A Classe Média Está Desaparecendo

Laitman_421_01Opinião (de lenta.ru): “O termo ‘classe média’ tem sido usado ao longo de dois mil anos e meio – a primeira vez que ele foi usado foi em torno de 420 a.C., quando o antigo dramaturgo grego Eurípides colocou na boca de Teseu, o herói da comédia ‘Suplicantes’, as seguintes palavras: “É apenas a classe média, que apoia a cidade; ela se submete às suas leis e autoridades”. No século seguinte, a ideia foi desenvolvida pelo grande filósofo Aristóteles, que apontou em seu tratado ‘Política’, que ‘o Estado, que consiste de pessoas medianas, terá o melhor sistema de governo’. Nesse sentido, o termo se originou em 1913, quando o Serviço de Estatística da Grã-Bretanha marcou o termo classe média como segmentos da população que estão entre a classe dominante e o proletariado. …. Desde então, a sociologia ocidental vê a classe média como o suporte principal, e a estabilidade política e econômica do estado – em plena conformidade com os preceitos de Aristóteles.

“Mas no ano passado, sociólogos americanos soaram o alarme. Embora a proporção mundial de pobres seja cada vez menor (de 25 para 15 por cento nos primeiros 10 anos do século, de acordo com o Banco Mundial – a percentagem de pessoas em países de baixa e média renda durante o mesmo período aumentou 6 e 8 por cento, respectivamente), os EUA marcaram uma clara tendência ao ‘encolhimento’ da classe média. Alguns de seus membros estão se movendo para a categoria dos ricos, mas muito mais são aqueles que descem para a parte inferior da renda. …. Se em 1971, 80 milhões de adultos americanos, ou cerca de 61 por cento da população ativa (131,6 milhões de pessoas) pertencia à classe média, em 2015 o seu número aumentou, embora em termos absolutos, para 120,8 milhões, mas agora menos da metade do número total de cidadãos sãos dos EUA. Além disso, a estrutura da distribuição de renda domiciliar total mudou. Em 1970, a classe média ganhava 62 por cento do dinheiro no país, em 2014, esse número caiu para 43 por cento. Os americanos ricos aumentaram sua participação de 20 para 49 por cento. Aparentemente, um padrão similar é observado em outros países desenvolvidos.

“Esse processo afeta o mercado de bens de consumo. A tendência de ‘desgastar’ produtos tradicionalmente de classe média – alta qualidade e moderadamente caros – foi observada no início da década, … ‘Em Paris, um monte de lojas faliu e fechou. … Na Place de Victoire todas as lojas de moda fecharam. … Ninguém está interessado em moda, não há clientes’…

Comentário: As pessoas mais ricas do mundo, que são apenas 1% da população mundial, possuem mais ativos e propriedades do que 99% da população.

Sessenta e duas pessoas possuem a mesma quantidade de riqueza que 3,6 bilhões de pessoas que são a metade mais pobre da população. Desde 2010, a riqueza dessas pessoas ricas cresceu 44% e a da população pobre diminuiu 41%.

Meu Comentário: O ego está pressionando cada indivíduo a um ponto que ele deve satisfazer suas necessidades. Não faz diferença quão rico uma pessoa possa ser, ela vai se sentir cada vez mais “vazia” e vai continuar a aspirar a mais, até que toda a riqueza do mundo lhe pertença e, depois, todo o universo também.

Portanto, eu espero que a classe alta caia na real, pare e deixe algo para as classes mais baixas. A desigualdade no mundo está se movendo em direção a 1% de pessoas ricas e 99% de pessoas pobres sem classe média. Essa é a lei da nossa natureza egoísta.