desenvolveu ao ponto onde essa questão se torna vital. A fim de certificar que não nos ocupemos com ela, as autoridades têm-nos negado todo o nosso tempo livre, até o último momento.

O ponto é que a questão sobre o sentido da vida é muito maior. Se uma pessoa não encontra esta resposta, ele se torna tão deprimida que não pode superar isso. Ela não sente prazer em nada: nem na comida, sexo, família, seus filhos, em nada. Por isso, a elite suprime esta pergunta.

Mas chegou a hora de revelar o sentido da vida às massas. Por um lado, é como se estivéssemos jogando no limite. Mas, por outro lado, dizemos coisas agradáveis, tais como: “Vamos viver em unidade, vamos começar a amar um ao outro, de modo que tudo vai ficar bem”.

A sabedoria da Cabalá não se destina a despertar paixões revolucionárias em alguém, nem na elite nem nas pessoas comuns. Ela não chama as pessoas para lutar, mas se oferece para fazer uma revolução suave de forma pacífica. Esta é a verdadeira primavera, quando após uma longa geada, após o vazio interior, o retorno gradual a vida começa.

Pergunta: Será que a elite concordará com isso?

Resposta: Os líderes também vão mudar junto com as massas, uma vez que todos nós mudamos junto. Eles vão começar a perceber que, em primeiro lugar, a situação ambiental não nos permitem permanecer no mesmo nível. Nós podemos ver o que está acontecendo conosco.

Perturbar o equilíbrio ecológico envolve um maior desequilíbrio de toda a terra. Ninguém sabe quantos bilhões de dólares foram investidos este ano e ainda estão sendo investidos, a fim de superar os desastres ambientais no mundo todo.

Junto com os problemas ecológicos e climáticos, também vamos encontrar problemas nutricionais, já que poluímos o solo, mesmo no nível dos pensamentos e sentimentos. Mas quando as autoridades começarem a mudar, elas vão ver que tudo tem um limite e é a natureza que nos limita.

Elas vão perceber que temos que adquirir uma percepção totalmente nova, e, em vez de dinheiro, que perdeu seu valor, uma nova moeda vai parecer que está relacionada com a comunicação entre as pessoas.

O dinheiro é um método de conexão que enfatiza o quão grande você é e quão pequeno eu sou em relação a você, e como nós podemos satisfazer as necessidades um do outro. Em hebraico, a palavra “dinheiro” (Kesef) deriva da palavra “cobrir” (Masach), o que significa que eu cubro a diferença entre nós.

Novos métodos de comunicação entre as pessoas vão surgir, em vez de relacionamentos que são baseados no dinheiro. Eles vão se tornar popular, porque a própria sociedade começará a mudar. Se fosse só o ambiente que mudasse, ainda permaneceríamos os mesmos bonecos e as autoridades continuariam a jogar sem parar conosco. Mas, como o mundo inteiro vai mudar, a percepção também vai mudar, e as autoridades vão agir de forma totalmente diferente.

Eu acredito que isso vai acontecer num futuro próximo e espero ver, pelo menos, o início dessa mudança. É para isso que eu estou vivendo.

Nós ajudamos na aceleração do tempo. Nossas ideias fluem de imediato para a sociedade, uma vez que são uma parte integral dela. Assim, nós também temos que acelerar o desenvolvimento da elite.

De KabTV “Segredos do Livro Eterno” 18/02/14