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Generação Net: Os Jovens Preferem Suas Vidas Virtuais Ao Mundo Real

Dr. Michael LaitmanNas notícias (do Daily Mail): “As crianças estão geralmente mais felizes com suas vidas online do que com a realidade, revelou uma pesquisa.

“Elas dizem que podem ser exatamente quem elas querem ser – e, tão logo algo não seja mais divertido, elea podem simplesmente apertar o botão “fechar”.

“Cerca de 47 por cento das crianças disseram que se comportavam de maneira diferente online do que faziam em suas vidas normais, com muitas afirmando que isso as fez se sentir mais fortes e confiantes.

“O [Psicoterapeuta Peter Bradley disse:] ‘Estas descobertas sugerem que as crianças vêem o ciberespaço como desprendido do mundo real e um lugar onde elas exploram partes de seu comportamento e personalidade que possivelmente não mostrariam na vida real. Não podemos permitir que mundos cibernéticos sejam lugares mais felizes do que as nossas comunidades reais, caso contrário, estaremos criando uma geração de jovens que não agem adequadamente em nossa sociedade’.

“Nós ficamos alarmados com o número de riscos que estão sendo tomados por adolescentes, enquanto on-line”, disse ele. ‘Comportamento on-line seguro é ensinado nas escolas, mas os adolescentes parecem ser incapazes de relacionar os riscos a si mesmos’”.

Meu comentário: O desenvolvimento não pode ser interrompido e, portanto, apenas corrigindo a pessoa é que podemos tornar o ciberespaço útil. Tudo repousa sobre a educação integral.

Em geral, a humanidade está em transição para o espaço virtual. Ela está se afastando dos portadores de sensações, energia e informação físicas, e está entrando no espaço das forças e qualidades. A matéria perderá gradualmente a sua firmeza em nossas sensações até desaparecer como uma ilusão.

Não Um Passo, Mas De Pernas Para O Ar

Dr. Michael LaitmanO grupo deve dar um bom exemplo a todos. Ele está praticando o que gostaríamos de ser, como uma criança que brinca de ser adulto porque sonha em ser um adulto.

Em nossa vida cotidiana, quando nós avançamos instintivamente pela evolução, a natureza nos força a avançar, empurrando-nos por trás através dos sofrimentos e puxando-nos pela frente com prazeres, mostrando-nos exemplos do ambiente, evocando o nosso orgulho, a nossa paixão, nosso desejo de controlar e outros prazeres, fazendo-nos ansiar a crescer e conseguir mais.

É assim como a natureza avança nos níveis inanimado, vegetal e animal, mas o homem, que é a criatura mais desenvolvida na Terra, avança mais do que todos os outros níveis. Para ele, não basta nascer e adquirir a forma de um adulto num par de semanas como um animal o faz. Ele tem que assumir uma nova forma a cada geração. A Natureza cuida disso e o avança.

Mas quando ele tem que crescer, como ser humano, numa forma que já é diferente em relação aos níveis inanimado, vegetal e animal, tudo se torna diferente. Nós não vemos essa diferença, porque nos relacionamos com o corpo humano como a um corpo bestial; nós prestamos atenção no rosto do amigo, na maneira como ele se comporta no mundo corpóreo, e em seu caráter. Nós não entendemos que o seu componente espiritual é totalmente separado do corpo e não pertence a ele.

Nós precisamos desse corpo a fim de atingir a espiritualidade com ele, atingir os atributos através dele, que nos permitem conectar internamente com os amigos. Mas, na verdade, a forma espiritual é totalmente diferente da forma corpórea, como dois níveis diferentes. Assim como em nosso mundo há uma diferença absoluta entre uma pedra inanimada, o vegetal e o animal, o nível humano também é cortado por uma fronteira chamada Machsom, que nos separa do nível animal. Nós só podemos nos elevar ao nível humano por impulsos que nós mesmos projetamos. Esses impulsos são chamados de “importância da meta espiritual”, que é o oposto do nosso nível corporal.

Esta oposição realmente existe entre todos os níveis do inanimado, vegetal e animal. Nós devemos entender que no processo de evolução é impossível se manter no estado atual. Então, você começa a consolidar seus poderes, a fim de sair do seu estado atual e passar para o próximo estado, que é mais avançado.

A mesma coisa acontece em nosso desenvolvimento. A Natureza nos leva a este ponto quando sentimos a necessidade do desenvolvimento espiritual. Quando sentimos o ponto no coração dentro de nós, nós chegamos ao grupo. Mas depois nós temos que encontrar a força para o nosso desenvolvimento por nós mesmos.

Da 1ª parte da Lição Diária de Cabalá 14/02/12, Escritos do Rabash

A Força Do Direito De Nascer

Dr. Michael LaitmanLevando em consideração que toda a criação é o desejo de receber prazer, não parece realista que nós possamos nos separar de nossos egos. Mas esta separação acontece apenas dentro do nosso cálculo, quando avaliamos o quanto “devemos” ao ego, o quanto precisamos dele, pois sem o ego somos incapazes de fazer qualquer ação ou gerar um único pensamento.

Então, a Luz que Reforma nos leva a um estado de liberdade real. Somente a Luz pode fazer isso porque ela adiciona ao desejo de receber prazer do homem a propriedade de doação, como se fizesse uma nova liga. É semelhante às leis da valência ou a criação de novos elementos químicos. Ao adicionar ou remover elétrons nós produzimos uma nova substância. Este é o resultado das leis espirituais em nosso mundo material.

A propriedade de doação desce até a pessoa e controla seu desejo de receber prazer porque ela contém a Raiz. A diferença entre o estado de “Lishma” (doação) e o estado anterior de “Lo Lishma” não está na presença da propriedade de doação em si, mas em nós alcançá-la.

A presença da propriedade de doação não significa nada, porque nós ainda podemos usá-la egoisticamente, ou seja, “Lo Lishma“! No entanto, quando atingimos a Raiz, que está incluída na propriedade de doação e vem de Keter, em vez de Bina, ela força o nosso desejo egoísta a se render. Nosso ego “entende” que ocupa um lugar secundário, enquanto que o primeiro lugar (o desejo de doar) o precede.

Portanto, o nosso egoísmo capitula, tornando-nos prontos para trabalhar em “Lishma“. Agora, nós adquirimos energia e combustível para executar ações em prol da fonte de doação, ao invés de para o nosso ego. O desejo de receber prazer subjuga: Malchut se curva, uma vez que “sente” a presença de Keter, a raiz que atua dentro de Bina.

Depois, nós precisamos melhorar este estado e elevar Malchut ao mais alto possível para que ela cresça dentro de nós. Ela nos permite conhecer melhor Keter, embora não fiquemos conectados a ela, mas sim nos familiarizamos com Sua propriedade básica incluída dentro da propriedade de doação que se reveste em nós (em nosso desejo de receber prazer, já que a matéria da criação nunca desaparece).

Quando uma pessoa se eleva acima de seu desejo de receber prazer e atinge a raiz e a propriedade de doação, ela é preenchida com a Luz de Hassadim (Misericórdia) e, assim, adquire a propriedade de Bina. Neste ponto, ela pode fazer a transição para a Luz de Hochma (Sabedoria) e receber em prol da doação, embora esta seja uma obra especial que ainda não conseguimos imaginar.

O estado de “Lishma” começa no momento em que a pessoa se torna capaz de agir em prol da adesão com doação, mantendo o desejo de receber prazer. Ela sente o poder do Criador, Suas propriedades, e sua própria fonte dentro do Criador, em vez de no seu desejo de receber prazer.

Nesta fase, a pessoa deixa de ser um fiel aliado e um escravo do seu ego com o qual ela costumava estar tão conectada, de modo que não se separava dele e o considerava como sendo ser autêntico “eu”. Agora, ela se desconecta dele e muda o seu mestre consciente e voluntariamente, tendo trabalhado duro para alcançar este estado.

Da 1ª parte da Lição Diária de Cabalá 14/03/12, Shamati # 20

Não Seja Um Dos 999 Que Caem

Dr. Michael LaitmanDe uma lição do Rabash: Num lugar onde a espiritualidade não é importante o suficiente, as cascas têm um porão. Por exemplo, se a pessoa pretende se levantar para a aula matinal, mas pensamentos e cálculos vêm à sua mente: “Por que eu deveria me levantar? O que vou aprender? Qual é a questão de tudo isso?”.

No momento em que a espiritualidade não parece importante, tais pensamentos imediatamente emergem e amarraram a pessoa na cama com cordas grossas para que ela não seja capaz de se levantar… por isso, nós precisamos da força que acompanha que não nos deixará cair”.

O que falta a todos os grupos, e na verdade a cada pessoa de uma maneira ou de outra, é a força que acompanha. Caso contrário, nós caímos um por um, como se diz: “Mil entram na sala de aula e um sai professor”. Isso significa que 999 caem.

É muito provável que eles realmente não caiam fisicamente, mas estão enfraquecidos internamente e prontos para “continuar” desta forma, sem atingir a meta da criação, o objetivo da vida. Eles não afirmam que é necessário encontrar uma resposta para a pergunta “qual é o sentido da minha vida”, mas amadureceram e não sentem que têm a força para fazê-lo. Isso tudo ocorre porque eles não construíram para si apoiadores, um “trilho” que irá apoiá-los e ajudá-los a levantar-se e não deixá-los cair. Isto é muito importante.

É como fazer um tratado de ajuda mútua, um compromisso para com as relações entre os amigos, entre os grupos. Por isso, é tão importante saber o que está acontecendo em cada grupo e ajudar uns aos outros.

É como se diz: “Não há profeta em sua própria cidade”, e os amigos de outros grupos às vezes podem ajudar a pessoa e influenciá-la mais do que aqueles que estão ao seu lado. Ela pode suspeitar que seus amigos tenham algum interesse próprio e pode encontrar culpa em suas intenções egoístas. Mas ela não se sente assim em relação aos outros grupos. Ela vê que pessoas de outros lugares começam a falar dela e lhe mostram quanto ela é importante para elas; por outro lado, ela entende que é preciso corrigir alguma coisa dentro de si, como se diz: “Você deve colocar juízes e policiais em todas as suas portas”.

Isso é muito importante. Normalmente, após cada subida coletiva, várias pessoas caem, porque após uma subida há sempre o endurecimento do coração. Nós devemos estar de guarda!

Da 1ª parte da Lição Diária de Cabalá 18/03/12, Shamati # 8

Mesa Redonda Na Localidade Árabe Em Israel

A Round Table in Iksal, IsraelEm 19 de março de 2012, às 18:30 h, hora de Jerusalém, o movimento Garantia Mútua realizará uma mesa redonda na vila Iksal, conselho Árabe no norte de Israel. O tema da discussão é “Educação: por Mérito ou Valores”.

Entre os participantes estão o Sr. Abed El-Salam Darawshe, chefe do conselho local, a Dr. Orna Simchon, Diretora do Ministério da Educação no norte de Israel, e outros. Como de costume, a discussão será transmitida ao vivo pela Internet.

Amor Dos Amigos (3)

Dr. Michael Laitman“Amarás o teu próximo como a ti mesmo” é a principal lei da natureza integral na sociedade humana. Ao observá-la, nós observamos todas as leis da natureza, ou posto de forma diferente, todas as leis da natureza estão incluídas nessa lei. Isso significa que não há nada mais para fazermos, exceto isso?

O objetivo da natureza é trazer todas as suas partes à total harmonia e equilíbrio. Isto permite que a pessoa atinja o estado mais confortável. Todas as ocorrências que devemos percorrer são realizadas apenas para que nós, conscientemente, atinjamos este estado.

Nós temos que pesquisar e seguir o objetivo da natureza e o caminho para alcançá-lo. Esta é a garantia de uma vida de sucesso para nós. Ao apoiar constantemente este princípio cientificamente, nós ganharemos a confiança no caminho e no fato de que temos o apoio das leis da natureza. Esta consciência do sucesso no caso de realizarmos a lei da natureza, ou de infortúnios no caso de não ser sentido por nós como terror e medo. Isso nos garante um bom caminho.

Para isso nós devemos estar conscientes das leis da natureza como sendo objetivas e obrigando-nos a executá-las conscientemente. Precisamente a execução consciente dessas leis é a característica que distingue o nível “humano” do desenvolvimento, em oposição ao nível “animal”. Afinal de contas, nós passamos inconscientemente por todos os nossos níveis anteriores de desenvolvimento, impulsionados pelo desenvolvimento do egoísmo dentro de nós. Mas hoje, a natureza está nos obrigando a desenvolver de forma independente, consciente, acima do egoísmo, adquirindo a qualidade de doação e amor, que é oposta ao egoísmo.

Portanto, como pode uma pessoa adquirir esta nova qualidade, o desejo de doar, e, ao mesmo tempo, a compreensão de que o desejo de receber para si mesmo é muito prejudicial a ela? Afinal, isso é contraditório à natureza do homem, à medida que ele não pode fazer nada que não lhe traga lucro pessoal.

Há apenas uma solução: para várias pessoas que têm uma aspiração para sair do poder do egoísmo, estas devem se reunir num único grupo, onde cada membro se iguala em relação aos outros. Uma vez que cada membro deste grupo tem uma aspiração de alcançar a qualidade de doação e amor, e tudo o que falta é a força para realizá-lo, unindo-se num grupo e suprimindo seu egoísmo em relação aos amigos, eles criam uma nova substância. Por exemplo, se existem dez membros do grupo, esta substância terá uma força dez vezes maior do que cada pessoa tinha individualmente.

No entanto, isto só irá acontecer se aqueles que se reúnem no grupo pensarem em como reprimir seu egoísmo em vez de pensarem em como satisfazê-lo. Devido à sensação do amor dos amigos, cada pessoa será capaz de sentir uma aspiração para realizar a lei da natureza porque assim ela traz toda a natureza ao equilíbrio e harmonia.

(Com base no artigo do Rabash “Amor dos Amigos”, 1984, # 6)

O Começo De Todos Os Começos

Pergunta: Qual é o quinto ou estágio zero do desenvolvimento evolutivo?

Dr. Michael LaitmanResposta: Nós vemos que todas as leis da natureza são originárias de uma única lei do sistema fechado, e assim assumimos que o estágio zero do desenvolvimento evolutivo é o que existia antes do Big Bang ou durante o Big Bang como o Pensamento da Criação.

Pergunta: Ou seja, tudo o que acontece conosco é um determinado programa que está sendo realizado agora?
Resposta: Se ao estudar o ambiente e nós mesmos, nós descobrimos relações, lógica, e certas leis, isso sugere que nós existimos dentro de um sistema de leis e interações. Se nós não conseguirmos ver algumas delas, ou vemos e não podemos conectá-las, este é o nosso problema.

Porém, a cada dia nós descobrimos dependências mais abrangentes, ricas e interconectadas.

Da “Discussão sobre a Educação Integral” # 12, 16/12/11

Quando Surge A Tranquilidade?

Dr. Michael LaitmanPergunta: As transições anteriores do desenvolvimento humano, por exemplo, do nível vegetal ao animal, também foram acompanhadas por crises e sofrimentos?

Resposta: As transições anteriores foram mais suaves, mais prolongadas. O primeiro período (inanimado) foi o mais longo, porque a quantidade de natureza inanimada é muito maior do que a vegetal.

Há um tipo de projeção de um nível da natureza para o próximo, mas ela retém as suas proporções. É por isso que o nível inanimado do desenvolvimento humano durou dezenas de milhares de anos, o vegetal durou milhares de anos e o animal durou centenas de anos, talvez cinco séculos ou até menos. Nosso período deverá ser superior em apenas algumas décadas.

A Natureza dirige todas as suas partes desde o Big Bang, que começou tudo, até o repouso absoluto, a plena correspondência com o outro. Esta tranquilidade ocorrerá quando o homem alcançar seu nível mais elevado e concluir toda a imagem integral.

Nós não estamos falando de estrelas, galáxias, e assim por diante. Isso não importa. O que importa é que no nível mais elevado, o homem estará completamente fechado em seu interior, incluindo tudo dentro de si. Este é a exigência da natureza. Sua lei mais importante é a lei do equilíbrio de todas as suas partes. Qualquer ação tende ao equilíbrio, para gastar a menor quantidade de energia, a mínima entropia, distúrbio mínimo.

Aqui nós encontramos o homem, que causa o maior transtorno. Ele é o único elemento da natureza que tem livre-arbítrio. Isso significa que devido ao livre arbítrio ele deve entender que precisa disso apenas para alcançar o equilíbrio, a harmonia com a natureza.

Da “Discussão sobre a Educação Integral” # 12, 16/12/11

O Movimento Para A Integração

Dr. Michael LaitmanPergunta: Quais são as principais características do quarto nível integral do desenvolvimento humano, o nível de Adão?

Resposta: Esse nível tem uma característica: o movimento para a generalização, no sentido de uma humanidade comum, para a fusão mútua, a integração de tudo o que faz em todos os níveis: cultura, ciência, todos os tipos de interações industriais, financeiras, econômicas, e assim por diante.

Com a ajuda da educação e formação integral, nós precisamos chegar a um estado tal em que seremos capazes de eliminar todas as fronteiras e tornar uma pessoa totalmente livre, quando ela compreende e percebe que precisa trabalhar só para sustentar sua existência normal e dar tudo o mais para a ascensão integral, porque sente um conforto absoluto e harmonia nela. Isso se torna a coisa mais importante para ela e define a sociedade do futuro.

No entanto, agora nós não devemos pensar e falar sobre tal sociedade, mas sobre a transformação em direção a ela, porque, se não quisermos voluntariamente superar o egoísmo, esta passagem pode acontecer por meio de grande sofrimento. Isso significa que forças opostas conflitantes podem surgir, o que pode levar a uma guerra mundial. No entanto, isso pode ser feito por meio de um trabalho explicativo, que é o que estamos tentando fazer.

Da “Discussão sobre a Educação Integral” # 12, 16/12/11

Os Quatro Estágios Do Desenvolvimento Humano

Dr. Michael LaitmanPergunta: Como podem ser caracterizados os níveis inanimado, vegetal e animal do desenvolvimento humano?

Resposta: O nível inanimado é o período em que a pessoa tem um egoísmo muito pequeno que ainda não a desperta para se conectar com os outros. Ela existe passivamente na natureza, sem mudar praticamente nada em torno de si, apenas trabalhando a terra um pouco com as mãos e ferramentas primitivas (na verdade, mesmo isso ainda não existe) e conseguindo comida para si mesma. Este é o nível do desenvolvimento inanimado, ou seja, que ela não se aperfeiçoa e permanece no mesmo nível o tempo todo; ela ainda não está crescendo, como o próximo nível.

O nível vegetal é caracterizado pelo fato de que a pessoa já está “crescendo”, mas, como dizemos, “ela ainda é uma planta”. Isso significa que ela ainda não tem movimento, não é capaz de grandes realizações ou de várias transformações. Ela organiza o espaço em torno de si, mas como uma planta que espalha suas raízes e absorve um pouco de tudo. Ela conquista algo, mas de uma forma muito limitada já que seu egoísmo, sua capacidade não está deixando-a “engolir” o que conquistou. É por isso que não faz sentido arriscar, esforçar-se e sofrer.

O nível animal é, antes de tudo, o desenvolvimento da tecnologia, isto é, o que está fora do homem. Nós começamos a desenvolver instrumentos que nos ajudam a conquistar o mundo até o espaço. Esta etapa começou na Idade Média com a invenção das máquinas de impressão e outras novidades.

Na verdade, a Idade Média não é um simples nível de desenvolvimento. Ela foi um período agitado concebido de forma um tanto interna. No entanto, quando se estuda o processo de evolução nós entendemos que, naquela época, processos de concepção muito interessantes, poderosos, embora ocultos, da fase seguinte estavam ocorrendo.

Deve-se ressaltar que isso não foi observado nas fases anteriores, porque há muito pouca diferença entre a terra e uma planta, e sua conexão é muito forte. Elas contêm uma a outra, elas transformam uma na outra, e assim por diante. Enquanto que há uma enorme diferença entre o vegetal e os estados animais: no livre-arbítrio, movimento, espaço pessoal, conquista do espaço, e assim por diante.

O desenvolvimento humano interno continua de acordo com isso. As pessoas literalmente correram para conquistar a natureza e as áreas, e para descobrir novas terras. Tudo mudou: trabalhar a terra, a agricultura, as ocupações, as cidades, a divisão das pessoas em grupos e clãs, e assim por diante. Então, o movimento por um parlamento começou, por liberdade, e assim por diante. A humanidade tornou-se mais ativa em todos os níveis relativos a estados passados, e esta atividade tem crescido cada vez mais.

Durante o último século, ela alcançou a união. Nós chegamos à integração, à interação egoísta. Isto se tornou o pressuposto para a concepção do novo nível, que começou a se manifestar em meados do século XX. O Clube de Roma, o acadêmico Vernadsky na Rússia, e várias organizações internacionais começaram a notar que um nível holístico da natureza está sendo revelado e que influencia a sociedade nesse sentido. Se não o seguirmos, vamos sofrer com o desequilíbrio com a natureza.

Naquela época, muitas pessoas começaram a escrever e falar sobre isso. Cada uma em seu nível: no nível da biologia, sociologia, ciência política, mineralogia, desenvolvimento social, ou mesmo no desenvolvimento econômico e financeiro (economia e finanças são duas funções diferentes do homem). Tudo isso vem se acumulando gradualmente e levou ao surgimento de pré-requisitos para passar ao próximo nível. No entanto, o surgimento desses pré-requisitos, como qualquer movimento no desenvolvimento, inicia-se com pequenas revoltas que estão em constante crescimento até atingirem estados onde é impossível parar, permanecer no estado anterior, e, em seguida, um novo estado nasce em um salto.

Da “Discussão sobre a Educação Integral” # 12, 16/12/11