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Acima Da Recepção E Doação

610.2Pergunta: De acordo com a Cabalá, existem duas forças na base de tudo: a força de doação, que integra todos os sistemas, e a força de recepção, que diferencia e divide. É por isso que temos tanta diversidade no mundo. A qual dessas forças pertence o Criador?

Resposta: Não há Criador. Algo que é como um Criador aparece para nós em forças opostas: recepção-doação, mais-menos e assim por diante.

Este pensamento superior está acima de ambas as forças, somente em relação a nós ele se manifesta dessa maneira e, portanto, nós o chamamos de Criador. Mas, na verdade, há algo mais alto, abstrato, não relacionado a nós.

Pergunta: O que significa que, se falamos do Criador como uma força superior, um plano, em nossas sensações, ela se manifesta na forma de duas forças: recepção e doação. Mas é Ele? Esta é a Sua manifestação em relação a nós?

Resposta: Não temos mais nada para falar. Só podemos explorar o que se manifesta em relação aos nossos órgãos sensoriais.

De KabTV, “Estados Espirituais”, 07/06/22

Recepção Disfarçada

592.02Comentário: Existem métodos envolvidos no conceito de doação. Eles dizem que todo o problema de uma pessoa é o seu egoísmo, que visa receber para seu próprio bem, mas o mais importante, deve-se doar. Existe uma intenção por trás de cada desejo. Mas como posso adquirir essa intenção se não a tenho? Só de pensar que a tenho?

Minha Resposta: Este é, obviamente, um bom equívoco.

Se uma pessoa se relaciona consigo mesma e se analisa corretamente, ela vê que é um egoísta absoluto e, portanto, não pode ter nenhuma intenção de doar.

E mesmo que pense que está dando algo, só lhe parece assim porque na verdade é uma recepção disfarçada.

Portanto, a Cabalá diz que não podemos dar nada; esta qualidade está completamente ausente em nós, somos egoístas absolutos. E se quisermos mudar a nós mesmos, isso só é possível atraindo uma força superior especial, que criará a qualidade de doação em nós.

De KabTV, “Close-Up”

A “Tragédia” De Receber Em Prol De Si Mesmo

laitman_555Comentário: No mundo corporal, existem muitos desejos e necessidades e é preciso buscar prazer constante para eles. No mundo espiritual, pelo contrário, há abundância constante e você precisa procurar as coisas que lhe faltam.

Resposta: Sim. Para doar contentamento ao Criador, eu sempre tenho que estar disposto a receber Dele.

Pergunta: Acontece que neste mundo estamos sempre correndo em busca de prazer. E no mundo espiritual há um grande número deles, mas não há desejo. Onde eu consigo ele?

Resposta: Existe uma solução para isso. Em nosso mundo, a solução é ir para o nível de recepção espiritual, isto é, em prol da doação. No mundo espiritual, você tem uma oportunidade absolutamente ilimitada de receber em prol da doação. Naturalmente, você tem que construir isso sobre o seu egoísmo, mas isso se justifica.

Comentário: No mundo corporal, sentimos prazer apenas por alguns segundos. A cada momento que passa ele desaparece gradualmente e, em seguida, é preciso esperar que algum tipo de desejo surja novamente. No mundo espiritual, como dizem os Cabalistas, o prazer é infinito. É difícil para mim imaginar isso.

Minha Resposta: Não. No mundo espiritual, há um desejo constante de formar um desejo de doar, e de acordo com isso, há uma oportunidade de realizá-lo.

Comentário: O famoso escritor inglês Oscar Wilde disse: “Neste mundo, existem apenas duas tragédias. Uma é não conseguir o que quer, e a outra é conseguir. A última é muito pior; a última é uma verdadeira tragédia!”

Resposta: Quando você recebe, fica desapontado porque a sensação de prazer desaparece. O prazer é sentido apenas no contato entre desejo e realização. E se esse contato não está mais lá, a satisfação se torna repugnante porque, em vez de prazer, traz sofrimento.

Portanto, a sabedoria da Cabalá é baseada em como receber corretamente. Uma pessoa recebe apenas com a intenção de doar. Existem dois elementos opostos aqui: o desejo de receber com a intenção de doar.

Se uma pessoa constrói a correlação correta entre eles, chamada Partzuf, ela tem a oportunidade de um prazer infinito, ilimitado em tempo, quantidade e qualidade.

De KabTV, “Fundamentos de Cabalá”, 10/06/19

Viva Em Dois Andares Ao Mesmo Tempo

laitman_962.8A força da conexão na dezena é medida pelo tipo de distúrbios que somos capazes de conectar. O egoísmo, que nos separa e desperta o ódio um pelo outro, é revelado e começamos a nos unir acima dele. Mas a rejeição mútua permanece dentro e trabalhamos precisamente com esses dois estados.

Verifique na sua dezena se vocês passam por estados nos quais não desejam se conectar, mas fazem esforços para se unir sem eliminar contradições e discórdias entre si. Lá dentro, no andar inferior, vocês estão prontos para se matar. E acima disso, você conquista o amor de seus amigos. Se você é capaz de construir um relacionamento assim, isso é chamado de “dezena” e, se não puder, ainda não é uma dezena. É uma condição simples, apenas dois andares: todas as transgressões serão cobertas pelo amor.

Todos os amigos da dezena devem sentir como o egoísmo queima dentro de cada um deles, resistindo à unificação, e como acima disso eles entendem que, apesar de tudo, precisam se unir. Ambos os andares devem permanecer em nós, para que entre eles revelemos a presença do Criador dentro de nós. Do andar inferior vem a força do desejo (Aviut), e do andar superior vem a força da intenção (Zakut), da qual construímos um vaso espiritual (Kli) para revelar o Criador. E se não sentimos rejeição um pelo outro, é sinal de que não estamos tentando nos unir. Esta é a lei. 1

Devemos aprender a viver em dois andares ao mesmo tempo, entre o ódio e o amor, que se apoiam. O ódio é o calor, o fogo que acende o amor, que incendeia cada vez mais. Um não pode existir sem o outro, mais não pode existir sem menos; só precisamos entender como combinar esses opostos em nossa sensação. E isso não é fácil porque nossa resposta instintiva e natural é livrar-nos do ódio. 2

Deixamos todas as nossas brigas e desentendimentos como estão, nem queremos nos olhar; mas, além disso, começamos a nos unir exatamente da forma oposta. Amo o que odiava, me conecto com o que rejeitei e não tiro os olhos de quem não queria olhar. Eu supero isso construindo um andar acima do outro. Somente nesta forma é construído um vaso espiritual.

Ao fomentar brigas entre nós, o Criador nos dá a oportunidade de construir um Kli sempre crescente. Portanto, devemos nos alegrar com o surgimento repentino de um conflito entre nós e sermos criativos sobre o que o Criador faz conosco. É maravilhoso que Ele desperte inimizade entre nós. Ele existe há muito tempo; nada de novo está surgindo. Todo esse ódio vem da quebra, de um poço repleto de cobras, mas ele se abre gradualmente para que, em cima dele, possamos construir outra e ainda outra camada de conexão.

Portanto, devemos nos alegrar com o mal, como fazemos com o bem, porque o bem por si só não pode construir um Kli poderoso. Vamos amadurecer e começar a nos construir corretamente.

Precisamos manter um equilíbrio constante: se cobrimos o ódio com amor, precisamos verificar onde o ódio desapareceu, por que não aparece mais. Onde está essa cobra, por que ela não levanta a cabeça? Aparentemente, não damos incentivos e não há motivos para subir. Você precisa ganhar experiência com o bem e o mal. É como em uma família em que o casal nunca briga, eles não podem despertar amor. Portanto, eles se provocam propositalmente para aumentar a sensibilidade em seu relacionamento. 3

Devemos tentar sentir como o Criador toca conosco como Ele toca um violino: para ser sensível, pronto e atrair o Criador. O mundo inteiro é o apelo do Criador à criação em todas as formas possíveis, através de sons, imagens, cores, tudo isso é a linguagem do Criador. Se uma pessoa é capaz de perceber essa linguagem, sentir, entender e responder a ela, ela se conecta à criação e ao Criador dentro de si.

É necessário afastar-se do alimentador, pois é inapropriado que uma pessoa coma da mesma calha com um burro. Isso significa que eu me relaciono com a realidade não de forma puramente pragmática, primitiva, como um animal, mas vejo nela a melodia do Criador. 4

Da 1ª parte da Lição Diária de Cabalá 19/12/19, Escritos de Baal HaSulam, “Introdução ao Livro Panim Meirot uMasbirot

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Um Sistema De Recepção E Um Sistema De Intenção

Dr. Michael LaitmanAs pessoas que têm uma centelha, uma partícula da natureza superior, não se corrigem como todo o resto dos sete bilhões de pessoas, pois através dessa centelha, nós podemos nos conectar com a fonte da Luz, a fonte de doação, o poder de doação.

Isso significa que nós temos dois sistemas dentro de nós: um sistema de recepção e um sistema de intenção, ou seja, doação. Em nós, há um desejo que é direcionado para nós mesmos. Além disso, nós temos um ponto dentro do desejo, uma centelha que pode ser desenvolvida num sistema separado.

Se desenvolvermos essa centelha no sistema de doação, em outras palavras, se adquirirmos uma intenção de agir para o bem dos outros, então as nossas ações serão sem importância. Elas sempre estarão sob o controle da intenção em prol da doação.

Segue-se que esta intenção em prol da doação irá determinar todos os meus atos e comportamento. Não importa se eu recebo dos outros ou doo aos outros fisicamente neste mundo. Minha intenção sempre será determinada de modo que todos os meus atos sejam destinados para o bem dos outros, e isso é sempre mais importante do que o meu próprio bem.

Parte da alma coletiva que trabalha de acordo com este programa pertence à cabeça do Partzuf espiritual. Através da Luz, nós podemos criar pensamentos, ações, intenções e planos que são realmente para o bem dos outros, e eu vou usá-los para além do benefício pessoal. Toda emoção e pensamento, força e compreensão, eu coloco a serviço do bem dos outros. Eu estou aderido aos outros e faço tudo para o seu bem.

Essas mudanças só são possíveis através da Luz que Corrige. Para todos os sete bilhões da humanidade, só a Luz revela o quanto eles estão conectados uns aos outros, e assim eles param de fazer mal uns aos outros e se tornam um só corpo, que ainda é egoísta. Todos eles agem para o seu próprio bem, como uma família.

Nós temos que criar uma outra conexão entre nós, onde a nossa intenção seja inteiramente para o benefício de outros, como está escrito: “Ama ao próximo como a ti mesmo”. Não é que eu só não prejudico os outros, sabendo que, com isso, eu não me prejudico. Eu não olho de forma alguma para isso, para saber se isso vai voltar para mim de alguma forma. Pelo contrário, eu penso e atuo apenas para o benefício de outra pessoa, sem verificar como isso vai me afetar para o bem ou para mal. Isso é chamado de trabalhar acima do meu ego. Isso é trabalhar com fé, em outras palavras, doação.

Da 1ª parte da Lição Diária de Cabalá 13/07/14, Shamati # 60

O Ritmo Da Vida Entre Recepção E Doação

Dr. Michael LaitmanPergunta: Qual é a vantagem de descobrir o Criador?

Resposta: Se sentíssemos o desejo de viver, de receber prazer, a compreensão, o conhecimento, e melhorar a nossa condição, até mesmo essa questão não existiria. Eu preciso do Criador para o meu próprio bem.

Pergunta: Mas esse não pode ser o objetivo final.

Resposta: Por que não? Eu sou um desejo de receber, não tenho nada mais do que isso. Portanto, eu não estou pronto para desejar qualquer coisa além de bom e abundante. Assim, procurando o melhor, eu descubro que existe uma fonte para o bem, o Criador ou a Luz. Aparentemente, eu sou construído de tal forma que o melhor estado para mim é quando Ele me preenche. Aqui é onde o jogo começa. Por que eu sou preenchido? Eu sou preenchido porque vai ser bom para mim ou porque vai ser bom para o Criador?

Suponha que eu estou fazendo isso para o meu próprio bem. Nesse caso, minha realização será muito pequena. Eu vou ser como uma criança que está satisfeita e cheia, deitada sem se mexer, cheia de prazer. Isso ocorre porque todo movimento é uma busca de prazer e neste estado ela não tem nada. Mesmo o inanimado está acima disso; ele se protege, e aqui mesmo a proteção é supérflua.

O Criador não quer que a gente esteja nesse estado, pois este é um nível muito pequeno. Portanto, Ele organiza tudo para que não fiquemos satisfeitos com o preenchimento do eu; pelo contrário, é para que possamos preenchê-Lo, como se Ele precisasse. Mais precisamente, nós podemos ser preenchido por Seu amor. Isso acrescenta realizações cada vez mais novas e intermináveis a nós o tempo todo, e, como resultado disso, nos sentimos vivos.

Você sente um pouco de fome e um pouco de saciedade e, novamente, fome e saciedade, e assim por diante, repetidamente. Essa é a forma como a vida flui o tempo todo e você não congela, não para no nível primitivo de auto-satisfação, que o preenche até o fim, sem deixar qualquer deficiência. Por outro lado, se Malchut do Infinito não tivesse feito uma restrição (Tzimtzum) e tivesse preenchido todos os vasos até o fim, ele desapareceria e voltaria ao ponto inicial do algo a partir do nada, da existência a partir da ausência (Yesh mi Ain).

Por esta razão, o Criador criou tudo, de tal forma que devemos ser como Ele, nos tornarmos alguém que doa. Embora sejamos um desejo de receber, ao mesmo tempo queremos doar, e nós “oscilamos” entre recepção e doação, aumentando constantemente o intervalo. Isso nos dá a oportunidade para um desenvolvimento ilimitado e com isso nós sentimos uma aventura, um verdadeiro prazer. Nós desfrutamos tanto a fome como o preenchimento, porque desde o início até a nossa fome é dirigida para o bem do outro. Por isso, eu desfruto o amor dos dois lados, tanto do lado de Din (julgamento) como do lado de Rachamim (misericórdia).

Pergunta: Como alguém pode realmente querer isso?

Resposta: Estas distinções chegam com a ajuda da Luz. Ela nos ilumina conforme a nossa acomodação a ela, na medida em que nos assemelhamos a ela. E nós começamos a nos assemelhar com a ajuda do trabalho com os amigos no grupo.

Tente ajudá-los e você vai sentir a resistência. Não concorde com essa resistência, a fim de doara eles, e, assim, conforme o seu esforço, você vai despertar a Luz que Reforma.

Da 4a parte da Lição Diária de Cabalá 13/02/14, Escritos do Baal HaSulam

Vida Na Doação, Morte Na Recepção

Dr. Michael LaitmanO ser criado deve estar entre dois sistemas, a fim de crescer e existir: a casca (Klipa) e a santidade (Kedusha). É por isso que existem os mundos de ABYA de santidade e ABYA de impureza, como se diz, “Deus criou-os um em oposição ao outro”. As almas estão no meio e conforme elas passam pelas fases de desenvolvimento, elas são alternadamente influenciadas pelo sistema de pureza e o sistema de impureza.

Desta forma, aquelas que são alimentadas pelo sistema do Klipa são chamadas de mortos e aquelas que são nutridas pela santidade são chamadas de vivos. Assim, a influência dos mundos ajuda as almas a se desenvolver continuamente entre a vida e a morte.

Nós nos desenvolvemos gradualmente a partir do simples desejo de viver a vida material, corporal, num desejo de um nível espiritual. Neste nível não há mais a vida e a morte, no sentido usual. Na vida espiritual nós somos independentes do corpo; nós nos elevamos acima dele e começamos a sentir um nível diferente de vida. Então, a vida significa que estamos sob a influência da força de doação, e a morte significa que estamos sob a influência da força de recepção.

Isso nos ensina como transformar todas as forças da intenção “a fim de receber”, da inclinação ao mal, para a inclinação ao bem. Assim, nós conseguimos estabelecer a nossa vida espiritual.

Nós devemos entender o que significa o princípio “Deus criou-os um oposto ao outro” aqui: Se um desejo é evocado em nós, o outro desejo cai, e vice-versa. Os dois sistemas não podem operar simultaneamente. A eficácia de um sistema é à custa da ineficácia do outro sistema. Assim, eles operam alternadamente, de acordo com o plano superior que está no mundo de Atzilut.

Os sistemas de BYA de santidade e BYA de impureza nos ajudam a avançar, empurrando-nos para frente. Se nós avançamos pelo sistema de BYA de impureza, nós desenvolvemos “a seu tempo”, e se nós avançamos pelo sistema de BYA da Santidade, nós aceleramos o nosso desenvolvimento, que se chama “Eu vou apressá-lo”.

Da 2ª parte da Lição Diária de Cabalá 01/01/14, Escritos do Baal HaSulam

Focando A Energia Na Reciprocidade

Dr. Michael LaitmanTudo no mundo é feito de dois atributos: recepção e doação. É como fogo e água, positivo e negativo, polo norte e polo sul, etc. Esses dois estados polares são os dois atributos da natureza que atuam sobre a matéria e não há outra coisa, exceto estes dois atributos.

A matéria é o desejo de desfrutar, de receber, de ser preenchido. É a base natural da matéria. Cada átomo, por exemplo, quer preservar a sua forma: um grande átomo quer manter a sua forma e peso na tabela periódica, com o número de partículas no seu núcleo, etc.

Uma vez que tudo é feito de positivo e negativo, o mais e o menos devem ser separados por algum adaptador, como um motor aos quais eles estão conectados e que faz o trabalho. Além do mais, deve ser uma carga benéfica. Se for uma carga prejudicial, como numa bomba atômica, que conduz a uma colisão e destruição mútua, como por vezes dizemos, por exemplo, um curto-circuito. Quando os dois atributos opostos se encontram uma grande quantidade de energia é liberada, uma vez que é dirigida para fora e não para a mutualidade.

Todos os níveis de poder, todos os atributos que uma pessoa tem, têm seu nível de adaptação, o que significa a resistência correta que pode ser entre o mais e o menos. Se o mais e o menos são pequenos, a resistência pode ser pequena, e se o mais e o menos são grandes, a resistência tem que ser muito grande, pois, caso contrário, haverá um “curto-circuito”.

Todos os desejos de receber de uma pessoa são classificados em relação ao atributo de doação: o nível da raiz, fase um, dois, três e quatro, o que significa que os cinco níveis de Aviut (espessura). Assim, existem cinco níveis de tensão ou de cinco níveis da Luz superior (doação) e a resistência entre eles.

A Torá nos diz como eles são classificados. Se eu estou neste estado quando estou em oposição ao Criador, o que significa que o atributo de recepção é oposto ao atributo de doação, o atributo de “Moisés” em mim pode estar um nível abaixo do Criador, o que significa estar próximo dele, “face a face”.

Os níveis grosseiros, mais tangíveis, espessos, devem, portanto, ser removidos. Por isso, diz-se que Moisés está mais próximo do Criador, depois Arão, os Levitas, os homens, as mulheres, os idosos e as crianças. Depois, há diferentes rebanhos, etc. Isso significa que eles estão numa forma de pirâmide, ou em círculos em torno do Monte Sinai. “Em torno” é o ponto de contato com o atributo superior.

Por que dizer “em torno da montanha”, e não numa linha reta? Porque eles ainda não tinham adquirido um Masach (tela); eles não têm a linha, e tudo ainda é gerido em círculos.

De KabTV “Segredos do Livro Eterno” 04/03/13

A Peculiaridade Do Nosso Tempo

Dr. Michael LaitmanPergunta: Ultimamente, nós estamos vendo um confronto crescente entre as duas forças opostas na Europa e no mundo. Este não é um pré-requisito para que possamos encontrar uma oportunidade para avançar corretamente?

Resposta: A ciência da Cabalá, juntamente com outras ciências, diz que tudo no mundo é composto de duas forças opostas: positivo-negativo, Norte-Sul, pressão-vácuo, quente-frio, etc. Tudo isso é baseado nas duas forças opostas fundamentais: recepção e doação. A perfeição, a vida, consiste destas duas forças que formam a terceira força, a linha média, onde, em princípio, tudo o que existe está ali. Nós vemos isso em organismos vivos, plantas e animais. Antes do nosso tempo, nós também fomos nos desenvolvendo como animais, ou seja, instintivamente, sob a lei da linha média.

Mas agora nós estamos chegando ao próximo nível de gestão, quando essas duas forças opostas surgem em nós e temos que equilibrá-las por conta própria. Esta é a peculiaridade do nosso tempo, do nosso desenvolvimento. Portanto, nós temos que ver o mundo em harmonia e temos que levar esta harmonia até ele ao combinar corretamente as duas forças opostas em nós mesmos: a força de recepção (Aviut) e a propriedade de doação (tela). Nós temos que agir desta maneira.

Da Refeição antes da Convenção Europeia na Alemanha 23/03/13

Alcançar O Outro É Alcançar A Si Mesmo

Dr. Michael LaitmanPergunta: Muitas vezes nós falamos sobre o outro. O que é o desejo de receber do outro?

Resposta: Toda a realidade que você pode imaginar se resume ao outro. Em outras palavras, é tudo o que está fora do “eu”. Nós devemos entender que o “eu” é apenas uma centelha e pronto. Tudo o resto é restrito e sem importância. Você pode comer, beber e gozar a vida, mas apenas para sustentar a si mesmo. Tudo é determinado pela intenção da pessoa.

Você deve ver a si mesmo como uma centelha. Tudo o resto é o nível animal e você deve fornecer o que ele precisa, mas toda sua atenção deve ser destinada ao exterior, para o que é externo à centelha. Lá, fora de si mesmo, está o seu desejo, o seu vaso espiritual, tudo o que você pode imaginar: todos os níveis da natureza inanimada, vegetal, animal e falante.

Você pode controlar automaticamente os três primeiros níveis dos seus desejos externos (os níveis inanimado, vegetal e animal), pois não há resistência por parte deles. Mas nós temos problemas com a natureza humana, pois nela você vê a si mesmo, a sua essência, o que você é. É como o atlas de sua anatomia espiritual interna com todos os seus componentes. Tudo está lá, e ainda assim, é o seu desejo, e por isso você deve trabalhar com ele.

Isso não significa que você tem que corrigir os outros. Simplesmente por se preocupar com eles, você descobre que eles pertencem a você. É por isso que disseminamos. É como se você quisesse alcançar os outros, transmitir o método de correção a eles, mas para se aproximar deles você tem que entender e sentir que é o seu próprio “eu”. Então, ao se sentir realmente neles, você começa a entender o que está escrito nos livros dos Cabalistas.

Da 4ª parte da Lição Diária de Cabalá 04/03/13, “Introdução ao Livro do Zohar