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A Aterissagem Final do Ego

Dr. Michael LaitmanDe certa forma, nós sempre soubemos o que fazer e para onde ir. A Natureza sempre nos empurrou por trás: nós queríamos evoluir, fazer mais e expandir, desenvolver a ciência e a tecnologia – tudo que podíamos.

Hoje, nós não queremos nada. Nós estamos paralisados, calados. O nosso ego, que ao longo da história era a força motriz da humanidade, deixou de funcionar. Ele não evoca nenhum desejo ou impulso em nós, não nos empurra para frente. Nós já passamos por muitas mudanças na sociedade, nos desenvolvemos, construímos, criamos e fizemos revoluções. A humanidade sempre tentou fazer algo, avançar. Nós estávamos buscando.

Atualmente não há busca. Não existe um paradigma de pensamento, nenhum plano claro e preciso do que queremos e em que direção nos desenvolver. Isto é o que caracteriza o nosso tempo.

O principal problema é que isso se aplica a todos. Nunca houve algo assim na história. Todos os países e continentes: Oceania, Ásia, América do Norte e América do Sul, Europa, Extremo Oriente, Japão, China e África, todos se desenvolveram a sua própria maneira, em seu próprio ritmo e não eram dependentes um do outro.

De repente, nos tornamos tão dependentes que este problema tornou-se global. Nós nos encontramos num mundo onde tudo está conectado. Nós não queremos isso, mas a conexão mútua é tão forte que se manifesta diariamente e afeta virtualmente cada um de nós. Se alguma coisa acontece em algum lugar do mundo, é sem dúvida imediatamente refletida em nós. Vemos o que está acontecendo nos mercados de ações em Nova York, Tóquio, Alemanha, ou Frankfurt, o que está acontecendo com o óleo ou metais… Se há um terremoto, um furacão ou um vulcão que explode em algum lugar, isso é refletido em todos. Nós estamos num mundo em transformação que sequer podemos imaginar o que fazer a seguir.

Se traçarmos um gráfico simples do desenvolvimento do ego num eixo de tempo, veremos que estávamos acostumados a nos desenvolver mais ou menos uniformemente. Somente no século XX é que o nosso ego cresceu muito rapidamente. Fizemos um grande avanço em todos os aspectos da vida: na tecnologia, educação e formação, desenvolvendo terras e conquistando o espaço. De repente nos encontramos numa “aterrissagem”. Nós atingimos o máximo do nosso ego, e isso não nos empurra a lugar algum. Chegamos a este estado no final do século passado.

Este é um problema muito sério, que grandes homens e grandes mentes estão lidando. Mas hoje nós estamos começando a pesquisar e entender, começando a perceber o que aconteceu.

Da Convenção de Vilnius 22/03/12, Lição Preliminar

Desenvolver Um Sentimento Pelo Criador

Dr. Michael LaitmanAgora, nós estamos criando um novo órgão sensorial. A ciência da Cabalá não é apenas a ciência da recepção, é o método de desenvolvimento do órgão sensorial mais elevado em nós.

Ele não existe numa única pessoa, mas é revelado entre as pessoas quando elas estão tentando criar essa interação entre si que irá revelar a Força Superior que preencherá todo o espaço entre elas.

Só nós podemos estimular esse detector, este sensor. Ele pode aparecer somente entre nós, e não em cada um de nós, mas entre nós. Na medida em que nós nos esforçamos em nos aproximar uns dos outros e nos transformar num todo, vamos descobrir essa força que nos preenche de acordo com a lei da equivalência de forma, a lei da equivalência, do equilíbrio e da homeostase. Este é o método da Cabalá.

Eu me lembro quando comecei a estudar com o Rabash e ainda não entendia nada. Ele me dizia algumas frases que eu me lembrava, embora não entendesse o que ele queria dizer. Ele dizia: “A coisa mais importante é desenvolver um sentimento pelo Criador, que preenche tudo, por essa força da natureza que nos rodeia”.

Desenvolver um sentimento? Eu não sabia o que significava “desenvolver um sentimento”. Em geral, a minha natureza é de cientista; eu quero entender, em vez de sentir.

Levou muito tempo antes que eu percebesse que isso não é alcançado pela mente, mas apenas através do desenvolvimento de um órgão sensorial adicional.

Mas o sentimento só pode ser desenvolvido se cooperarmos entre nós, transformando-nos num todo, como essa grande força que nos rodeia.

Nós nos reunimos aqui para unir, para criar essas condições entre nós, para que isso se manifeste. Conforme a nossa conexão, a nossa aproximação mútua, esta força será manifestada.

Da Convenção de Vilnius 23/03/12, Lição 1

É O Serviço Secreto Ou Nós?

Dr. Michael LaitmanPergunta: Nós dizemos que, devido à nossa união, a situação no mundo mudou: tornou-se mais pacífico; há menos terrorismo. Se um funcionário do serviço secreto nos ouvisse, ele diria: “Nós estamos trabalhando de manhã até a noite, neutralizando terroristas, então a situação melhorou por causa de nós não, porque você está se unindo”. O que você pode dizer a esse cético ou é melhor não contrariá-lo?

Resposta: Eu não costumo entrar em qualquer debate com quem quer que seja. Deixe-os falar; isso não importa. Se eles pensam que estão fazendo isso melhor, que assim seja.

Além disso, eu não acho que possamos substituir os serviços de segurança, etc., porque a humanidade está longe de ser capaz de avançar de forma consciente. As pessoas que querem fazer mal devem se deparar com uma ordem pública organizada.

Eu não tenho nada para lhe dizer; ele não percebe e nunca entenderá o que estamos fazendo, se ele não vier para os nossos cursos.

Da “Discussão sobre Educação Integral” # 14, 18/12/11

O Presente É A Oportunidade De Conhecer O Remetente

Dr. Michael LaitmanO desejo de receber que existe abaixo deve ser totalmente coberto pela Luz de Hassidim, pela doação mútua. Então, o desejo (ou seja, a recepção) e a doação vão se equiparar um com o outro e, juntos, vão se transformar num vaso para a Luz.

O desejo cria a força de atração, sem a qual a Luz de Hochma não será revelada. Como ela é a Luz do prazer, para atraí-la um “apetite”, uma exigência, é necessária. Por outro lado, também deve haver equivalência, semelhança, não pela Luz, mas por sua fonte. Então, nós descobrimos o seu bom atributo de doação que vem do Doador, e alcançamos o Doador.

Isso significa que eu não apenas acabei de receber um presente, mas também sei de quem estou recebendo. O próprio presente me diz sobre o Seu amor, mas no meu vaso há a Luz de Hassidim, e assim que eu começo a sentir quem Ele realmente é e em que medida o atributo da misericórdia (Chesed) é típico dele.

Eu crio esses “elementos emocionais” no meu desejo de receber que me revelam o Doador do presente para mim, o Criador, além do próprio presente. Esta é toda a sabedoria da Cabalá: como revelar no próprio vaso a capacidade de compreender e senti-Lo. Uma ciência especial, uma sabedoria especial, é necessária aqui: eu recebo um “doce”, e por sua doçura eu atinjo Sua mente e sentimentos, até alcançar o Seu plano.

Caso contrário, eu gostaria apenas de aproveitar o presente como uma besta. Nós estamos todos sendo alimentados e vivemos da Luz de Hochma, mas é pela sabedoria da Cabalá que começamos a conhecer e alcançar o Criador. Portanto, a sabedoria da Cabalá é chamada de “revelação do Criador à criatura”.

Assim, nós devemos ter o desejo de receber, e acima dele o atributo de doação, a intenção de doar. A Luz superior é revelada de acordo com a conexão correta entre eles. Há dois lados disso: por um lado, ela dá prazer ao desejo de receber e, por outro, permite ao desejo perceber de onde ela vem, ou seja, do desejo do Criador de doar, de Seu amor. Então, a pessoa que recebe para doar sente um estado, um fenômeno, chamado de “adesão”.

Da 4ª parte da Lição Diária de Cabalá 21/03/12, “Introdução ao  TES

O Mundo Na Encruzilhada

Dr. Michael LaitmanHoje, vamos falar da crise que afeta toda a humanidade e de sua possível solução, que o método da educação integral proporciona.

A humanidade entrou num período difícil e se transformou de tal forma que se sente completamente perdida.

As pessoas estão muito pouco preocupadas com família, sociedade, educação, formação e com os problemas públicos, governamentais e sociais; elas não conseguem encontrar soluções para os problemas que surgem em cada atividade individual, social e governamental. Nós nos encontramos num estado que não podemos compreender.

No entanto, nos últimos anos (79-80 anos), os cientistas suspeitaram do que estava acontecendo. Começando nos anos de 1920, os primeiros artigos apareceram sugerindo que o mundo estava entrando numa área completamente diferente de desenvolvimento, que estava subindo a um nível totalmente diferente: o nível do desenvolvimento integral. Muitos pesquisadores escreveram sobre isso. Na década de 1960, o famoso Clube de Roma falou sobre isso, bem como muitos pesquisadores e organizações.

Hoje, durante a crise, nós chegamos a um estado muito profundo do qual não conseguimos encontrar a saída.

Anteriormente, a crise tocava apenas os problemas da criação e educação de crianças. Nós estávamos insatisfeitos com o que estava acontecendo, mas de alguma forma suportávamos, embora víssemos que as escolas não educavam as crianças, que as nossas crianças sofriam intimidação, violência e abuso na escola. Mas nós tolerávamos isso.

Então, nós começamos a perceber como as pessoas de repente pararam de se preocupar com a família e a família começou a se desintegrar, o que não ocorria 100 a 200 anos atrás. Ao longo da história humana, aceitava-se que a pessoa vivesse numa família com seus pais e então criasse sua própria família. Depois, seus filhos nasciam, e eles permaneciam todos unidos numa casa comum; mas agora tudo está passando por um declínio crítico. As pessoas começaram a se divorciar, os filhos a se afastar de seus pais, as pessoas não querem se casar ou constituir família. Esta é também uma crise, porque este fenômeno não é natural para nós, como pessoas.

E o que vai acontecer com as gerações futuras? Nós já estamos enfrentando um problema demográfico, onde os idosos são mais numerosos do que os jovens. E quem sabe quem vai cuidar deles na velhice. O que vai acontecer com você se você não tem filhos? Quem vai apoiá-lo?

As pessoas nem sequer pensam que uma geração apoia a outra. Pelo menos três gerações são necessárias: os idosos, os pais e os filhos, para que eles apoiem, eduquem uns aos outros, transmitam conhecimento, cuidem da família; os jovens cuidam dos idosos e os idosos transmitem sua experiência e valores da vida. Não há nada como isso.

Então, há os problemas com drogas e a depressão, a qual é tão forte que os médicos consideram hoje a doença número um do século, não só a doença em si, mas também suas consequências. A causa, a origem da maioria das doenças no mundo é a depressão, a ansiedade intensa, o desapego e o desamparo.

As últimas crises envolvem a crise na ciência, na educação, em todas as coisas. A crise na ciência começou a partir do ponto que paramos de acreditar na ciência. Antes, nós pensávamos que através da ciência chegaríamos a uma boa vida, conquistaríamos o espaço, nos estabeleceríamos em outros planetas e teríamos possibilidades ilimitadas à frente. De repente, fechamos todos os programas espaciais; não estamos mais interessados ​​na exploração do espaço; nós não pensamos que podemos encontrar alguma coisa lá. No final, tudo está se desacelerando. A pessoa se sente deprimida, não quer nada.

A mais recente crise é a crise econômica. É a mais dura e mais difícil porque afeta todos os aspectos de nossas vidas. Alimentação, saúde, aquecimento, segurança, tudo depende da economia. Mas a economia se recusa a funcionar; ela já não funciona mais e não sabemos por quê. Empresas fecham, “bolhas” financeiras inflaram, e todo o tipo de mau uso do dinheiro ocorre. E tudo o que era para se desenvolver bem, para o nosso benefício, se volta contra nós.

Mas o que é interessante é que ninguém consegue lidar com isso, nem os eminentes economistas, nem os políticos, mas todos nós estamos dispostos a ajudá-los porque não vamos sobreviver sem a economia. Acontece que não sabemos o que fazer. Um grande número de altos políticos, chefes de estados, o G8, G20, se reúnem e não conseguem resolver nada. Eles não sabem o que fazer.

Da Convenção de Vilnius 22/03/12, Lição Preliminar

Estágios De Ascenção Em Direção Ao Criador

Dr. Michael LaitmanA ciência da Cabalá descreve os estágios do desenvolvimento que devemos atravessar ao nos aproximarmos uns dos outros a fim de revelar a Força Superior. De acordo com as nossas aspirações em direção à união, ao anularmos nosso egoísmo, subirmos acima dele e nos unirmos, nós chegamos ao primeiro nível e sentimos esta força no nível de Nefesh (nível inanimado). Nós começamos a sentir que algo está entre nós, mas ainda não podemos compreendê-lo exatamente. Existem algumas sensações, mas que ainda não são definíveis ou determináveis.

Mais tarde, com um desejo mais forte pelo outro, nós chegamos a uma conexão mais forte e começamos a sentir como “penetrar” um pouco um no outro e sentir mais a conexão. A partir daí, emerge uma maior sensibilidade, a capacidade de sentir. E não apenas sentir, mas determinar e compreender como fazê-lo. Assim, surge a sensação no nível de Ruach, o nível do movimento. De acordo com o nosso movimento em direção ao outro, nós podemos entrar em contato com esta força em diferentes níveis de esforço, mais ou menos de acordo com as nuances de nossos encontros. Nossos movimentos e a compreensão desta força superior acontecem em algum tipo de diálogo: em nosso esforço e na sua resposta, a reação da força superior.

Nós avançamos no sentido de estabelecer uma harmonia ainda maior entre nós e de começar a sentir como nos conectar, mas também para dar e receber do outro. Assim, nós chegamos à sensação da força superior e nos comunicamos com ela doando ou recebendo dela. Este nível é chamado de Neshama, o nível de Bina, um nível extremamente elevado.

Então, nós chegamos a uma percepção mais profunda da interação entre nós: qual o caminho a trabalhar, recebendo do outro ou dando ao outro através de si mesmo. Ao dar aos outros através de si mesmo, nós alcançamos o nível da Luz de Hochma ou Haya.

Finalmente, nós chegamos ao estado em que sentimos todos como um todo. Não há diferenças, comunicação, transições e transmissão, mas tudo se funde numa gota de água e, em seguida, toda a separação desaparece totalmente. Nós chegamos ao nível de Yechida (da palavra “união”): a união completa entre nós e a força superior.

Esses cinco níveis somente são alcançados conforme a conexão entre nós; quando o nosso egoísmo pessoal, o protecionismo e tudo que é pessoal forem removidos, a pessoa sobe e vive apenas em comum.

Para desenvolver esta possibilidade, tal instrumento de percepção, nós nos reunimos num grupo durante os congressos, em todas as nossas ações, e gradualmente desenvolvemos isso dentro de nós mesmos.

A nossa época é especial, porque nos obriga e nos move em direção a isso, e não só nós, mas toda a humanidade é movida em direção aos estágios iniciais, quando a pessoa ainda não entende o que significa “desenvolver sentimentos, unir e se conectar com os  outros”.

É preciso muitos passos antes que a pessoa descubra: “Por que tudo isso? Eu tenho isso?”. Ela age automaticamente ao olhar para os outros. E só mais tarde, algo começa gradualmente a “se mover” dentro, como se rompesse de dentro. Ela começa a sentir algo mais, algo novo e totalmente desconhecido surge lá, como uma entrada para uma área absolutamente nova, que estava completamente oculta antes.

E o mundo nos ajuda com isso hoje, ao permanecer num estado totalmente incompreensível e confuso. Todas as pessoas no mundo, de jovens a idosos, pobres e ricos, fortes e fracos, ninguém sabe onde está. Todo mundo está procurando, mas não sabe onde. Eles agem mecanicamente tentando viver a vida que costumavam ter, mas ela não está mais lá.

Da Convenção de Vilnius 23/03/12, Lição # 1

O Ocidente Pobre

Dr. Michael LaitmanRecentemente, uma nova, ampla e profunda etapa do desenvolvimento egoísta começou. Ela se baseia nas relações que deram origem à indústria e o comércio internacional. Os proprietários de negócios nos países industrializados começaram a perceber que se eles terceirizassem a produção para a China ou a Índia, eles poderiam economizar muito dinheiro em custos de trabalho. Aos poucos, eles transferiram suas empresas para os países do Terceiro Mundo, treinaram trabalhadores locais e começaram a operar.

Como resultado, por um lado, esses esforços aumentaram significativamente os lucros, mas por outro lado, os países ocidentais privaram-se do seu “conteúdo” anterior. Será que donos de empresas se preocupam com as pessoas que foram recentemente demitidas e ficaram desempregadas? “Deixe os políticos se preocuparem com elas; a nossa tarefa é ganhar dinheiro”.

Consequentemente, os governos foram forçados a cuidar de bilhões de pessoas que não podiam ganhar a vida. Os países ocidentais começaram a ficar mais pobres, o seu endividamento cresceu rapidamente, e eles começaram a imprimir dinheiro que não foi apoiado pelo valor real. Antes, o dinheiro estava atrelado ao ouro e à verdadeira riqueza real. Agora não mais. Acontece que nações ocidentais florescentes ficaram mais pobres. A pobreza não é ainda evidente, mas os processos se acumulam e, gradualmente, se revelam.

A pior coisa que aconteceu é que empresários de renome internacional se tornaram ainda mais ricos devido à terceirização para países mais pobres; seu nível de influência sobre seus governos na Europa e América aumentou dramaticamente. Assim, valores egoístas (dinheiro) rastejaram para a parte superior da pirâmide humana. Essas pessoas adquiriram poder sobre tudo. Isso resultou na atual crise financeira e econômica. Este é o lugar para onde nossos egos nos levam.

Os países industrialmente desenvolvidos perderam sua estrutura social, que foi totalmente destruída pelo empobrecimento das múltiplas camadas da sociedade. Esta situação impactou negativamente a educação e vários outros tipos de relações sociais.

Finalmente, nós chegamos a uma crise geral global. Hoje, a interconexão recíproca é imperativa; países “ricos” basicamente consomem, enquanto os países pobres fabricam os produtos para o consumo. Eles se tornaram indissociavelmente ligados numa rede única. Tudo que é produzido nos países do Terceiro Mundo tem que encontrar seu comprador nos países industrialmente desenvolvidos. Mas o número de potenciais compradores diminui constantemente já que as pessoas nos países ocidentais ficaram mais pobres. Como resultado, a crise mundial se espalha e aprofunda.

De KabTV “Uma Nova Vida” Episódio 13, 11/01/12

Um Tampão Entre A Natureza E A Humanidade

Dr. Michael LaitmanPergunta: Os nossos esforços em unir e disseminar criam mudanças no resto do mundo. Isso por sua vez, nos afeta? Por exemplo, se criarmos cursos para as massas e começarmos a conectar essas pessoas, seu número vai crescer. Será que isso terá um efeito sobre a nossa capacidade de avançar e unir mais rápido? Estes processos estão interligados?

Resposta: Esses processos estão definitivamente ligados. Nós recebemos a oportunidade de avançar para que possamos ser capazes de conduzir toda a humanidade. Do ponto de vista da natureza não há nenhuma necessidade da nossa existência. Nós servimos como um tampão que deve trabalhar em coordenação com a natureza e com o resto da humanidade, porque ela não pode avançar por si própria.

Por esta razão, nós devemos estar juntos com as sete bilhões de pessoas. Nós temos que tentar criar um método que seja compreensível para elas e organizar tudo de uma forma que será fácil, agradável, conveniente e alegre. Nós temos que despertar o seu interesse em nos seguir. Isso nunca deve ser forçado, porque o seu avanço tem que ser voluntário e consciente.

Nós temos que elevar constantemente o seu desenvolvimento para que elas possam perceber a importância de avançar. Deste modo, elas avançarão. Basicamente, nossa educação é dirigida a levar as pessoas à compreensão da necessidade do desenvolvimento pessoal.

Da “Discussão sobre a Educação Integral” # 14, 18/12/11

O Duplo Erro Do Fantoche

Dr. Michael LaitmanComentário: Eu não entendo como um Partzuf espiritual pode calcular o quanto pode receber a fim de doar se cada vez ele descobre um novo estado em que nunca esteve antes.

Resposta: O Partzuf espiritual atravessa novas fases o tempo todo. Como se diz: “Elas serão como novas para você”. Mas ele pode realizar ações diferentes com base no que era antes. Graças a quê? Graças ao seu questionamento ao superior para executar esta ação!

Em nosso mundo, todas as ações também são realizadas pelo superior, mas você não pensa nisso e acha que você está fazendo tudo por si mesmo. Mas tudo é feito pela Luz superior, e você está cometendo um erro duplo chamado ocultação dupla.

Na verdade, você não está fazendo nada sozinho. Tudo é feito graças à misericórdia do Criador, e nós não estamos no comando de nossas ações, decisões e cálculos. Você pode se sentir inseguro e em dúvida de como você vai agir no mundo espiritual, já que você está acostumado a sentir que é responsável neste mundo e que tudo depende de você. Mas também aqui, você nunca faz nada ou decide por si mesmo.

Só parece que você faz; tudo o que você sente, decide e realiza é ilusório. Dentro de você existe uma mão, como num fantoche, que constantemente o transforma. Portanto, relaxe.

Da 3ª parte da Lição Diária de Cabalá 13/02/12, O Estudo das Dez Sefirot