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Para Isso É Possível Dar Tudo

Dr. Michael LaitmanPergunta: Há dez anos, cada pessoa tinha o seu próprio ideal, e era possível para todos os tipos de coletividades (comunidades) trabalharem de uma forma benéfica. Por outro lado, hoje em dia todos os ideais que lhes deram energia, de repente, desapareceram. Pode-se dizer que algum tipo de novo ideal aparecerá em seu lugar?

Resposta: Sim, é uma espécie de ideal que, por meio de um acordo entre nós e com a comunicação correta entre todos, vamos começar a nos preencher com o sentimento de uma existência superior, muito maior do que qualquer um sentiria sozinho. E as pessoas vão estar prontas a dar tudo por isso! Caso contrário, que tipo de vida seria essa? Seria assustador olhar para baixo. Um desejo existirá o tempo todo flutuando no ar.

Dentro da nossa unidade, nós precisamos encontrar um poder coletivo comum que nos dê vitalidade, nos una, apoie e alimente-nos mutuamente, um poder que não existe em cada um de nós, mas é criado entre nós somente ao nos integrarmos corretamente através da correta cooperação mútua.

Pergunta: Se um estranho chegasse numa coletividade como essa e fosse integrado com sucesso a ela e chegasse a um objetivo comum, o que ele sentiria?

Resposta: A pessoa chegaria ao nível de uma vida completamente diferente. De repente, ela entenderia que nesta vida é possível ter essas sensações, esses estímulos, que não existem em qualquer lugar: nem em casa, nem na família, e nem na rua, e nem em grandes lojas, em lugar algum. É impossível ver isso na televisão, isso não pode ser encontrado na Internet. Portanto, nós ficamos deprimidos e nos encontramos num estado de “combustão”.

Enquanto que aqui a pessoa de repente começa a entender que “entrou e penetrou” em algum tipo de outro mundo! Não apenas isso, ela está cheia de felicidade, mas também de “luz interior”, completamente desconectada de qualquer fenômeno físico.

Ela está pronta para trabalhar por nada, como lhe dizem, em prol de uma ideia, só para sentir a personificação da Luz dando-lhe vida.

De KabTV “Através do Tempo” 20/03/13

Ver O Criador E Familiarizar-se Com Ele

Dr. Michael LaitmanBaal HaSulam, “Introdução ao Estudo das Dez Sefirot” , item 42: Na verdade, você deve saber a razão da nossa grande distância do Criador, e que somos tão propensos a transgredir a Sua vontade apenas por uma razão, que se tornou a fonte de todo o tormento e sofrimento que sofremos, e por todos os pecados e erros em que fracassamos. Certamente, removendo essa razão, nos livraremos imediatamente de qualquer tristeza e dor. Nós receberemos imediatamente a adesão com Ele em coração, alma e força. E eu vos digo que a razão preliminar não é outra senão a falta de nosso entendimento em Sua providência sobre Suas criações, que não O compreendemos corretamente.

Nós não entendemos o Criador. Nós estamos simplesmente no escuro imaginando tudo o que temos vontade, criando diferentes crenças e métodos em nossas imaginações da alma e do próximo mundo, etc.

Nós não podemos sequer imaginar o mundo corporal adequadamente, uma vez que toda esta realidade também está oculta de nós. Nós estamos num estado de sonolência absoluta, e é como se nós estivéssemos sonhando totalmente desconectados, não só do mundo superior, mas também da realidade atual.

O problema é que não conhecemos o Criador, ou seja, a Luz superior que age em toda a realidade. Nós não vemos que Ele é bom e benevolente. Além do mais, não percebemos, compreendemos, sentimos ou identificamos Suas ações e Sua essência.

É por isso que precisamos da sabedoria da Cabalá, a fim de conhecer as ações e cumprir o princípio de “nós O conheceremos a partir de Suas ações”. Então, nós conhecemos o Criador e Sua natureza e que Ele é bom e benevolente. Nós também conhecemos a meta da criação, que é fazer o bem às Suas criaturas. Nós também estamos incluídos nisso pela Luz que Reforma.

A revelação do Criador à criatura é vital para que O justifiquemos e estejamos aderidos a Ele, o que significa fazer o que quer que devamos fazer. Assim, a sabedoria da Cabalá é a única ferramenta que pode ajudar a pessoa a subir da realidade fictícia e imaginária para a única e verdadeira realidade que existe.

Da 3ª parte da Lição Diária de Cabalá 03/07/13, “Não Há Outro Além Dele”

Criando Uma Equivalência Com A Luz

Dr. Michael LaitmanBaal HaSulam, “Matan Torah” (A Entrega da Torá), Item 11:  “Esta exaltação e Dvekut, garantida para vir até nós através do nosso trabalho em Torá e Mitzvot, é nada mais nada menos do que a equivalência dos ramos com sua raiz”.

  • Toda a ternura, prazer e sublimidade tornam-se uma extensão natural aqui, como já dissemos acima, o prazer é apenas a equivalência de forma com o próprio Criador. E quando nós nos igualamos em cada conduta com a nossa raiz, sentimos prazer.
  • Além disso, tudo o que encontramos que não esteja na nossa raiz torna-se intolerável, repugnante ou consideravelmente doloroso para nós, como é necessário em virtude desse conceito. E nós, naturalmente, descobrimos que a nossa própria esperança depende da extensão da nossa equivalência de forma com a nossa raiz.

Assim, nós podemos avançar pelos prazeres e sofrimentos. No geral, nós devemos estabelecer a equivalência de forma de ambas as partes. Eu tenho que criar em mim uma forma que é semelhante à Luz.

Mas a Luz superior não tem forma, é doação total e amor absoluto. Portanto, como eu posso criar a da Luz em meu desejo de receber que tem uma forma?

Eu vou “me despir” de todas as relações egoístas que tenho e estabelecer conexões de amor acima delas. Então, internamente, eu sou totalmente feito de um desejo de receber e sua expressão externa torna-se o desejo de doar.

Como resultado, eu me encontro diante da Luz Circundante, diante da Luz de Ein Sof (Infinito), e crio a imagem do Criador para mim mesmo, por mim mesmo. É por isso que este nível é chamado de Adam (ser humano), o que significa assemelhar-se ao Criador (Domeh em hebraico).

O próprio Criador não tem forma, mas nós O descobrimos ao nos aproximarmos Dele e, com isso, O “criamos”.

Baal HaSulam, “O Segredo da Gestação e do Nascimento”: É semelhante a um Rav e seu aluno, quando a única inclinação do Rav é capacitar o aluno para ser como ele e ensinar os outros alunos como a si mesmo. Da mesma forma, o Criador é o conteúdo, quando as criaturas criar e renovam Sua imagem. Nossa força de renovação e desenvolvimento não é realmente nova, mas uma espécie de imitação. E o nosso nível de desenvolvimento é medido de acordo com o nível que a imitação corresponde à obra da natureza.

Nós cumprimos tudo isso na conexão mútua entre nós. Nós recebemos a oportunidade de superar o ego entre nós se usarmos corretamente os meios que temos: as aulas, os workshops, as Convenções, etc. A coisa mais importante deve ser alcançar a conexão, de modo que a conexão será semelhante de alguma forma à Luz e à doação mútua.

Da 3ª parte da Lição Diária de Cabalá 03/07/13, “Não Há Outro Além Dele”

Carregar O Ar Da Convenção

Dr. Michael LaitmanRabash “Shlavei HaSulam“, Artigo 17, “A Ordem da Assembleia”:  Na multidão do povo está a glória do Rei. Segue-se que quanto maior o número da coletividade, mais eficaz é o poder da coletividade. Em outras palavras, eles produzem uma atmosfera mais forte da grandeza e importância do Criador. Nesse momento, o corpo de cada pessoa sente que considera tudo o que quer fazer pela santidade, ou seja, doar ao Criador, como uma grande fortuna, que ele foi privilegiado de estar entre pessoas que foram recompensadas ​​com o serviço do Rei. Nesse momento, cada pequena coisa que ele faz o enche de alegria e prazer, de que agora ele tem algo com o qual servir ao Rei.

Este deve ser o clima da Convenção em São Petersburgo. E nós precisamos nos preparar para isso. Nenhum “mecanismo” vai trabalhar por nós. As pessoas que se reúnem na Convenção devem formar, gerar o estado desejado, “aquecer o ar”, e sentir que ele está “carregado” com nossas intenções. A percepção da grandeza e da importância do trabalho, o foco dos esforços conjuntos, depende de nós.

Nós somos especiais. Nós estamos realizando uma ação especial de contato, mesmo que seja o menor contato com a força superior. Ela nos estrutura, nos ajuda, nos aproxima de obstáculos e, finalmente, nos impulsiona à meta.

Da 3ª parte da Lição Diária de Cabalá 03/07/13, “Não Há Outro Além Dele”

Um Altar Feito de Desejos

A Torá, “Exodo”, “Jethro,” 20:19-20:20: E o Senhor disse a Moisés: “Assim dirás aos filhos de Israel: Vós tendes visto que Eu falei com você do céu. Não fareis comigo deuses de prata, nem fareis para vós deuses de ouro. “Ouro é a linha da esquerda, o atributo de receber. Prata é a linha da direita, o atributo de doação. Isso significa que o ouro é que aproxima.

A Torá, “Exodo”, “Jethro,” 20:21: “Um altar de terra farás a mim”… Terra (Eretz em hebraico) é um desejo, ou seja, fazer um altar de seus desejos.

A Torá, “Exodo”, “Jethro,” 20:21:  … E sacrificarás os teus holocaustos, e as tuas ofertas de paz, as tuas ovelhas e os teus bois: em todos os lugares onde eu gravar Meu nome eu virei a ti e te abençoarei. “Primeiro, há um altar feito de terra, dos desejos no nível da natureza inanimada, em seguida, sacrifica-se desejos no nível do vegetativo, que é simbolizado por diferentes ramos, plantas, etc.. Em seguida, o nível mais alto é o nível do animado. A pessoa faz tudo isso no nível da “fala”. Aqui todos os níveis de desejo em uma pessoa são incluídos, todos os níveis da natureza.

Pergunta: Havia tribos que realizavam sacrifícios humanos? [Leia mais →]

Sobre Sacrifícios, Dízimos e Unir a Nação

O termo “sacrifícios” no judaísmo se refere ao desejo de dar de si mesmo para a sociedade. Desde a carne dos animais que eram sacrificadas no templo, os pobres, os Levitas, e as pessoas que faziam as refeições, e isso era chamado “o trabalho do Templo.”

O desejo de dar de si para a sociedade foi expresso na forma de um mandamento que a pessoa deve realizar, na forma de dízimo, que foi usado para educar as pessoas.

Todos tinham que trazer um sacrifício de acordo com o pecado que cometera, ou algo que fizera de errado. As pessoas estavam em um nível espiritual naquela época, e todo mundo determinava seus pecados egoístas por eles mesmos, visto que as outras não viam. A pessoa sentia o que estava errado e onde ela havia pecado, e, em seguida, de acordo com o Rabash, ela tinha que dar uma festa, convidar amigos, sentar-se junto deles, e conectar-se com eles. Isto é chamado de “obra de Deus”.

Esta é a forma como as pessoas se conectam. Ao mesmo tempo, elas fizeram um trabalho muito intenso, interno, espiritual porque elas estavam fazendo tudo isto. Quando uma pessoa promove uma festa, ela eleva e desperta as outras para que elas a impressionem mais, assim, da próxima vez ajudam-na a não cair novamente. [Leia mais →]

O Último Bocado

Baal HaSulam, Carta 38: … Apresse-se e passe a maior parte do seu tempo a preparar o seu corpo para reunir força e coragem, “Como um boi para o fardo e, como um burro para a carga”. Não perca um minuto, pois o caminho é longo e os materiais são escassos. (…)

Mas o mais importante é o trabalho, o que significa ansiar como labutar em Seu trabalho, uma vez que o trabalho ordinário não conta nada, apenas os bocados que são mais do que o normal, o que é chamado de “labuta”.

É como uma pessoa que precisa comer um quilo de pão por dia para estar completa. Toda a sua alimentação não merece o título de “refeição satisfatória”, mas apenas o último bocado da libra (do total). Aquele bocado, por toda a sua pequenez, é o que define a refeição como satisfatória.

Da mesma forma, de cada serviço, o Criador chama somente os bocados para além do normal, e eles vão ser as letras e os Kelim (Kli), para receber a Luz de Sua face. [Leia mais →]