A Coabitação Civilizada Ou “Bazar” Europeu?

Dr. Michael LaitmanPergunta: Suponha que todos nós possamos decidir que os estrangeiros que vieram ao nosso país para trabalhar causem prejuízos. Mas como podemos concordar com alguma coisa mais positiva e integral?

Resposta: Uma coisa é falarmos de uma família, onde as pessoas são forçadas a chegar a um acordo, ou seja, elas têm devem concordar ou se separar. Mas se estamos falando do tipo de egoísmo que não nos obriga a estar juntos, como no exemplo dos trabalhadores estrangeiros, então isso é uma coisa completamente diferente. Aqui temos que chegar a um sentido de necessidade da convivência integral, terrena e civilizada, que precisa ser construída baseada na educação.

Muitas vezes me perguntam:

– Você israelense?
– Sim.
– Você tem um problema com seus vizinhos?
– Claro! Quem não sabe disso?
– Concorda com a abertura das fronteiras do país? Você pode viver com eles em paz?
– Claro!
– Então, por que não faz isso?
– Eu concordo! Mas só depois educamos uns aos outros.

Eu não seria capaz de viver no mesmo apartamento com o meu vizinho até que um completo entendimento mútuo surgisse entre nós. Mas para que isso ocorra é preciso passar pelo processo de educação, para que ambos se entendam, sintam e se aproximem. Sem isso você não pode abrir as fronteiras.

Na Europa, eles abriram as fronteiras e agora querem fechá-las novamente. Por quê? Bem, porque durante os 20 anos de existência dos mercados europeus, eles não se ocuparam com a educação das pessoas.

Eu diria mesmo que era um “bazar” Europeu, nem sequer um mercado, porque eles não perseguiram a educação ou integração dos povos. Há um número enorme de culturas, línguas, de tudo. “Nós somos a Europa!”. Em que, exatamente, vocês são a Europa? Hoje está se tornando claro que este é simplesmente um conjunto de pessoas completamente incompatíveis. Depois de todo esse tempo, alguma nacionalidade européia foi criada a nível mundial, algum tipo de cultura compartilhada? Não. Pelo contrário, as contradições estão começando a se manifestar-se externamente cada vez mais.

Em outras palavras, a educação deve preceder absolutamente todas as ações.

Da “Lições sobre o Novo Mundo” # 6, 14/12/12