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O Que é o Exílio?

Questão: Quando é considerado que uma pessoa está em estado de Galut (exílio)?

Minha Resposta: Galut (exílio, deportação) refere-se ao exílio do mundo espiritual e de propriedade de doação e amor. Ou seja, é preciso ter vontade dessa propriedade, e na medida em que não se tem, se sente Galut, o exílio dela.

Por exemplo, em seu artigo “A oração verdadeira,” Rabash diz que Galut é quando não é dada a oportunidade a uma pessoa de manter a intenção nas suas ações,  não estar em ordem para receber uma recompensa, que é contra nossa natureza
. (רב”ש. מאמר “תפלה אמיתית”: הגלות – היינו, שלא נותנים לו לכוון, שעבודתו תהיה בשלא על מנת לקבל פרס, היות שהוא נגד הטב)

Material Relacionado:
Exílio é um nível espiritual

Infinidade É Somente Um Momento

No Zohar, Capítulo “VaYetze (E Jacó Saiu) – Parte 1”, item 129: “E lhe parecia como poucos dias por causa do seu amor por ela.” Todos os sete anos foram para ele como sete anos na parte superior de Bina, que são aqueles, em uma unificação, e não são separados. Eles são todos um, desde que eles se conectem uns aos outros pelo amor que ele a amava, pois ela era para ele como a unificação superior em Bina.

Como definir o infinito? É quando o tempo de duração infinita, ou quando não há tempo e é igual a zero? Como pode ser que quando eu amo, eu passo sete anos trabalhando para ela, e na minha percepção destes anos voam? Não deveria ser ao contrário? Não deveria ser infinitamente longo, porque demora sete anos para poderemos estar juntos?

Na realidade, é infinito quando o tempo se reduz a zero. Em nosso mundo, acreditamos que o infinito é algo infinitamente distante porque nós imaginamos que o fim (morte) é empurrado para além do infinito. Percebemos infinito desta forma porque a nossa percepção é moldada a partir da falta, em vez da realização.

Mas, na espiritualidade, onde todas as nossas ações são ditadas pela doação é a da maneira inversa. Infinito é quando tudo está em um lugar como se compactados em zero. Tudo existe no mesmo momento,  “ao mesmo tempo, no mesmo lugar, na mesma mulher.”

Da 2 ª parte da lição diária de 24/6/10 da Cabalá, O Zohar

Material Relacionado:

A chave para a luz

http://laitman.com.br/2010/06/a-chave-para-a-luz/A

As Histórias Da Torá Tornam-se Revelação

No Zohar, Capítulo “VaYetze (E Jacó Saiu) – Parte 1”, item 127: Por esta razão, Léa não aparece, mas sim Raquel, para atrair os olhos e coração de Jacó com a beleza de Raquel, de modo que ele montou a sua habitação ali. E graças a ela, Léa, também, acoplou com ele e deu todas essas tribos. Como Jacob sabia quem Raquel era? Afinal, ele não a conhecia? Os pastores lhe disseram, como está escrito: “E, eis que sua filha Raquel vem com as ovelhas.”

Todas estas propriedades – “bem”, “água”, “Haran”,  “Jacó”,” Lavan, “Raquel”, “Léa”, “pastores” e “rebanho” – estão dentro de nós. A Torá explica como distinguir e classificar essas forças dentro de nós mesmos.

Pode ser comparado a um jogo de construção. Temos que discernir os nossos desejos interiores e, referindo-se à imagem que a Torá nos atrai, a posicionando cada um deles no lugar certo. Nós continuamos fazendo isso até chegarmos a imagem interna inteira que mostra as conexões entre todos os desejos e as propriedades que a Torá descreve, entre – o rebanho “,” bem “,” água “, e assim por diante – em seu inanimado, vegetativo , animal e os níveis da fala, na realidade espiritual inteira.

Assim como eu organizo esta imagem corretamente de acordo com as instruções da Torá, eu sou capturado em uma seqüência de um filme e eu passo para o próximo quadro. É assim que avançamos a partir de uma seqüência a outra, um nível após o outro. A cada passo, a Torá diz-nos como desenvolver a partir de um nível para outro através de mudanças internas.

Mudando as nossas forças internas e as propriedades de acordo com a história da Torá, nós avançamos com as narrativas da Torá. Isto é, quando as histórias se transformam em revelação da Torá.

Da segunda parte da lição diária de 24/06/10 a Cabalá, O Zohar

Por Que Eu Preciso Deste Mundo Todo?

Existem duas forças na natureza: recepção e doação. Essas duas forças retratam imagens do nosso desejo de desfrutar, como numa tela de computador. Elas projetam a imagem do mundo que consiste de mim e de tudo ao meu redor. Como Baal HaSulam escreveu, na parte posterior do nosso cérebro há uma tela através da qual percebemos uma visão do mundo.

Essa imagem é criada com a ajuda de duas forças: a força de recepção (à esquerda) e força de doação (à direita). A combinação dessas no meu material egoísta retrata toda a imagem da realidade para mim. Eu sinto, eu vejo uma foto, por assim dizer, e parece-me que tal imagem, esta realidade existe fora de mim. Eu, pessoalmente, projeto a minha imagem interior na minha frente. É assim que eu “vejo o mundo.” É como se eu o chamasse de dentro de mim e o projetasse para fora.

Porque eu sou construído desta maneira? Por que eu vejo meu mundo interior, de forma externa? É para que possamos tratá-lo egoisticamente com negligência e hostilidade. Assim, recebemos a oportunidade de estudar o nosso mundo interior e corrigir a nós mesmos. [Leia mais →]