Textos arquivados em ''

Nenhuma Outra Realidade, Exceto A Dezena

laitman_962.7A substância da criação é o desejo de desfrutar, e todo o nosso trabalho é vesti-la na intenção de doar, o amor ao próximo. A intenção é mais importante porque atesta a essência da ação. A questão não é se eu recebo ou doo, mas o que espero desta ação: receber ou doar? É o que determina tudo.

Se um alienígena aterrissasse na Terra e visse como uma pessoa trabalha duro durante todo o dia e no final do dia dá todo o dinheiro que ganhou a um vendedor em uma loja ou a um caixa no banco, ele ficaria fascinado: “Que ato de doação!” Mas nós entendemos porque ele doa, de modo a receber algo mais valioso para si.

Acontece que a ação em si não diz nada e tudo é determinado pela intenção. Essa é a diferença entre um animal e um ser humano: o animal entende apenas a ação em si. É impossível falar com ele sobre a intenção, embora seja possível treinar um animal e explicar-lhe um pouco as intenções do proprietário, com a ajuda de ações. Mas, em geral, um animal compreende apenas a ação: se você dá, você é bom, se não dá, é ruim.

Uma pessoa age com uma intenção e isso é diferente dos animais. Somos animais por natureza, mas quanto mais subimos acima do nível animal devido à educação e aos hábitos adquiridos, mais importância atribuímos à intenção. Toda ficção, cinema e alta arte falam de intenções, não das ações em si. Quanto mais a intenção diverge da ação, mais dramas, conflitos e confrontos agudos emergem e, portanto, é difícil entender e sentir a intenção e a dificuldade de expressá-la. E quando a intenção finalmente se conecta com a ação, ela leva a uma solução, a um desfecho.1

A intenção em prol da doação só pode ser obtida da luz de reforma porque esta luz vem do sistema onde estamos todos interconectados. Acontece que eu começo a sentir outra pessoa inseparável de mim mesmo e, portanto, mudo minha atitude para com ela e doo a ela como se eu mesmo recebesse. A doação a ela se transforma em recepção, como se eu estivesse doando a meu próprio filho.

Nós entendemos o exemplo com um filho; é ainda mais agradável para nós dar aos filhos do que tomar para nós mesmos. Da mesma forma, devemos perceber um estranho como se ele fosse uma parte nossa inseparável. Para este propósito, há a luz de retorno à fonte, que tem o poder de me mostrar que meus amigos e eu somos partes de um corpo e que, dando a eles, eu mesmo pareço receber.

Portanto, a mudança de intenção só é possível em grupo e somente com a ajuda da luz que reforma.2

A lição deve ser uma ação prática na dezena, em vez de especulações mentais. Deve entrar em nossa substância, em nossa conexão, porque a unidade é a matriz de toda a realidade. Não há outra realidade além da dezena. Se eu ensaio todas as cenas dentro da minha dezena, vestindo todo o material dos artigos – as dez Sefirot, os mundos superiores, os Partzufim, a quebra e a correção – este é o estudo real da ciência da Cabalá na prática, a Cabalá prática.

Depois da aula, eu saio completamente diferente do que era antes e a minha dezena também é diferente porque demos um salto no caminho.3

O que me impede de sentir-me em perfeição, completa abundância, fundido com o Criador? O mundo é gentil e belo, cheio do Criador, e eu sou eterno e perfeito nele. Por que me sinto diferente agora? A diferença entre esses dois estados é apenas na minha sensação. Se eu não calculo com meu desejo animal de desfrutar, mas quero estar no desejo de doar, então doo prazer ao Criador dizendo: “Sinto-me infinito preenchendo o que Você me dá. Não preciso de mais nada, e estou feliz que Você existe e cuida de mim!”

Quem me impede de sentir tanta alegria e satisfação, exceto o meu egoísmo e orgulho?4

No final da correção, o mundo inteiro torna-se totalmente bom, como está escrito que “O lobo habitará com o cordeiro”. Israel (aspirar ao Criador) é o Rosh (cabeça) do Partzuf, a alma comum de Adão HaRishon. Adão não tinha um Rosh; ele nasceu um animal, um anjo. Um anjo é o nível animado de santidade, e um animal não tem mente, não tem Rosh.

Agora, devido aos esclarecimentos, o Rosh começa a crescer nos níveis de Shoresh, Aleph, Bet, Gimel e Dalet. Nós somos o Rosh, lutando pela revelação do Criador, pela unidade. O Guf (corpo) existe devido ao Rosh e não poderia vir a vida sem ele.

Adão tinha um Rosh no nível de Hassadim, isto é, no nível animado. Quando ele quis ter um Rosh com a luz de Hochma (sabedoria), isto é, no nível humano, ele se quebrou. A correção consiste em recuperar o Rosh e o Guf – esta será a correção do mundo, da realidade. Todos serão unidos pelas boas conexões à luz de Hassadim e preenchidos com a luz perfeita de Hochma. Isso é chamado de fim da correção.5

Da 1ª parte da Lição Diária de Cabalá, 30/4/19, “Não Há Nada Além Dele” (Preparação para a Convenção na Convenção Latino-Americana 2019)
1 Minuto 30:12
2 Minuto 34:00
3 Minuto 1:03:57
4 Minuto 1:16:40
5 Minuto 1:58:57

Nova Vida # 239 – A Sabedoria Da Felicidade De Abraão

Nova Vida # 239 – A Sabedoria Da Felicidade De Abraão
Dr. Michael Laitman em conversa com Oren Levi e Tal Mandelbaum ben Moshe

Os humanos têm questões existenciais. Abraão explicou que somos controlados pelo poder da recepção e podemos descobrir e desenvolver o poder do amor e doação pela bondade. A fim de trazer o mundo inteiro para a correção, Abraão e seus seguidores tiveram que ser trazidos para mais perto de toda a humanidade. Eles caíram no egoísmo como todo mundo. Hoje, devemos voltar a ser como um homem em um coração para transformar o ódio em amor. A verdadeira felicidade só pode ser alcançada através da ascensão à força superior.

De KabTV, “Nova Vida # 239 – A Sabedoria Da Felicidade De Abraão”, 10/10/13

O Que Fazer Quando Não Há Força?

laitman_584.03Pergunta: O que você deve fazer quando não há força? Lutar com você mesmo?

Resposta: Por que lutar com você mesmo? Você nunca pode superar a si mesmo porque não é você, mas o seu egoísmo, que é muito mais forte do que você, e você não tem nada além disso. Esta é uma batalha já perdida.

A única coisa que você tem que fazer é aderir-se ao grupo o máximo possível. Então você terá a força, uma direção, tudo que você precisa para superar os problemas.

Pergunta: Como você não pode ficar preso, pensando que está se desenvolvendo, mas na verdade se desviou há muito tempo e está regredindo?

Resposta: Apenas aderindo-se ao grupo. Eu não posso dar nenhum outro conselho. Se você tem uma dezena, você tem uma tábua de salvação. Se não tem uma, está se afogando.

Da Lição de Cabalá em Russo, 20/01/19

Meus Pensamentos No Twitter 01/06/19

Dr Michael Laitman Twitter

#Israel é uma nação que se eleva à doação, amor ao próximo, garantia mútua, empatia.
#Jerusalem é a capital, o coração da nação, o auge do espírito, o ponto focal do poder sobre si mesmo, sobre o egoísmo da pessoa.
Sem um desejo de se unir, de amar o próximo – Jerusalém é Klipa

Para que Jerusalém se torne uma verdadeira capital, o centro de uma nação unida, devemos conquistá-la DENTRO DE NÓS, retornar a uma boa conexão, aprender a superar conflitos e disputas. Só assim, na unidade dos corações, podemos construir a nação de ISRA-EL, aspirar ao Criador.

#Jerusalém é uma indicação do estado espiritual da nação. É uma cidade muito dura, uma vez que demonstra a atitude genuína em relação à unidade no coração de cada pessoa. Jerusalém pode ser o centro de fragmentação da nação de #Israel e do mundo ou o centro de sua #unidade.

O resultado é alcançado por um pedido ao Criador para ajudá-la a ir pela fé acima da razão, com alegria, como se ela tivesse alcançado a razão espiritual. E embora o corpo não queira ir apesar da razão, ela pede alegria, como convém ao obreiro do Superior.
Ela pede para não ver a grandeza, mas pede alegria acima da razão, como se estivesse na razão.

A pessoa vê que o mundo é ruim, mas por seus esforços, deseja vê-lo como o Criador vê – que o mundo é perfeito, recebendo tudo do Criador perfeito, e como se sentisse isso em suas sensações. Ela então sente a força da vida e da alegria aproximando-se do Criador, que faz o bem.

As pessoas entraram em uma nova era geológica chamada Antropoceno – a era humana em que as pessoas começaram a infligir danos irreversíveis ao planeta. As pessoas podem ser levadas a se equilibrar com a natureza apenas corrigindo a natureza humana. Existe um método para corrigir a natureza do homem: a Cabalá.

O mundo vive por suas leis. Aquele que deseja revelar o Criador, embora veja um mundo ruim, deve vê-lo como bom – transferindo as falhas do mundo e do Criador para si mesmo, suas qualidades. O bom Criador é o Eu malvado (não corrigido). É por isso que eu vejo o mundo desse jeito!

A linha esquerda é o que a pessoa vê na razão, nas falhas dela e do mundo.
A linha direita é o que ela vê acima da razão, a perfeição dela e do mundo.
A linha do meio é quando, apesar do que ela vê na linha da esquerda, ela segue mesmo assim – acima da razão.
Isto é, é necessário que as linhas direita e esquerda entrem na linha média, fé acima da razão.

Estar na espiritualidade significa permanecer humano e ir acima dele, pela fé acima da razão. Mesmo se a pessoa pode ver o Criador na razão, ela prefere estar na fé acima da razão que é oferecida a ela. A fé se torna um instrumento para revelar o Criador, pois tudo é para doação, no cuidado não para si mesmo, mas para o Criador.

Para que a criatura atinja o Criador, ela deve construir a qualidade de doação, fé, acima da qualidade de recepção, razão. O Criador ajuda a pessoa criando o vazio nela. É preciso ir acima do vazio, criando a qualidade da grandeza, a sensação do Criador dentro dela, acima da razão. Desejando alcançar na fé, não na razão.

Acima disso, construímos a fé, apesar da qualidade de recepção, da maneira como o Criador vê as qualidades do meu ego.
Existem duas realizações: terrena e espiritual.

O que a pessoa recebe no ego-desejo é chamado de razão. Para atingir o Criador, é preciso construir uma sensação acima da razão do ego. É exatamente por isso que o ego, a qualidade do nosso mundo, foi criado.

Na medida em que a pessoa tem fé na bondade acima da razão, ela chega à sensação do mal em sua razão, que a empurra para a correção por um pedido de doação.

O Criador desperta o mal na razão para ajudar a pessoa a elevar-se à fé acima da razão, a perceber que ela se sente mal porque existe na qualidade de “por minha causa” – caso contrário, ela sentiria bondade.

Uma pessoa não tem forças para ir contra o desejo de desfrutar, já que não sente satisfação nisso. Mas o Criador tira o sabor e deixa apenas a oportunidade de pedir forças para trabalhar em prol do Criador.

Imagine como se você merecesse plena fé no Criador e a sensação de que o Criador governa o mundo pela bondade, e é isso que as criaturas recebem. Quando você vê o seu sofrimento e o do mundo, diga que você o vê em suas qualidades não corrigidas para se corrigir até ver uma providência totalmente gentil.

Zohar, Hayei Sarah 21: Feliz é aquele que se diminui neste mundo – quão grande ele é no mundo eterno! Mas aquele que é grande neste mundo é pequeno no mundo eterno.
O Criador exalta aquele que se diminui.
Feliz é aquele que se diminui neste mundo: quão grandes são os seus méritos no mundo eterno!

O caminho da fé acima da razão significa não levar em conta sentimentos e conhecimento. O Criador nos observa e sabe o que é bom para nós. Por isso, não me importo como me sinto, se quero deleitar o Criador.
Embora eu não sinta perfeição em meu trabalho, da perspectiva do Superior estou na perfeição.

Malchut, a base da criação, é um ponto negro. Se a pessoa não deseja aumentar seu estado, não pode cair. Se a pessoa aceita o trabalho em um ponto negro em qualquer estado – ela atinge a adesão com o Criador e recebe a luz de cima, já que não há intenção de receber e desfrutar da luz.

O objetivo do trabalho é estar em um grau inferior, sempre aceitando o poder do Criador novamente pela fé acima da razão, ingenuamente. E aceitá-lo com alegria, como se em plena razão. A constatação é que ela nunca cai e está sempre em alegria porque aceita todos os estados nos desejos e nas mente acima da razão.

A pessoa deve regozijar-se com um pequeno estado mais que um grande estado. E quando em um grande estado, ela deve cobrir-se com um pequeno estado de perturbações do ego. Em um estado pequeno, ela pode chegar à revelação, já que não há medo de ser derrotada pelos distúrbios do ego.
Portanto, o Criador tem mais alegria de um estado pequeno do que de um grande.

Do Twitter, 06/01/19