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Olhando Para O Mundo E Solidarizando-se Com O Sofrimento

Dr. Michael LaitmanRabash, “O Amor ao Outro”: Eu estou olhando para um ponto minúsculo, chamado de amor ao outro (próximo), e reflito sobre o que posso fazer para deleitar todos os outros.

E olhando para as pessoas eu vejo sofrimento, doença e a dor individual de cada uma, e a miséria geral de toda a sociedade, isto é, as guerras entre as nações. Mas, além de uma oração, eu não tenho nada para lhes dar, e isso é chamado de “empatia com o sofrimento da sociedade”.

O amor ao próximo e o amor ao Criador são a mesma coisa, uma vez que está localizado fora do corpo, fora dos interesses egoístas de uma pessoa e, portanto, ela não sente nenhuma diferença entre eles. É por isso que as pessoas recebem o mandamento de amar o próximo. Afinal, se eu puder verificar a mim mesmo em todos os momentos e em todos os estados, isto é, em todas as mudanças dos meus desejos, então eu vou entender rapidamente se o tenho ou não, e cada segundo eu posso me corrigir para atingir rapidamente o amor ao próximo, o que é praticamente o mesmo que o amor ao Criador.

Eu olho para as pessoas e penso no que posso fazer por elas. Elas pedem comida, bem-estar familiar, dinheiro, poder e conhecimento: eu não tenho nada que possa satisfazer esses desejos. E se eu tivesse, será que eu deveria fazê-lo? Esse é o caminho certo? Será que este mundo nos foi dado para corrigir e melhorar o nível físico, organizar a sociedade para alcançar a prosperidade material nas formas usuais? Nós vemos que todos tentam fazer isso sem sucesso. Portanto, por que eu tereia mais sucesso do que outros?

Mas a única coisa que temos a fazer é entender que “não há outro além do Criador”. Há apenas uma força que age no mundo. O que nós precisamos fazer é apenas pedir-Lhe, solicitar, convencê-Lo de que nós realmente queremos que Ele intervenha e realize a obra do Criador. Todas as mudanças, todas as correções, são confiadas a Ele, e nossa tarefa é apenas pedir, elevar uma oração, MAN.

Portanto, quando nós estamos trabalhando na disseminação e nos reunimos com diferentes pessoas, de crianças a velhos, nós precisamos entender que não levamos até eles todos os bens materiais deste mundo. Apesar de organizarmos todos os tipos de atividades e clubes, são somente os fenômenos externos, e se fosse possível fazer sem eles, nós teríamos feito sem eles.

Nós precisamos organizar essa estrutura material única para criar uma base prática sobre a qual a obra do Criador é realizada. Mas tudo o resto, a própria ação, só acontece por meio de uma oração, um pedido, em resposta à qual a Luz Superior que Reforma começa a trabalhar e preenche o desejo.

Nós não podemos compreender como a realidade muda. Ou ela muda a partir das ações materiais da pessoa, corrigindo alguma coisa no mundo, ou a Luz vem e muda as nossas propriedades internas, e nós podemos ver que o mundo mudou e se tornou melhor.

Todas as ações são realizadas somente pelo poder da oração, e com a ajuda do Criador, Sua obra muda, vindo de cima para baixo. Nós ainda temos que acompanhar isso por nossas ações materiais, mas daí nós veremos a Luz do Criador, “Pela palavra do Senhor foram feitos os céus e a terra”.

Da Preparação para a Lição Diária de Cabalá 08/09/13

Eu Estou Feliz Por Estar Nas Mãos Do Superior

Dr. Michael LaitmanPergunta: Como uma pessoa pode “dirigir” seus estados quando ela é jogada de um lado para outro?

Resposta: A pessoa não tem volante, ela é gerida de cima, e só deve mudar sua atitude para com o que é feito com ela. Nesses estados, nós não temos nenhum poder sobre nós mesmos; nós só precisamos entender isso e concordar em querer que o Criador faça a Sua obra em nós. É por isso que é chamado de “obra do Criador” (Avodat HaShem).

O que precisamos fazer é nos anular e ser felizes que o superior cuida de nós, assim como os bebês são cuidados por sua mãe. Isso é suficiente. E se fizermos isso bem, poderemos revelar mais tarde como podemos participar desse trabalho. Nossa parte principal é ser feliz: quando estou feliz que o superior cuida de mim, não importa o que Ele faça para mim!

Da Preparação para a Lição Diária de Cabalá 03/09/13

Nós Avançamos Ou Prolongamos Uma Existência Miserável?

Dr. Michael LaitmanNossa atitude para com a realidade é definida pelo nosso nível de avanço. Nós temos que examinar e cultivar a nossa abordagem em relação à realidade, pois, caso contrário, permaneceremos num nível animal e não vamos atingir o nível falante. Nós começamos a formar o nível falante, nos perguntando: Como podemos nos relacionar com este reino?

Ou nós percebemos apenas o que vemos ao nosso redor, a natureza física, ou percebemos que a natureza tem uma vontade, um desejo próprio de trazer benevolência à criação; isso também tem um programa e um objetivo. Será que nos damos conta de que a natureza nos influencia de forma metódica e proposital? Neste caso, nós somos obrigados a agir de acordo com as leis da natureza e a “cumprir” com elas. Nós nos tornamos responsáveis ​​pelo nosso destino, o nosso futuro, que depende diretamente das condições e estados que organizamos para nós mesmos.

Este é o lugar onde o nosso trabalho neste mundo começa: “Eu vou me arrastar através de uma existência miserável tentando evitar sofrimentos até que eu morra? Ou será que quero aprender o programa, o objetivo, o processo, e me tornar capaz de participar do curso de eventos cuidadosamente, de forma racional, e assim me tornar uma pessoa que pode ter um impacto? Posso influenciar o ambiente e receber reações correspondentes?” Então, eu começo a trabalhar voluntariamente com a natureza, a força que está bem na minha frente.

Esse é o ponto. Aquele que quer conhecer essa força é chamado de ser humano (Adão), semelhante a ela. Afinal, essas pessoas, de acordo com a sua tarefa, constroem a si mesmas em equivalência a essa força superior que criou e definiu todas as leis. Nós queremos conhecer suas leis e agir de acordo com ela, em conjunto com ela. Esse é o nosso objetivo, e nós nos tornamos parceiros no caminho em direção a ela.

Por outro lado, aqueles que não a revelam, independentemente de seus pontos de vista sobre a natureza e o estágio mais elevado, permanecem no nível “animal”.

Da 3ª parte da Lição Diária de Cabalá 03/09/13, “A Paz”

Um Amplificador 600 Mil Vezes Mais Forte

Dr. Michael LaitmanNós podemos influenciar nossos estados emocionais e até mesmo os espirituais pelas ações corporais. Tudo é baseado neste mundo e deriva dele, desta terra real. Isso é realmente o que pode nos ajudar a determinar nossos estados espirituais. Primeiro tudo é revelado no nível mais baixo, e depois eu gradualmente penetro mais profundamente na terra, nas fundações, no desejo.

Na medida em que o desejo é revelado gradualmente e nós podemos penetrar mais profundamente na terra, nós temos a chance de transformar o desejo em doação e elevá-lo ainda mais. Assim, a terra (Adamah em hebraico) torna-se Adão, que se assemelha, Domeh, ao Criador.

Portanto, nós temos que respeitar nossas ações corporais e valorizar a sua influência sobre nós. Nós vemos até que ponto dependemos de diferentes formas, imagens e rumores. É preciso habilidade especial para usá-los corretamente e, de fato, é isso que nós temos que ensinar a humanidade. Tudo o que está acima da terra, acima deste mundo, faz parte do nosso trabalho. Nós realizamos o trabalho deste mundo, neste nível, no desejo de receber, juntamente com o público, e nosso AHP está sempre neles.

Assim, nós trabalhamos mutuamente, aprendendo a estar em contato com o público e o público aprende conosco como evocar uma mudança interna e se aproximar uns dos outros pelas ações corporais simples. A variedade de ações que realizamos para aproximar as pessoas é chamada de educação integral. Para nós, a mesma coisa se ​​transforma em sabedoria da Cabalá em nosso nível e não na terra corpórea, no desejo corporal comum, mas acima dele, em nossos vasos, no  GE, em cujos vasos, Luzes, Partzufim e acoplamentos agem e a Luz é transmitida a todo o sistema.

É assim que temos que trabalhar com toda a humanidade. As pessoas começam a trabalhar em seu próprio desejo, enquanto nós elevamos o seu esforço aos níveis espirituais. Então nós revelamos como o que parece tão trivial, egoísta, um simples trabalho simples nos níveis inferiores, torna-se um grande trabalho quando passa por esse enorme amplificador, por toda a escada espiritual.

Um exemplo disso é Malchut, que é corrigida ao ser incorporada em ZeirAnpin, em suas próprias 60 Sefirot HGT NHY, e através deste trabalho comum nós subimos juntos até o nível de Arich Anpin, na medida em que elas crescem 600.000 vezes mais. Com isso, nós devemos entender que é o menor trabalho do público que evoca a resposta mais poderosa e mais importante de cima.

Da 1a parte da Lição Diária de Cabalá 28/08/13, Escritos do Baal HaSulam

Como Devemos Organizar O Planeta?

Dr. Michael LaitmanOpinião (Bill Gates, presidente da Microsoft): “Para a elite global a matemática é simples: a superpopulação humana está provocando mudanças climáticas, de modo que a solução para a mudança climática é o controle da população”…

“O que seria necessário para acelerar o declínio da fertilidade nos países menos desenvolvidos?”

“O mundo tem hoje 6,8 bilhões de pessoas. Está indo para cerca de nove bilhões. Agora, se fizermos um ótimo trabalho em novas vacinas, cuidados de saúde, serviços de saúde reprodutiva, poderíamos talvez reduzir isso em 10 ou 15 por cento”.

Opinião (John P. Holdren, principal assessor científico de Barack Obama): “‘Um programa de esterilização das mulheres após a segunda ou terceira criança, apesar da dificuldade relativamente maior da operação do que a vasectomia, pode ser mais fácil de implementar do que tentar esterilizar os homens'”.

“‘O desenvolvimento de uma cápsula de esterilização de longo prazo que possa ser implantada sob a pele e removida quando a gravidez é desejada abre possibilidades adicionais para o controle da fertilidade coerciva. A cápsula pode ser implantada na puberdade e pode ser removível, com autorização oficial, para um número limitado de nascimentos'”.

Meu Comentário: Nosso planeta pode alimentar muitas vezes mais do que sua população atual. Se as pessoas forem como parentes, elas não vão sentir que há tantos assim. Se elas forem amadas, não há membros desnecessários na família, e a natureza, o Criador, nos dará tudo o que precisamos sujeito à lei de equivalência de forma.

O problema não está na redução da população pela força, mas na educação e formação da população. Ao nos tornarmos semelhantes ao sistema da gerência superior, vamos consumir e reproduzir de forma correta e natural, devido à nossa adesão à natureza, ao Criador.

A Verdade De Muletas

Dr. Michael LaitmanBaal HaSulam, “Paz no Mundo”: …por natureza, o poder de trabalhar não é igual em todas as pessoas. Uma pessoa na sociedade trabalha em uma hora, devido a sua fraqueza, muito mais do que seu amigo que trabalha duas horas ou mais.

E há também uma questão psicológica aqui, porque aquele que é muito preguiçoso por natureza se esgota em uma hora mais do que o seu amigo em duas horas ou mais. E de acordo com a perspectiva da verdade evidente, não devemos obrigar uma parte da sociedade ao trabalho mais do que a outra parte para a satisfação das necessidades de suas vidas. Na verdade, os naturalmente fortes e ágeis na sociedade se beneficiam do trabalho dos outros e os exploram de forma maliciosa contra o atributo da verdade, porque eles trabalham muito pouco em comparação com os fracos e preguiçosos na sociedade.

Será que nós podemos avaliar as pessoas do ponto de vista da verdade ou de acordo com a categoria de veracidade? Por si só, é uma categoria maravilhosa e verdadeira. Ela atesta uma coisa muito simples: a pessoa merece tanto quanto ela dá, o que significa que todos devem ser avaliados de forma correta e justa com base em sua contibuição para a estrutura geral. É uma lei da natureza. Nós podemos projetar vários outros regulamentos, mas, na realidade, é exatamente assim.

Nossas recompensas igualam os nossos esforços, embora esforços não devam ser avaliados por meio de números absolutos. Em vez disso, eles devem ser calculados usando medidas específicas relativas. Por exemplo, é extremamente difícil para eu levantar um peso de dez quilogramas e levá-lo por 10 km. No entanto, para outra pessoa, este seria apenas um passeio fácil. Ela nem vai notar esse peso. Eu preciso descansar um par de horas para repor a energia que perdi e comer algo nutritivo, enquanto que a outra pessoa não estaria cansada. Pelo contrário, ela sa sentiria muito melhor do que antes.

Portanto, isso significa que nós simplesmente não podemos usar a categoria da verdade e não temos qualquer critério para fazer cálculos precisos aqui. Assim, é possível levar uma vida verdadeira em nossa sociedade?

Você não vai encontrar esse problema na natureza inanimada, vegetal ou animal. Lá, tudo existe de acordo com o atributo da verdade, apesar de não o notarmos, uma vez que não compreendemos toda a imagem. Cada espécie ocupa um nicho próprio. Tudo está conectado, todos são movidos por instintos naturais. Portanto, tudo está correto.

Nós não sabemos o que significa ser governado pela veracidade uma vez que, no nível falante, a natureza nos deixa ir, liberta as rédeas, nos abandona, e nos permite estabelecer relações com ela por npos mesmos, não como indivíduos, mas sim como sociedade. A integração e as relações sociais são, na verdade, os grandes problemas que estamos enfrentando neste momento.

Anteriormente, quando a humanidade ainda estava num estágio primitivo de formação, o mundo era como um rebanho, como uma família. Assim, ele não necessitava de quaisquer esclarecimentos particulares. Naquela época, a participação de todos era definida por uma família, um sentido de comunidade tribal, e correspondia às leis da natureza.

No entanto, quando ligações entre os seres humanos perderam a sua base familiar e mudaram para serviços profissionais no campo do intercâmbio – quando as pessoas deixaram de ser apenas partes de suas famílias, tribos, clãs e aldeias, quando elas começaram a se desenvolver por conta própria – o problema surgiu. Afinal, agora as pessoas se comparam entre si e tendem a dar aos seus vizinhos o mínimo possível e, ao mesmo tempo, recebem o máximo possível. Nós e as pessoas ao nosso redor não somos mais um sistema unificado. Isso explica por que não temos idéia de como nos dar bem uns com os outros. A categoria da verdade entre nós é vaga, e é por isso que não sentimos ou entendemos um ao outro.

“Eu trabalhei em sua bota por uma semana inteira”, diz o sapateiro.

Como eu faço para saber se ele está mentindo para mim ou se foi realmente exigido desse cara tanto tempo e esforço para consertar meu sapato? Talvez. Será que ele simplesmente não é profissional? Há um mês, em outra loja, levou apenas um dia para reparar a mesma bota, e eles me cobraram tostões. Agora, eu estou pagando quatro vezes mais e tive que esperar uma semana inteira!

Para encurtar a história, quando nós vamos além dos limites das comunidades naturais, lidamos com problemas não resolvidos. Nós somos incapazes de manter a categoria da verdade e precisamos de critérios adicionais para apoiá-la. Afinal, se ele caísse causaria caos na sociedade. É por isso que criamos “muletas”: os diversos programas sociais, fundos nacionais de seguros, hospitais e previdência, educação gratuita, e assim por diante. Nós não confiamos na nossa capacidade de implementar a categoria da verdade na vida, pois sabemos que as pessoas vão fazer nada sobre isso. Em vez disso, nossos países assumem o controle para compensar isso, e nos permitem permanecer no ar e flutuar não muito longe da costa inatingível que ainda não podemos alcançar.

Nós não temos capacidade de chegar à costa uma vez que trocamos os laços familiares pelas relações comerciais que são construídas sobre os princípios de mentiras mútuas. Nossa sociedade está num enorme conflito com esta categoria: o atributo da verdade. Por não obedecê-lo, nós sofremos e não sabemos o que fazer a seguir. Por obedecê-lo, ainda reconhecemos que há algo falso nele.

Esta situação instiga um confronto eterno entre as massas e as elites. De acordo com a categoria da verdade, todo mundo é igual, e ainda assim, as elites tiram uma grande parte da riqueza, deixando as massas pobres. Tudo gira em torno do problema original.

Existe uma saída? Nós podemos estabelecer critérios genuínos? Para isso, devemos sentir os outros como sentimos a nós mesmos. A categoria da verdade simplesmente não pode ser fundamentada em nada além disso. Nós devemos sentir como os esforços de outras pessoas são intensos, e compará-los com os nossos próprios esforços. Esta comparação nos deixa reabastecer nossos relacionamentos.

Se pudéssemos medir o quanto cada um de nós recebeu da natureza – o quão saudável é, como é capaz de fazer vários tipos de trabalho – e qual é exatamente o verdadeiro resultado dos nossos esforços, então, possivelmente, iríamos distribuir os recursos de forma mais correta. No entanto, nossos cálculos sempre estão errados, e nunca iremos distribuir a riqueza de forma justa, honesta e correta por causa da interferência do Criador. Ele deliberadamente estraga tudo para que cheguemos a ele, pois ele é a verdade!

Posteriormente, o problema não é uma distribuição justa ou baseada no mérito, mas sim a nossa intenção altruísta de doar. Todos os cálculos estão certos apenas com a condição de que agimos somente para estabelecer uma conexão com o Criador. Só então poderemos distribuir as coisas de acordo com a categoria da verdade.

Isso explica por que a “experiência socialista” falhou na Rússia. Seus organizadores não tinham a chave: a conexão com a Luz Superior. Embora tenham recebido uma oportunidade, no final, a governança superior transformou isso num exemplo negativo.

Da 4ª parte da Lição Diária de Cabalá 27/06/13, Escritos do Baal HaSulam

A Aspiração À Felicidade Como Um Denominador Comum

Dr. Michael LaitmanBaal HaSulam, “Paz no Mundo: “Esta é a chave para entender a fraqueza dos reformadores do mundo ao longo das gerações. Eles consideravam o homem como uma máquina que não está funcionando corretamente e que precisa de conserto, ou seja, remover as partes danificadas e substituí-las por boas…

Mas como o Criador cuida meticulosamente de todos os elementos de sua criação, e não deixa ninguém destruir uma única coisa em seu domínio, mas apenas reformá-lo e torná-lo útil e bom, todos os reformadores acima mencionados irão desaparecer da face da terra, e as inclinações ao mal não vão desaparecer. Elas vivem e contam os graus que ainda devem percorrer até completar a sua maturação.

Cada vez, os reformadores do mundo cometem repetidamente um grande erro ao tentar agir de forma independente, sem buscar a ajuda da Luz. Como resultado, todos sofrem, incluindo eles.

A crise mundial começou há cinco anos, e essas pessoas brilhantes constantemente inventam receitas para saber como combatê-la. Psicólogos, políticos, economistas e especialistas financeiros, todos participam desta tarefa nobre, e todos estão confiantes de que estão fazendo a coisa certa. Estes reformadores do mundo estão sentados em todos os lugares. Eles discutem as coisas nos governos, ensinam crianças nas escolas, e tentam melhorar as relações familiares. De onde eles tiram a autoconfiança de que são capazes de mudar as coisas para melhor?

Nós temos que avançar com a Luz. Na parte da manhã, deixando a casa, devemos dizer: “Se eu não fizer, quem o fará”, como se não houvesse uma força superior e que o dia seguinte dependesse exclusivamente de nós. À noite, quando voltamos para casa, devemos dizer: “Só por causa da força superior eu consegui fazer o que fiz hoje”.

Em nosso desejo de corrigir o mundo, nós realmente agimos de uma maneira que o Criador e a criação se complementam? Nós fornecemos a incorporação de ambos? Será que nós orientamos todos os nossos esforços no sentido de abrir o caminho para a Luz que irá corrigir tudo?

Pergunta: Esta abordagem parece totalmente mística. Nós podemos sugerir que as pessoas fiquem em casa e não façam nada, apenas pedindo que a Luz desça e as corrija? Você está falando sério?

Resposta: Você está certo. É por isso que se diz: “Se eu não fizer, quem o fará” Digamos que meu carro quebrou. Eu devo convidar os amigos para orar na garagem? Eu devo resolver qualquer problema dessa maneira? Claro que não.

Por outro lado, como podemos alcançar uma verdadeira correção em vez de fingir? Nós vemos que sem ações espirituais os nossos esforços apenas fazem deste mundo um lugar pior, em vez de torná-lo melhor. Sim, ainda podemos encontrar soluções para muitos problemas, mas não nos damos conta de que cada detalhe é uma parte de todo o sistema. De uma forma ou de outra, tudo o que não for corrigido pela Luz não vai funcionar. Ela só expõe e demonstra o egoísmo que está escondido em nossa atitude e nos obriga a corrigir a nossa perspectiva. Somente quando nós pudermos lidar com isso vamos obter a correção, mas num novo e verdadeiro caminho.

Pergunta: Como podemos explicar isso aos outros no âmbito da educação integral?

Resposta: Além de tudo, a educação integral é uma parte da sabedoria da Cabalá. Nós estamos falando de vários níveis do mesmo ensinamento que explica a metodologia da correção do mundo com a ajuda da Luz que Corrige. Nós abrimos o caminho para a Luz, e ela corrige a nós e toda a sociedade. O objetivo continua a ser sempre o mesmo: estabelecer uma boa conexão entre nós, para alcançar a unanimidade e harmonia que corresponde à Luz. Em seguida, a Luz vai descer e nos corrigir.

Você pode dar vários nomes à Luz: o poder do grupo, a inteligência coletiva, o vigor da unidade integral. A essência continua a mesma. Nós somos iguais, estamos juntos como um homem num só coração, e a Luz Circundante influencia a todos nós, não importa se ensinamos aos outros a metodologia da educação integral ou apenas a estudamos.

Nós estávamos totalmente desapontados neste mundo e encontramos a sabedoria da Cabalá. No entanto, outras pessoas também lidam com os mesmos problemas. Elas também querem viver uma vida melhor. As belas palavras que usamos apenas mascaram uma aspiração geral e comum pela felicidade.

Pergunta: Será que isso significa que a definição de felicidade varia? Para nós, a felicidade significa uma coisa. Para outros, significa outra coisa.

Resposta: Quando você diz que a felicidade está na doação, isso são só palavras. Seus desejos o mantêm onde você está. Você simplesmente tolera uma mensagem que é desagradável para o seu egoísmo. Nós devemos passar adiante a mensagem sobre a doação e unidade, embora devamos fazer isso de uma forma muito mais suave. Nós devemos fazer com que pareça que estamos compartilhando a metodologia de estabelecer boas relações com os outros que mais tarde irá permitir que todos possam ter sucesso.

Na verdade, o principal obstáculo no nosso caminho para a felicidade é a própria felicidade. Não há monstros externos que nos impedem de ser feliz. O monstro está dentro de nós. É por isso que continuamos falando sobre o estabelecimento de uma atitude boa e amável para com os outros. Este é o remédio universal. Ele não depende do nível das nossas reivindicações. Ao unir nossos interesses, objetivos e problemas em geral, ao partilhar uma visão de mundo comum, cada um adquire algo que quer, independentemente dos nomes que usam para identificar sua unidade.

Portanto, nós lhes oferecemos uma solução unificada e eficaz.

Mais tarde, quando alcançarmos a unidade, as pessoas vão experimentar novos fenômenos psicológicos. Elas vão sentir a energia interna e o poder da sua interligação. Elas terão uma melhor sensação do outro. Fios finos entre elas vão ficar mais fortes, o ar vai se tornar mais grosso, respostas claras a várias ações e pensamentos irão aparecer, e todo mundo vai começar a trabalhar com o sistema como um todo, independentemente de o perceberem ou não. Mesmo agora, nós tentamos usar essa estrutura corretamente. No entanto, quando nos unirmos, este sistema finalmente irá adquirir características realistas e virá à tona a partir do nevoeiro.

No final, será que realmente importa o que exatamente fez as pessoas se unirem? As razões que farão com que a unidade adquira um novo valor aos olhos de todos irão variar. O que importa é que a unidade se tornará muito mais importante do que qualquer outra coisa. Por trás de vários segmentos e poderes, as pessoas vão reconhecer uma força única de amor e doação. Cada um de nós pode nomeá-la de forma diferente: saúde, família, valores, bem-estar, e assim por diante. Na verdade, todas estas palavras são os nomes do Criador.

Pergunta: Então, isso significa que o Criador é uma reação ou uma inspiração que sentimos quando estamos conectados com os outros?

Resposta: Sim, você pode dizer isso. Tudo o que sentimos dentro de um desejo é chamado de Criador.

Pergunta: Eu posso manter esta inspiração constantemente?

Resposta: Quando você avança, você descobre que a rede geral e a força que está escondida nela não estão relacionadas com a ferramenta que trouxe você até ela. O instrumento que levou você a perseguir o objetivo é ilusório e enganoso.

Pergunta: Nós podemos compará-lo com a eletricidade que não podemos identificar diretamente, mas sim, detectá-la porque vemos os seus efeitos se somos treinados para fazê-lo? Caso contrário, o circuito eléctrico só existe potencialmente.

Resposta: Sim, é verdade. Hoje, as pessoas não permitem que uma corrente elétrica flua e é por isso que elas não vêem isso.

Da 4ª parte da Lição Diária de Cabalá 11/06/13, Escritos do Baal HaSulam

Da Barbárie À Prosperidade

Dr. Michael LaitmanPergunta: Depois da Primeira Guerra Mundial, a crise levou ao desemprego. A massa de desempregados, que estava no nível animal, não se preocupou em descobrir o propósito da vida, o que provavelmente serviu como o perfeito terreno fértil para a Revolução Russa. Naquela época havia muitos infelizes, trabalhadores descontentes, condições de trabalho difíceis, e fome.

Neste momento, nós estamos diante de uma situação semelhante, em que massas de pessoas perderam seus empregos. Não está claro se as pessoas de países do Oriente Médio têm recursos suficientes para viver. Um fósforo é suficiente para iluminá-las; qualquer fanático pode tornar-se seu líder. Qual é a probabilidade de que grandes massas de pessoas escolham o caminho da iluminação e da educação ao invés de cometer o mesmo erro que foi feito no início do século XX?

Resposta: Infelizmente, este cenário é bastante possível. Eu não nego que a via sangrenta é viável, que o mundo pode mergulhar numa catástrofe terrível muito pior do que no início do século XX. Nós podemos nos encontrar num moedor de carne terrível muito mais sofisticado que a humanidade vai mostrar exemplos de barbárie sem precedentes.

Durante o período que nós hoje chamamos de “bárbaro”, invasores atiravam alimentos nos portões da cidade infiltrada para que os sitiados pudessem sobreviver e os guerreiros pudessem combatê-los num combate honesto. Mesmo durante a mais escura Idade Média, assim como mais tarde na história, era considerado “nobre” pelos cavaleiros ou samurais lutar com os outros de forma aberta e decente. Não há nada assim hoje em dia!

O século XX tornou-se um ponto de viragem; tudo correu numa direção diferente. Ele pode continuar assim, ou há também a chance de mudá-lo. Nós estamos agora numa encruzilhada.

O mundo pode ir para a guerra, e não apenas uma guerra nuclear, mas uma guerra com armas biológicas terríveis, e a humanidade vai morrer de infecções horríveis. No final, apenas uma pequena parte da humanidade permanecerá viva; só poderão permanecer vários milhões de pessoas. Elas reconhecerão a necessidade de subir para o próximo nível de existência e certamente vão alcançá-lo.

Portanto, nós não estamos falando de um número específico de pessoas mudando para o próximo nível, mas sim da certeza da humanidade atingir esse nível a qualquer preço. Cerca de cem anos atrás, havia apenas três bilhões de pessoas na face da Terra e, antes disso, havia ainda menos pessoas vivendo neste planeta. Assim, por um lado, não se trata da quantidade de pessoas.

Por outro lado, a humanidade avança como resultado da modificação dos desejos humanos. Se esse desenvolvimento só fosse influenciado por fatores externos, então é claro que não teríamos nada, exceto o direito material puro de “negação da negação”; no entanto, em certo sentido, é a lei espiritual que age aqui. O fato é que nossos desejos mudam. Então, não importa o quão fanática é a nossa sociedade, mesmo que as pessoas sejam levadas às manifestações, propagandas e revoluções, elas, de repente, perdem o interesse nisso. O desejo de existir de tal forma vai desaparecer, e as pessoas não vão querer viver assim.

Inesperadamente, elas vão sentir nojo. Elas não vão querer mais empregos, uma vez que terão perdido o incentivo ao trabalho. Tantas pessoas no mundo vão se sentir deprimidas. Muitas não vão sentir a necessidade de trabalhar, e não terão mais o desejo de gritar “Dê-me um emprego!”

As pessoas vão tomar consciência do fato de que há potencial científico e técnico suficiente acumulado no mundo, e que todos nós podemos prover uns aos outros com tudo o que precisamos sem a aplicação de esforços físicos. Vai depender apenas da interação correta entre nós.

Nós jogamos fora 40% da nossa alimentação. Se a distribuíssemos corretamente, ninguém teria escassez de alimentos. Jogamos fora até 90% de “bens de consumo”, em vez de deixá-los encontrar seu caminho a todos os clientes. Se pudéssemos distribuí-los corretamente, as pessoas já não teriam essas necessidades insatisfeitas.

Quase como se, imprimindo-as numa máquina de fotocópia, pudéssemos construir casas, cidades, e prover a todos com tudo o que precisam. Há uma base sólida nisso, pois teremos uma sensação interna de que não devemos trabalhar apenas para comprar coisas e jogá-las fora; nossas vidas não devem ser desperdiçadas. A sensação de inutilidade da vida não deve nos levar à destruição, mas sim à realização dos princípios básicos da vida, as suas raízes e essência.

Eu espero que possamos encontrar um grupo de poderosos homens sábios deste mundo e criar um fórum que seja apoiado pelo público em geral, pela comunidade científica, por parte do governo, e até mesmo por bilionários. Se eles entenderem que a rota alternativa está associada com enormes sofrimentos, então eles vão mover a nossa sociedade em direção a um objetivo alternativo.

Para isso, nós precisamos que a educação integral se dissemine e seja compreendida por todos os principais fabricantes, a indústria bancária e todos os setores financeiros, os maiores segmentos da sociedade.

De KabTV “Através do tempo” 18/03/13