Sob O Sol Escaldante

Laitman_512_02O Rabash escreve que na Torá há três modos. Por um lado, a Torá é chamada de um recurso que ajuda especificamente como um recurso para a força da pessoa, e depois disso vem a Luz que Reforma que corrige a pessoa, e a Luz que preenche seus Kelim corrigidos. É assim que ela completa o nível.

No entanto, até o término da correção, esta luta continua. Escrito nas palavras dos profetas está a terrível guerra de Gog e Magog, que acontece na última etapa da correção, a qual não afeta apenas o mundo físico, mas a mesma coisa acontece no trabalho espiritual. Guerras físicas tornam-se uma projeção de processos e observações espirituais.

Na medida em que a pessoa avança, mais perto ela chega do Criador; a pessoa é jogada num fogo ardente de estados como se estivesse se aproximando do sol. Então, ela é jogada muito mais fortemente em subidas de descidas. Desta forma, ela esgota sua força.

Ela deve entender que tudo isso é feito para ajudá-la a sair das profundezas de seu ego, ao se afundar cada vez mais fortemente nele, a fim de passar para “em prol da doação”, para o sagrado, a espiritualidade, a mais e mais doação e amor.

A diferença entre esses dois polos, entre as descidas e subidas, cresce cada vez mais. Até que a pessoa não esteja completamente afogada no mar de suas forças do mal, ela não pode gritar e pedir sua correção.

Assim, a Torá esgota s forças de uma pessoa. Se ela não for iluminada pela Luz, mas está sob o controle das forças egoístas (Klipot), de seu desejo de receber, ela não pode fazer nada. Nossa mente só serve os nossos sentimentos e não está preparada para nos ajudar.

Assim, a pessoa deve se preparar o máximo possível desde o início para estados como estes, na medida em que for capaz. No entanto, de qualquer forma, ela vai cair e se levantar novamente, cair e se levantar.

O grupo deve lhe fornecer o ambiente certo para que através dele, ela imediatamente comece a subir, carregando energia como em baterias. Durante todo o tempo de subida, ela carrega a bateria de modo que, quando necessário, possa usá-la.

É assim que se deve relacionar com um ambiente. Para este efeito, a Shevirat HaKelim (quebra dos vasos) foi feita, pois nós, aparentemente, não podemos passar sem uma bateria externa como essa. Nós investimos nossa energia nele, acumulamos nosso investimento, esforço, e depois disso, é possível usá-lo. É impossível avançar sem uma bateria de energia como essa.

Esta é garantia de nosso amor mútuo, “Amarás o teu próximo como a ti mesmo”. Garantia não é algo que alguém precisa. Em vez disso, nós mesmos precisamos dela. Isto é porque nós não podemos sair das descidas se não subirmos o tempo todo nos níveis de participação e conexão mútua.

Portanto, essas descidas são necessárias para nos ensinar como se comportar corretamente, de modo que não vamos fugir e nos quebrar em partes. Eu entendo que há descidas onde é impossível sair da cama, onde você se sente fisicamente morto. Todo mundo passa por estados como estes e permanece vivo. Não há nada com que se preocupar ou temer.

No entanto, em última análise, é necessário entender, organizar junto, e lutar com eles. Nós estamos diante de uma montanha de pensamentos, o Monte Sinai (do ódio) que você não pode subir sem garantia mútua.

Da 2ª parte da Lição Diária de Cabalá 22/10/14, Escritos do Rabash