Renascimento Dos Escolhidos

Laitman_043Das Fontes

O papel do povo judeu, seu objetivo, motivação, conceito e filosofia de vida: é a unidade em prol da descoberta do Criador.

A princípio, esse desejo foi despertado entre alguns babilônios 3600-3800 anos atrás. Ele veio do Criador e não é por acaso que só alguns foram despertados.

Hoje em dia, isso é descoberto da mesma forma entre alguns e “ignora” outros. Especificamente por isso está conectado ao conceito de “povo escolhido”.

Primeiro de tudo, é importante compreender que isso não está falando de algum tipo de “preferência nacional”. Inicialmente, pessoas que vieram de vários povos e tribos se uniram em torno de Abraão.

Desde então, basicamente, os judeus não foram um povo no sentido tradicional. As pessoas se tornam o povo de Israel (ישראל) apenas com a condição de que anseiam “Yashar-El”- ישר-אל (direto ao Criador), ou seja, somente se querem descobrir o Criador.

Todo Mundo Pode Ser Escolhido

Pergunta: Será que isso significa que qualquer pessoa no mundo, se tal desejo é despertado nela, pode se juntar ao povo de Israel e ser chamada de “escolhida”?

Resposta: Sim, sem dúvida. Tal pessoa se junta a um grupo de pessoas que anseia diretamente ao Criador e aspira a descobri-Lo numa conexão única entre elas.

Hoje a maioria dos habitantes de Israel não sabe sobre a sua missão, que devem se tornar uma “Luz para as nações”, ou seja, transmitir esse método ao mundo inteiro através da aceitação entre aqueles onde esse desejo é despertado.

Ao longo das gerações, muitas pessoas que pertenciam a outras tribos e povos se uniram desta maneira a um grupo chamado “povo de Israel”, como por exemplo, Onkelos ou os pais do rabino Akiva e muitos outros. Em outras palavras, havia muitos como estes que vieram de outros povos e foram líderes do povo de Israel.

Imersão na Humanidade

Pergunta: Mas, por que o povo judeu é considerado escolhido ainda hoje, quando eles estão longe de sua ideia original?

Resposta: Porque esta tarefa, esta missão, não passa de um povo para outro. Ela mantém suas condições originais.

Houve um tempo em que um forte desejo ardia para atingir a conexão mútua, e nela revelar o Criador. Eles estavam realmente prontos para realizar essa função.

Depois disso, ao longo da história, eles passaram por uma série de estágios e caíram do nível superior que exigia a sua conexão, separando-se dessa mensagem, desse objetivo, e deceparam o desenvolvimento proposital intencional que leva à conexão mútua para descobrir o Criador.

Isso aconteceu porque, por um determinado momento, eles precisavam estar sob a influência das forças de separação, para sentir o “peso no coração” dirigido contra a unidade, onde o objetivo foi escondido até que fosse completamente esquecido.

Só assim foi possível adquirir os meios necessários para trabalhar com o mundo inteiro e preparar o caminho para eles em direção à unidade com o Criador. Esta é a razão pela qual os judeus foram espalhados sobre a face da terra e perderam a sua ideia original. Primeiro eles tiveram que descobrir o imenso desejo, o “temperamento difícil” latente na humanidade infundido com necessidades materialistas, e mergulhar em outras culturas, a fim de servir corretamente ao povo após isso durante o seu movimento em direção ao objetivo.

Este período de exílio que termina em nossos dias, “por definição” tinha que ser longo. Ele continuou por dois mil anos e era conhecido com antecedência. E sobre o seu fim, dizia-se que a partir do ano de 1995, o conceito de ser “escolhido” e a descoberta do Criador na conexão mútua geral seriam despertados.

Esta etapa está sendo revelada e aberta diante de nós hoje. Pode não ser tão rápido quanto desejado, mas é um processo histórico dirigido de Cima e que tem o seu próprio ritmo, as suas próprias metas, e todos os tipos de situações ao longo do caminho.

O Retorno dos Escolhidos

De qualquer forma, mesmo que nós não saibamos todos os detalhes, vemos que o conceito de singularidade vive na comunidade judaica. Reivindicações similares de outros povos estão ligadas à vaidade, à arrogância, à regra da força, e outras características de antagonismo mútuo.

Mas conosco, ser escolhido foi baseado numa percepção oposta desde o início: nós devemos servir como exemplo de unidade que é imperativo para a humanidade hoje. É a unidade que nos leva à descoberta da força de doação e amor, que é o Criador.

A era anterior terminou com o século XX. O povo reviveu sua nação, e agora temos que devolver-lhe a essência interior, essa fundação que faz com que ele seja um povo: a unidade. Além disso, a unidade é dirigida Yashar El (direto ao Criador), com base em “Amarás o teu amigo como a ti mesmo”.

Isto é o que deve ser descoberto agora no povo de Israel e reformá-lo como o “povo escolhido”, sobre quem uma determinada tarefa é imposta.

De acordo com isso, mesmo a pressão externa indica novamente que somos um povo único que segue uma trajetória histórica única.

De KabTV “Uma Nova Vida” 28/12/14