Pergunta: O tipo de rede em que vivemos hoje se encontra em crise. No entanto, aos poucos estamos passando para o próximo estado, que é a estabilização de qualquer maneira. O que é este estado harmonioso que toda a natureza atinge quando sai da crise?

Resposta: Este é um estado em que a pessoa vai se transformar, tornar-se integral, mutuamente ligada. Ela vai pensar em todos como parceiros num único sistema. O que era obviamente um plano puramente teórico será visto de forma clara: uma completa conexão mútua no mundo.

Além disso, essa conexão mútua não depende que todos na face da terra estejam cientes de tudo o resto através de uma cadeia de cinco pessoas, ou que aquilo que uma pessoa pensa num lugar aparecerá imediatamente em outra parte do mundo. Estas são coisas básicas. Nós estamos, de fato, ligados entre nós, como um micélio subterrâneo dentro de uma rede de raízes, com todas as raízes, com todas as plantas, e assim por diante.

Esta rede nos prende, nós vivemos nela, somos nutridos por ela. Isso está começando a ser descoberto agora. Na medida em que nos acostumamos a isso, nós nos beneficiamos, entendemos como viver melhor, como nos organizar neste novo nível, neste novo mundo que é descoberto. Se não quisermos segui-lo, a natureza vai nos obrigar a fazê-lo por meio de sua pressão, e essa pressão pode ser muito trágica.

De KabTV “Através do Tempo” 17/03/13

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Pergunta: Onde os anjos, Satanás, e o resto das forças puras e impuras aparecem, e qual é o seu status? Quando eles surgiram, em que dia da criação?

Resposta: Na natureza não aparecem forças estranhas, apenas a força única chamada “Criador”. Você pode chamar essa força do que você quiser. Ela sempre se revela de uma maneira idêntica ao seu ego, que está em constante mutação. Portanto, agarra-se ao seu comportamento idêntico em relação a si mesmo, como algo que é absolutamente bom, como a descoberta de todos os tipos de influências positivas e negativas que você descobre tanto dentro de você como fora de você.

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Pergunta: Por que a maioria das pessoas não consegue perceber que seus desejos estão seriamente mudando?

Resposta: Porque não há nada para substituí-los. Elas não conseguem ver a crise porque a mídia apresenta informações de uma forma que beneficia aqueles que a pagam e organizam. Isto deve facilitar que alguém fique no poder.

O problema é que não existe nenhuma outra solução. Se você tivesse que se voltar para o mesmo governo ou a mídia e perguntar: “E o que vocês propõem”? Eles não têm nada a oferecer, e como não têm mais nada, nós continuamos a “sorrir para um mau desempenho”. Nós não temos outra opção. Mas por dentro, todos nós estamos tremendo, porque não sabemos o que virá a seguir. As pessoas só querem viver um dia pacífico e agradável. E os que estão no poder se sentem da mesma maneira.

É por isso que eu sempre explico que as pessoas são as únicas que precisam mudar, quando falo com pessoas. A humanidade chegou a um nível completamente diferente de desenvolvimento; nós precisamos parar de quebrar a natureza, tornando-a susceptível a nós. Em vez disso, nós precisamos nos quebrar para corresponder à natureza, e esta é uma etapa completamente nova.

Muitas vezes as pessoas reagem a isso da seguinte forma: “Então, o que podemos fazer? Não podemos mudar as pessoas. Ninguém vai nos ouvir. Você está propondo uma fantasia, propondo planos que nunca podem se tornar realidade. Portanto, deixe que as coisas fiquem do jeito que estão, e vamos ver o que acontece depois. O que podemos fazer, a vida vai…”.

Todas as mãos são levantadas quando confrontadas com problemas que mudam as pessoas, porque as pessoas precisam se tornar seres integrais, e seu estilo de vida precisa se ​​unir com a plena compreensão de que dependem umas das outras. Esta é a única maneira delas alcançar a harmonia com a natureza e começar a receber boas forças dela.

De KabTV “Através do Tempo”  17/03/13

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Rabash, “Sobre a Questão do Sofrimento no Trabalho”: Como é possível não cair num estado inferior? O conselho para isso é que se a pessoa toma conta de si mesma, verá o quão longe está da adesão com o Criador em seus pensamentos e desejos. Ou seja, num momento de subida, ela já começa a procurar conselhos sobre como elevar seu nível.

Mas, normalmente, a ordem é que no momento da subida, a pessoa não quer procurar seus defeitos. Portanto, de Cima eles são obrigados a lhe dar descidas. Os sábios disseram: “Um velho anda curvado, sempre olhando para o chão como se estivesse procurando algo”. Um velho é alguém que adquiriu sabedoria, isto é, vê um novo estado nascendo. … Ele começa a procurar como elevar-se espiritualmente antes mesmo que perca um estado elevado e, portanto, procura por falhas em seu estado atual. Por isso, não há necessidade de jogá-lo para baixo.

Se a opinião da sociedade, a opinião do ambiente, não apoiar a pessoa e não segurá-la, ela não poderá se relacionar com a subida de forma crítica. Quando ela está subindo, quando sente a perfeição, é muito difícil procurar defeitos. Pelo contrário, a pessoa quer manter essa perfeição.

No entanto, é necessário compreender que a procura por outras lacunas não destrói o passado, a perfeição que ela já atingiu. É necessária uma abordagem muito sutil aqui. Por isso, ela deve se conectar mais fortemente ao grupo, incluir-se mais nos estudos  para atrair mais Luz que irá iluminar sua falta de conexão.

Afinal, ela ainda não atingiu a correção final, e ela tem mais a acrescentar de acordo com a raiz de sua alma. A Luz que é adicionada por meio do aprendizado irá revelar à pessoa os lugares que necessitam de correção, de modo a avançar.

A busca de deficiências deve ser conduzida acima da perfeição anterior alcançada pela pessoa, ou seja, alegremente. Agora, ela não tem nenhum sentimento de deficiência. Assim, por meio de sua busca por deficiências adicionais não preenchidas, ela encontra possibilidades de satisfazer o Criador. Especificamente agora, num momento de subida, ela procura por deficiências porque tem certeza que foi purificada do cálculo egoísta. A pessoa avança desta forma.

O trabalho essencial é feito num momento de subida. No entanto, se a pessoa já caiu e está subindo, ela perde toda a Luz, e é difícil para ela ter a intenção correta. Apenas o grupo pode sustentá-la se ela se comunicar corretamente com ele. No entanto, numa subida, a pessoa tem que se esforçar mais nos seus estudos, a fim de manter sua subida e se juntar ao grupo. Ela acrescenta cada vez mais à linha direita até que a deficiência na linha da esquerda seja descoberta.

Nós sempre precisamos ansiar pela linha direita, pela conexão, tanto quanto for possível, até que o ódio se revele. É necessário trabalhar com uma subida utilizando especificamente este método.

Da Preparação para a Lição Diária de Cabalá 09/04/13

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Pergunta: O que a próxima fase integral do desenvolvimento do homem exige de nós, uma vez que ela acontecerá quer queiramos ou não?

Nós precisamos construir uma nova sociedade, completamente interligada, que vai ser como a própria natureza. Quando nós entrarmos neste nível, vamos adquirir e distribuir todas as coisas que precisamos para a nossa existência corpórea de acordo com as necessidades individuais. E isso vai nos satisfazer, e nós vamos dedicar toda a nossa força e o nosso tempo para trabalhar na unidade, porque descobriremos o nosso novo grau nela.

Resposta: Ela exige uma abordagem sensata. Pela primeira vez na história da humanidade, nós seremos capazes de controlar nosso destino se entendermos que precisamos mudar.

Desta forma, nós começaremos a descobrir uma existência completamente nova no nível das forças e pensamentos, no mundo virtual. E o nosso mundo corpóreo continuará a ser um mundo físico onde os nossos corpos continuarão a existir, mas o nosso espírito vai existir simultaneamente num mundo paralelo, mais elevado, onde encontraremos uma nova, absoluta e eterna existência na comunicação entre nós.

Pergunta: Será que a unidade será a fonte de prazer para a futura  humanidade?

Resposta: Sim, a unidade será a fonte de prazer. Este é um tipo completamente diferente de satisfação, porque quando nos conectamos, nós criamos um desejo comum tão grande que ele recebe uma energia poderosa que existe no Universo.

Nós entramos num nível além do tempo e do espaço; nós vamos para um campo completamente diferente, sobre o qual fala a física quântica. Nós devemos entrar neste campo com os nossos novos, integrais e comuns sentimentos e mentes. A natureza está nos levando a isto; é a existência neste campo que é chamado de “homem”.

É possível chegar a este estado conscientemente, acelerando nosso desenvolvimento e direcionando-o para o caminho do bem, ou através da resistência, que é o que temos feito até agora. É por isto que, embora ainda estejamos indo para o mesmo estado, nós atualmente avançamos através do sofrimento.

De KabTV “Através do Tempo” 17/03/13

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Pergunta: Depois que nos separamos em Grupos de Dez, parece que estamos iniciando um novo processo. Depois de muitos anos de trabalho em conjunto com os amigos eu já construí algumas “cargas” internas, positivas e negativas…

Resposta: Tudo isso não tem nada a ver com o conceito real de um grupo. Num grupo real, há um compromisso mútuo, uma vez que ele é um. Nós estamos todos no mesmo barco, e vocês têm que trabalhar as relações entre si. Não é apenas uma obrigação, mas é simplesmente impossível de conseguir sem isso.

Hoje, vocês são apenas amigos. Vocês escolhem aqueles com quem se sentem mais confortáveis, mas vocês têm uma obrigação para com a estrutura real do grupo. Se vocês não fizerem isso, então ele ainda não é um grupo ou um Grupo de Dez.

Nós sentimos o grupo, pelo nosso compromisso. É como se eu me preocupasse com um bebê que precisa de cuidado constante. Não se trata de sentir prazer, mas do compromisso que tenho, já que estou comprometido com meus amigos. Nós temos que desenvolver estes dois aspectos, pois, caso contrário, tudo está perdido; não há outra maneira.

É um verdadeiro milagre; nós estávamos quebrados e cada um de nós recebeu uma centelha que lhe permite conectar com outras pessoas, conectar-se artificialmente, tentar se conectar no nível corporal. Sem a realidade corpórea todas as nossas centelhas estariam espalhadas infinitamente, distantes uma da outra, e nunca seríamos capazes de chegar perto um do outro. Mas nós vivemos em corpos materiais que nos permitem estar na doação mútua e receber entre nós. Os corpos materiais de proteína nos ajudam a estabelecer laços e nos conectar, embora as centelhas ainda estejam infinitamente longe uma da outra.

Nosso ego atual pertence aos corpos e não às centelhas, uma vez que ainda não é a verdadeira inclinação ao mal. Mas se começarmos a nos aproximar um do outro, mesmo um pouco, apesar da rejeição que o nosso corpo sente, começamos a evocar a Luz que junta nossas centelhas.

Portanto, você deve entender que grande ajuda isso representa ao longo do nosso caminho espiritual. Com a ajuda de tal sistema modesto, grosseiro, nós podemos começar a conectar as centelhas. A Luz que Corrige as influencia, e, nesse meio tempo, nós passamos pela fase atual, que é a mais longa e difícil de todas as fases. Nós vamos passar muito mais rápido pelos outros níveis, mas este nível é o mais grosseiro, pois aqui tudo é feito com a ajuda dos corpos. É a preparação para o trabalho direto com a Luz e os desejos, um palco maravilhoso, a maior benevolência do Criador. Apesar de eu odiar o amigo, eu ainda me conecto a ele; é uma oportunidade que está em contraste com a Natureza. A Natureza opera de acordo com a honestidade e a verdade, enquanto que aqui há um mecanismo baseado numa mentira.

Assim, vocês devem ansiar e esperar o momento em que terão o prazer de ver seus amigos como seus próprios filhos, e até mesmo mais do que isso. Sim, sim, vocês vão sentir que o amigo é mais precioso para vocês do que o seu próprio bebê.

Da 3ª parte da Lição Diária de Cabalá 20/05/13, Escritos do Baal HaSulam “A Garantia Mútua”

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Rabash, “O que a Regra do ‘Ama Teu Amigo como a Ti mesmo’ Nos Dá?”: Mas como “todos em Israel são responsáveis ​​uns pelos outros”, através de todos, eles são mantidos. É como se todos mantivessem todas as Mitzvot juntas. Assim, através das 613 Mitzvot, nós podemos alcançar a lei, “Ama a teu amigo como a ti mesmo”.

Todas as leis espirituais são leis integrais e existem apenas quando existe uma estrutura completa. Não existe pouco na espiritualidade, e tudo começa a partir da criação de um grupo de dez pessoas, “dez”, um Minian, a mínima medida em que a realidade espiritual pode existir.

É como o exemplo do grupo do Rabi Shimon, cujos alunos formaram a rede certa entre eles e com isso chegaram ao fim da correção ao atingir todos os 125 degraus da escada espiritual. Assim, tudo depende do estabelecimento de um Minian.

Todas as leis da realidade podem ser descobertas num grupo pequeno, mas como ele é uma ferramenta destinada a dar satisfação ao Criador, ele deve ser expandido o máximo possível. Nós precisamos sair do Grupo de Dez, doar e espalhar esta mensagem ao mundo, a fim de conectar o resto da realidade a nós.

Essa incorporação mútua também influencia a estrutura de dez e ajuda a calibrá-la, o que significa que a sua correção interior pertence ao cumprimento das 613 Mitzvot (mandamentos). Ao reunir e apoiar um ao outro, o grupo de dez é suficiente para atingir toda a criação (o que significa o cumprimento de todas as 613 Mitzvot). Isto porque a sua estrutura é compatível com a estrutura das Sefirot originais.

Portanto, especificamente um Minian (um grupo de dez pessoas, nem mais nem menos) é o vaso apropriado para a correção. No entanto, quando falamos sobre o cumprimento do amor ao próximo e o amor ao Criador, isso é cumprido pela expansão do vaso. Este Minian torna-se uma coisa só, que age para corrigir o mundo que está fora do grupo de dez.

Da Preparação para a Lição Diária de Cabalá 21/05/13

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Um tempo atrás, nós começamos a trabalhar em Grupos de Dez e até agora têm surgido muitas perguntas a respeito de porque tal trabalho em grupo foi escolhido. Está bastante claro que as dez Sefirot são a base da realidade espiritual e do mundo corpóreo. No entanto, eu ainda quero explicar mais detalhadamente, de modo que vamos entender melhor o nosso estado atual.

A Torá é a ordem eterna. É impossível mudá-la de acordo com o tempo e espaço. As leis espirituais são fixas e absolutas, e a nossa atitude para com a Luz que Reforma deve ser de acordo com o sistema geral. Este sistema não muda, já que nós avançamos em nosso ego aqui neste mundo à medida que nos tornamos mais humildes, grosseiros e egoístas.

Assim, o nosso estado se torna mais sensível e nos aproxima do “reconhecimento do mal”, por enquanto no sentido corporal. No entanto, os princípios descritos na Torá não mudam e nunca mudarão. Assim, qualquer pessoa que sente que está apontando diretamente para o Criador (Yashar El), o que significa qualquer um que pertença a Israel, vai ter que passar por todo o processo que a Torá nos fala, incluindo o tempo do dilúvio, da Babilônia, o exílio no Egito, a recepção da Torá diante do Monte Sinai, e a peregrinação no deserto do Sinai, até que ela atinja um desejo chamado de Yashar El, a “Terra de Israel”.

Nós estamos nos aproximando disso. A Torá é independente do tempo em conceitos de mais cedo ou mais tarde. Tudo o que é descrito nela é cumprido em todos os níveis, uma vez que, em cada nível, em cada estrutura espiritual, cada Partzuf pequeno ou grande sempre é feito de todas as dez Sefirot, um HaVaYaH completo. A única diferença é o nível, como em cada gota de sêmen na realidade e em cada criança e adulto, já que o individual e o geral são iguais.

Portanto, nós sempre passamos por todos os estados do início até o fim em cada situação, e a única diferença é a intensidade dos estados que são revelados em nós e o que sentimos neles e entendemos. Toda a realidade e cada estado são feitos de dez Sefirot. Portanto, se nós realmente pudéssemos revelar certo estado, entraríamos no nível de toda a realidade.

Nós avançamos de acordo com os níveis, um HaVaYaH após o outro, mas, ao mesmo tempo, constantemente descobrimos sutilezas adicionais em cada HaVaYah e esclarecemos outra parte dele. Uma nova formação completa aparece em cada nível de HaVaYah, pois cada vez há novos esclarecimentos que dependem do nível de Aviut (grossura), que decorre a partir da raiz espiritual.

Assim, nós passamos por diversos estados durante a nossa evolução. Certamente, você não pode esperar por eles, de modo que as mudanças que realiza possam parecer artificiais. De repente, eu lhe digo que devemos nos dividir em Grupos de Dez em nosso trabalho espiritual, como se esse pensamento viesse a mim por acaso. No entanto, eu não apenas lhe dou ordens aleatórias. É claro que nós estamos avançando numa ordem precisa, e se você não identificá-la, acredite que eu a vejo. Portanto, o nosso progresso deve ser em Grupos de Dez.

Da 2ª parte da Lição Diária de Cabalá 23/05/13, Palestra sobre Dezenas

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A preparação para o trabalho espiritual geral consiste em várias etapas que são descritas como fábulas. O trabalho espiritual em Grupos de Dez é descrito na Torá na seção sobre Jetro. Jetro era o sumo sacerdote em Midiã, e também sogro de Moisés, pai de sua esposa Zípora (Séfora). Moisés viveu na casa de Jetro quando fugiu da presença do Faraó e, realmente, é de acordo com as suas instruções que a estrutura da nação de Israel foi formada.

É de se preguntar porque um sacerdote de Midiã, um dos sábios das nações do mundo, trouxe esse conhecimento para a nação de Israel e sabia como formar cada um dos seus campos para que eles pudessem entender melhor as leis e se comportar corretamente de acordo com a sentença do Senhor. O que esses conceitos sutis, que têm a ver com as correções internas da nação, têm a ver com um sacerdote de Midiã que lhes diz como organizar a nação?

Jetro aconselha Moisés depois que ele já recebeu a Toá! Isto pode parecer muito estranho, mas o método de organizar a nação provém da sabedoria das nações do mundo, como está escrito: “Se uma pessoa lhe diz que há sabedoria entre as nações do mundo, acredite nela”. Além disso, Jetro não é um estranho. Na verdade, ele conecta o desejo de receber à Torá, ao desejo de doar.

Nós avançamos de acordo com os passos que a Torá dita, e ela determina como devemos nos dividir em Grupos de Dez, e depois em grupos de cem, mil, e assim, avançar em nosso trabalho espiritual. É uma divisão natural de acordo com a nação que deve existir num grupo. Uma multidão simples saiu da Babilônia, e Abraão, Isaque e Jacó começaram a organizá-la numa nação.

Eles não vagaram de um lugar para outro em suas viagens. O grupo saiu do ego geral, da Babilônia. Eles se separaram dos babilônios e se estabeleceram num lugar cercado pela Babilônia por todos os lados. Neste local, eles passaram por todas as etapas chamadas de Abraão, Isaque e Jacó. Em seguida, eles atingiram o estágio em que começaram a sentir que o ego os separava – o exílio, a distância – apesar do seu forte desejo de se conectar, como eles aprenderam com seus antepassados. Depois que este grupo recebeu o método de conexão dos seus antepassados, eles já conheciam os estágios de avanço para a revelação do Criador. Eles entenderam que tudo é revelado somente na conexão entre eles, “Ama teu amigo como a ti mesmo”, do qual se chega ao amor do Criador.

No entanto, quando eles realmente começaram a trabalhar na conexão entre eles, seguindo os conselhos dos três níveis superiores de Abraão, Isaque e Jacó, eles começaram a sentir o quão difícil é realizar isso. Eles entenderam como este trabalho é desgastante e quão impotente os deixa. Eles passam por 400 anos de exílio e perdem totalmente a esperança.

Nós tentamos nos preencher através de diferentes ações externas apenas para encontrar novos poderes. No entanto, todas essas inovações são sempre externas, mesmo que aprendamos outra coisa nova e organizemos uma nova Convenção. Está tudo muito bem e certo, mas não leva ao avanço significativo. Nós ainda estamos construindo “Píton e Ramsés”, o que significa que nos esforçamos para descobrir que não há esperança!

Então, um tipo mais intensivo, eficiente e focado de trabalho começa nos Grupos de Dez, e nós vemos que, se quisermos ser incorporados no trabalho espiritual, temos primeiro que nos dividir em Grupos de Dez.

Há uma fase em que nós temos que nos dividir. O trabalho nos Grupos de Dez já avança de acordo com as normas que decorrem do conselho dos Cabalistas e especialmente do Rabash, que formulou todos os princípios do trabalho em grupo com base no método do Baal HaSulam. Nós temos tudo o que precisamos para este trabalho, mas temos que aprender a estrutura especial do Grupo de Dez, como construí-la e como cumprir o método de conexão que é o método para a revelação do Criador.

Da 2ª parte da Lição Diária de Cabalá 23/05/13, Palestra sobre Dezenas

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A Torá, “Êxodo”, capítulo 18, versículos 13-14: E aconteceu que, no outro dia, Moisés sentou-se para julgar o povo, e o povo estava em pé diante de Moisés desde a manhã até à tarde. Quando o sogro de Moisés viu o que ele fazia ao povo, disse: Que é isto que tu fazes ao povo? Por que te sentas só, enquanto todo o povo está em pé diante de ti, desde a manhã até à tarde?

Isso significa que é impossível esclarecer qualquer coisa e avançar desta forma, com tantas pessoas que não estão organizadas de acordo com a estrutura espiritual.

Versículos 15-16: “Moisés disse a seu sogro: É porque este povo vem a mim para buscar a Deus. Quando algum deles tem algum negócio, ele vem a mim, para que eu julgue entre um homem e o seu próximo, e lhes declare os estatutos de Deus e Seus ensinamentos”.

Moisés é o ponto no coração que determina o caminho de uma pessoa, investiga e estuda como julgar, e verifica onde ela está de acordo com o seu desejo de receber. Assim, Moisés julga o povo com seu ponto no coração em relação ao seu desejo de receber.

Versículos 17-18: O sogro de Moisés lhe disse: “Não é bom o que fazes. Tu certamente vai desgastar a ti e a essas pessoas que estão contigo, porque este negócio é muito difícil para ti; tu não o podes fazer sozinho”.

É impossível esclarecer coisas no trabalho espiritual desta maneira e julgar as pessoas de acordo com as leis do Senhor.

Versículos 19-20: “Agora me escute. Eu te aconselharei, e que o Senhor esteja contigo. Sê tu pelo povo diante de Deus, e leva tu as causas a Deus. E declara-lhes os estatutos e os ensinamentos, e faze-lhes saber o caminho em que devem andar, e a obra que devem fazer”.

Isso significa que Jetro ensina a Moisés como ele deve organizar tudo.

Versículos 21-27: “E tu dentre todo o povo procura homens capazes, tementes a Deus, homens de verdade, que odeiem a avareza; e põe-nos sobre eles por maiorais de mil, maiorais de cem, maiorais de cinquenta, e maiorais de dez. Para que julguem este povo em todo o tempo; e seja que todo o negócio grave eles tragam a ti, mas todo o negócio pequeno eles o julguem; assim a ti mesmo te aliviarás da carga, e eles a levarão contigo. Se fizeres isso, e Deus te mandar, poderás então sobreviver; assim também todo este povo em paz irá ao seu lugar”. E Moisés deu ouvidos à voz de seu sogro, e fez tudo quanto ele tinha dito. E escolheu Moisés homens capazes, de todo o Israel, e os nomeou como chefes do povo; chefes de mil, chefes de cem, chefes de cinquenta e chefes de dez. E eles julgaram o povo em todo o tempo; o negócio árduo eles trouxeram a Moisés, e todo o negócio pequeno julgaram eles. Então despediu Moisés o seu sogro, o qual se foi à sua terra.

É claro que estamos muito longe do que é descrito aqui e há uma grande quantidade de trabalho pela frente, mas já nos dividimos em Grupos de Dez, a fim de esclarecer quais os estados em que nos encontramos e em que medida avançamos. É porque o avanço de Israel se baseia numa forte conexão, até chegarmos à revelação do Criador, que se chama entrar na Terra de Israel, o desejo que tem como objetivo “Yashar El“. Portanto, nós nos dividimos em grupos de dez e tentamos fazer o trabalho. Depois, haverá fases adicionais.

Da 2ª parte da Lição Diária de Cabalá 23/05/13, Palestra sobre Dezenas

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