Um Salto Para A Liberdade

Dr. Michael LaitmanO atributo de doação é atingido no grupo, na sociedade, sob condições especiais que são descritas pelos Cabalistas a partir do estado que foi preparado para nós pela quebra do primeiro homem (Adão HaRishon), a alma geral. Se nós usarmos corretamente o pequeno ambiente que nos foi dado, e nele tentarmos chegar à doação mútua, vamos descobrir que estamos no exílio do Egito.

Nós descobrimos que não há como alcançar a espiritualidade, o Criador, o atributo de doação, se não alcançarmos o amor dos amigos em primeiro lugar. Mas todas as nossas tentativas para chegar à conexão e ao amor dos amigos terminam em fracasso completo, como está escrito, “os filhos de Israel clamaram pela obra”, porque nós descobrimos que nós construímos cidades medíocres, Pitom e Ramsés para o Faraó, o que significa que nós só aumentamos o nosso desejo de receber.

Apesar de nos desesperarmos com este trabalho, nós não o deixamos e gritamos: “Salve-nos!”. Afinal, o nosso ego, o Faraó, não nos deixa conectar, e se isso continuar desta forma, nunca deixaremos o exílio nem alcançaremos a conexão com a força superior.

Este é realmente um grito de desespero do fundo do coração. Em seguida, uma força especial e geral, chamada “Moisés”, é revelada. Ela é revelada no grupo e passa por muitas mudanças. Uma vez revelada é novamente ocultada, até a estabilizarmos e colocarmos contra o nosso ego.

Quando estamos prontos para lutar contra nosso ego coletivo que nos impede de nos conectar, colocando a força coletiva da conexão chamada “Moisés” contra ele, começa a luta de vida ou morte. Nós apoiamos essa força tanto quanto podemos e até mesmo acima de nossas forças! Aqui nós descobrimos em nosso ponto geral coletivo a ajuda do Alto. Neste ponto, o Criador diz: “Venha ao Faraó, vamos enfrentá-lo juntos!”. Isto significa que Ele concorda em se conectar com o nosso ponto coletivo, e este nos tira do Egito.

Durante esse processo, diferentes fenômenos ocorrem, descritos pela Hagadá, e nós temos que passar por tudo isso. Isso se refere apenas às nossas tentativas de chegar à conexão e, de alguma forma, realizá-la. Finalmente, nós saímos deste estado, da nossa incapacidade de nos conectar, e alcançamos o que queríamos. O método de conexão chamado Torá nos é revelado contra o ego e o ódio.

Agora, surge o sistema que podemos usar. Ele é chamado de Torá, a Luz que Reforma, que gradualmente começa a nos influenciar para nos corrigir. Há o Monte Sinai que nos separa, o ego coletivo que fica no caminho da conexão entre nós. Quando a Luz corrige o ódio em conexão, esse monte se torna se a “montanha da Santidade”.

É disso que trata o feriado de Pessach ou Páscoa judaica (da palavra hebraica que significa “escapar”), que simboliza as transições do exílio à liberdade. Exílio é a minha incapacidade de me conectar. Eu não sei como fazer isso, mas anseio por ela e a exijo.

Redenção simboliza o fato de que me foi dada uma chance, um sistema, um método que me permite corrigir o mal em mim, e transformá-lo em bem. Bem significa a garantia mútua, amor dos amigos, onde eu descubro a força que me permite realizar esta atitude e aderir ao Criador. Afinal de contas, Ele é o objetivo pelo qual eu ansiava desde o início.

Da 1ª parte da Lição Diária de Cabalá 01/04/12, Shamati # 41