A Vida É Fusão Com O Criador

A ciência da Cabalá define a vida e a morte só no que diz respeito à fusão com o Criador. Um estado semelhante ao Criador é chamado de vida, enquanto aquele que está oposto a ele é a morte. Portanto, os desejos egoístas (Klipot) são considerados mortos, ao passo que o veneno da “morte” refere-se a força que separa a criatura do Criador.

A morte não é uma perda de existência, como observamos o desaparecimento de uma forma no mundo (em nosso nível). Tudo que é criado (desejo) apenas muda em relação à aproximação ou afastamento do Criador em sua intenção de doar; em relação ao resto (no seu desejo), a criatura permanece a mesma. Então o distanciamento do Criador, a perda do estado de adesão com Ele, é chamado de “morte”, enquanto a adesão com Ele, a aquisição da qualidade de doação, é chamado de “vida”.

Em seu artigo, “A Essência da Ciência da Cabalá”, “Baal HaSulam escreveu que a ciência da Cabalá é um meio para a criatura revelar o Criador neste mundo. Para revelar o Criador significa assumir as suas qualidades.

Apesar de existirmos num mundo onde os reinos inanimado, vegetativo, e animal material, ao chegar ao nível humano de semelhança com o Criador, passamos a sentir a nós mesmos e nossa existência como perfeita e eterna, como o Criador. A ciência da Cabala nos muda para facilitar a nossa subida para o próximo nível (grau), onde começamos a ver que não desaparecemos, mas simplesmente alteramos o nível de nossa existência.

Da  Aula Noturna do Zohar de 21/04/10

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